GSP sobre doping: "É trapaça, tinha arma biológica"
Enviado: 09 Fev 2015 10:49
Ex-campeão dos pesos-meio-médios do UFC diz que luta contra Nick Diaz deveria ter sido cancelada e pede exames antidoping realizados por organizações independentes
Afastado do MMA desde novembro de 2013 para lidar com questões pessoais, o canadense Georges St-Pierre opinou neste fim de semana sobre o caso de doping do brasileiro Anderson Silva. Os dois lutadores disputaram por anos o posto de "melhor lutador peso-por-peso do mundo" e uma superluta entre eles esteve em negociação no passado, mas nunca aconteceu. Crítico ferrenho do atual sistema de exames antidoping empregado no MMA, o ex-campeão dos pesos-meio-médios usou a oportunidade para pedir novamente que o UFC adote testes mais frequentes, conduzidos por organizações independentes.
- Eu me sinto muito triste por Anderson Silva. (Mas) Eu não quero falar sobre um indivíduo, quero falar sobre o sistema. O sistema é um grande problema nas artes marciais mistas... É algo que eu acredito que o UFC e os lutadores deveriam confrontar e resolver, porque, se você não resolver isso agora, só vai piorar e piorar - disse St-Pierre em entrevista à agência de notícias "Canadian Press".
Apesar de não focar suas críticas em Spider, com quem teria feito uma sessão de treinos no ano passado em Los Angeles, GSP admitiu que considerava o uso de doping uma "trapaça" e que, uma vez descoberto, deveria ter causado o cancelamento do combate. O exame que acusou resultado positivo para drostanolona e androsterona no organismo de Anderson Silva foi realizado no dia 9 de janeiro, cerca de três semanas antes de sua luta contra Nick Diaz, mas o resultado só saiu três dias depois, o que a Comissão Atlética do Estado de Nevada e o laboratório responsável justificaram pela necessidade de comprovar o que foi encontrado na primeira análise da amostra testada.
- A luta deveria ter sido cancelada, porque é trapaça, é uma arma biológica que você tem. Se eu lutar com uma faca, e a organização sabe que eu tenho uma faca, eles não deveriam me deixar lutar, pois estou carregando uma arma. Uma droga de melhora de rendimento é a mesma coisa, é uma arma biológica. É uma vantagem que você tem sobre seu oponente com a qual você não deveria ser permitido competir, pois coloca a saúde do competidor em perigo. Nós não estamos jogando golfe, não estamos apostando corrida, estamos lutando. Toda vez que lutamos, colocamos nossas vidas, nosso bem estar em risco - afirmou o canadense.
saiba mais
Georges St-Pierre contou ainda que já está completamente recuperado da lesão no joelho sofrida durante o ano passado. Contudo, vai seguir pressionando por exames antidoping independentes, como nos esportes olímpicos, já que acredita que as comissões atléticas têm um interesse econômico nos eventos que regulamentam. De acordo com a Canadian Press, a comissão de Nevada recebe 6% da receita da bilheteria dos eventos do UFC realizados no estado, mais uma porcentagem da receita obtida com a transmissão dos torneios na televisão.
- (Nas Olimpíadas) Eles têm exames surpresa e os exames são realizados por uma organização competente e independente (Agência Mundial Antidoping, ou Wada) que não tem nenhum interesse financeiro na promoção (do esporte). Acredito que as comissões atléticas estão fazendo um trabalho muito melhor agora do que no passado, porque fazem exames surpresa, mas elas ainda têm muito espaço para melhora - argumentou St-Pierre.
http://sportv.globo.com/site/combate/no ... ogica.html
Afastado do MMA desde novembro de 2013 para lidar com questões pessoais, o canadense Georges St-Pierre opinou neste fim de semana sobre o caso de doping do brasileiro Anderson Silva. Os dois lutadores disputaram por anos o posto de "melhor lutador peso-por-peso do mundo" e uma superluta entre eles esteve em negociação no passado, mas nunca aconteceu. Crítico ferrenho do atual sistema de exames antidoping empregado no MMA, o ex-campeão dos pesos-meio-médios usou a oportunidade para pedir novamente que o UFC adote testes mais frequentes, conduzidos por organizações independentes.
- Eu me sinto muito triste por Anderson Silva. (Mas) Eu não quero falar sobre um indivíduo, quero falar sobre o sistema. O sistema é um grande problema nas artes marciais mistas... É algo que eu acredito que o UFC e os lutadores deveriam confrontar e resolver, porque, se você não resolver isso agora, só vai piorar e piorar - disse St-Pierre em entrevista à agência de notícias "Canadian Press".
Apesar de não focar suas críticas em Spider, com quem teria feito uma sessão de treinos no ano passado em Los Angeles, GSP admitiu que considerava o uso de doping uma "trapaça" e que, uma vez descoberto, deveria ter causado o cancelamento do combate. O exame que acusou resultado positivo para drostanolona e androsterona no organismo de Anderson Silva foi realizado no dia 9 de janeiro, cerca de três semanas antes de sua luta contra Nick Diaz, mas o resultado só saiu três dias depois, o que a Comissão Atlética do Estado de Nevada e o laboratório responsável justificaram pela necessidade de comprovar o que foi encontrado na primeira análise da amostra testada.
- A luta deveria ter sido cancelada, porque é trapaça, é uma arma biológica que você tem. Se eu lutar com uma faca, e a organização sabe que eu tenho uma faca, eles não deveriam me deixar lutar, pois estou carregando uma arma. Uma droga de melhora de rendimento é a mesma coisa, é uma arma biológica. É uma vantagem que você tem sobre seu oponente com a qual você não deveria ser permitido competir, pois coloca a saúde do competidor em perigo. Nós não estamos jogando golfe, não estamos apostando corrida, estamos lutando. Toda vez que lutamos, colocamos nossas vidas, nosso bem estar em risco - afirmou o canadense.
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Georges St-Pierre contou ainda que já está completamente recuperado da lesão no joelho sofrida durante o ano passado. Contudo, vai seguir pressionando por exames antidoping independentes, como nos esportes olímpicos, já que acredita que as comissões atléticas têm um interesse econômico nos eventos que regulamentam. De acordo com a Canadian Press, a comissão de Nevada recebe 6% da receita da bilheteria dos eventos do UFC realizados no estado, mais uma porcentagem da receita obtida com a transmissão dos torneios na televisão.
- (Nas Olimpíadas) Eles têm exames surpresa e os exames são realizados por uma organização competente e independente (Agência Mundial Antidoping, ou Wada) que não tem nenhum interesse financeiro na promoção (do esporte). Acredito que as comissões atléticas estão fazendo um trabalho muito melhor agora do que no passado, porque fazem exames surpresa, mas elas ainda têm muito espaço para melhora - argumentou St-Pierre.
http://sportv.globo.com/site/combate/no ... ogica.html