Mascotes dos clubes brasileiros
Enviado: 09 Nov 2018 11:09
A seguir, apresentamos uma lista dos mascotes dos clubes brasileiros da série A. (Não sei como colocar imagens, se quiserem podem editar)
América (MG) – Coelho
O coelho do América Mineiro surgiu do trabalho do cartunista Mangabeira, criador dos mascotes dos principais clubes de Minas Gerais. Segundo o desenhista, o América era “um clube aceso, sempre pronto para o que desse e viesse. Ao mesmo tempo, era um clube delicado, de torcida fina. Um coelho, não é?”.
Atlético Mineiro – Galo
Assim como seu conterrâneo alviverde, o Galo Mineiro surgiu das mãos do cartunista Mangabeira. A escolha se deu a partir da auto-imagem dos atleticanos como atletas que nunca desistem em campo; segundo o cartunista, “o Atlético sempre foi um time de raça. Mais parece um galo de briga, que nunca se entrega e luta até morrer!”. Numa época em que as rinhas de galo ainda eram uma diversão popular, a associação foi imediata.
Atlético Paranaense – Cartola
O atual Cartola atleticano surgiu de uma escolha genuinamente popular: foi votado pela Internet em 2010. A vinculação do clube do Paraná com a elite paranaense – que ia de fraque e cartola para o estádio no começo do século XX – é o motivo da escolha. O Atlético-PR também é conhecido como Furacão – e, por essa razão, a eleição de 2010 consagrou o Furacãozinho como mascote infantil.
Bahia – Super-homem Tricolor
Conhecido como “Esquadrão de Aço”, o Bahia escolheu o Homem de Aço para representá-lo: o Super-Homem Tricolor foi desenhado em 1979 pelo cartunista Ziraldo e ganhou, em 2014, a sua companheira feminista, a Lindona do Bahêa, uma releitura da Mulher Maravilha.
Botafogo – Manequinho
Uma estátua de um menino nu em frente ao velho estádio de General Severiano virou mascote do Fogão de maneira curiosa: apelidada de “Manequinho” pelos cariocas, a estátua foi vestida com a camiseta do Botafogo após o clube vencer o Carioca de 1957. Desde então, após cada vitória do alvinegro carioca, os torcedores dirigem-se à frente da sede do clube e vestem o menininho, réplica do “Manneken Pis”, estátua belga do século XVII.
Ceará – Vovô
“Vamos, meus netinhos, vamos aprender bem para açoitar o Fortaleza. Mas respeitem o Vovô aqui”. Assim o dirigente do Ceará, Meton de Alencar Pinto, dirigia-se para os jogadores do América local que treinavam no estádio do Ceará – o mais antigo clube daquele Estado, fundado em 1914. O paternalismo do “Vovô” cearense virou mascote com o passar do tempo e, hoje, os torcedores do clube cantam em homenagem ao “Vozão”.
Chapecoense – Índio condá
Antes da chegada dos europeus ao Oeste catarinense, a região era habitada pelos índios kaingang. Liderados pelo chefe Condá, os índios conseguiram, após anos de lutas, que o governo brasileiro reconhecesse suas terras e impedisse que os colonizadores as tomassem à força. A Chapecoense homenageia a garra do índio local, que ganhou ainda mais popularidade entre os torcedores após o trágico acidente sofrido pela equipe, em 2016.
Corinthians – Mosqueteiro
Uma briga de cartolas levou o campeonato paulista de 1913 ser disputado apenas por 3 clubes: Americano, Germânia e Inter de Limeira – apelidados de “Três Mosqueteiros” pela imprensa da época. O então recém-fundado Corinthians entrou como a quarta equipe – o “Quarto mosqueteiro”, como o “Dartagnan” da história original de Alexandre Dumas.
Cruzeiro – Raposa
Assim com os seus conterrâneos do América e Atlético, o mascote Cruzeiro saiu das mãos do cartunista mineiro Mangabeira. A raposa, animal típico dos planaltos mineiros, foi a escolhida para representar o clube das Alterosas – além de ser uma referência à astúcia do antigo presidente Mario Grosso, contemporâneo de Mangabeira, conhecido por “atravessar” contratações do rival Atlético.
Flamengo – Urubu
Estamos em 1969. É dia de Flamengo e Botafogo, então os dois melhores times do Rio de Janeiro. Como de costume, os torcedores do Fogão chamam os flamenguistas de “urubus” nas arquibancadas- uma referência explícita à grande presença de afro-descendentes entre os flamenguistas. Eis que, antes do jogo, um imenso urubu voa pelo campo com uma bandeira do Flamengo presa nas asas. Provocação botafoguense? Nada disso: um grupo de flamenguistas resolveu assumir o animal como mascote a partir daquele dia, como forma de esvaziar o insulto dos rivais. Resultado: o Flamengo venceu por 2 x 1 e o urubu virou o mascote oficial do clube.
Fluminense – Guerreirinho
Identificado com a classe alta carioca, o Fluminense tinha, até recentemente, o Cartola como seu mascote tradicional. O uso da expressão para designar pejorativamente os dirigentes de clubes fez o Tricolor carioca abrir votação para a escolha de um novo mascote. O vitorioso foi o Guerreirinho – um cavaleiro medieval envergando as cores do Fluminense.
Grêmio – Mosqueteiro
Criado em 1946 pelo chargista Pompeu, da “Folha da Tarde”, o mascote apareceu pela primeira vez em um desenho sobre o Campeonato Gaúcho de 1946, onde cada clube foi representado por um personagem a cortejar a moça Rosinha, que representava a taça. Uma das explicações para a escolha está na cor do uniforme dos mosqueteiros franceses, azul com frisos em preto e branco. O Grêmio logo adotou o personagem e, já em 1946, lançou a revista do clube, a “Mosqueteiro”.
Internacional – Saci Pererê
O mascote colorado é uma figura do folclore sul-brasileiro. A lenda do Saci-Pererê surgiu entre os índios guaranis, habitantes da região noroeste do Rio Grande do Sul, e conta a história de uma entidade de uma perna só, brincalhona e travessa, que se diverte aprontando para os humanos. O Internacional adotou o mascote nos anos 50 para representar sua origem popular e, assim como o rival Grêmio, escolheu-o para nomear a sua revista oficial: “O Sacy”, publicada a partir dos anos 1960.
Palmeiras – Periquito e porco
O Palmeiras tem, oficialmente, dois mascotes: o primeiro é o Periquito,adotado já em 1917 pela torcida palmeirense, fazia referência à grande quantidade de periquitos que habitavam os bosques no entorno do estádio Palestra Itália. O segundo é o porco, que tem origem mais recente: surgiu no contexto da Segunda Guerra Mundial como termo pejorativo para designar os imigrantes italianos, fundadores do clube e vindos de um país inimigo do Brasil naquele momento. Durante muito tempo, foi considerado um apelido ofensivo pelos palmeirenses, até que, nos anos 80, as torcidas organizadas do clube o adotaram como mascote, neutralizando assim a ofensa xenófoba.
Paraná – gralha azul
O mascote do Paraná Clube faz referência direta ao Estado do Paraná: é a ave símbolo dos paranaenses. A gralha-azul voa pelo planalto paranaense e alimenta-se dos pinhões que caem das araucárias, árvore-símbolo do Paraná.
Santos – Baleia
A origem do mascote do Santos é óbvia: sendo uma cidade portuária, a cidade de Santos é frequentemente visitada por esses imponentes mamíferos. O Santos FC adotou a baleia nos anos 40 e o mascote ganhou novas versões, como a dupla Baleião e Baleinha, que anima dos jogos da Vila Belmiro e é responsável por momentos engraçadíssimos.
São Paulo – Santo Paulo
O mascote do São Paulo surgiu na década de 40, criado por um cartunista do jornal “Gazeta Esportiva”, de São Paulo, e representa o santo cristão original como um velhinho, pois teria morrido com 60 anos de idade. Chamado de “Santo Paulo” para não confundir com o nome do clube, o mascote é representado em todos os jogos do Tricolor pelo funcionário Severino Bianchi há mais de 15 anos.
Sport Recife – Leão
O mascote do Sport Recife é um dos mais antigos do futebol brasileiro: foi adotado em 1919 após a disputa do troféu Leão do Norte, em Belém do Pará, então considerado um centro futebolístico muito mais desenvolvido do que Pernambuco. O adversário foi um combinado de Remo e Paysandu e o Sport, contra todas as expectativas, sagrou-se vencedor daquele torneio, levando para casa o troféu e o mascote.
Vasco da Gama – Bacalhau ou Almirante
Assim como o Palmeiras, o Vasco da Gama tem dois mascotes. O primeiro deles foi o Almirante, criado pelo cartunista argentino Lorenzo Molas, em homenagem ao navegador português que nomeia do clube. O segundo, o imigrante português Bacalhau, foi criado pelo cartunista Henfil nos anos 60, representando a comunidade lusitana do Rio de Janeiro, até hoje identificada com o clube.
Vitória – Leão
“Eu sou Leão da Barra, tradição / Eu sou vermelho e preto, eu sou paixão” – os versos do hino do Vitória da Bahia trazem consigo um dos mascotes mais antigos do futebol brasileirão, se não for o mais antigo: já em 1902, os torcedores do Vitória se autodenominavam “leoninos” em referência ao animal-símbolo do clube, representando a origem nobre dos fundadores, todos membros da elite soteropolitana.
América (MG) – Coelho
O coelho do América Mineiro surgiu do trabalho do cartunista Mangabeira, criador dos mascotes dos principais clubes de Minas Gerais. Segundo o desenhista, o América era “um clube aceso, sempre pronto para o que desse e viesse. Ao mesmo tempo, era um clube delicado, de torcida fina. Um coelho, não é?”.
Atlético Mineiro – Galo
Assim como seu conterrâneo alviverde, o Galo Mineiro surgiu das mãos do cartunista Mangabeira. A escolha se deu a partir da auto-imagem dos atleticanos como atletas que nunca desistem em campo; segundo o cartunista, “o Atlético sempre foi um time de raça. Mais parece um galo de briga, que nunca se entrega e luta até morrer!”. Numa época em que as rinhas de galo ainda eram uma diversão popular, a associação foi imediata.
Atlético Paranaense – Cartola
O atual Cartola atleticano surgiu de uma escolha genuinamente popular: foi votado pela Internet em 2010. A vinculação do clube do Paraná com a elite paranaense – que ia de fraque e cartola para o estádio no começo do século XX – é o motivo da escolha. O Atlético-PR também é conhecido como Furacão – e, por essa razão, a eleição de 2010 consagrou o Furacãozinho como mascote infantil.
Bahia – Super-homem Tricolor
Conhecido como “Esquadrão de Aço”, o Bahia escolheu o Homem de Aço para representá-lo: o Super-Homem Tricolor foi desenhado em 1979 pelo cartunista Ziraldo e ganhou, em 2014, a sua companheira feminista, a Lindona do Bahêa, uma releitura da Mulher Maravilha.
Botafogo – Manequinho
Uma estátua de um menino nu em frente ao velho estádio de General Severiano virou mascote do Fogão de maneira curiosa: apelidada de “Manequinho” pelos cariocas, a estátua foi vestida com a camiseta do Botafogo após o clube vencer o Carioca de 1957. Desde então, após cada vitória do alvinegro carioca, os torcedores dirigem-se à frente da sede do clube e vestem o menininho, réplica do “Manneken Pis”, estátua belga do século XVII.
Ceará – Vovô
“Vamos, meus netinhos, vamos aprender bem para açoitar o Fortaleza. Mas respeitem o Vovô aqui”. Assim o dirigente do Ceará, Meton de Alencar Pinto, dirigia-se para os jogadores do América local que treinavam no estádio do Ceará – o mais antigo clube daquele Estado, fundado em 1914. O paternalismo do “Vovô” cearense virou mascote com o passar do tempo e, hoje, os torcedores do clube cantam em homenagem ao “Vozão”.
Chapecoense – Índio condá
Antes da chegada dos europeus ao Oeste catarinense, a região era habitada pelos índios kaingang. Liderados pelo chefe Condá, os índios conseguiram, após anos de lutas, que o governo brasileiro reconhecesse suas terras e impedisse que os colonizadores as tomassem à força. A Chapecoense homenageia a garra do índio local, que ganhou ainda mais popularidade entre os torcedores após o trágico acidente sofrido pela equipe, em 2016.
Corinthians – Mosqueteiro
Uma briga de cartolas levou o campeonato paulista de 1913 ser disputado apenas por 3 clubes: Americano, Germânia e Inter de Limeira – apelidados de “Três Mosqueteiros” pela imprensa da época. O então recém-fundado Corinthians entrou como a quarta equipe – o “Quarto mosqueteiro”, como o “Dartagnan” da história original de Alexandre Dumas.
Cruzeiro – Raposa
Assim com os seus conterrâneos do América e Atlético, o mascote Cruzeiro saiu das mãos do cartunista mineiro Mangabeira. A raposa, animal típico dos planaltos mineiros, foi a escolhida para representar o clube das Alterosas – além de ser uma referência à astúcia do antigo presidente Mario Grosso, contemporâneo de Mangabeira, conhecido por “atravessar” contratações do rival Atlético.
Flamengo – Urubu
Estamos em 1969. É dia de Flamengo e Botafogo, então os dois melhores times do Rio de Janeiro. Como de costume, os torcedores do Fogão chamam os flamenguistas de “urubus” nas arquibancadas- uma referência explícita à grande presença de afro-descendentes entre os flamenguistas. Eis que, antes do jogo, um imenso urubu voa pelo campo com uma bandeira do Flamengo presa nas asas. Provocação botafoguense? Nada disso: um grupo de flamenguistas resolveu assumir o animal como mascote a partir daquele dia, como forma de esvaziar o insulto dos rivais. Resultado: o Flamengo venceu por 2 x 1 e o urubu virou o mascote oficial do clube.
Fluminense – Guerreirinho
Identificado com a classe alta carioca, o Fluminense tinha, até recentemente, o Cartola como seu mascote tradicional. O uso da expressão para designar pejorativamente os dirigentes de clubes fez o Tricolor carioca abrir votação para a escolha de um novo mascote. O vitorioso foi o Guerreirinho – um cavaleiro medieval envergando as cores do Fluminense.
Grêmio – Mosqueteiro
Criado em 1946 pelo chargista Pompeu, da “Folha da Tarde”, o mascote apareceu pela primeira vez em um desenho sobre o Campeonato Gaúcho de 1946, onde cada clube foi representado por um personagem a cortejar a moça Rosinha, que representava a taça. Uma das explicações para a escolha está na cor do uniforme dos mosqueteiros franceses, azul com frisos em preto e branco. O Grêmio logo adotou o personagem e, já em 1946, lançou a revista do clube, a “Mosqueteiro”.
Internacional – Saci Pererê
O mascote colorado é uma figura do folclore sul-brasileiro. A lenda do Saci-Pererê surgiu entre os índios guaranis, habitantes da região noroeste do Rio Grande do Sul, e conta a história de uma entidade de uma perna só, brincalhona e travessa, que se diverte aprontando para os humanos. O Internacional adotou o mascote nos anos 50 para representar sua origem popular e, assim como o rival Grêmio, escolheu-o para nomear a sua revista oficial: “O Sacy”, publicada a partir dos anos 1960.
Palmeiras – Periquito e porco
O Palmeiras tem, oficialmente, dois mascotes: o primeiro é o Periquito,adotado já em 1917 pela torcida palmeirense, fazia referência à grande quantidade de periquitos que habitavam os bosques no entorno do estádio Palestra Itália. O segundo é o porco, que tem origem mais recente: surgiu no contexto da Segunda Guerra Mundial como termo pejorativo para designar os imigrantes italianos, fundadores do clube e vindos de um país inimigo do Brasil naquele momento. Durante muito tempo, foi considerado um apelido ofensivo pelos palmeirenses, até que, nos anos 80, as torcidas organizadas do clube o adotaram como mascote, neutralizando assim a ofensa xenófoba.
Paraná – gralha azul
O mascote do Paraná Clube faz referência direta ao Estado do Paraná: é a ave símbolo dos paranaenses. A gralha-azul voa pelo planalto paranaense e alimenta-se dos pinhões que caem das araucárias, árvore-símbolo do Paraná.
Santos – Baleia
A origem do mascote do Santos é óbvia: sendo uma cidade portuária, a cidade de Santos é frequentemente visitada por esses imponentes mamíferos. O Santos FC adotou a baleia nos anos 40 e o mascote ganhou novas versões, como a dupla Baleião e Baleinha, que anima dos jogos da Vila Belmiro e é responsável por momentos engraçadíssimos.
São Paulo – Santo Paulo
O mascote do São Paulo surgiu na década de 40, criado por um cartunista do jornal “Gazeta Esportiva”, de São Paulo, e representa o santo cristão original como um velhinho, pois teria morrido com 60 anos de idade. Chamado de “Santo Paulo” para não confundir com o nome do clube, o mascote é representado em todos os jogos do Tricolor pelo funcionário Severino Bianchi há mais de 15 anos.
Sport Recife – Leão
O mascote do Sport Recife é um dos mais antigos do futebol brasileiro: foi adotado em 1919 após a disputa do troféu Leão do Norte, em Belém do Pará, então considerado um centro futebolístico muito mais desenvolvido do que Pernambuco. O adversário foi um combinado de Remo e Paysandu e o Sport, contra todas as expectativas, sagrou-se vencedor daquele torneio, levando para casa o troféu e o mascote.
Vasco da Gama – Bacalhau ou Almirante
Assim como o Palmeiras, o Vasco da Gama tem dois mascotes. O primeiro deles foi o Almirante, criado pelo cartunista argentino Lorenzo Molas, em homenagem ao navegador português que nomeia do clube. O segundo, o imigrante português Bacalhau, foi criado pelo cartunista Henfil nos anos 60, representando a comunidade lusitana do Rio de Janeiro, até hoje identificada com o clube.
Vitória – Leão
“Eu sou Leão da Barra, tradição / Eu sou vermelho e preto, eu sou paixão” – os versos do hino do Vitória da Bahia trazem consigo um dos mascotes mais antigos do futebol brasileirão, se não for o mais antigo: já em 1902, os torcedores do Vitória se autodenominavam “leoninos” em referência ao animal-símbolo do clube, representando a origem nobre dos fundadores, todos membros da elite soteropolitana.