Coluna do David Coimbra na ZH:
Romildo e Renato são os culpados pelo fracasso do Grêmio
Fim de ciclo está claro no clube
Quando um time grande começa a acumular fracassos, não existe só um culpado, nem só uma coisa errada. São muitas as culpas e muitos os erros. No Grêmio, as culpas e os erros são cada vez maiores, mas quem deveria tomar alguma providência está cego pela arrogância, acreditando em glórias pretéritas e vitórias fátuas, como a do Gauchão.
Para relembrar um exemplo doméstico: em 2016, o Inter venceu o Gauchão e, no final do ano, mergulhou no pântano da Segundona. O Grêmio de 2020 dá a impressão de se encaminhar para o mesmo destino.
O primeiro grande responsável pelo mau desempenho do Grêmio, como não poderia deixar de ser, é o seu presidente. Romildo Bolzan pegou um clube quase falido e recuperou suas finanças e seu prestígio. Mas não está percebendo que o ciclo vencedor acabou. Não está percebendo que tem de agir.
Bolzan vendeu jogadores de primeira linha do futebol mundial, como Pedro Rocha, Éverton, Luan, Arthur e os jovens Tetê e Diego Rosa e, como reposição, contratou um punhado de jogadores medianos, em geral veteranos, alguns em óbvia decadência, como Thiago Neves.
O Grêmio se orgulha de ser superavitário. De que adianta ter dinheiro, se não sabe como gastá-lo?
Verdade que Renato indicou a maioria desses jogadores sem brilho, e aí está o segundo grande responsável pela situação difícil do clube. As conquistas não fizeram bem a Renato. Ele se tornou um técnico teimoso para escalar e preguiçoso para treinar. A insistência com Thiago Neves é uma espécie de afronta de Renato a quem o critica. Ele parece querer mostrar que sabe mais do que todos, parece querer desafiar quem não concorda com ele. Como aconteceu com André, Thiago Neves é o coveiro do time cada vez que entra. E Renato continuará colocando-o em campo, para mostrar que é ele quem manda.
A vergonhosa derrota para o Sport, que era o lanterna do Campeonato, plasmou o tipo de time no qual o Grêmio se transformou: um amontoado de jogadores médios, sem inspiração, sem recursos, sem criatividade, jogando sem saber o que fazer em campo. Falta, ao Grêmio, preparação física, técnica e tática. Falta tudo. E, no meio de tanta mediocridade, tanta confusão, valores diferenciados, como o ótimo Jean Pyerre e como o bom Pepê, vão se perdendo. Não demora, estarão naufragando com o resto dos jogadores médios que o clube acumula a cada semana.
O Grêmio precisa fazer uma mudança radical.
Já.
Antes que seja tarde demais.
https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunis ... wq69v.html
Negritei os 2 principais pontos que eu achei da coluna e concordo 100% com eles.
1º ponto - Se sai jogadores diferenciados e por um grande valor em $$, a reposição não pode ser em jogadores acima de 30 anos e sem contrato. É preciso botar a mão no bolso e tentar repor à altura, jogador diferenciado é caro, mas o Grêmio tem profissionais remunerados pra essa função, de vasculhar o mercado e encontrar um jogador mais decisivo. Não pode sair o Cebolinha e o clube repor com o Everton ex-bambi e achar que solucionou o problema. Não. Saiu o único jogador que tinha capacidade de mudar um jogo no ataque, o Grêmio necessita de outro de nível parecido, o Pepê é muito bom jogador, mas está se afirmando, precisamos no mínimo de + um grande jogador no ataque, que consiga desequilibrar partidas, 1 CA ou 1 ponta + decisivo.
2º ponto - É visível que o time decaiu muito, tanto fisicamente como tecnicamente, e mesmo com a saída do Cebolinha, é função do Renight de fazer esse time jogar mais, ser mais organizado no campo, ser mais intenso. O Grêmio ta trazendo só jogador sem contrato e a maioria acima de 30 anos, a gente olha o banco de reservas do time e não acha jogador da base, é tudo velho, a maioria indicação do Renato, vão mudar um jogo como?
E no meio de tanta coisa errada acontecendo no Grêmio, ao menos uma notícia boa, ótima essa rescisão de contrato com o Thiago Fezes. ÓTIMA.
"A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz." Sigmund Freud