Daniel Sarafian desabafa e revela trauma com a fama
Enviado: 20 Nov 2014 23:11
Daniel Sarafian desabafa e revela trauma com a fama ganha no TUF
Lutador diz que está mais experiente e feliz, e garante que não se preocupa com ser ou não demitido do UFC caso perca para Dan Miller em Barueri
Poucos lutadores iniciantes foram tão bem aceitos pelo público pouco habituado ao MMA quanto Daniel Sarafian. Membro da primeira edição do TUF Brasil, o descendente de armênios foi rapidamente alçado à condição de símbolo sexual e exemplo de superação, por ter vencido a obesidade quando jovem e se tornado um atleta de alto rendimento. Mas a fama não trouxe bons frutos a Sarafian. As reações por parte de leitores e fãs de MMA às suas derrotas e mesmo às suas vitórias deixaram o lutador traumatizado, como ele conta em entrevista por telefone ao Combate.com, e ajudaram-no a tomar a decisão de se mudar do Brasil para os EUA.

- Às vezes recebo mensagens de gente legal, que passa coisas positivas, mas também recebo outras, de gente que diz me odeia, e que quer me ver morto. Essas pessoas me deram um certo trauma da fama. Muita gente quer o meu bem, mas outros querem o meu mal. Sabe o que eu acho? Que eles odeiam a eles mesmos. Isso é coisa de gente covarde, fraca. Quem não é covarde e é forte tem o foco em trabalhar e serem vencedor no fim das contas. Quem é covarde e perdedor acha mais fácil você descer ao nível delas do que elas subirem. Subir na vida é difícil. Se eu perder e for demitido, vou seguir a minha vida. Tenho uma profissão, vou lutar em outro lugar, vou dar aulas e vou treinar. Se eu desagrado a vocês, eu vou continuar desagrandando. Não faço questão que vocês gostem de mim. Quero agradar a quem me ama. O meu sonho já foi realizado, eu já estou no UFC. Já sei como é a fama, e aprendi muito com isso. Hoje eu estou feliz. Aqui onde eu estou nos EUA é um lugar gostoso, e já fiz até alguns amigos. Treino muito, e isso me deixa feliz também. Estou bem adaptado, e nem tenho pretensão de voltar, a não ser para lutar ou ver minha família e meus amigos. Sempre vou defender a bandeira do Brasil, que é o meu país, e que eu amo. Mas é muito mais difícil viver aí no Brasil do que aqui. Por isso meus planos são de ficar aqui por um bom tempo.
Conhecido por ser um atleta muito emotivo, Sarafian recebeu críticas por deixar essas emoções tirarem seu foco durante os combates. O lutador nega que fosse influenciado pelas emoções.
- Eu nunca estive apegado à emoção de lutar em casa, mas por lutar no UFC, o que era um erro. O UFC é o meu emprego, nada mais. Se me mandarem embora, minha vida continua, porque tenho uma profissão. A minha vida mudou em poucos fatores. Me trouxe fama, mas isso não me atrai mais em nada. Eu queria ser famoso, ganhar dinheiro e ser campeão. Fiquei famoso, não ganhei muito dinheiro e vi que não gosto da fama. Prefiro ser anônimo. Me desculpe quem não gostar de ler isso, mas é a verdade. Vou lá pra fazer o que eu gosto. Quanto mais a luta é dura, mais eu gosto. Eu sou feliz lutando, ponto. Quando perco, fico triste por alguns momentos, mas quero voltar a lutar para voltar a ser feliz. Contra o Mutante e o CB Dollaway realmente eu mostrei aquela pilha, mas estava sob controle. Nem culpo ninguém por isso. Me motivaram até demais. Mas quero ser melhor do que aquilo, e vou ser. Muito do que a gente transmite é uma parte da emoção que a gente vive naquele momento. Eu estava transmitindo o que eu estava vivendo nos últimos tempos. Agora estou mais calmo e mais feliz, e vou entrar com outra expressão.
As três derrotas em quatro lutas ensinaram algumas lições a Daniel Sarafian. Na sua opinião, a principal delas foi tomar suas decisões baseado em suas próprias opiniões.
- Aprendi que não pode ter muito cacique e pouco índio. Temos que ter as nossas próprias decisões. Sou jovem, mas tenho mais experiência que muito lutador. Tenho que ouvir meus treinadores, mas nunca deixar de lado meus aprendizados. Estou sem pressão alguma, com a melhor cabeça que eu já lutei nos últimos tempos. Isso vai fazer a diferença. Estou calmo e consciente. Agressivo, mas com bastante evolução técnica.
Sarafian também falou o que espera da luta contra Dan Miller, seu rival no UFC Barueri, que acontece dia 20 de dezembro, em São Paulo.
- Acho que vai ser um lutão, porque o Dan Miller é como eu, vai para a luta. É disso que eu gosto. Acho que tem tudo para ser uma luta que vai levar a galera ao delírio. Ele é muito experiente, tem o meu respeito, principalmente pelo wrestling e pelo chão dele, mas já encarei caras experientes no UFC. Sobre a minha estratégia, eu vou guardar comigo, senão ele pode ler e acabar com ela (risos).
UFC: Machida x Dollaway
20 de dezembro de 2014, em Barueri (SP)
CARD PRINCIPAL
Peso-médio: Lyoto Machida x CB Dollaway
Peso-galo: Renan Barão x Mitch Gagnon
Peso-meio-pesado: Antônio Cara de Sapato x Patrick Cummins
Peso-leve: Elias Silvério x Rashid Magomedov
Peso-meio-médio: Erick Silva x Mike Rhodes
Peso-pena: Rony Jason x Tom Niinimaki
CARD PRELIMINAR
Peso-meio-pesado: Marcos Pezão x Igor Pokrajac
Peso-médio: Daniel Sarafian x Dan Miller
Peso-pena: Darren Elkins x Hacran Dias
Peso-galo: Leandro Issa x Ulka Sasaki
Peso-meio-médio: Marcio Lyoto x Tim Means
Peso-médio: Vitor Miranda x Jake Collier
Fonte: http://sportv.globo.com/site/combate/no ... o-tuf.html" onclick="window.open(this.href);return false;
Lutador diz que está mais experiente e feliz, e garante que não se preocupa com ser ou não demitido do UFC caso perca para Dan Miller em Barueri
Poucos lutadores iniciantes foram tão bem aceitos pelo público pouco habituado ao MMA quanto Daniel Sarafian. Membro da primeira edição do TUF Brasil, o descendente de armênios foi rapidamente alçado à condição de símbolo sexual e exemplo de superação, por ter vencido a obesidade quando jovem e se tornado um atleta de alto rendimento. Mas a fama não trouxe bons frutos a Sarafian. As reações por parte de leitores e fãs de MMA às suas derrotas e mesmo às suas vitórias deixaram o lutador traumatizado, como ele conta em entrevista por telefone ao Combate.com, e ajudaram-no a tomar a decisão de se mudar do Brasil para os EUA.

- Às vezes recebo mensagens de gente legal, que passa coisas positivas, mas também recebo outras, de gente que diz me odeia, e que quer me ver morto. Essas pessoas me deram um certo trauma da fama. Muita gente quer o meu bem, mas outros querem o meu mal. Sabe o que eu acho? Que eles odeiam a eles mesmos. Isso é coisa de gente covarde, fraca. Quem não é covarde e é forte tem o foco em trabalhar e serem vencedor no fim das contas. Quem é covarde e perdedor acha mais fácil você descer ao nível delas do que elas subirem. Subir na vida é difícil. Se eu perder e for demitido, vou seguir a minha vida. Tenho uma profissão, vou lutar em outro lugar, vou dar aulas e vou treinar. Se eu desagrado a vocês, eu vou continuar desagrandando. Não faço questão que vocês gostem de mim. Quero agradar a quem me ama. O meu sonho já foi realizado, eu já estou no UFC. Já sei como é a fama, e aprendi muito com isso. Hoje eu estou feliz. Aqui onde eu estou nos EUA é um lugar gostoso, e já fiz até alguns amigos. Treino muito, e isso me deixa feliz também. Estou bem adaptado, e nem tenho pretensão de voltar, a não ser para lutar ou ver minha família e meus amigos. Sempre vou defender a bandeira do Brasil, que é o meu país, e que eu amo. Mas é muito mais difícil viver aí no Brasil do que aqui. Por isso meus planos são de ficar aqui por um bom tempo.
Conhecido por ser um atleta muito emotivo, Sarafian recebeu críticas por deixar essas emoções tirarem seu foco durante os combates. O lutador nega que fosse influenciado pelas emoções.
- Eu nunca estive apegado à emoção de lutar em casa, mas por lutar no UFC, o que era um erro. O UFC é o meu emprego, nada mais. Se me mandarem embora, minha vida continua, porque tenho uma profissão. A minha vida mudou em poucos fatores. Me trouxe fama, mas isso não me atrai mais em nada. Eu queria ser famoso, ganhar dinheiro e ser campeão. Fiquei famoso, não ganhei muito dinheiro e vi que não gosto da fama. Prefiro ser anônimo. Me desculpe quem não gostar de ler isso, mas é a verdade. Vou lá pra fazer o que eu gosto. Quanto mais a luta é dura, mais eu gosto. Eu sou feliz lutando, ponto. Quando perco, fico triste por alguns momentos, mas quero voltar a lutar para voltar a ser feliz. Contra o Mutante e o CB Dollaway realmente eu mostrei aquela pilha, mas estava sob controle. Nem culpo ninguém por isso. Me motivaram até demais. Mas quero ser melhor do que aquilo, e vou ser. Muito do que a gente transmite é uma parte da emoção que a gente vive naquele momento. Eu estava transmitindo o que eu estava vivendo nos últimos tempos. Agora estou mais calmo e mais feliz, e vou entrar com outra expressão.
As três derrotas em quatro lutas ensinaram algumas lições a Daniel Sarafian. Na sua opinião, a principal delas foi tomar suas decisões baseado em suas próprias opiniões.
- Aprendi que não pode ter muito cacique e pouco índio. Temos que ter as nossas próprias decisões. Sou jovem, mas tenho mais experiência que muito lutador. Tenho que ouvir meus treinadores, mas nunca deixar de lado meus aprendizados. Estou sem pressão alguma, com a melhor cabeça que eu já lutei nos últimos tempos. Isso vai fazer a diferença. Estou calmo e consciente. Agressivo, mas com bastante evolução técnica.
Sarafian também falou o que espera da luta contra Dan Miller, seu rival no UFC Barueri, que acontece dia 20 de dezembro, em São Paulo.
- Acho que vai ser um lutão, porque o Dan Miller é como eu, vai para a luta. É disso que eu gosto. Acho que tem tudo para ser uma luta que vai levar a galera ao delírio. Ele é muito experiente, tem o meu respeito, principalmente pelo wrestling e pelo chão dele, mas já encarei caras experientes no UFC. Sobre a minha estratégia, eu vou guardar comigo, senão ele pode ler e acabar com ela (risos).
UFC: Machida x Dollaway
20 de dezembro de 2014, em Barueri (SP)
CARD PRINCIPAL
Peso-médio: Lyoto Machida x CB Dollaway
Peso-galo: Renan Barão x Mitch Gagnon
Peso-meio-pesado: Antônio Cara de Sapato x Patrick Cummins
Peso-leve: Elias Silvério x Rashid Magomedov
Peso-meio-médio: Erick Silva x Mike Rhodes
Peso-pena: Rony Jason x Tom Niinimaki
CARD PRELIMINAR
Peso-meio-pesado: Marcos Pezão x Igor Pokrajac
Peso-médio: Daniel Sarafian x Dan Miller
Peso-pena: Darren Elkins x Hacran Dias
Peso-galo: Leandro Issa x Ulka Sasaki
Peso-meio-médio: Marcio Lyoto x Tim Means
Peso-médio: Vitor Miranda x Jake Collier
Fonte: http://sportv.globo.com/site/combate/no ... o-tuf.html" onclick="window.open(this.href);return false;