Uma breve resenha sobre a ''mão de vaca''
Enviado: 17 Fev 2017 16:27
A POLÊMICA DA MÃO DE VACA
Alguns anos atrás (leia décadas), o lutador de jiu jitsu que gostava de utilizar as chavés de pé era considerado por alcunhas nad agradáveis, como grosseirão, 'sapateiro'', suburbano etc. Hoje esses termos não são mais usados e as chaves de pé se tornaram lugar comum nos principais torneios de jiu jitsu e submission, no Brasil e principalmente no exterior.
As competições de NO GI popularizaram as chaves de pé ao ponto de até nós, brasileiros, nos tornarmos especialistas nelas e elas inclusive darem destaque a atletas de ponta, como Luís Panza, Eberth Santos e como esquecer Rodrigo comprido, que recém promovido à faixa preta, que se sagrou campeão mundial absoluto em 1999, usando um famigerado e pouco conhecido ''mata leão no pé'' no favorito Roberto 'roleta'' Magalhães, fera da equipe Gracie Barra e favorito ao título.
Vão- se os anos, ficam- se as polêmicas e chegamos na ''horrível''(porém legal e liberada) mão de vaca.
Comecemos a polêmica pelo apelido: MÃO DE VACA. O ''correto'' seria pata de vaca ou casco de vaca(kkkkk) lembrando que vaca não tem mão.
O golpe usado por ilustres desconhecidos e por atletas renomados como Rafael Mendes para finalizar Mário Reis, na semifinal do mundial 2015, deixa a polêmica por atacar uma parte do corpo essencial para o bom andamento da
luta. Boas lutas são abreviadas pelo uso do golpe. Seria algo como se liberassem o carrinho no futebol (legalmente),o agarrão no basquete, dedada no olho no MMA e por aí vai.
Eu particularmente sei aplicar mas não uso o golpe em nenhuma situação de campeonato ou treino, independente da situação, porém já fui atacado e finalizado em um campeonato pelo maldito golpe. O golpe deixou meu pulso de molho por seis meses e ainda não está 100% curado, agravado pelo fato de já ter quebrado o osso escafóide dos dois pulsos em um acidente de trabalho.
A polêmica fica mais grave pela liberação do golpe para ateltas que ainda não são faixa preta, fato esse que poderá
gerar muitas lesões em atletas novatos, visto que esses ainda não tem um conhecimento completo da complexidade motora de determinados golpes e a mão de vaca em si, quando obriga o atleta a bater, a lesão já está instalada.
Ela não é um golpe como arm-lock ou triângulo, que existe um fino limite entre a dor e a lesão. Na mão de vaca essa fronteira não existe: DOEU, LESIONOU. E com o agravante que o golpe tem que ser aplicado com um 'tranco''. Não é um golpe que se encaixado pode ser forçado aos poucos como o arm-lock em si, uma americana ou uma kimura. Feito o bloqueio no cotovelo, os movimentos que vem a seguir devem ser efetuados rápidos e com força suficiente para obrigar ao adversário a bater, geralmente no grito.
A proibição da mão de vaca nos campeonatos não atrapalharia em nada o desenrolar das lutas, obrigaria competidores a procurar finalizações mais elaboradas e evitaria um número desnecessário de lesões. Que continue a serem ensinadas dentro das academias e que por lá ficassem. Essa é minha visão, e vocês, o que acham???
Rodrigo ''muleta'' Reis - 44 anos - Ministrando aulas há 16 anos - Faixa preta 2º grau do mestre Vinícius draculino Magalhães
Alguns anos atrás (leia décadas), o lutador de jiu jitsu que gostava de utilizar as chavés de pé era considerado por alcunhas nad agradáveis, como grosseirão, 'sapateiro'', suburbano etc. Hoje esses termos não são mais usados e as chaves de pé se tornaram lugar comum nos principais torneios de jiu jitsu e submission, no Brasil e principalmente no exterior.
As competições de NO GI popularizaram as chaves de pé ao ponto de até nós, brasileiros, nos tornarmos especialistas nelas e elas inclusive darem destaque a atletas de ponta, como Luís Panza, Eberth Santos e como esquecer Rodrigo comprido, que recém promovido à faixa preta, que se sagrou campeão mundial absoluto em 1999, usando um famigerado e pouco conhecido ''mata leão no pé'' no favorito Roberto 'roleta'' Magalhães, fera da equipe Gracie Barra e favorito ao título.
Vão- se os anos, ficam- se as polêmicas e chegamos na ''horrível''(porém legal e liberada) mão de vaca.
Comecemos a polêmica pelo apelido: MÃO DE VACA. O ''correto'' seria pata de vaca ou casco de vaca(kkkkk) lembrando que vaca não tem mão.
O golpe usado por ilustres desconhecidos e por atletas renomados como Rafael Mendes para finalizar Mário Reis, na semifinal do mundial 2015, deixa a polêmica por atacar uma parte do corpo essencial para o bom andamento da
luta. Boas lutas são abreviadas pelo uso do golpe. Seria algo como se liberassem o carrinho no futebol (legalmente),o agarrão no basquete, dedada no olho no MMA e por aí vai.
Eu particularmente sei aplicar mas não uso o golpe em nenhuma situação de campeonato ou treino, independente da situação, porém já fui atacado e finalizado em um campeonato pelo maldito golpe. O golpe deixou meu pulso de molho por seis meses e ainda não está 100% curado, agravado pelo fato de já ter quebrado o osso escafóide dos dois pulsos em um acidente de trabalho.
A polêmica fica mais grave pela liberação do golpe para ateltas que ainda não são faixa preta, fato esse que poderá
gerar muitas lesões em atletas novatos, visto que esses ainda não tem um conhecimento completo da complexidade motora de determinados golpes e a mão de vaca em si, quando obriga o atleta a bater, a lesão já está instalada.
Ela não é um golpe como arm-lock ou triângulo, que existe um fino limite entre a dor e a lesão. Na mão de vaca essa fronteira não existe: DOEU, LESIONOU. E com o agravante que o golpe tem que ser aplicado com um 'tranco''. Não é um golpe que se encaixado pode ser forçado aos poucos como o arm-lock em si, uma americana ou uma kimura. Feito o bloqueio no cotovelo, os movimentos que vem a seguir devem ser efetuados rápidos e com força suficiente para obrigar ao adversário a bater, geralmente no grito.
A proibição da mão de vaca nos campeonatos não atrapalharia em nada o desenrolar das lutas, obrigaria competidores a procurar finalizações mais elaboradas e evitaria um número desnecessário de lesões. Que continue a serem ensinadas dentro das academias e que por lá ficassem. Essa é minha visão, e vocês, o que acham???
Rodrigo ''muleta'' Reis - 44 anos - Ministrando aulas há 16 anos - Faixa preta 2º grau do mestre Vinícius draculino Magalhães