RicardoBJJ escreveu:Saudades dessa minha faixinha azul aí da foto... é difícil explicar mesmo como alguns detalhes fazem tanta diferença, como o jiu jitsu esportivo pode ser melhorado com simples técnicas de alavancas provindas da defesa pessoal. Ontem mesmo, ao repassar as posições com um faixa branca que vai fazer exame para azul, em determinado momento ele disse "ah, sei dar kimura da guarda, essa tá tranquila". Aí eu disse, "ah é, então faz aí"... ele tentou, e antes que ele jogasse meu braço em direção às minhas costas, num movimento sutil, "invisível", escondi minha mão atacada a frente do meu peito e, como Lawyer nos ensinou, "enfiei a mão no bolso da camisa"...
o rapaz não entendeu nada, como que ele estava me atacando a kimura e num instante era ele quem estava batendo?
Ricardinho, mau como ele só... Existem ao menos três contra-ataques fulminantes de quem está preso na guarda (acho que só mostrei esse né???). São posições da hora do aperto, seja no tatame, no ringue, na rua. Fico assistindo o UFC (cada vez menos) e depois falo com Rolker: - Você viu como o cara não soube sair daquela posição???
Rolkão dá 752 exemplos tirados de situações reais de Vale-Tudo. Penso que Jiu-Jitsu, defesa pessoal, é a mesma coisa: uma arte de guerra, um conhecimento que foi refinado por séculos, belíssimo, capaz de habilitar um homem a sair das piores situações: Não apanhar, não ser finalizado, conter um agressor, ser respeitado sem ser um covarde. Se os lutadores não estão sabendo é porque quem está ensinando não está suficientemente habilitado, dando as costas a um conhecimento que fará falta no futuro, pois a história, como sabemos, é cíclica...
Essa estória de clube de tiro, comprar arma, também não é totalmente verdade, porque nem sempre um agressor está armado. Brigar nunca é bom, nunca é bom, mas e se for necessário? Se não houver outro jeito???? Melhor saber se virar...
Júpiter, se você mora perto da Humaitá, é quase um sacrilégio não matricular-se lá. Penso que todo lutador de Jiu-Jitsu, ao menos um dia na vida, tem que fazer uma aula na Humaitá, olhar para aqueles velhos troféus, fotos e respirar um pouco da história da arte... Os casos que se ouvem lá são o testemunho dos que viveram um Rio que só existe nas minhas lembranças...
Vou chegando. Vou dar uma aula particular hoje pra uma turma tão bacana como os orêia-seca de sunpaulo!
Grande abraço e bom treino!