10x7 mestre Naja.jitsunaja escreveu: ↑13 Mar 2023 09:57O relato é longo, mas trará muitas respostas sobre o confronto homérico que aconteceu hoje. Leia com calma
Sei que todos estão esperando updates do confronto de hoje, então decidi vir aqui me manifestar. Cheguei na praia por volta das 5:30 da manhã para absorver a positividade do ambiente e fazer meu treino funcional na praia. Apesar do sumiço repentino do didigo eu sabia que a qualquer momento ele poderia aparecer de surpresa com a intenção de armar uma arapuca, algo característico de gente dessa estirpe. Era provável que ele esperaria eu me cansar jogando partidas de beach com outros jogadores só para me pegar desprevenido e assim tentar sair vitorioso. Eu não daria mole.
O tempo passou, e o horário combinado chegou. Nada de didigo. Assumi que de fato ele havia amarelado, e que provavelmente estava enfiado em algum Bob’s da vida comendo hamburguer e tomando milkshake de Ovomaltine. Enquanto eu fazia os últimos alongamentos para começar a jogar um dos rapazes do quiosque em frente a quadra veio correndo em minha direção com um olhar assustado “Naja, Naja!” Eu não sabia o que esperar. Quando ele finalemente chegou até mim estava ofegante, a preocupação estampada no rosto
“Sei que você não gosta que te interrompam no seu ritual matinal, mas achei importante te avisar. Um sujeito esquisito apareceu no quiosque e começou a perguntar sobre um rapaz que bate com as suas características. Ele disse que procurava um jovem forte, alto, bronzeado, shape atlético, eloquente e bonito que tinha o costume de jogar beach tennis aqui. Só podia ser você. Ele é um cara meio esquisito, sujeito meio baixinho e gordo. Falou alguma coisa sobre ser da “legião”. Acho que é aqueles demônios que manifestam nas pessoas no culto de libertação da Igreja Universal. Fiquei assustado, pode ser coisa ruim.” Acenei com a cabeça e agradeci o aviso. No final das contas o gordola tinha saído do seu bueiro em algum canto da cidade para me espionar, mas se recusando a entrar em confronto direto. Decidi andar sorrateiramente até o quiosque para analisar o meliante. Não deveria ser difícil de identificá-lo gordos baixinhos não costumam frequentar esses ambientes.
Chegando no quiosque encontrei imediatamente a figura. Ele havia parado o seu táxi, um Santana velho, no meio da pista na frente do estabelecimento. Um adesivo colado no vidro traseiro trazia os seguintes dizeres – “Se sua estrela não brilha não tente apagar a minha”. Logo abaixo havia um adesivo do mito fazendo arminha com a mão. O carro era a cara do dono.
Sentado com as pernas abertas e uma coxinha na mão se encontrava o elemento. Ele vestia uma calça preta e usava uma camisa social branca aberta até o umbigo. Era a versão mal sucedida e com sobrepeso do Augustinho Carrara. A abertura na camisa revelava o peito cabeludo que jamais viu um gilete, e a boca suja de gordura e fiapos de galinha denunciava o shape monstruoso da criatura. 160cm, gordo e em um estado de calvice avançado que em menos de um ano daria a ele o título oficial de careca. Em nada se assemelhava a um legionário.
Sabendo que o gordola estava distraído entretido demais com a sua coxinha decidi chegar por trás para surpreende-lo – “Didigo?” Com os olhos esbugalhados aquele Shrek da Shopee virou seu tronco em minha direção. “N..Não, é engano!!” A coxinha escorregou pro dentre seus dedos engordurados, e com uma rapidez impressionante para um homem gordo com aquele porte ele correu em direção ao táxi parado. A medida que a fumaceira do Santana velho se levantava e o carro acelerava eu só pude ver aquela cabeça gorda sendo colocada para fora da janela enquanto uma mensagem confusa era passada – “Vou colocar seu nome no poste!!” Não sei o que isso significa. Deve ser algum código utilizado por marginais de baixo nível hierárquico nas regiões periféricas do Rio de Janeiro. E com isso o carro sumiu na fumaça, o logo escrito “Olaria Taxi Point” brilhando quando o sol escaldante do Rio de Janeiro batia na lataria do carro. Didigo se foi, e com isso deixou mais perguntas do que respostas. Deixei isso pra lá e voltei para meu beach tennis. Um corpo atlético não se mantém sozinho..
Podem dar o cinturão
parecia o Cony escrevendo, não consegui fazer mais nada enquanto não terminei essa crônica maravilhosa do encontro 
