O iraniano Ebrahim Hemmatnia, que vive na Holanda, fez uma proeza para poucos. Ele atravessou o Oceano Atlântico de Dakar, no Senegal, até Fortaleza, no Ceará, pedalando em uma viagem de 68 dias.
Como se não fosse esforço suficiente, ele continuou a viagem até São Paulo, onde chegou no dia 29 de maio.
A proeza foi executada com um veículo híbrido, uma espécie de barco-bicicleta com casco para enfrentar o oceano e rodas para o asfalto, movido à pedaladas.
"Ninguém havia cruzado o oceano pedalando, em um veículo que também funciona na terra", contou o iraniano. Ele também disse que "a pior parte foi na estrada, com caminhões e carros vindo o tempo todo, quase voando".

Hemmatnia está viajando por uma causa social: ajudar a criar um mundo sem fronteiras e reforçar a importância das crianças frequentarem as escolas e seguirem seus sonhos.
Ironicamente, ele recebeu uma péssima notícia da receita Federal do Brasil na segunda-feira (8). Como entrou no País sem ter regularizado toda a documentação do barco, foi multado em US$ 18 mil. Ele agora busca um advogado que o ajude a lidar com a burocracia brasileira antes de retornar a Holanda, onde pretende escrever um livro sobre a viagem. Mais tarde ele ainda quer realizar uma segunda etapa, de São Paulo até Lima, no Peru.
Ao chegar na capital paulista, o iraniano deu uma entrevista ao site Bike é Legal e contou um pouco de sua história.