Azarias escreveu:
Montfort, isso não é verdade.
Isso era algo extremamente normal na época clássica grega. Em diversos diálogos de Sócrates, como podemos ver em Xenofonte e outros, percebemos que essa era uma prática recorrente.
A palavra "pederastia" designava justamente o relacionamento entre um homem e um mancebo (o erastas e o eromenos), e foi até incentivada, a partir do séc. VII a.c., pois a partir daí instituiu-se uma idade mínima para o casamento.
Meu argumento é que o homossexualismo é oriundo de externalidades. Propagandas, brincadeiras femininas, abuso sexual, convívio em ambiente eminentemente composto por mulheres, tudo isso pode influenciar a orientação sexual do indivíduo, especialmente se este for exposto a essas práticas na mais tenra idade. Como ocorria na Grécia e Roma antigas.
As Leis
Aeschines“Kata Timarchou”, 21
Se qualquer ateniense tiver um “Etairese” (companheiro de mesmo sexo) a ele não será permitido:
1) tornar-se um dos nove arcontes;
2) nem desempenar o ofício de sacerdote;
3) nem agir como advogado para o estado;
4) nem deve manter qualquer tipo sequer de ofício, no lar ou fora, quer seja desempenhado por sorte ou eleição: ele não deve ser enviado como mensageiro;
5) ele não tomará parte em debate, nem estará presente em sacrifícios públicos;
6) e nem poderá entrar nos limites de um lugar que tenha sido purificado para a reunião de pessoas. Se qualquer homem for acusado de atividades sexuais ilegais contrárias a essas proibições, ele deverá ser morto.
Demóstenes“Kata Androtionos” (Parágrafo 30)
“... nem deve ter o direito de falar, nem de trazer uma queixa perante a corte.”
Platão, em suas Leis, afirma categoricamente que:
“... o homem não tocará outro homem para este propósito, já que isso é não-natural...”
E outra vez, no mesmo trabalho, nos diz que:
“quando o homem se une à mulher para procriação, o prazer experimentado se deve à natureza (kata physin), mas é contrário à natureza (para physin) quando o homem se une ao homem, ou a mulher à mulher, e aqueles culpados de tais perversidades são impelidos por sua escravidão ao prazer, tanto que ninguém deve se aventurar a tocar qualquer um dos nobres ou cidadãos livres salvo sua própria esposa casada, nem semear qualquer semente profana e bastarda na fornicação, ou qualquer semente não-natural e estéril na sodomia – ou então nós deveremos inteiramente abolir o amor por homens”.
Platão fala sobre como os homossexuais devem se preocupar em serem descobertos:
“... vocês têm medo da opinião pública, e temem que as pessoas descubram seus casos amorosos e vocês sejam desgraçados” (Fedro, 231 e.)
Atenas, a grande cidade democrática, tinhas as leis mais duras. Esparta, Creta e pólis menos desenvolvidas tinham leis semelhantes.