Presidente do UFC no Brasil admite momento difícil e fala em “categoria de base”
Enviado: 01 Jun 2016 12:01
Presidente do UFC no Brasil admite momento difícil e fala em “categoria de base”
No último fim de semana, uma das maiores esperanças para o futuro do MMA brasileiro sofreu uma dura derrota. Thomas Almeida, o ‘Thominhas’, foi nocauteado ainda no primeiro round da luta principal do UFC Fight Night 88, em Las Vegas (EUA), e viu a sua invencibilidade de 21 lutas como profissional chegar ao fim.
A derrota do atleta de 24 anos somada ao revés também inesperado do jovem Warlley Alves no UFC 198, disputado há cerca de duas semanas em Curitiba, e a perda do cinturão dos pesados por Fabricio Werdum no mesmo evento, colocaram muitas dúvidas na torcida brasileira. O país que chegou a sustentar metade dos cinturões do Ultimate, agora se contenta apenas com Rafael dos Anjos liderando a categoria dos leves (70 kg).
Após uma geração que encantou o mundo das Artes Marciais Mistas e colocou o Brasil no topo com nomes como Wanderlei Silva, Rodrigo ‘Minotauro’, Vitor Belfort, Anderson Silva, Maurício ‘Shogun’ e cia, o país vive um momento importante de transição para uma nova safra de atletas que ainda busca se estabelecer no MMA internacional. Em entrevista exclusiva à Ag. Fight, o presidente do UFC no Brasil, Giovani Decker, admitiu que a organização atravessa um período complicado, mas já esperado e ainda fez uma comparação com a seleção brasileira de futebol de 1982, que tinha nomes como Zico, Sócrates e Junior.
“É um momento difícil, mas até certo ponto esperado. Primeiro que tivemos uma geração que eu costumo compará-la com a geração de 82 do futebol. Eram lutadores que entregavam muito dentro do octógono e fora dele. Anderson, Vitor, Minotauro, Lyoto, o próprio ‘Cigano’… Eram lutadores muito acima da média dos outros. Tinham perfis diferentes também e que se completavam tanto dentro quanto fora do octógono. Acho que isso será muito difícil de se repetir em um futuro próximo. Até por um certo ponto isso era esperado, porque essa geração era tão boa que acho que faltou um pouco de se buscar esses talentos, gente nova, gente que substituíssem esses craques. E agora nós vamos correr atrás desse trabalho para que venham os novos talentos”, garantiu o dirigente.
E para auxiliar o MMA brasileiro na busca por novos talentos, Giovani Decker imagina algumas soluções rápidas e outras mais demoradas para a atual fase que o esporte vive. Uma delas, segundo o dirigente, passa pela criação de uma espécia de “divisão de base” para lutadores ainda em formação. O gaúcho explicou que tudo ainda não passa de uma ideia, mas um centro de treinamento para esses atletas seria uma das possibilidades que ele vislumbra.
“Tem um trabalho capitaneado pelo Rodrigo ‘Minotauro’ e pelo Denis Martins (gerente de relacionamento do UFC) que tem ajudado a colocar gente nova para dentro. Ajudamos pouco tempo atrás o Luan Chagas a entrar no UFC 198. Temos ajudado em algumas contratações. E é correr contra o tempo agora. Ainda terão mais alguns anos difíceis, mas não tem jeito. Acho que tem que ter ações de curtíssimo, de curto e longo prazo. Em curto prazo é apressar a contratação de vários caras talentosos e que não estão no UFC. Até o fato de o UFC ser a organização que demanda mais talento e esforço vai fazer com que o atleta evolua mais […] E acho que a médio e longo prazo temos que criar uma estrutura para esses caras que têm esse talento para que eles possam evoluir. Uma divisão de base ou um centro de treinamentos. Alguma coisa para esses caras. Se não for um centro de treinamento, ajudar no treinamento. Alguma coisa nesse sentido para que desenvolva o que hoje o MMA brasileiro não está encontrando de resposta. É mais uma ideia. Quando for um projeto eu chamo vocês (da imprensa) para deixar claro. Mas acho que é isso. Hoje é o que eu penso”, explicou.
Diversos outros assuntos foram abordados na entrevista que durou quase 1h no escritório oficial do evento em São Paulo. O bate-papo completo da Ag. Fight com Giovani Decker você confere nesta sexta-feira (3).
Fonte: http://agfight.band.uol.com.br/presiden ... a-de-base/
No último fim de semana, uma das maiores esperanças para o futuro do MMA brasileiro sofreu uma dura derrota. Thomas Almeida, o ‘Thominhas’, foi nocauteado ainda no primeiro round da luta principal do UFC Fight Night 88, em Las Vegas (EUA), e viu a sua invencibilidade de 21 lutas como profissional chegar ao fim.
A derrota do atleta de 24 anos somada ao revés também inesperado do jovem Warlley Alves no UFC 198, disputado há cerca de duas semanas em Curitiba, e a perda do cinturão dos pesados por Fabricio Werdum no mesmo evento, colocaram muitas dúvidas na torcida brasileira. O país que chegou a sustentar metade dos cinturões do Ultimate, agora se contenta apenas com Rafael dos Anjos liderando a categoria dos leves (70 kg).
Após uma geração que encantou o mundo das Artes Marciais Mistas e colocou o Brasil no topo com nomes como Wanderlei Silva, Rodrigo ‘Minotauro’, Vitor Belfort, Anderson Silva, Maurício ‘Shogun’ e cia, o país vive um momento importante de transição para uma nova safra de atletas que ainda busca se estabelecer no MMA internacional. Em entrevista exclusiva à Ag. Fight, o presidente do UFC no Brasil, Giovani Decker, admitiu que a organização atravessa um período complicado, mas já esperado e ainda fez uma comparação com a seleção brasileira de futebol de 1982, que tinha nomes como Zico, Sócrates e Junior.
“É um momento difícil, mas até certo ponto esperado. Primeiro que tivemos uma geração que eu costumo compará-la com a geração de 82 do futebol. Eram lutadores que entregavam muito dentro do octógono e fora dele. Anderson, Vitor, Minotauro, Lyoto, o próprio ‘Cigano’… Eram lutadores muito acima da média dos outros. Tinham perfis diferentes também e que se completavam tanto dentro quanto fora do octógono. Acho que isso será muito difícil de se repetir em um futuro próximo. Até por um certo ponto isso era esperado, porque essa geração era tão boa que acho que faltou um pouco de se buscar esses talentos, gente nova, gente que substituíssem esses craques. E agora nós vamos correr atrás desse trabalho para que venham os novos talentos”, garantiu o dirigente.
E para auxiliar o MMA brasileiro na busca por novos talentos, Giovani Decker imagina algumas soluções rápidas e outras mais demoradas para a atual fase que o esporte vive. Uma delas, segundo o dirigente, passa pela criação de uma espécia de “divisão de base” para lutadores ainda em formação. O gaúcho explicou que tudo ainda não passa de uma ideia, mas um centro de treinamento para esses atletas seria uma das possibilidades que ele vislumbra.
“Tem um trabalho capitaneado pelo Rodrigo ‘Minotauro’ e pelo Denis Martins (gerente de relacionamento do UFC) que tem ajudado a colocar gente nova para dentro. Ajudamos pouco tempo atrás o Luan Chagas a entrar no UFC 198. Temos ajudado em algumas contratações. E é correr contra o tempo agora. Ainda terão mais alguns anos difíceis, mas não tem jeito. Acho que tem que ter ações de curtíssimo, de curto e longo prazo. Em curto prazo é apressar a contratação de vários caras talentosos e que não estão no UFC. Até o fato de o UFC ser a organização que demanda mais talento e esforço vai fazer com que o atleta evolua mais […] E acho que a médio e longo prazo temos que criar uma estrutura para esses caras que têm esse talento para que eles possam evoluir. Uma divisão de base ou um centro de treinamentos. Alguma coisa para esses caras. Se não for um centro de treinamento, ajudar no treinamento. Alguma coisa nesse sentido para que desenvolva o que hoje o MMA brasileiro não está encontrando de resposta. É mais uma ideia. Quando for um projeto eu chamo vocês (da imprensa) para deixar claro. Mas acho que é isso. Hoje é o que eu penso”, explicou.
Diversos outros assuntos foram abordados na entrevista que durou quase 1h no escritório oficial do evento em São Paulo. O bate-papo completo da Ag. Fight com Giovani Decker você confere nesta sexta-feira (3).
Fonte: http://agfight.band.uol.com.br/presiden ... a-de-base/