Gustavo PereiraRedação, Rio de Janeiro 03/09/2014 - 10:43
A responsabilidade é grande: o de carregar o nome da família Gracie para dentro do cage. Mas Neiman, de 25 anos, tem tirado de letra. Invicto no MMA, o faixa-preta acumula duas vitórias por finalização no WSOF, mora em Nova York e treina na academia do tio – e lenda -, Renzo Gracie. Em entrevista à TATAME, Neiman disse que quer esquecer o sobrenome famoso para tentar seguir uma carreira de sucesso nas artes marciais mistas
“A responsabilidade(de carregar o nome da família Gracie) existe, mas, desde criança, quando comecei a competir, aprendi a deixar isso de lado. Aprendi que, acima de tudo, luto por mim, pelo meu sonho e tento esquecer o peso do sobrenome porque isso só tem a atrapalhar. Já me acostumei a separar isso na hora da luta”, disse.
Como toda a família, Neiman é cria do pano. No entanto, o filho do faixa-coral Marcio “Macarrão” com Carla Gracie sentiu que o Jiu-Jitsu não o completava: migrou para o MMA.

Neiman Gracie atua no WSOF e está invicto (Foto WSOF)
“Comecei bem cedo no Jiu-Jitsu, mas sempre fui apaixonado pelo MMA. Costumo dizer que eu nunca consegui me adaptar às regras das competições de Jiu-Jitsu. Nunca consegui fazer o meu Jiu-Jitsu fluir 100% e isso me deixava um pouco chateado. Quando comecei a treinar e lutar MMA, vi que era isso que eu amava realmente. Me sinto livre dentro do cage. O dinheiro foi o menor incentivo para mim. Luto MMA para realizar um sonho que eu sempre tive”, garante.
Mas Neiman não quer cometer o mesmo erro de outros membros da família Gracie que migraram do Jiu-Jitsu para o MMA e não obtiveram sucesso.
“Acho que eles não conseguiram se adaptar ao MMA. O Jiu-Jitsu é um esporte e o MMA é outro completamente diferente. O que eu venho aprendendo com o Renzo é que se você vai lutar MMA, você tem que treinar MMA, e não só Jiu-Jitsu. Quero tentar ser o lutador mais completo possível: aprender a socar, chutar, derrubar e melhorar meu Jiu-Jitsu, que é o carro-chefe. Pelo que tenho visto, essa é a fórmula, mas, infelizmente, não é tão fácil assim, e leva tempo”, disse o atleta, que não quer apressar as coisas.
“Meu objetivo, agora, é tentar adquirir o máximo de experiência e tempo de ringue possível para poder evoluir como lutador. É claro que tenho o sonho de chegar ao UFC, mas o pessoal do WSOF me trata muito bem também. Um passo de cada vez”, concluiu.
Fonte: http://www.tatame.com.br/apos-trocar-o- ... sobrenome/