Sim!hattorizinho escreveu: (...) Eu as vezes acho que as pessoas tem medo de morrer, ou seja que a vide simplesmente acaba acabam se apegando a qualquer coisa para... (...)
Ateísmo
- Steve Jabs
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Re: Ateísmo
"Seguindo no desafio de manter a mente quieta, a espinha ereta e a cabeça no lugar".
Re: Ateísmo
vlw Steve, depois vou ver esse canal em casa, aqui no trabalho é bloqueado, segue abaixo uma interessante entrevista de Harris sobre espiritualidade
Harris sugere a ateus exercícios para obter espiritualidade
O filósofo e neurocientista americano Sam Harris (foto) acaba de lançar nos Estados Unidos o livro Waking Up (Despertando) defendendo que a espiritualidade é uma coisa e a religião, outra, não havendo entre elas necessariamente uma associação, porque ateus e agnósticos também podem ter experiências espirituais.
Harris entende como espiritualidade a descoberta de sentimentos e sensações cuja origem é a natureza da consciência por meio de introspecção.
Assim, disse, “a espiritualidade é essa transcendência do “eu” que possibilita à consciência superar algumas formas de sofrimento psicológico.
O neurocientista sugere quatro exercícios com os quais céticos e pessoas em geral podem atingir essa espiritualidade. Um exercício não exclui o outro.
1 – meditação
Harris indica aos céticos a meditação vipassana, que significa ver as coisas como elas realmente são. Ela é um dos ramos do budismo e é uma das mais antigas técnicas de meditação da Índia. A pessoa tem de se sentar ereto em uma cadeira, fechar os olhos, respirar fundo e sentir o corpo. Os pensamentos não podem interferir no ritmo da respiração. A meditação deve fazer com que a pessoa testemunhe apenas emoções, sensações e sons. O próprio Harris pratica esse tipo de meditação.
2 – Combater emoções negativas
O neurocientista recomenda que se tenha uma estratégia para diluir as emoções negativas do dia a dia, como aquelas despertadas pela irritação com o congestionamento no trânsito ou com aborrecimento no trabalho. Ele sugere que a pessoa interrompa o fluxo de raiva ou de tristeza telefonando para alguém de bom humor, que lhe faça rir. A primeira coisa a fazer, nesse caso, é admitir sem resistência a presença das emoções negativas, para que seja questionada de modo a neutralizá-la.
3 – Técnica de um homem sem cabeça
Em alguns momentos, a racionalidade pode dificultar a obtenção da sensação de transcendência. Para contornar isso, Harris sugere que a pessoa relaxe e imagine que está sem cabeça. A pessoa deverá fazer várias vezes ao dia esse exercício.
4 – Meditação dupla
A meditação dupla também ajuda o desenvolvimento da espiritualidade. Segundo Harris, é a forma de a pessoa deixar de achar que ele é um “eu” separado do mundo. A meditação é assim: uma pessoa deve se sentar de frente para outra e encarar seus olhos, mantendo-se em silêncio. Provavelmente, haverá certo desconforto, que deverá ser ignorado.
Em entrevista a Rita Loiola, do site da Veja, Harris disse que as doutrinas seculares precisar arrancar das religiões “um diamante escondido”, que é a espiritualidade. A ferramenta para isso, disse, é o ceticismo militante e o uso de descobertas científicas sobre o cérebro.
Entrevista
Por que um ateu resolveu escrever sobre espiritualidade?
Porque transcendência e amor incondicional são algumas das experiências mais importantes que as pessoas têm em suas vidas. Mas a maioria delas interpreta esses episódios pela lente da religião. Isso não faz sentido, porque cristãos, muçulmanos, judeus, budistas e ateus têm o mesmo tipo de experiências. Então sabemos que nenhuma dessas doutrinas religiosas incompatíveis pode ser a melhor explicação para seu significado.
Como funciona essa base escondida nas religiões?
A ciência não consegue localizar no cérebro uma região específica onde o eu se localiza, como fazemos com a memória ou a raiva. A ideia de que há um espaço no cérebro onde o eu, ou nossa consciência, está escondida não faz nenhum sentido anatômico ou científico. Assim, se a consciência não é um espaço delimitado, ela pode ser alterada ou expandida. A espiritualidade é essa transcendência do eu.
Se a fé revelou a espiritualidade, por que desligar essa experiência da alma ou de Deus?
Em sua origem, espírito vem do latim spiritus, que significa respiração ou sopro. Por volta do século XIII, essa palavra foi confundida à crença de almas e fantasmas. No entanto, não há qualquer evidência que alma ou espíritos existam — mas podemos estar certos de que a consciência existe. Qualquer que seja sua relação com o mundo físico, a consciência é a base de tudo o que experimentamos. Não importa se estamos tomando um café ou tendo uma visão de Jesus, estar consciente é a condição prévia para qualquer experiência do presente. Na minha visão, espiritualidade é um processo de descoberta de algumas coisas sobre a natureza da consciência por meio da introspecção.
Ou seja, é uma experiência mental. Ela também nos levará a responder as questões fundamentais da existência, como ‘de onde viemos’ ou ‘qual o sentido da vida’?
Quando falo de espiritualidade, estou me referindo à figura da primeira pessoa da consciência e a possibilidade de superar alguns tipos de sofrimento psicológico, como aqueles vindos da necessidade da satisfação constante dos desejos ou da percepção de que, mesmo tendo uma família amorosa, dinheiro, saúde e comida, algo ainda está faltando. Esses são fatos empíricos sobre a mente humana, testados pela ciência. As religiões tendem a fazer especulações sobre a origem do cosmo, a existência de mundos e seres invisíveis e sobre a origem divina de alguns livros. Mais que isso, fazem essas afirmações com base em montanhas de evidências contraditórias. Há uma enorme diferença entre falar que, se alguém usar sua atenção de certa forma, como durante a meditação, vai perceber algo muito interessante sobre sua mente e dizer que um carpinteiro do século I nasceu de uma virgem e estará voltando dos mortos. A espiritualidade não é importante apenas para ter uma boa vida. Ela é importante para entender a mente humana.
Quais são as pesquisas científicas nos ajudam a compreender a subjetividade humana?
Sabemos que a mente humana é produto do cérebro humano. No entanto, a consciência não pode ser definida de acordo com critérios externos. Um famoso trabalho de Roger Sperry, que ganhou o Nobel de Medicina em 1981, mostrou, com o auxílio de pacientes que sofreram acidentes cerebrais, que os dois hemisférios do cérebro têm habilidades distintas e podem funcionar de maneira independente. E há razões científicas para acreditar que eles são também independentemente conscientes. As habilidades cognitivas que nos fazem humanos, como a reflexão ou a capacidade de julgamento, estão no hemisfério direito, no entanto, apenas o hemisfério esquerdo possui a habilidade da linguagem. Isso indica que é problemático falar que cada um de nós tem um único eu, uma consciência indivisível, ou uma alma responsável por nossa individualidade.
Como assim?
A ideia de alma surge da sensação de que nossa subjetividade tem uma unidade, simplicidade e integridade que deve transcender as engrenagens bioquímicas do corpo. Mas a ciência mostra que nossa subjetividade pode ser dividida em, pelo menos, duas. Pesquisas feitas na última década também mostram que há partes do nosso cérebro trabalhando sob o consciente que afetam nossa vida cotidiana. Isso significa que a consciência pode ser expandida em novas direções para termos uma percepção mais clara da realidade, sem a necessidade de que isso seja reflexo de uma entidade superior operando. Se olharmos de perto para essa sensação de que somos um eu indivisível, ela desaparece. E esse é um experimento que pode ser feito no laboratório de sua própria mente.
Há técnicas que podemos usar para isso?
Ao contrário de muitos ateus, passei longos anos da minha vida buscando experiências como as que deram origem às religiões do mundo. Estudei com monges, lamas, iogues e com pessoas que passaram grande parte de suas vidas em reclusão meditando. Ao todo, passei dois anos em retiros de silêncio, em períodos de uma semana a três meses, praticando técnicas variadas de meditação de doze a dezoito horas por dia. Posso afirmar que quem passa tanto tempo aperfeiçoando técnicas de respiração, meditação e pensamento dirigido tem experiências normalmente inacessíveis a quem não tem acesso a essas práticas. Acredito que esses estados mentais dizem muito sobre a natureza da consciência e as possibilidades de bem-estar humano.
O início de Waking Up traz sua experiência com o MDMA (metilenodioximetanfetamina, mais conhecida como a droga ecstasy). Foi ela quem abriu as portas da espiritualidade em sua vida?
Sim. O MDMA provou para mim que era possível ter uma percepção radicalmente diversa de mim mesmo, do mundo e de minhas conexões éticas com os outros. É claro que não recomendo que todos usem a droga, porque isso traz consequências à saúde e é ilegal. Mas preciso ser honesto sobre o papel que ela desempenhou em meu próprio desenvolvimento espiritual.
Como o senhor vivencia sua espiritualidade?
Faz muitos anos que usei drogas psicodélicas e minha abstinência está relacionada aos riscos para a saúde de seu uso. Tenho momentos espirituais todos os dias, em lugares santos, em meu escritório ou enquanto escovo os dentes. Isso não é um acidente, é o resultado de anos da prática de meditação com o propósito de acabar com a ilusão do eu. A espiritualidade continua sendo o grande vazio das doutrinas seculares, do humanismo, do racionalismo, do ateísmo e de todas as outras posturas defensivas que homens e mulheres assumem diante da presença da fé irracional. Pessoas dos dois lados se dividem imaginando que experiências transcendentes não têm lugar na ciência, a não ser em um hospital psiquiátrico. Mas há um caminho do meio entre fazer da espiritualidade uma experiência religiosa e não ter espiritualidade alguma. Não precisamos de mais dados científicos para dizer que a transcendência é possível. Está em nossa capacidade mental acordar do sonho de um ser único e indivisível e, assim, nos tornarmos melhores em contribuir para o bem-estar dos outros.
Harris sugere a ateus exercícios para obter espiritualidade
O filósofo e neurocientista americano Sam Harris (foto) acaba de lançar nos Estados Unidos o livro Waking Up (Despertando) defendendo que a espiritualidade é uma coisa e a religião, outra, não havendo entre elas necessariamente uma associação, porque ateus e agnósticos também podem ter experiências espirituais.
Harris entende como espiritualidade a descoberta de sentimentos e sensações cuja origem é a natureza da consciência por meio de introspecção.
Assim, disse, “a espiritualidade é essa transcendência do “eu” que possibilita à consciência superar algumas formas de sofrimento psicológico.
O neurocientista sugere quatro exercícios com os quais céticos e pessoas em geral podem atingir essa espiritualidade. Um exercício não exclui o outro.
1 – meditação
Harris indica aos céticos a meditação vipassana, que significa ver as coisas como elas realmente são. Ela é um dos ramos do budismo e é uma das mais antigas técnicas de meditação da Índia. A pessoa tem de se sentar ereto em uma cadeira, fechar os olhos, respirar fundo e sentir o corpo. Os pensamentos não podem interferir no ritmo da respiração. A meditação deve fazer com que a pessoa testemunhe apenas emoções, sensações e sons. O próprio Harris pratica esse tipo de meditação.
2 – Combater emoções negativas
O neurocientista recomenda que se tenha uma estratégia para diluir as emoções negativas do dia a dia, como aquelas despertadas pela irritação com o congestionamento no trânsito ou com aborrecimento no trabalho. Ele sugere que a pessoa interrompa o fluxo de raiva ou de tristeza telefonando para alguém de bom humor, que lhe faça rir. A primeira coisa a fazer, nesse caso, é admitir sem resistência a presença das emoções negativas, para que seja questionada de modo a neutralizá-la.
3 – Técnica de um homem sem cabeça
Em alguns momentos, a racionalidade pode dificultar a obtenção da sensação de transcendência. Para contornar isso, Harris sugere que a pessoa relaxe e imagine que está sem cabeça. A pessoa deverá fazer várias vezes ao dia esse exercício.
4 – Meditação dupla
A meditação dupla também ajuda o desenvolvimento da espiritualidade. Segundo Harris, é a forma de a pessoa deixar de achar que ele é um “eu” separado do mundo. A meditação é assim: uma pessoa deve se sentar de frente para outra e encarar seus olhos, mantendo-se em silêncio. Provavelmente, haverá certo desconforto, que deverá ser ignorado.
Em entrevista a Rita Loiola, do site da Veja, Harris disse que as doutrinas seculares precisar arrancar das religiões “um diamante escondido”, que é a espiritualidade. A ferramenta para isso, disse, é o ceticismo militante e o uso de descobertas científicas sobre o cérebro.
Entrevista
Por que um ateu resolveu escrever sobre espiritualidade?
Porque transcendência e amor incondicional são algumas das experiências mais importantes que as pessoas têm em suas vidas. Mas a maioria delas interpreta esses episódios pela lente da religião. Isso não faz sentido, porque cristãos, muçulmanos, judeus, budistas e ateus têm o mesmo tipo de experiências. Então sabemos que nenhuma dessas doutrinas religiosas incompatíveis pode ser a melhor explicação para seu significado.
Como funciona essa base escondida nas religiões?
A ciência não consegue localizar no cérebro uma região específica onde o eu se localiza, como fazemos com a memória ou a raiva. A ideia de que há um espaço no cérebro onde o eu, ou nossa consciência, está escondida não faz nenhum sentido anatômico ou científico. Assim, se a consciência não é um espaço delimitado, ela pode ser alterada ou expandida. A espiritualidade é essa transcendência do eu.
Se a fé revelou a espiritualidade, por que desligar essa experiência da alma ou de Deus?
Em sua origem, espírito vem do latim spiritus, que significa respiração ou sopro. Por volta do século XIII, essa palavra foi confundida à crença de almas e fantasmas. No entanto, não há qualquer evidência que alma ou espíritos existam — mas podemos estar certos de que a consciência existe. Qualquer que seja sua relação com o mundo físico, a consciência é a base de tudo o que experimentamos. Não importa se estamos tomando um café ou tendo uma visão de Jesus, estar consciente é a condição prévia para qualquer experiência do presente. Na minha visão, espiritualidade é um processo de descoberta de algumas coisas sobre a natureza da consciência por meio da introspecção.
Ou seja, é uma experiência mental. Ela também nos levará a responder as questões fundamentais da existência, como ‘de onde viemos’ ou ‘qual o sentido da vida’?
Quando falo de espiritualidade, estou me referindo à figura da primeira pessoa da consciência e a possibilidade de superar alguns tipos de sofrimento psicológico, como aqueles vindos da necessidade da satisfação constante dos desejos ou da percepção de que, mesmo tendo uma família amorosa, dinheiro, saúde e comida, algo ainda está faltando. Esses são fatos empíricos sobre a mente humana, testados pela ciência. As religiões tendem a fazer especulações sobre a origem do cosmo, a existência de mundos e seres invisíveis e sobre a origem divina de alguns livros. Mais que isso, fazem essas afirmações com base em montanhas de evidências contraditórias. Há uma enorme diferença entre falar que, se alguém usar sua atenção de certa forma, como durante a meditação, vai perceber algo muito interessante sobre sua mente e dizer que um carpinteiro do século I nasceu de uma virgem e estará voltando dos mortos. A espiritualidade não é importante apenas para ter uma boa vida. Ela é importante para entender a mente humana.
Quais são as pesquisas científicas nos ajudam a compreender a subjetividade humana?
Sabemos que a mente humana é produto do cérebro humano. No entanto, a consciência não pode ser definida de acordo com critérios externos. Um famoso trabalho de Roger Sperry, que ganhou o Nobel de Medicina em 1981, mostrou, com o auxílio de pacientes que sofreram acidentes cerebrais, que os dois hemisférios do cérebro têm habilidades distintas e podem funcionar de maneira independente. E há razões científicas para acreditar que eles são também independentemente conscientes. As habilidades cognitivas que nos fazem humanos, como a reflexão ou a capacidade de julgamento, estão no hemisfério direito, no entanto, apenas o hemisfério esquerdo possui a habilidade da linguagem. Isso indica que é problemático falar que cada um de nós tem um único eu, uma consciência indivisível, ou uma alma responsável por nossa individualidade.
Como assim?
A ideia de alma surge da sensação de que nossa subjetividade tem uma unidade, simplicidade e integridade que deve transcender as engrenagens bioquímicas do corpo. Mas a ciência mostra que nossa subjetividade pode ser dividida em, pelo menos, duas. Pesquisas feitas na última década também mostram que há partes do nosso cérebro trabalhando sob o consciente que afetam nossa vida cotidiana. Isso significa que a consciência pode ser expandida em novas direções para termos uma percepção mais clara da realidade, sem a necessidade de que isso seja reflexo de uma entidade superior operando. Se olharmos de perto para essa sensação de que somos um eu indivisível, ela desaparece. E esse é um experimento que pode ser feito no laboratório de sua própria mente.
Há técnicas que podemos usar para isso?
Ao contrário de muitos ateus, passei longos anos da minha vida buscando experiências como as que deram origem às religiões do mundo. Estudei com monges, lamas, iogues e com pessoas que passaram grande parte de suas vidas em reclusão meditando. Ao todo, passei dois anos em retiros de silêncio, em períodos de uma semana a três meses, praticando técnicas variadas de meditação de doze a dezoito horas por dia. Posso afirmar que quem passa tanto tempo aperfeiçoando técnicas de respiração, meditação e pensamento dirigido tem experiências normalmente inacessíveis a quem não tem acesso a essas práticas. Acredito que esses estados mentais dizem muito sobre a natureza da consciência e as possibilidades de bem-estar humano.
O início de Waking Up traz sua experiência com o MDMA (metilenodioximetanfetamina, mais conhecida como a droga ecstasy). Foi ela quem abriu as portas da espiritualidade em sua vida?
Sim. O MDMA provou para mim que era possível ter uma percepção radicalmente diversa de mim mesmo, do mundo e de minhas conexões éticas com os outros. É claro que não recomendo que todos usem a droga, porque isso traz consequências à saúde e é ilegal. Mas preciso ser honesto sobre o papel que ela desempenhou em meu próprio desenvolvimento espiritual.
Como o senhor vivencia sua espiritualidade?
Faz muitos anos que usei drogas psicodélicas e minha abstinência está relacionada aos riscos para a saúde de seu uso. Tenho momentos espirituais todos os dias, em lugares santos, em meu escritório ou enquanto escovo os dentes. Isso não é um acidente, é o resultado de anos da prática de meditação com o propósito de acabar com a ilusão do eu. A espiritualidade continua sendo o grande vazio das doutrinas seculares, do humanismo, do racionalismo, do ateísmo e de todas as outras posturas defensivas que homens e mulheres assumem diante da presença da fé irracional. Pessoas dos dois lados se dividem imaginando que experiências transcendentes não têm lugar na ciência, a não ser em um hospital psiquiátrico. Mas há um caminho do meio entre fazer da espiritualidade uma experiência religiosa e não ter espiritualidade alguma. Não precisamos de mais dados científicos para dizer que a transcendência é possível. Está em nossa capacidade mental acordar do sonho de um ser único e indivisível e, assim, nos tornarmos melhores em contribuir para o bem-estar dos outros.
Re: Ateísmo
Duvido. O niilismo é o último estágio do que eu chamo de "processo de ateização". Talvez você tenha parado na beira do abismo mas viu que era fundo demais e resolveu voltar.Holden escreveu:Logo que assumi meu ateísmo, tive um período niilista e meio revoltadiço.
Bom saber, NoFun. Eu costumo fazer um paralelo entre o processo de ateização e o jiu-jitsu, onde o teísmo gnóstico é a faixa branca e o ateísmo a faixa preta. Mas não pense que tudo se acaba no ateísmo, na verdade é só o começo. Uma vez que você consegue sua "faixa preta" ateísta, começa um outro processo que é o de "niilização" onde você vai ganhando "dans" à medida que vai amadurecendo o ateísmo e matando a metafísica e a subjetividade.NoFunAtAll escreveu:Aliás, pra quem diz que "se você é ateu guarda pra você e pronto", eu digo que devo uns 70% do meu ateísmo hoje às discussões no tópico do PVT.
Comecei a ter questionamentos por conta própria, e lá achei muito material de leitura, ótimas discussões, bastante indicação de autores, e tudo isso me levou aos poucos ao meu atual ateísmo.
Tu é niilista?
Vai Corinthians!!!
Go Falcons!!!
Cartel no UFC on BJJF - 36-41. Última vítima: Mr Mendes
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Re: Ateísmo
A última é a mais engraçada.
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Re: Ateísmo
Essa mensagem representa bem aquilo em que acredito e minha forma de encarar a vida...
Sendo que vejo a terceira opção como a mais provável, hehehe
- Fox Murder
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Re: Ateísmo
Era a minha assinatura no falecido.Jorginic escreveu:
Essa mensagem representa bem aquilo em que acredito e minha forma de encarar a vida...
Sendo que vejo a terceira opção como a mais provável, hehehe
Re: Ateísmo
Jorginic escreveu:
Essa mensagem representa bem aquilo em que acredito e minha forma de encarar a vida...
Sendo que vejo a terceira opção como a mais provável, hehehe
Muito bom!
"Talk low, talk slow and don´t talk too much..."
John Wayne
"Onde a força de vontade é grande, as dificuldades não podem sê-lo."
Nicolau Maquiavel
"Nós somos o que fazemos repetidamente."
Aristóteles
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Re: Ateísmo
Muito boa a entrevista, gostei muito da forma de pensar dele. Só faço uma observação da parte que me toca (letras rsrsrs) Ele foi meio incoerente quando deu a definição correta dealexvozao escreveu:
Se a fé revelou a espiritualidade, por que desligar essa experiência da alma ou de Deus?
Em sua origem, espírito vem do latim spiritus, que significa respiração ou sopro. Por volta do século XIII, essa palavra foi confundida à crença de almas e fantasmas. No entanto, não há qualquer evidência que alma ou espíritos existam — mas podemos estar certos de que a consciência existe. Qualquer que seja sua relação com o mundo físico, a consciência é a base de tudo o que experimentamos. Não importa se estamos tomando um café ou tendo uma visão de Jesus, estar consciente é a condição prévia para qualquer experiência do presente. Na minha visão, espiritualidade é um processo de descoberta de algumas coisas sobre a natureza da consciência por meio da introspecção.
spiritus: 1.Sôpro, vento, hálito, exalação, respiração; 2.O ar; 3. Aspiração; 4.Sôpro divino, espírito divino, inspiração, o Espírito Santo...; 5. Espírito, alma, sentimento...
Já alma, que ele colocou junto com fantasmas...
anima: 1. Sôpro, ar, aragem, respiração, exalação; 2. Princípio vital, sôpro vital, vida; 3. Sôpro vital exalado pelos morimbundos (morte); 4. Indivíduo, pessoa; 5. Expirar, morrer, exalar o último suspiro.
Fonte: Dicionário Latino Português, Francisco Torrinha.
Assim, não só as duas palavras são sinônimas, como alma é bem mais completa e bem mais próxima do conceito dele de espírito. De qualquer forma, o erro foi colocar alma junto com fantasma, conceito que só foi incorporado em tempos bem posteriores, modernos, daí o termo "alma penada" que se refere à "fantasmas". Já espírito tem esse conceito desde a origem. E porque eu falo isso tudo? Não tenho a menor ideia.
A felicidade não é um prêmio ao final do caminho, ela é o caminho. TEAM TIGER
Re: Ateísmo
Espírito = alma = business.
Vendo minha alma por $50
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Re: Ateísmo
Dependendo do negócio eu também negocio com o coisa ruim, mas tem que ser mais que 50 lascasophoda escreveu:Espírito = alma = business.
Vendo minha alma por $50
Pra animar um pouco, vi essa placa na internext e lembrei de vocês rsrsrs
A felicidade não é um prêmio ao final do caminho, ela é o caminho. TEAM TIGER
Re: Ateísmo
kkkkkkkkkkkkkcafé c/ leite escreveu:Bicho, olha que loucura, um garoto norte-americano chamado Alex Malarkey, após dois meses de coma devido a um acidente de carro, acorda com um relato pós morte com anjos carregando ele e seu pai até o céu, ele chega a descrever Jesus e Satã e até os portões do paraíso.
A história ficou famosa e rendeu um livro chamado The Boy Who Came Back from Heaven, cinco anos depois e milhões de cópias vendidas, o moleque revela que tinha mentido absolutamente sobre tudo.
http://www.today.com/news/alex-malarkey ... 1D80430626" onclick="window.open(this.href);return false;
boa maneira pra se vender livros...
- Steve Jabs
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Re: Ateísmo
Sim! E essa é a mensagem final do vídeo humanista que postei anteriormente!Jorginic escreveu:
Essa mensagem representa bem aquilo em que acredito e minha forma de encarar a vida...
Sendo que vejo a terceira opção como a mais provável, hehehe
"Seguindo no desafio de manter a mente quieta, a espinha ereta e a cabeça no lugar".
- Fox Murder
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Re: Ateísmo
Queixodevidro escreveu:
Dependendo do negócio eu também negocio com o coisa ruim, mas tem que ser mais que 50 lascas
Pra animar um pouco, vi essa placa na internext e lembrei de vocês rsrsrs
Aproveitando, pros colegas postar o que acham:
Re: Ateísmo
A discussão entre ateismo e teismo, é quem surgiu do nada deus ou o universo. Bem o universo está ae pra todo mundo ver, mesmo não acreditando nele ...
Auto estima na rima, não é só a roupa!
- Fox Murder
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Re: Ateísmo
Mas eu acho que não é esta a questão fundamental da frase do Weinberg. Claro que uma pessoa má pode fazer uma coisa boa via religião e via diversas outras coisas. A questão fundamental, que ele levanta, é que via religião uma pessoa boa pode fazer coisas ruim, mas tem a religião pra justificar que é boa.'joaotavares escreveu:
Essa frase é famosa. Certamente isso realmente ocorre. Algumas pessoas boas são inspiradas a fazer coisas ruim em razão da religião. Porém, fico com a resposta do grande físico (e cristão) Freeman Dyson e considero a frase parcial e incompleta, pois não reconhece que a religião também é necessária para que homens ruins faça coisas boas. Acho que todos nós conhecemos exemplos nesse sentido.
Agora a lógica inversa não funciona, pois uma pessoa ruim não vai fazer uma coisa boa pq a religião justifica que é ruim. Isto não faz sentido algum.
Eu lembro que li um bom texto contra-argumentando esta resposta aí. Acho até que colei no falecido.
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