Léo Macarrão se mudou para AKA e treina lá a 8 meses
Enviado: 18 Mar 2015 13:40
Léo Macarrão recebe "carimbo" de time de Velásquez para UFC Rio 6
Ex-TUF Brasil se impressiona com seriedade dos treinadores da AKA, e conta que foi “obrigado” a assistir a vídeos do adversário deste sábado para montar estratégia
Por Marcelo Barone
Rio de Janeiro
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O catarinense Leonardo "Macarrão" Mafra faz, neste sábado, sua primeira luta em oito meses, desde que retornou ao UFC com derrota para Rick Story. O longo período entre apresentações dentro do octógono não foi mera coincidência: o lutador se mudou para San Jose, nos EUA, em agosto e passou a treinar na American Kickboxing Academy (AKA), mesma equipe de um de seus ídolos, o campeão linear dos pesos-pesados do Ultimate, Cain Velásquez. Seu novo time preza pela reputação de seu nome, formada com excelência através dos anos por nomes como Velásquez, Jon Fitch, Josh Koscheck, Josh Thomson, Daniel Cormier e Luke Rockhold, e, por isso, não deixou Macarrão sair da "panela" até estar "pronto para servir".

Leonardo Macarrão (segundo agachado da direita para a esquerda) em treino com a equipe AKA (Foto: Arquivo pessoal)
- Quando eu cheguei lá, eles disseram que eu não podia lutar. (Disseram,) "Você só vai poder lutar quando a gente falar, porque hoje você treina aqui! Quando a gente achar que você está bom aqui dentro, você vai para a luta, porque eu não quero um cara que lutou no UFC, quero um cara que é lutador do UFC" - contou o lutador ao Combate.com.
Veterano da primeira temporada do TUF Brasil, Macarrão foi para os EUA por uma decisão de mudar de ares e se aperfeiçoar. Ajudado por Leandro Vieira, treinador de jiu-jítsu baseado em San Jose, escolheu a cidade californiana como base, e se manteve neste período sem luta graças ao patrocínio de uma empresa de tubos e conexões. Formado pela Chute Boxe, o peso-leve garante que continua parte da equipe e que treinaria na academia se houvesse uma filial no local que escolheu, mas não esconde a empolgação com tudo o que aprendeu na nova casa.
- Todos têm bastante atenção. Cada um é bom numa coisa. O Cain Velásquez, sempre que tem treino de wrestling, ele vai lá e dá um detalhe, aquela pitada que você precisa saber - como fazer o cara cansar mais, ou como entrar para definir uma queda de verdade… O Daniel Cormier é o professor, e ele ajuda não só a mim, como a todo mundo. O Luke Rockhold é muito bom em pé e dá um detalhe que a gente precisa em pé. Ele é um cara que entra relaxado na luta e dá esse detalhe também. O Javier (Mendez), que é o técnico, te deixa tranquilo e fala exatamente a estratégia que você tem que fazer na luta no sparring, e dá certo. Isso quer dizer que ele está prestando atenção no que você tem que fazer. Isso vai te deixando confiante. E a seriedade com que o pessoal leva lá. A carga horária de todo mundo é diária - todo mundo está em todos os treinos! Todo treino que tenho lá, estou com o Cain Velásquez, com o Luke Rockhold, com o Josh Thomson, com todos os lutadores que você imagina, fora os que o pessoal não conhece muito, mas que treinam muito e são bons. O Khabib (Nurmagomedov) estava machucado, mas já chegou esta semana e me deu a maior força, como se me conhecesse há mil anos, então tenho que chegar aqui e valorizar tudo isso que eles fizeram por mim. É isso que quero fazer. Eles me ensinaram muito.

Leonardo Macarrão posa no hotel do UFC: mais magro e pronto para descer ao peso-leve (Foto: Marcelo Barone)
Um dos ensinamentos recebidos por Macarrão foi a importância de se estudar o adversário. O lutador catarinense admitiu que nunca foi adepto de ver vídeos dos seus oponentes, mas foi "forçado" pelos treinadores para que pudesse absorver melhor a estratégia para o duelo contra Cain Carrizosa, no card preliminar do UFC Rio 6 deste sábado.
- Antigamente, eu não era muito de ver vídeos, mas lá, para fazer a estratégia, eles me obrigaram a ver vídeo. Eu não gosto (risos), então eles me obrigaram, e foram falando, “Você faz isso, isso e isso aqui. Você tem que ver o vídeo para saber o que eu estou falando”, até porque, com o meu inglês, se ele fosse explicar só na boca, não ia ter como (risos). Quando eles viam que não era para eu cansar, mas para treinar a mente, eles me colocavam para ver vídeo - explicou.
Agora, Macarrão quer retribuir os ensinamentos com uma vitória no Maracanãzinho. Apesar da tendência de buscar o nocaute, pela formação no muay thai, o peso-leve quer mostrar tudo o que aprendeu nesses oito meses distante do octógono.
- Não gosto de falar, porque às vezes acho soberba, mas já tive sensações de eu dando um nocaute. Foi a forma que ganhei várias lutas, que Deus me abençoou, eu queria que fosse um nocaute, ou que fosse um desempenho que eu conseguisse implantar tudo o que sei hoje. Talvez, isso seria até melhor que um nocaute… Por favor, Deus, nocaute é ótimo, é rápido, e não se machuca (risos), mas se eu conseguir fazer tudo, fazer todo o MMA, seria ótimo para mim - explicou.
O UFC Rio 6 acontece neste sábado no Maracanãzinho e tem transmissão ao vivo e exclusiva do Combate a partir de 19h45 (horário de Brasília). O Combate.com acompanha em Tempo Real e exibe em vídeo a primeira luta, entre Fredy Serrano e Bentley Siler. Na sexta-feira, site e canal exibem a pesagem ao vivo a partir de 15h50. Confira o card completo:
UFC: Maia x LaFlare
21 de março, no Rio de Janeiro (RJ)
CARD PRINCIPAL
Peso-meio-médio: Demian Maia x Ryan LaFlare
Peso-meio-médio: Erick Silva x Josh Koscheck
Peso-leve: Gilbert Durinho x Alex Cowboy
Peso-leve: Léo Santos x Tony Martin
Peso-galo: Amanda Nunes x Shayna Baszler
Peso-pena: Godofredo Pepey x Andre Fili
CARD PRELIMINAR
Peso-leve: Francisco Massaranduba x Akbarh Arreola
Peso-pena: Kevin Souza x Katsumi Kikuno
Peso-leve: Leandro Buscapé x Drew Dober
Peso-leve: Leonardo Macarrão x Cain Carrizosa
Peso-leve: Jorge Blade x Christos Giagos
Peso-mosca: Fredy Serrano x Bentley Syler
Fonte: http://sportv.globo.com/site/combate/no ... rio-6.html" onclick="window.open(this.href);return false;
Ex-TUF Brasil se impressiona com seriedade dos treinadores da AKA, e conta que foi “obrigado” a assistir a vídeos do adversário deste sábado para montar estratégia
Por Marcelo Barone
Rio de Janeiro
O catarinense Leonardo "Macarrão" Mafra faz, neste sábado, sua primeira luta em oito meses, desde que retornou ao UFC com derrota para Rick Story. O longo período entre apresentações dentro do octógono não foi mera coincidência: o lutador se mudou para San Jose, nos EUA, em agosto e passou a treinar na American Kickboxing Academy (AKA), mesma equipe de um de seus ídolos, o campeão linear dos pesos-pesados do Ultimate, Cain Velásquez. Seu novo time preza pela reputação de seu nome, formada com excelência através dos anos por nomes como Velásquez, Jon Fitch, Josh Koscheck, Josh Thomson, Daniel Cormier e Luke Rockhold, e, por isso, não deixou Macarrão sair da "panela" até estar "pronto para servir".

Leonardo Macarrão (segundo agachado da direita para a esquerda) em treino com a equipe AKA (Foto: Arquivo pessoal)
- Quando eu cheguei lá, eles disseram que eu não podia lutar. (Disseram,) "Você só vai poder lutar quando a gente falar, porque hoje você treina aqui! Quando a gente achar que você está bom aqui dentro, você vai para a luta, porque eu não quero um cara que lutou no UFC, quero um cara que é lutador do UFC" - contou o lutador ao Combate.com.
Veterano da primeira temporada do TUF Brasil, Macarrão foi para os EUA por uma decisão de mudar de ares e se aperfeiçoar. Ajudado por Leandro Vieira, treinador de jiu-jítsu baseado em San Jose, escolheu a cidade californiana como base, e se manteve neste período sem luta graças ao patrocínio de uma empresa de tubos e conexões. Formado pela Chute Boxe, o peso-leve garante que continua parte da equipe e que treinaria na academia se houvesse uma filial no local que escolheu, mas não esconde a empolgação com tudo o que aprendeu na nova casa.
- Todos têm bastante atenção. Cada um é bom numa coisa. O Cain Velásquez, sempre que tem treino de wrestling, ele vai lá e dá um detalhe, aquela pitada que você precisa saber - como fazer o cara cansar mais, ou como entrar para definir uma queda de verdade… O Daniel Cormier é o professor, e ele ajuda não só a mim, como a todo mundo. O Luke Rockhold é muito bom em pé e dá um detalhe que a gente precisa em pé. Ele é um cara que entra relaxado na luta e dá esse detalhe também. O Javier (Mendez), que é o técnico, te deixa tranquilo e fala exatamente a estratégia que você tem que fazer na luta no sparring, e dá certo. Isso quer dizer que ele está prestando atenção no que você tem que fazer. Isso vai te deixando confiante. E a seriedade com que o pessoal leva lá. A carga horária de todo mundo é diária - todo mundo está em todos os treinos! Todo treino que tenho lá, estou com o Cain Velásquez, com o Luke Rockhold, com o Josh Thomson, com todos os lutadores que você imagina, fora os que o pessoal não conhece muito, mas que treinam muito e são bons. O Khabib (Nurmagomedov) estava machucado, mas já chegou esta semana e me deu a maior força, como se me conhecesse há mil anos, então tenho que chegar aqui e valorizar tudo isso que eles fizeram por mim. É isso que quero fazer. Eles me ensinaram muito.

Leonardo Macarrão posa no hotel do UFC: mais magro e pronto para descer ao peso-leve (Foto: Marcelo Barone)
Um dos ensinamentos recebidos por Macarrão foi a importância de se estudar o adversário. O lutador catarinense admitiu que nunca foi adepto de ver vídeos dos seus oponentes, mas foi "forçado" pelos treinadores para que pudesse absorver melhor a estratégia para o duelo contra Cain Carrizosa, no card preliminar do UFC Rio 6 deste sábado.
- Antigamente, eu não era muito de ver vídeos, mas lá, para fazer a estratégia, eles me obrigaram a ver vídeo. Eu não gosto (risos), então eles me obrigaram, e foram falando, “Você faz isso, isso e isso aqui. Você tem que ver o vídeo para saber o que eu estou falando”, até porque, com o meu inglês, se ele fosse explicar só na boca, não ia ter como (risos). Quando eles viam que não era para eu cansar, mas para treinar a mente, eles me colocavam para ver vídeo - explicou.
Agora, Macarrão quer retribuir os ensinamentos com uma vitória no Maracanãzinho. Apesar da tendência de buscar o nocaute, pela formação no muay thai, o peso-leve quer mostrar tudo o que aprendeu nesses oito meses distante do octógono.
- Não gosto de falar, porque às vezes acho soberba, mas já tive sensações de eu dando um nocaute. Foi a forma que ganhei várias lutas, que Deus me abençoou, eu queria que fosse um nocaute, ou que fosse um desempenho que eu conseguisse implantar tudo o que sei hoje. Talvez, isso seria até melhor que um nocaute… Por favor, Deus, nocaute é ótimo, é rápido, e não se machuca (risos), mas se eu conseguir fazer tudo, fazer todo o MMA, seria ótimo para mim - explicou.
O UFC Rio 6 acontece neste sábado no Maracanãzinho e tem transmissão ao vivo e exclusiva do Combate a partir de 19h45 (horário de Brasília). O Combate.com acompanha em Tempo Real e exibe em vídeo a primeira luta, entre Fredy Serrano e Bentley Siler. Na sexta-feira, site e canal exibem a pesagem ao vivo a partir de 15h50. Confira o card completo:
UFC: Maia x LaFlare
21 de março, no Rio de Janeiro (RJ)
CARD PRINCIPAL
Peso-meio-médio: Demian Maia x Ryan LaFlare
Peso-meio-médio: Erick Silva x Josh Koscheck
Peso-leve: Gilbert Durinho x Alex Cowboy
Peso-leve: Léo Santos x Tony Martin
Peso-galo: Amanda Nunes x Shayna Baszler
Peso-pena: Godofredo Pepey x Andre Fili
CARD PRELIMINAR
Peso-leve: Francisco Massaranduba x Akbarh Arreola
Peso-pena: Kevin Souza x Katsumi Kikuno
Peso-leve: Leandro Buscapé x Drew Dober
Peso-leve: Leonardo Macarrão x Cain Carrizosa
Peso-leve: Jorge Blade x Christos Giagos
Peso-mosca: Fredy Serrano x Bentley Syler
Fonte: http://sportv.globo.com/site/combate/no ... rio-6.html" onclick="window.open(this.href);return false;