A Viacom, gigante das telecomunicações nos EUA, anunciou nesta quarta-feira uma série de mudanças no Bellator, companhia de MMA que detém desde dezembro de 2011. A primeira é a saída de dois dos diretores da organização: Bjorn Rebney, fundador, CEO e rosto do Bellator, e Tim Danaher, presidente e chefe de operações. Scott Coker, ex-CEO do Strikeforce, foi anunciado como substituto de Rebney. A segunda é uma mudança no formato de casamento de lutas, com um distanciamento dos torneios que apontam os desafiantes aos cinturões de cada categoria.
A notícia da saída de Rebney foi dada primeiro pelo site "MMA Fighting" e confirmada pela Viacom. O executivo fundou o Bellator em 2008 e o estruturou ao redor de torneios nomeados de Grand Prix, que apontaram os campeões inaugurais da organização e, a partir daí, passou a determinar os desafiantes ao cinturão. Desde que a companhia foi comprada em 2011, porém, o casamento de grandes lutas sem depender do torneio se tornou mais frequente, especificamente com a realização de revanches que "trancaram" vencedores de GPs à espera de suas oportunidades.
- É com emoções amargas que eu anuncio que estou deixando a companhia que fundei. Tenho grande orgulho em ter tornado minha visão em realidade, um negócio bem sucedido com distribuição televisiva em mais de 140 países, uma parceria com um dos maiores gigantes de entretenimento do mundo e um amplo grupo de patrocinadores, parceiros e aliados estratégicos por todo o globo. Foram mais de oito anos maravilhosos de criação, desenvolvimento e sucesso. Vou sentir falta dos lutadores dedicados, corajosos e fortes que tive o prazer de promover, e igualmente, vou sentir falta do time incrivelmente batalhador que se tornou uma família para mim através dos anos. Viacom e Tim e eu tivemos diferenças nas nossas visões para a direção estratégica certa para o Bellator, mas Tim e eu ambos desejamos o bem a eles - disse Rebney em comunicado oficial emitido pela Viacom.
Coker foi anunciado como substituto de Rebney pouco depois. O executivo americano fundou o Strikeforce em 1985 como uma organização de kickboxing e passou a investir no MMA em 2006. Em cerca de três anos, a companhia tinha um acordo com uma das maiores emissoras de TV aberta dos EUA e ascendeu ao posto de segundo campeonato mais importante da modalidade no mundo, superada apenas pelo UFC. Todavia, com problemas financeiros, o Strikeforce acabou vendido à Zuffa, grupo de proprietários do Ultimate, em 2011, e dissolvido no início de 2013.
- Estamos empolgados em ter Scott Coker para nos liderar numa nova direção, conforme nós desenvolvemos o formato da liga de uma organização baseada em torneios para um modelo mais tradicional com grandes lutas - disse Kay.
A companhia deve detalhar as mudanças em uma coletiva de imprensa na noite desta quarta-feira, a partir de 19h (horário de Brasília).
Fonte: http://m.sportv.globo.com/site/combate/ ... neios.html
