Lutador não recebeu nenhuma punição durante reunião da Comissão Atlética do Estado de Nevada e garante que vai voltar a lutar o quanto antes.
Por Evelyn Rodrigues
Las Vegas
Wanderlei Silva admitiu, durante audiência pública da Comissão Atlética do Estado de Nevada (NSAC), que não se submeteu ao teste antidoping surpresa solicitado pela entidade porque estava fazendo uso de anti-inflamatórios e diuréticos, por conta de uma fratura no punho ocorrida durante a briga com Chael Sonnen, nas gravações do TUF Brasil 3. Enquanto a comissão atlética não definiu nenhuma punição ao lutador, mas pode discutir o assunto em uma agenda futura, o lutador deixou o local aliviado.
- Foi tudo solucionado. Eu tive um problema, quebrei o punho em fevereiro e, depois disso, comecei a treinar e senti fortes dores. Então eu precisei tomar anti-inflamatórios muito fortes e comecei a inchar e, por conta disso, comecei a tomar diurético por conta da retenção de líquidos. Quando eles foram coletar o exame de sangue, eu ainda estava tomando diurético e anti-inflamatório e eu não sabia se isso ia aparecer ou não no exame. Foi por isso que eu não fiz o teste no dia. Mas foi tudo solucionado, a comissão já deu o seu parecer. A princípio, não sofri nenhuma penalidade e, agora, quando houver uma próxima luta, eu vou fazer o teste e vai dar tudo certo como sempre deu - disse o lutador, em entrevista ao Combate.com ao final da audiência.
O "Cachorro Louco" também aproveitou para discorrer sobre o seu futuro no esporte e garantiu que ainda não pensa em aposentar as luvas. Ele, inclusive, afirmou que as únicas lutas que fazem sentido no momento seria a revanche contra Vitor Belfort ou o duelo contra Chael Sonnen, que anunciou a sua aposentadoria na semana passada após ser pego no teste antidoping, e teve sua licença de lutador em Nevada temporariamente suspensa enquanto seu caso não é julgado.
- Acho que duas lutas que o povo ainda quer ver é com o Sonnen e com o Belfort. Eu me mantenho treinando, estou treinando forte. Não sabia se iam me deixar lutar agora no dia 5 de julho, me mantive treinando por isso, e são duas lutas que eu quero, que o povo quer e, se Deus quiser, ainda vão acontecer. Mas quero aproveitar a oportunidade e agradecer a todo mundo que mandou mensagens positivas no Twitter e no Instagram. É muito bom receber o apoio de vocês, realmente essa história foi solucionada e acabou aqui hoje. Foi um grande mal entendido, eu estava apenas tomando remédio, não era nada anabólico. Eu até fiz agora o meu teste de hormônio no Brasil e deu bem abaixo da média, eu estava até com hormônio baixo. O pessoal viu que o meu TRT não tem nada a ver com o que se toma, o meu TRT é a minha esposa que me faz ter esse fogo todo, né (risos). O meu é natural, não tem nada a ver com coisa ilegal. Mas eu agradeço a todos vocês e vamos lá que o Silva está de volta.
Durante a audiência, o chairman da NSAC, Francisco Aguilar, recomendou que a entidade abrisse uma queixa formal, que poderia resultar em suspensão ou multa para Wand, que não estava licenciado e nem tinha ainda aplicado para uma licença na época em que o teste antidoping foi solicitado. Os comissários Pat Lundvall e Raymond Avansino também sinalizaram a possibilidade de penalidade administrativa, mas o Combate.com apurou com outros membros da comissão que, possivelmente, o caso de Wand só deverá ser revisto se ele um dia aplicar para uma nova licença em Nevada. O advogado de Wand, Ross Goodman, no entanto, acredita que seu cliente não terá problemas se decidir lutar no estado.
Com base no que os membros da comissão disseram, se o Wanderlei quiser lutar aqui de novo um dia, ele terá que passar pelo processo de obtenção de uma nova licença, incluindo os testes antidoping pré e pós-luta. Eu acho que isso será mandatório no caso de uma nova licença e, se o Wanderlei fizer tudo certinho, não acredito que terá qualquer tipo de problema nesses testes antidoping - disse Goodman, que acrescentou que o lutador não entregou nenhum exame médico adicional à comissão:
- Eles nunca requisitaram exames médicos, isso foi apenas uma audiência para informação. Nós cooperamos com a informação da nossa parte e cumprimos o nosso papel - finalizou.
Fonte: Clique aqui
