Eu antes da pandemia, era mais um brasileiro médio, sem consciência de classe, então eu sei do que estou falando.
- Chega de falar proletariádo e burguesia, o povão não entendem essas palavras. Acho que a melhor definição seria trabalhador e rentista, falar empresário está errado, porque trabalhadores como o Leco, são pequenos empresários e acham que estão na mesma classe que os grandes empresários rentistas.
- Para de falar ódio ao patrão. Meu pai trabalhou em uma pequena industria química antes de se aposentar, conhecia os patrões e os mesmos o chamavam pelo nome. Assim como muitos brasileiros. No imaginário popular, a revolução Comunista é o padeiro pegar a faca, matar o Seu Armando, dono da padaria e a mesma será controlada só pelos trabalhadores, chapeiro, padeiro, caixa. Esquece essa porra, nem todo Seu Armando é um filho da puta e mesmo quando é, não queremos dar uma facada nele.
- Brasileiro é um povo religioso. Católicos, Evangélicos e Macumbeiros. Um Estado ateu aqui não tem vez.
- Pautas identitárias afastam a classe trabalhadora do tema central. A impressão que dá, é que todo Comunista é corno bissexual abortista.
- Para de falar de Cuba e União Soviética, são péssimos exemplos onde até um restaurante era propriedade do Estado. Mira mais em explicar a China, com todas a suas contradições. Toda equipe de trabalho sempre tem seu Messi, onde os outros trabalhadores não veem problema nenhum de um cara destacado no que ele faz, ganhar mais que os outros. Tem que explicar pro povão que a idéia de que todo mundo vai ter salário igual, é uma ideía ultrapassada, que foi superada até na União Soviética.
- No imaginário popular, o Brasil não dá certo pelos políticos que roubam. Precisa focar em dizer que esse políticos são meros atores controlados pelos rentistas. Enquanto o trabalhador convive com falhas na linha 4 amarela do metro de São Paulo, que tem um contrato bilionário com o governo, os donos do grupo CCR estão nas Maldivas comendo uma puta que cobra 10 mil dólares por dia.
- Exemplifiquem que os rentistas são igual o Neymar no Santos. O Neymar ganha uma bala pela expectativa da geração de resultados que ele pode dar para o Santos, só que ele não joga, vive machucado e o salário dele não é compatível com o retorno técnico para o time em compo.
- O Neymar machucado (empresário rentista), de boa sem sua mansão em Mangaratiba, enquanto que os jogadores (trabalhadores) estão lá correndo em campo. A contribuição que ele deu no passado (investimento) não é compativel com o salário dele atual (dividendos).
Como podem ver, minha análise é bem rasa, mas é baseada da falta de educação e cultura do povo brasileiro, do qual eu faço parte.
