O VAR precisa melhorar (e muito)!
Enviado: 20 Ago 2019 12:04
O VAR precisa melhorar (e muito)!
Leonardo Gaciba é quem me dá esperança de que haverá melhora no médio prazo na utilização do VAR. Eu o admirava como árbitro de primeira linha, depois como colega de rádio e tv e agora, comandando a arbitragem, admiro sua coragem de ir aos microfones e falar sobre o uso ainda incompetente do VAR no Brasil. A correção de Gaciba é a premissa para tudo dar certo. Mas não basta. É evidente que o pessoal que lida com a máquina não está treinado o suficiente. É claro que o apitador está inseguro e se defende atrás da cabine de auxiliares. Não há dúvida de que os jogadores profissionais no Brasil lidam com a autoridade do árbitro como se estivessem disputando engradado de cerveja, quem perder paga. Mas diante deste contexto, é preciso melhorar com urgência porque há erros que são indefensáveis.
Gaciba diz que lance de Tiago Volpi com Felippe Cardoso foi avaliado pelo VAR
O lance de pênalti para o Ceará contra o São Paulo, por exemplo, não há por onde se explique não ter ido à análise de vídeo pelo apitador. Gaciba, constrangido, disse no Bem, Amigos que a cabine do VAR fechou questão de que o lance não valia revisão. Inacreditável! Inaceitável! Abriram mão do uso da máquina que exite para evitar erros deste tamanho. Prepotentemente, o árbitro de campo apontava, olímpico, para a cobrança de escanteio. Erro crasso, daqueles que mudam resultado de jogo. Mesmo que o juiz depois de ver o lance considerasse normal, pelo menos teria ido conferir com o recurso tecnológico disponível. A decisão, do jeito que foi, beira o bizarro. Não pode. E não pode para já.
Gaciba quer um minuto e meio como tempo médio das decisões, é um ótimo tempo. Porém, a explicação que deu para a demora não foi boa. A comparação com a naturalidade de dirigir um carro pela primeira vez leva a erro. A Premier League saiu acertando. Ah, treinaram dois anos antes de valer à vera. Então, falhamos, deveríamos ter feito igual. Na Copa do Mundo, onde houve erro de VAR também, é verdade, o tempo foi menor e era a primeira vez em Copa. O fato é que o treinamento foi insuficiente para os nossos envolvidos em VAR, cabine de auxiliares e apitador. Leonardo Gaciba, como eu também faria, se cercou de bons números para argumentar sobre o alto índice de acertos do VAR. Porém, a demora é inexplicável e erros como o de Sâo Paulo x Ceará derrubam a credibilidade do processo. Alguém foi prejudicado fortemente porque se fez mau uso ou, pior, nem se fez uso do recurso tecnológico.
Mais do que minha torcida para que Leonardo Gaciba consiga ter êxito no combo índice de acerto/redução do tempo na decisão, acredito que ele vai conseguir. Por enquanto, porém, por mais corajoso que tenha sido ao pôr a cara à tapa, o uso do VAR no Brasil, comparado ao que acontece no mundo, está muito abaixo do aceitável.
Leonardo Gaciba é quem me dá esperança de que haverá melhora no médio prazo na utilização do VAR. Eu o admirava como árbitro de primeira linha, depois como colega de rádio e tv e agora, comandando a arbitragem, admiro sua coragem de ir aos microfones e falar sobre o uso ainda incompetente do VAR no Brasil. A correção de Gaciba é a premissa para tudo dar certo. Mas não basta. É evidente que o pessoal que lida com a máquina não está treinado o suficiente. É claro que o apitador está inseguro e se defende atrás da cabine de auxiliares. Não há dúvida de que os jogadores profissionais no Brasil lidam com a autoridade do árbitro como se estivessem disputando engradado de cerveja, quem perder paga. Mas diante deste contexto, é preciso melhorar com urgência porque há erros que são indefensáveis.
Gaciba diz que lance de Tiago Volpi com Felippe Cardoso foi avaliado pelo VAR
O lance de pênalti para o Ceará contra o São Paulo, por exemplo, não há por onde se explique não ter ido à análise de vídeo pelo apitador. Gaciba, constrangido, disse no Bem, Amigos que a cabine do VAR fechou questão de que o lance não valia revisão. Inacreditável! Inaceitável! Abriram mão do uso da máquina que exite para evitar erros deste tamanho. Prepotentemente, o árbitro de campo apontava, olímpico, para a cobrança de escanteio. Erro crasso, daqueles que mudam resultado de jogo. Mesmo que o juiz depois de ver o lance considerasse normal, pelo menos teria ido conferir com o recurso tecnológico disponível. A decisão, do jeito que foi, beira o bizarro. Não pode. E não pode para já.
Gaciba quer um minuto e meio como tempo médio das decisões, é um ótimo tempo. Porém, a explicação que deu para a demora não foi boa. A comparação com a naturalidade de dirigir um carro pela primeira vez leva a erro. A Premier League saiu acertando. Ah, treinaram dois anos antes de valer à vera. Então, falhamos, deveríamos ter feito igual. Na Copa do Mundo, onde houve erro de VAR também, é verdade, o tempo foi menor e era a primeira vez em Copa. O fato é que o treinamento foi insuficiente para os nossos envolvidos em VAR, cabine de auxiliares e apitador. Leonardo Gaciba, como eu também faria, se cercou de bons números para argumentar sobre o alto índice de acertos do VAR. Porém, a demora é inexplicável e erros como o de Sâo Paulo x Ceará derrubam a credibilidade do processo. Alguém foi prejudicado fortemente porque se fez mau uso ou, pior, nem se fez uso do recurso tecnológico.
Mais do que minha torcida para que Leonardo Gaciba consiga ter êxito no combo índice de acerto/redução do tempo na decisão, acredito que ele vai conseguir. Por enquanto, porém, por mais corajoso que tenha sido ao pôr a cara à tapa, o uso do VAR no Brasil, comparado ao que acontece no mundo, está muito abaixo do aceitável.