Em 2015, Cigano precisa de mais Dedé e menos Dórea
Enviado: 21 Dez 2014 20:26
Fala amigos, vi este texto lá no Sexto Round, do nosso amigo Rebelo. O texto aborda um ponto muito citado pelos foristas aqui do fórum.
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Em 2015, Cigano precisa de mais Dedé e menos Dórea
Primeiro round da segunda luta entre Junior Cigano e Cain Velasquez.
O brasileiro se perde na pressão do desafiante ainda no início, mas ainda assim tenta evitar golpes de um peso pesado só com pêndulo e esquiva.
Cain, então, apanha Junior recuando ao lado da grade de guarda baixa, leva o brasileiro a knockdown e inicia a arrasadora reconquista do título.
Terceira luta entre Cigano e Velasquez.
O agora ex-campeão fica preso no implacável jogo de grade do americano, que aproveita, de novo, o recuo de guarda baixa de Junior para acertá-lo.
No terceiro assalto, depois de um knockdown por conta da mesma falha, Cain se aproveita de uma nova tentativa de esquiva de Cigano (outra vez encostado na grade) e o acerta, acabando com as chances de recuperação do catarino-baiano.
Fim do primeiro round da luta entre Cigano e Stipe Miocic.
O brasileiro, mais uma vez, insiste em recuar e ficar preso na grade.
Pego no clinch de Miocic, que, obviamente, assistiu atentamente à trilogia Junior-Cain, Cigano se afasta mais uma vez de guarda baixa, recebendo golpes fortes que, para muitos, definiram o round a favor do americano.

Chega o intervalo entre rounds, Cigano senta no banco e ouve de Luís Dórea, seu técnico principal desde o início da carreira:
"Seu cruzado de esquerda abre todo o caminho. Tá pegando, ok? Finta ganha o centro do octagon. Reto com o direto e volta cruzando. Tá pegando, como o primeiro golpe, o segundo, o terceiro"
Uma orientação de boxe. Apenas de boxe, sendo que o lutador do seu córner possivelmente havia perdido o round (não foi o que vimos, já que dois juízes lhe deram 10 a 9).
Só aí, detrás da grade, irrompe Dedé Pederneiras, que tem acolhido Cigano na Nova União, com a orientação mais importante a dar:
"O que cê tá errando é que, depois que cê defende [a queda], cê tá saindo com a mão baixa. Tem que sair com a mão alta!"
Não que Cigano tenha eliminado o problema nos rounds seguintes. Não que Dórea nunca tenha pedido isso em lutas anteriores.
Mas este episódio em específico demonstra que Junior precisa de alguém cuja visão esteja primeiramente ligada a toda a complexidade do jogo, e não apenas ao seu carro-chefe.
Dórea fez do naturalmente talentoso Cigano um dos melhores boxers da história do MMA.
Mas, se Cigano continua cometendo os mesmos erros de dois anos atrás, não se pode tirar a responsabilidade de seu principal treinador durante todo esse tempo.

Se Junior tem ficado refém de seu ponto mais forte, o boxe em longa distância que o tem feito recuar até a grade e ficar preso no clinch adversário, seu treinador principal também tem certa culpa.
O rápido episódio entre o primeiro e o segundo rounds da luta contra Miocic mostra que Cigano precisa de menos boxe e mais MMA.
Precisa, no momento, de menos Dórea e mais Dedé.
Fonte: http://sextoround.com.br/16320-em-2015- ... nos-dorea/" onclick="window.open(this.href);return false;
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Em 2015, Cigano precisa de mais Dedé e menos Dórea
Primeiro round da segunda luta entre Junior Cigano e Cain Velasquez.
O brasileiro se perde na pressão do desafiante ainda no início, mas ainda assim tenta evitar golpes de um peso pesado só com pêndulo e esquiva.
Cain, então, apanha Junior recuando ao lado da grade de guarda baixa, leva o brasileiro a knockdown e inicia a arrasadora reconquista do título.
Terceira luta entre Cigano e Velasquez.
O agora ex-campeão fica preso no implacável jogo de grade do americano, que aproveita, de novo, o recuo de guarda baixa de Junior para acertá-lo.
No terceiro assalto, depois de um knockdown por conta da mesma falha, Cain se aproveita de uma nova tentativa de esquiva de Cigano (outra vez encostado na grade) e o acerta, acabando com as chances de recuperação do catarino-baiano.
Fim do primeiro round da luta entre Cigano e Stipe Miocic.
O brasileiro, mais uma vez, insiste em recuar e ficar preso na grade.
Pego no clinch de Miocic, que, obviamente, assistiu atentamente à trilogia Junior-Cain, Cigano se afasta mais uma vez de guarda baixa, recebendo golpes fortes que, para muitos, definiram o round a favor do americano.

Chega o intervalo entre rounds, Cigano senta no banco e ouve de Luís Dórea, seu técnico principal desde o início da carreira:
"Seu cruzado de esquerda abre todo o caminho. Tá pegando, ok? Finta ganha o centro do octagon. Reto com o direto e volta cruzando. Tá pegando, como o primeiro golpe, o segundo, o terceiro"
Uma orientação de boxe. Apenas de boxe, sendo que o lutador do seu córner possivelmente havia perdido o round (não foi o que vimos, já que dois juízes lhe deram 10 a 9).
Só aí, detrás da grade, irrompe Dedé Pederneiras, que tem acolhido Cigano na Nova União, com a orientação mais importante a dar:
"O que cê tá errando é que, depois que cê defende [a queda], cê tá saindo com a mão baixa. Tem que sair com a mão alta!"
Não que Cigano tenha eliminado o problema nos rounds seguintes. Não que Dórea nunca tenha pedido isso em lutas anteriores.
Mas este episódio em específico demonstra que Junior precisa de alguém cuja visão esteja primeiramente ligada a toda a complexidade do jogo, e não apenas ao seu carro-chefe.
Dórea fez do naturalmente talentoso Cigano um dos melhores boxers da história do MMA.
Mas, se Cigano continua cometendo os mesmos erros de dois anos atrás, não se pode tirar a responsabilidade de seu principal treinador durante todo esse tempo.

Se Junior tem ficado refém de seu ponto mais forte, o boxe em longa distância que o tem feito recuar até a grade e ficar preso no clinch adversário, seu treinador principal também tem certa culpa.
O rápido episódio entre o primeiro e o segundo rounds da luta contra Miocic mostra que Cigano precisa de menos boxe e mais MMA.
Precisa, no momento, de menos Dórea e mais Dedé.
Fonte: http://sextoround.com.br/16320-em-2015- ... nos-dorea/" onclick="window.open(this.href);return false;