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Estava vendo o resultado do Europeu de Jiu-Jitsu e me deparei com a quantidade de fechamento de finais entre atletas. De todas as categorias em disputa, quatro fizeram finais fechadas.

Masculino:

Peso galo: Caio Terra finalizou Nicolas Gaillard com um estrangulamento
Peso pluma: João Miyao ficou com o título após fechar com Paulo Miyao
Peso pena: Márcio André venceu Gianni Grippo por 4 a 3
Peso leve: Michael Langhi venceu Gabriel Rollo por decisão dos juízes
Peso médio: JT Torres ficou com o título após fechar com Davi Ramos
Peso meio-pesado: André Galvão venceu Renato Cardoso por 4 a 0
Peso pesado: Erberth Santos venceu Tarcísio Jardim (Tarcísio se machucou nas semifinais)
Peso super-pesado: Lúcio Lagarto ficou com o título após fechar comcom Christopher Bowe
Peso pesadíssimo: Ricardo Evangelista ficou com o título após fechar com Igor Silva
Absoluto: André Galvão venceu Igor Silva por desistência

Não me ocorre que isto aconteça em outros esportes, até entendo que seja meio que "tradição" isso no jiu-jitsu, mas de certa forma é frustrante, pois justamente na faixa-preta, onde " o bicho deveria pegar de verdade" esta prática seja tão comum.

Penso que as federações deveriam obrigar os atletas a lutar a final. Se quiserem entregar a luta é outra estória, mas pelo menos, seria decidido em cima do tatame.

Entendo, mas é frustrante. Os caras representam a mesma bandeira e tal, mas são atletas e profissionais. O caso mais complicado seria o dos Miyao.

Pô Lugano, logo que comecei a praticar Jiu-Jitsu e em seguida competir achava muito estranho isso de fechar final, mas com o tempo comecei a achar muito estranho lutar com aquele brother que muitas vezes fica depois do treino ou vai em um horário alternativo para treinar contigo, ou que até mesmo vê alguma posição nova e tá lá no outro dia amarradão te passar a posição pois acha que é boa pro teu jogo.
Inclusive como sou competidor e geralmente competia em todas as etapas do Estadual, deixei bem claro pro professor e pra galera toda que caso cruzasse com qualquer um da academia na competição, caso não houvesse determinação do professor para ver quem passa e quem abre e não entrasse em consenso com o colega no dia eu abriria sempre, mesmo estando melhor no dia, ou sendo mais graduado ou antigo, ou estando melhor no ranking da federação e mesmo nos absolutos que valiam passagens ou grana.
Mas tô falando de cara que é da mesma filial que eu. Não acho certo eu abrir passagem ou fechar final com um cara de uma filial a 500km da minha cidade ou de outro país, que eu nunca vi na vida.
Claro que não tô comparando o nível que compito que são competições na cidade, estaduais e de vez em quando uma brincada nos mundiais da CBJJE com o alto nível dos atletas em questão.
Mas aí vai da cabeça de cada um fazer o que acha correto.

Pra mim é simples de resolver. Joga os dois do mesmo lado da chave e se quiserem fechar, que seja na Semi final.

Pelo menos assim vai o momento mais emocionante que é a final fica garantido.

Ou mete logo o louco que nem o Sheik faz no ADCC e coloca pra lutar os colegas logo na primeira luta (vide Rafa Mendes x Bruno Frazzato).

Bastante tempo atras eu até entendia, hj eu vejo que os próprios lutadores usam como se fossem 2 campeões, daqui a 1 ano por exemplo tanto o JT Torres como Davi Ramos vão se declarar como campeões europeus!!!

Se isso de colocar atletas da mesma equipe, no mesmo lado da chave é tão mais simples, então por qual motivo os organizadores não o fazem?
Algum motivo deve ter.

Paulo Lobo escreveu:Pô Lugano, logo que comecei a praticar Jiu-Jitsu e em seguida competir achava muito estranho isso de fechar final, mas com o tempo comecei a achar muito estranho lutar com aquele brother que muitas vezes fica depois do treino ou vai em um horário alternativo para treinar contigo, ou que até mesmo vê alguma posição nova e tá lá no outro dia amarradão te passar a posição pois acha que é boa pro teu jogo.
Inclusive como sou competidor e geralmente competia em todas as etapas do Estadual, deixei bem claro pro professor e pra galera toda que caso cruzasse com qualquer um da academia na competição, caso não houvesse determinação do professor para ver quem passa e quem abre e não entrasse em consenso com o colega no dia eu abriria sempre, mesmo estando melhor no dia, ou sendo mais graduado ou antigo, ou estando melhor no ranking da federação e mesmo nos absolutos que valiam passagens ou grana.
Mas tô falando de cara que é da mesma filial que eu. Não acho certo eu abrir passagem ou fechar final com um cara de uma filial a 500km da minha cidade ou de outro país, que eu nunca vi na vida.
Claro que não tô comparando o nível que compito que são competições na cidade, estaduais e de vez em quando uma brincada nos mundiais da CBJJE com o alto nível dos atletas em questão.
Mas aí vai da cabeça de cada um fazer o que acha correto.

Concordo contigo.

Porém fechar a luta acho sacanagem, devia ser proibido. Devia entregar no tatame então, se quer fechar fica parado, o oponente vai pras costas e finaliza, sem reação, só da uma apertadinha e já bate.

Acho desrespeitoso com o público fechar lutas. Claro, olhando pelo lado do publico/telespectador e não do atleta.

Eu não sou competidor, talvez isso influencie o meu jeito de pensar.

Como fã do esporte eu prefiro ver a luta. É frustrante uma final sem luta. Se os dois atletas são parceiros de treino e defendem a mesma equipe, porque simplesmente não fazem mais um treinão daqueles em que os dois vão 100%? A diferença é que vai ser em público. Entrega lutando.

Sei que muitas coisas podem estar em jogo além do resultado de uma luta, as vezes é um título importante, passagem pra um torneio lá fora, uma premiação em dinheiro ou patrocínio, etc...

Ainda pode ter o fator psicológico, contra um parceiro de treino alguns não são capazes de lutar com mesma postura que lutam contra 'adversários' em campeonatos. Deve ser diferente lutar contra seu irmão, seu pai ou seu filho por exemplo, mais complicado psicologicamente do que lutar contra alguém que você nunca viu. A relação de parceiros de treino pode ser como familiar então algum dos lados pode não se sentir a vontade pra 'cair na porrada' com o amigo. Não deveria ser problema se querem ser profissionais.

Acho que os atletas podem se entender e se for para entregar, entrega lutando que todo mundo agradece!

NoFunAtAll escreveu:Pra mim é simples de resolver. Joga os dois do mesmo lado da chave e se quiserem fechar, que seja na Semi final.

Pelo menos assim vai o momento mais emocionante que é a final fica garantido.

Ou mete logo o louco que nem o Sheik faz no ADCC e coloca pra lutar os colegas logo na primeira luta (vide Rafa Mendes x Bruno Frazzato).

Perfeito.
Será que não fazem esse ajuste por causa do campeonato por equipes?? Se houvesse esse ajuste, não seria possível uma mesma equipe ganhar ouro e prata.....

Foda é pagar fortuna na inscrição e fechar. Mais facil fazer uma seletiva interna.

Seletiva de Barueri chegaram 5 da Alliance, imagina a felicidade dos que abriram...

Sou contra e radical em dizer que isso é um pensamento obsoleto por mais que alguns digam que jiu jitsu é equipe eu não vejo ninguém dizer que divide salário ou patrocino, então qual motivo de ''dividir'' o primeiro lugar.

Tambpem concordo que deveriam se enfrentar (ou fechar) na semifinal. Não rolar a luta é sacanagem!

Hefe escreveu:Foda é pagar fortuna na inscrição e fechar. Mais facil fazer uma seletiva interna.

Seletiva de Barueri chegaram 5 da Alliance, imagina a felicidade dos que abriram...

Nesse exemplo da Alliance acho que se encaixa o que falei de cara que treina junto e não só por ser da mesma equipe, pois estas equipes grandes vão ter bastante gente nos campeonatos, sendo que às vezes nem no mesmo país treinam. Sei que no nível do exemplo dado e por serem todos pretas até já devem ter treinado juntos alguma vez.
Mas, agora imagina eu gastar uns 5.000 obamas para lutar um Mundial na Califórnia e ter que abrir uma semi pro cara da filial de Israel da minha equipe (Top Brother).
Aí não vejo nexo nenhum.
No caso destes tops que tão lutando sempre por grana alta e passagens o mais correto é dividir a grana ou as despesas com o cara que abriu ou fechou a final. Ou então que saiam na porrada, pois senão quem tem menos nome ou graduação (tempo de casa) que é o critério em algumas equipes nunca vai ter chance de crescimento.

NoFunAtAll escreveu:Pra mim é simples de resolver. Joga os dois do mesmo lado da chave e se quiserem fechar, que seja na Semi final.

Pelo menos assim vai o momento mais emocionante que é a final fica garantido.

Ou mete logo o louco que nem o Sheik faz no ADCC e coloca pra lutar os colegas logo na primeira luta (vide Rafa Mendes x Bruno Frazzato).

Apesar da idéia ser boa, isso só acontece na federação do Sheik, nas outras é impossivel. Os lideres de equipe tem muita influência e não aceitariam.

Se não houver remuneração, não existe razão nenhuma pra lutarem (considerando atletas que são irmãos de tatame, que treinam juntos, não de filiais diferentes).

Se vc puder lutar contra seu companheiro de equipe, que razão você tem para ensinar seu jogo pra ele, pra ajudar ele a melhorar? Vai só ser um salve-se quem puder todo o dia, sem fraternidade envolvida.

Quando tem dinheiro é trabalho, os dois estão sendo remunerados por aquela luta. Isso sim é um esporte profissional, pq aí, vc não treina com quem é seu irmão de tatame contra o qual vai lutar, contrata sparring, viaja pra treinar, contrata treinadores e preparadores físicos. Mas, enquanto vc lutar por uma honra e uma medalha, não existe razão de sair na mão com um companheiro.

Jiu Jitsu não é natação, ou corrida, que ganha quem tem físico mais adaptado e dá mais braçada. O que é ensinado pelos seus parceiros é fundamental pra vitória. Atleta q pensa o contrário, pra mim, ou não valoriza a técnica, ou esconde o jogo com todo mundo que treina.