O Temer é um dos maiores constitucionalistas do Brasil. Infelizmente como político ele não é lá essas coisas, mas não tenho dúvidas de que mesmo ele seria muito melhor presidente que a Dilma. Eu votaria nele contra a Dilma, por exemplo, mesmo desprezando o tipo de político que ele é.Philly Shell escreveu:Só espero que os militares não cismem de meter onde não foram chamados. Fiquem quietinhos, só olhando o que ta acontecendo. Outro golpe militar seria desastroso. To satisfeito com a Dilma? Não, tanto que, como já disse várias vezes, votei no Aécio Neves no 2º turno (no 1º votei no Eduardo Jorge). Mas, melhor ter um governo ruim que eu possa reclamar dele que um governo ruim que, se eu reclamar, vai na minha casa, me bate, me prende e me tortura.
Não faz sentido alguém que votou no Aécio querer um golpe militar. Não vai de encontro com nada que ele prega.
Impeachment: Não sei muito sobre, mas procurei dar uma lida na Lei de Crime de Responsabilidade e, tirando uma interpretação bem forçada, não cabe no caso da Dilma. Porém, Impeachment é muito mais político que Jurídico. Isso está nas mãos do PMDB, que deve estar sentindo cheiro de sangue, doido para o Temer ser o presidente. Será que é melhor? Não sei, não conheço as habilidades administrativas dele. mas seu caráter é bem duvidoso.
Alguém falou aí que o Temer só se torna presidente se ocorrer após 2 anos do mandato. Não é assim. O vice-presidente se torna presidente no caso de vacância da presidência (art. 79, CF/88). Não há nada sobre tempo. Esse negócio de 2 anos é quando ocorrer vacância do presidente e do vice-presidente (art. 81, CF/88). Se a vacância dos cargos ocorrer nos últimos 2 anos do mandato, o Congresso Nacional elegerá o novo presidente e vice-presidente (art. 81, §1º, CF/88). Sinceramente, já acho o impeachment da Dilma sem fundamento, acho ainda mais o do Temer.
Minha conclusão: Legitimo a pessoa querer o impeachment (mesmo que sem fundamento jurídico ou alguma prova de responsabilidade da presidente em algum caso que enquadre). Faz parte do jogo democrático e, como disse, o impeachment é um instituto muito mais político que jurídico. Mas, será que compensa o Temer ficar no lugar da Dilma?
E sobre o período de vacância da presidência, se não estou enganado o vice ocupa a cadeira até a metade do mandato se o impeachment ocorrer antes disso e são convocadas novas eleições em 2016. Se ocorrer depois da metade do mandato, um novo presidente é eleito indiretamente pelo Congresso até as eleições de 2018.