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Considerada uma das melhores academias de MMA do mundo, a AKA (American Kickboxing Academy), localizada em San José, terceira maior cidade do estado da Califórnia, reúne hoje alguns dos maiores nomes do esporte, como o campeão peso-pesado do UFC, Cain Velásquez, o peso-meio-pesado e ex-campeão dos pesados do Strikeforce, Daniel Cormier, e o ex-campeão peso-médio do Strikeforce, Luke Rockhold. Fundada em 1985 por Javier Mendez, ex-campeão mundial de kickboxing, o estabelecimento era apenas um local de treino de kickboxers profissionais e amadores e, curiosamente, foi aberto graças à ajuda do atual presidente do Bellator, Scott Coker.

- Eu já praticava artes marciais e tinha vencido duas vezes o campeonato mundial de kickboxing da ISKA (Associação Internacional de Karatê). O meu treinador, na época, era o Scott Coker, ex-presidente do Strikeforce e atual CEO do Bellator. Ele começou a promover um evento chamado West Coast Production, que envolvia luta, e eu costumava ajudá-lo a encontrar lutadores. E então, de ajudá-lo a encontrar lutadores, acabei me tornando um de seus lutadores. Depois, passei a cuidar de uma de suas academias, treinando os meus atletas em kickboxing. Ou seja, o Scott passou de meu professor a meu promotor. Mais tarde eu assumi a primeira academia que ele tinha como se fosse minha. Scott basicamente me ajudou a me estabelecer onde estou hoje. Na verdade, eu comecei a minha carreira no boxe quando tinha 12 anos de idade e, daí, passei para artes marciais quando tinha 18. Era um estilo chamado "Tang Soo Do" coreano. De lá, eu passei a treinar com o Scott Coker no taekwondo e fiz a transição para o kickboxing - relembra Javier.

Confira a galeria de fotos da AKA
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Dono e treinador principal do time, ele conta que a ascensão da academia no mundo das artes marciais mistas foi gradual e aconteceu graças à indicação de lutadores, que faziam propaganda de seus serviços no "boca a boca".

- No começo era apenas uma academia de kickboxing. Meu primeiro estudante de MMA foi o Brian Johnston, que me chamou para ajudá-lo a melhorar o kickboxing no início, mas ele ficou amigo do Paul Varelans, que por sua vez lutava no UFC naquela época. Nós fomos com o Paul para um evento no Colorado e, a partir desse evento, eu consegui colocar o Brian no UFC, em 1996. Por causa do Brian, conheci o Frank Shamrock. E foi através do Shamrock que eu conheci o Bob Southworth, que era um aluno do Ralph Gracie junto com o BJ Penn. Foi assim que o BJ passou a treinar aqui e, a partir daí, muitas coisas aconteceram. Nós começamos a ajudar os lutadores a conseguir lutas e a treinar, nos juntamos a uma empresa de gestão e eles trouxeram novos atletas como o Cain Velásquez, Josh Koscheck, Daniel Cormier, Jon Fitch e Luke Rockhold. A AKA passou a crescer e um lutador foi trazendo o outro.
Apesar de ser considerado um dos melhores treinadores de MMA da atualidade, Javier conta que o início no esporte foi gradual. Na época, a família Gracie dominava as artes marciais mistas e ganhava fama ao redor do mundo com sua clara vantagem no jogo de solo, já que os lutadores que não estavam familiarizados com finalizações e agarramentos, e mostravam despreparo para lidar com tais técnicas em combates da modalidade.

- Nós não sabíamos muito sobre o esporte, porque os Gracies estavam muito à frente de todo mundo. Todos nós sabíamos que eles estavam à frente do seu tempo. Também sabíamos que, para ter sucesso no MMA, era imprescindível ter um bom treinador de jiu-jítsu. Sem isso, você não conseguiria se destacar. Hoje, todas as academias têm treinadores de jiu-jítsu, e passou a ser uma questão de ter o treinador certo, da escola certa, trabalhando com você como um parceiro, mas naquela época não era todo mundo que entendia isso. Foi por isso que não tive dificuldades para migrar para o MMA, porque eu não era um expert em wrestling ou em jiu-jítsu. Eu, na verdade, mal conhecia. O que fiz foi usar uma frase que diz: “Pense e fique rico”. Há um livro sobre isso, que fala basicamente em usar a sua mentalidade. Você não tem que saber tudo, mas apenas como colocar a pessoa certa no lugar certo para saber tudo. Então tudo o que eu faço é: se eu não sei wrestling, eu tento procurar o melhor treinador de wrestling disponível, eu o coloco ali para dar aula aos meus pupilos e eu me certifico de que ele está fazendo o que deveria fazer. É o que tenho feito. Até hoje ainda não sei nada sobre wrestling ou jiu-jítsu, mas estou bastante familiarizado com o esporte, então sei o que é requisitado e o que um lutador precisa.
Segundo Mendez, desde o auge da família Gracie no esporte, um time sem bons treinadores de jiu-jítsu não é capaz de sobreviver no cenário atual do MMA. Por isso, além de ter um treinador da modalidade exclusivo no time - o brasileiro Leandro Vieira, co-fundador da equipe Checkmat - , a AKA ainda traz outros campeões da modalidade para treinar seus atletas.

- Nós sempre soubemos da importância de se ter especialistas na arte suave, porque os nossos atletas eram oriundos de outros esportes, eram mais familiarizados até com o wrestling do que com o jiu-jítsu. Então, quando nós estávamos procurando por um novo treinador de jiu-jítsu e o Leandro estava disponível, eu o conheci e, em duas semanas, percebi que ele podia ser a peça-chave para melhorarmos ainda mais o trabalho de chão dos nossos atletas. Desde que ele chegou, não tem sido diferente. E, por ter o Leandro aqui, nós temos o luxo de termos a Checkmat, que é a casa do Marcus Buchecha que, para mim, é hoje o “rei do jiu-jítsu”. Então, nós temos a oportunidade de treinar jiu-jítsu com o melhor lutador peso-pesado do mundo e ele treina com o Cain, com o Daniel e com todos os outros caras. E o Leandro e o Buchecha ainda trazem outros caras com eles, como o Leo Vieira e outros campeões da modalidade. É realmente um diferencial para a nossa equipe.

O treinador garante que continua com a mesma filosofia de ensino desde a fundação da AKA, há 29 anos. Com papel fundamental na equipe, Mendez traça as estratégias principais para cada combate e trabalha no aperfeiçoamento de cada um de seus atletas, e se orgulha do crescimento de sua marca, que conta com mais uma sede em Hillsdale.

- Nós temos diversas turmas aqui, para adultos e crianças, de jiu-jítsu a boxe. Nós temos aulas de kickboxing, muay thai, de diversos tipos de artes marciais para todo mundo. Nós também temos uma área para condicionamento físico. São mais de 2.700 metros quadrados, com uma piscina do lado de fora. Essa academia era especializada em squash antes de nós assumirmos o prédio, por isso há tantas divisões. Mas não é preciso ser lutador de MMA para treinar aqui. Temos atletas profissionais e amadores. Os profissionais treinam separado das 12h às 14h, de segunda à sexta-feira. Eu lidero todo mundo às segundas, quartas e sextas. Às terças, Daniel Cormier comanda o treino de wrestling, às quintas o treino é de jiu-jítsu com o Leandro Vieira. Eu tomo conta, principalmente, de Cain Velásquez, Luke Rockhold e Daniel Cormier. Cada um deles tem um estilo de luta completamente diferente. Nenhum deles luta parecido, porque eu não acredito em ensiná-los a mesma coisa. Temos que olhar para eles, identificar os pontos fortes de cada um e desenvolvê-los ainda mais no que eles já são bons. Eu os trato de forma diferente, porque trabalho de acordo com as suas habilidades. Foi assim que iniciei no esporte e essa minha filosofia de trabalho nunca vai mudar - finaliza o treinador.

Fonte: http://sportv.globo.com/site/combate/no ... khold.html" onclick="window.open(this.href);return false;

Material humano da ala é foda demais

A AKA tá lucranco muito com esse intercâmbio com os atletas da Checkmat

Vão ter que contratar o Bisping para dar o treino de boxe depois dele amassar a cara do falastrão dos médios do UFC.