Tornar o Palmeiras o clube brasileiro mais conhecido no Exterior, nos próximos três anos.
Esse foi o desafio que fez Mauricio Galiotte dispensar a Adidas, depois de 12 anos como fornecedora do clube.
E assinar com a Puma um contrato de 2019 a 2022.
Dispensando até assédio da também poderosa Nike.
A escolha ficou por conta do clube.
Galiotte exigiu e conseguiu itens raros para uma equipe deste país, diante das gigantes multinacionais.
O primeiro foi exclusividade no Brasil.
Não queria nenhum outra equipe vestida pela Puma.
A empresa alemã, com patrimônio de 4,1 bilhões de euros, cerca de R$ 16 bilhões, aceitou. Não por acaso. Avisou aos dirigentes que enxergam o Palmeiras como o clube com maior potencial de crescimento na América do Sul.
Estudos deixam claro que as receitas possibilitadas pela nova arena, o patrocínio milionário da Crefisa, a estabilidade do plano de sócios-torcedores. Apesar de serem os terceiros, atrás de Grêmio e Corinthians, a constância no pagamento das mensalidades é maior do que os rivais. O que faz com que qualquer jogo importante na arena tenha o estádio lotado de sócios torcedores.
Independência para fechar contrato na tevê a cabo com o grupo bilionário Turner, dono do Esporte Interativo. Capacidade de recusar castigo da Globo, aceitando receber 20% menos, por ter assinado com o EE, como se sujeitou o Santos.
E planos para, em um futuro próximo, talvez em 2025, transmitir seus próprios jogos.
Tudo isso seduziu a Puma.
A ponto de a empresa germânica decidir que, a partir de 2019, terá um escritório de marketing no Brasil só para definir estratégias para sua aliança com o Palmeiras. Há a certeza que a última pesquisa profunda em relação aos torcedores no Brasil está completamente defasada. Ela foi feita pelo Ibope. E mostrava o Flamengo em primeiro, com 32 milhões, o Corinthians, em segundo, com 23 milhões, o São Paulo, com 13 milhões. E os palmeirenses,em quarto, com 10 milhões.
Só que estes números são de 2014.
Muitas coisas mudaram nestes quatro anos.
E a projeções apontam que seguirão favoráveis ao Palmeiras nos próximos três anos, no Palestra Itália.
O Ibope deverá fazer uma nova pesquisa este ano. E há a certeza no Palestra Itália que o clube já ultrapassou o rival São Paulo. E é o terceiro no país. E que a diferença para o Corinthians e Flamengo diminuiu.
Se o Ibope não fizer, o próprio clube deverá fazer a sua pesquisa nacional.
O que impressionou à Puma foi que, apesar de ter o ingresso mais caro do país, os palmeirenses são os maiores mandantes. Mantêm a arena mais cheia durante toda a temporada. Esse potencial financeiro não foi desprezado. Muito pelo contrário.
Por contrato, a Puma terá a obrigação de colocar camisas palmeirenses em todas suas lojas do mundo. Ao lado dos uniformes do Milan-, Olympique de Marselha, Arsenal, e Borussia Dortmund e seleções da Itália, Suíça, Áustria, Camarões, Costa do Marfim, Gana, República Tcheca e Senegal.
O foco do Brasil para a Puma será o Palmeiras. A promessa é potencializar a marca. Trabalhar a sério a imagem do clube no Exterior. Tornar o clube brasileiro mais conhecido no mundo. Equipes populares internacionalmente como Santos, graças a Pelé, Corinthians e Flamengo, nunca levaram a sério esse trabalho.
Financeiramente, a empresa pagará R$ 25 milhões por ano ao clube, R$ 5 milhões a mais do que pagava a Adidas. Só que oferecerá uma porcentagem muito maior nos uniformes do Palmeiras que forem vendidos. A previsão é que, no mínimo, chegará R$ 30 milhões. Ou seja, metade a mais do que o clube recebia. Este foi o argumento primordial que convenceu Galiotte à troca de fornecedor de material esportivo.
A projeção de conquistas nestes três anos é otimista.
Porque para o plano da Puma, de tornar o Palmeiras o clube nacional mais conhecido no planeta, vencer Brasileiros, Copa do Brasil é importante. Mas fundamental é a conquista da Libertadores. O Palmeiras precisa voltar ao menos a disputar Mundial. Se vencer, melhor ainda.
Porque assim, garantirá excursões à Europa e Ásia, para manter a engrenagem mercadológica funcionando.
Galiotte assegurou à Puma que a filosofia de contratações seguirá.
O Palmeiras continuará montando as melhores equipes do país.
Continuará buscando ídolos, inclusive internacionais, para vender muitas camisas.
Com popularidade para campanhas publicitárias.
O acordo tem três anos.
Com a Puma tendo preferência pelos próximos três.
Por isso, depois de 12 anos, o clube virou as costas para a Adidas.
Os planos palmeirenses seguem cada vez mais ambiciosos...
https://esportes.r7.com/prisma/cosme-ri ... o-24032018
Como é bom quando esses times costumam ganhar coisas e começam com suas previsões.
Lembro do Andrés falando que o Corinthians seria o clube mais rico do mundo e da diretoria falando que o SP iria ultrapassar flamengo e corinthians na torcida
