Noticias policiais

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Mark Twain
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Re: Ciclista é esfaqueado na Lagoa Rodrigo de Freitas

Mensagem por Mark Twain » 21 Mai 2015 15:02

Begege escreveu:vai ter um dia que as pessoas vao ficar tao saturadas com essa impunidade que isso aqui vai ficar pior que velho oeste...
Escuto isso desde crianca, infelizmente os bandidos estao muito a frente no quesito bang-bang.

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Anônimo
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Re: Ciclista é esfaqueado na Lagoa Rodrigo de Freitas

Mensagem por Anônimo » 21 Mai 2015 15:18

Azarias escreveu:
Sakamoto não é imbeciloide, não, ele é muito esperto. Está ganhando R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) de dinheiro meu e seu, previsto no orçamento federal e entregue para sua ONG, para falar esse tipo de despautério.

Outro final de semana liguei pela manhã na Globo e estava passando um programa da Sandra Annemberg. Sakamoto estava lá para divulgar sua ONG e falar do trabalho escravo. Se tivesse vergonha na cara, não usaria esse canal golpista, termo adorado pela esquerda, para divulgar sua ONG.

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zico
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Re: Ciclista é esfaqueado na Lagoa Rodrigo de Freitas

Mensagem por zico » 21 Mai 2015 15:34

Begege escreveu:vai ter um dia que as pessoas vao ficar tao saturadas com essa impunidade que isso aqui vai ficar pior que velho oeste...
A um tempo atrás começaram a amarrar vagabundo no poste, está mais que na hora da população voltar a fazer de novo.

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gus77
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Re: Noticias policiais

Mensagem por gus77 » 21 Mai 2015 15:36

Turista pega 3 meses de cadeia após tocar ombro de uma policial de Dubai

Juiz Mohammad Jamal também multou o réu em R$ 1.635.
Homem alega que tocou ombro de policial para pedir informações.

Um turista de 49 anos pegou três meses de cadeia após tocar no ombro de uma policial em Dubai, nos Emirados Árabes, para pedir informações. O turista do Cazaquistão acabou condenado por abuso sexual.
Imagem
Turista pegou três meses de cadeia após tocar ombro de uma policial de Dubai (Foto: Reuters)
Ele negou as acusações e disse que só deu um tapinha no ombro da policial, pois queria lhe pedir informações sobre como chegar em um shopping. Apesar de alegar inocência, ele foi condenado e multado por um tribunal de Dubai.
Além de três meses de prisão, o juiz Mohammad Jamal multou o réu em R$ 1.635. Após a decisão da Justiça, o homem deverá ser deportado. Ele tem um prazo de 15 dias para recorrer da sentença.

http://g1.globo.com/planeta-bizarro/not ... dubai.html" onclick="window.open(this.href);return false;
[-x :fear:

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Tony Fla
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Re: Ciclista é esfaqueado na Lagoa Rodrigo de Freitas

Mensagem por Tony Fla » 21 Mai 2015 16:03

Com 16 anos ele já vai responder como maior né?
Octacampeão Brasileiro

Campeão do Bolão Pé na Cova 2024! 🏆

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Mago
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Re: Ciclista é esfaqueado na Lagoa Rodrigo de Freitas

Mensagem por Mago » 21 Mai 2015 16:19

Tony Fla escreveu:Com 16 anos ele já vai responder como maior né?
Estamos no BR hue campeão. Crime ocorre nada acontece feijoada.

Noob
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Re: Ciclista é esfaqueado na Lagoa Rodrigo de Freitas

Mensagem por Noob » 21 Mai 2015 16:45

Mestre escreveu:Por puro masoquismo, vamos tentar trazer um pouco de luz a essa escuridão:

i) Por que o Rio de Janeiro sofre, há décadas, com a criminalidade, em proporção maior do que aquela encontrada em cidades populacionalmente similares? Porque os cariocas são pessoas ruins? Porque há muitas favelas, e os favelados têm uma natural propensão ao crime? Ou será porque há uma desigualdade social gritante, que fica ainda mais evidente em razão da convivência espacial da favela com o asfalto? Ora, sabendo que a desigualdade socioeconômica leva também à marginalização cultural, política e racial, temos, pois, um caldo fértil para o afloramento da violência urbana, em níveis não civilizados. Ou seja: a desigualdade social - a falta de oportunidades para uma parcela bem identificada da população - é o principal fator de potencialização da criminalidade.

ii) Isso quer dizer que os criminosos são coitadinhos que foram levados inevitavelmente à criminalidade? A culpa é das pessoas do asfalto? Claro que não, caralho. Quem diz isso, à esquerda, não sabe o que está falando. E vocês, à direita, deviam ter vergonha de reduzir todo o discurso progressista a isso, valendo-se de um espantalho para expor seus arroubos de moralidade.

iii) Os indivíduos são absurdamente diferentes entre si. Parcela não desprezível da população - 5% a 10% - tem algum grau de sociopatia, que inclui desprezo pelos sentimentos alheios e pela observância às regras sociais. Assim, com ou sem desigualdade social aguda, crimes sempre ocorrerão. Homicídios, estupros, lesões corporais e outros crimes não-patrimoniais não são tão influenciados pela desigualdade social; acesso a armas, ambiente cultural/educacional, predisposição psicológica e outros fatores do tipo são mais relevantes. Para os crimes patrimoniais, como furto, roubo e latrocínio, a desigualdade é, contudo, a causa mais relevante, obviamente conjugada com outras circunstâncias particulares do caso (tais como, segundo já disse, possíveis sociopatias, ou deficiências moral ou educacional na formação do criminoso, passíveis de serem agravada pelo ambiente de exclusão social).

iv) Diante deste prognóstico, qual a melhor forma de se combater a criminalidade? Ora, devem ser adotadas, concomitantemente, duas sortes de soluções. A primeira, mais complexa, mais importante, mais eficiente e, infelizmente, mais demorada, é a promoção da inclusão social, operada mediante, principalmente, redução da desigualdade social e melhoria da educação pública de base. Sem isso, qualquer tentativa de solução é inócua, autoritária, burra. A segunda, mais imediata e paliativa, é composta pela contenção de riscos presentes. Ou seja: policiamento inteligente (focado em áreas de maior risco), pacificação de comunidades com implantação de projetos educacionais, recreativos e profissionalizantes (e não como foram feitas as UPPs), mais atenção na análise e no tratamento psicológico/psiquiátrico de detentos, visando a identificar presos capazes de ressocialização e presos que precisam de medidas de segurança (noutras palavras, um Judiciário mais ativo e diligente na fase de execução de penas)...

vi) É importante ressaltar que a redução da maioridade penal, nesse contexto, é inefetiva. Ela resultará em limitação das já escassas possibilidades de ressocialização dos jovens que podem ser ressocializados, e nada impactará de positivo para aqueles que precisam de tratamentos mais intensos. Noutras palavras, vai agravar a situação de exclusão e de falta de oportunidades para os menores recuperáveis, e só vai piorar a delinquência dos demais, que serão jogados em jaulas e sairão, uma hora ou outra, piores do que entraram. Quando se fala de política criminal, deve se ter em mente os efeitos práticos, e não os sensos de justiça e de retribuição popularescos. Pena como retribuição ou como vingança é conceito ultrapassado, vinculado a uma noção de sociedade que não existe mais.

vii) Infelizmente, a falta de tempo me impede de estender o post. Ficou bem simplista, mas serve para alguma coisa.
Primeiramente qualquer cartilha tem isso. Isso é figura repetida. Se quer trazer algo, que traga de novo. Isso é muito século passado. Tudo que você fala, todo mundo sabe, isso é previsível. É que vocÊ fala, que o Holden fala, que o xRam fala, enfim, é o que cartilha manda e os robozinhos repetem.

Mas vou desconsiderar isso,
por favor nobre Mestre, ilumine nossos seres, o que fazer que não leve minimamente uma geração?

O que fazer de curto prazo? Pois o que você fala em curto prazo é longo prazo também, tirando o policiamento ostensivo.

Pois, até para política a longo prazo, precisa ter certa paz social. Estaticamente Faixa de Gaza é mais segura.
Editado pela última vez por Noob em 21 Mai 2015 16:46, em um total de 1 vez.
“Tu, que descanso buscas com cuidado, no mar desta vida, tempestuoso, não esperes achar nenhum repouso, senão em Cristo Jesus crucificado “

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Mago
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Re: Ciclista é esfaqueado na Lagoa Rodrigo de Freitas

Mensagem por Mago » 21 Mai 2015 16:45

Mestre escreveu:Por puro masoquismo, vamos tentar trazer um pouco de luz a essa escuridão:

i) Por que o Rio de Janeiro sofre, há décadas, com a criminalidade, em proporção maior do que aquela encontrada em cidades populacionalmente similares? Porque os cariocas são pessoas ruins? Porque há muitas favelas, e os favelados têm uma natural propensão ao crime? Ou será porque há uma desigualdade social gritante, que fica ainda mais evidente em razão da convivência espacial da favela com o asfalto? Ora, sabendo que a desigualdade socioeconômica leva também à marginalização cultural, política e racial, temos, pois, um caldo fértil para o afloramento da violência urbana, em níveis não civilizados. Ou seja: a desigualdade social - a falta de oportunidades para uma parcela bem identificada da população - é o principal fator de potencialização da criminalidade.

ii) Isso quer dizer que os criminosos são coitadinhos que foram levados inevitavelmente à criminalidade? A culpa é das pessoas do asfalto? Claro que não, caralho. Quem diz isso, à esquerda, não sabe o que está falando. E vocês, à direita, deviam ter vergonha de reduzir todo o discurso progressista a isso, valendo-se de um espantalho para expor seus arroubos de moralidade.

iii) Os indivíduos são absurdamente diferentes entre si. Parcela não desprezível da população - 5% a 10% - tem algum grau de sociopatia, que inclui desprezo pelos sentimentos alheios e pela observância às regras sociais. Assim, com ou sem desigualdade social aguda, crimes sempre ocorrerão. Homicídios, estupros, lesões corporais e outros crimes não-patrimoniais não são tão influenciados pela desigualdade social; acesso a armas, ambiente cultural/educacional, predisposição psicológica e outros fatores do tipo são mais relevantes. Para os crimes patrimoniais, como furto, roubo e latrocínio, a desigualdade é, contudo, a causa mais relevante, obviamente conjugada com outras circunstâncias particulares do caso (tais como, segundo já disse, possíveis sociopatias, ou deficiências moral ou educacional na formação do criminoso, passíveis de serem agravada pelo ambiente de exclusão social).

iv) Diante deste prognóstico, qual a melhor forma de se combater a criminalidade? Ora, devem ser adotadas, concomitantemente, duas sortes de soluções. A primeira, mais complexa, mais importante, mais eficiente e, infelizmente, mais demorada, é a promoção da inclusão social, operada mediante, principalmente, redução da desigualdade social e melhoria da educação pública de base. Sem isso, qualquer tentativa de solução é inócua, autoritária, burra. A segunda, mais imediata e paliativa, é composta pela contenção de riscos presentes. Ou seja: policiamento inteligente (focado em áreas de maior risco), pacificação de comunidades com implantação de projetos educacionais, recreativos e profissionalizantes (e não como foram feitas as UPPs), mais atenção na análise e no tratamento psicológico/psiquiátrico de detentos, visando a identificar presos capazes de ressocialização e presos que precisam de medidas de segurança (noutras palavras, um Judiciário mais ativo e diligente na fase de execução de penas)...

v) É importante ressaltar que a redução da maioridade penal, nesse contexto, é inefetiva. Ela resultará em limitação das já escassas possibilidades de ressocialização dos jovens que podem ser ressocializados, e nada impactará de positivo para aqueles que precisam de tratamentos mais intensos. Noutras palavras, vai agravar a situação de exclusão e de falta de oportunidades para os menores recuperáveis, e só vai piorar a delinquência dos demais, que serão jogados em jaulas e sairão, uma hora ou outra, piores do que entraram. Quando se fala de política criminal, deve se ter em mente os efeitos práticos, e não os sensos de justiça e de retribuição popularescos. Pena como retribuição ou como vingança é conceito ultrapassado, vinculado a uma noção de sociedade que não existe mais.

vi) Infelizmente, a falta de tempo me impede de estender o post. Ficou bem simplista, mas serve para alguma coisa.
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Noob
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Re: Ciclista é esfaqueado na Lagoa Rodrigo de Freitas

Mensagem por Noob » 21 Mai 2015 17:06

Mestre escreveu:
Nada do que eu disse como medida imediata demora mais do que um ou dois anos. Mais rápido que isso, só se começarmos a matar jovens favelados de maneira preventiva. Isso dá para fazer em um mês. Era isso o que você queria ler, né? :D

Talvez a "cartilha" fale isso porque, bem, é a conclusão a que chegaram todos aqueles que se dedicaram a estudar o tema.
Se você acredita nisso, que demora um ou dois anos, fazer o quê?! Nem uma praça se faz em um no Brasil kkkkkkkk....... Para contratar psicológicos para acompanhar detentos, só o prazo desses profissionais vai levar mais de um ano.A té eles começarem e o trabalho dá fruto, só Deus sabe. Todo a cidade é zona de risco. A violência é democrática, se foi tempo que violência era no morro.

Mas se você acredita nisso, quem sou eu para te mostrar o óbvio. Canso de falar, não se discute com quem não vê o óbvio.



No mais, Kozak mandou a real. Eu também sempre desconfiei, sua baixa autoestima reflete até no nickname que escolheu. VocÊ virou MEME aqui. Bom, não era esse reconhecimento que você queria, mas já é alguma coisa, não?!

PS: troque seu avatar, a história do Batman é meio incoerente com o que você acredita.
Editado pela última vez por Noob em 21 Mai 2015 17:11, em um total de 1 vez.
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Re: Ciclista é esfaqueado na Lagoa Rodrigo de Freitas

Mensagem por Tonho » 21 Mai 2015 17:26

Ninguém pode negar que os papagaios inteligentinhos do fórum são engraçados, apesar de contarem sempre a mesma anedota.

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Re: Ciclista é esfaqueado na Lagoa Rodrigo de Freitas

Mensagem por Flaalmendra » 21 Mai 2015 17:27

Mestre escreveu:Por puro masoquismo, vamos tentar trazer um pouco de luz a essa escuridão:

i) Por que o Rio de Janeiro sofre, há décadas, com a criminalidade, em proporção maior do que aquela encontrada em cidades populacionalmente similares? Porque os cariocas são pessoas ruins? Porque há muitas favelas, e os favelados têm uma natural propensão ao crime? Ou será porque há uma desigualdade social gritante, que fica ainda mais evidente em razão da convivência espacial da favela com o asfalto? Ora, sabendo que a desigualdade socioeconômica leva também à marginalização cultural, política e racial, temos, pois, um caldo fértil para o afloramento da violência urbana, em níveis não civilizados. Ou seja: a desigualdade social - a falta de oportunidades para uma parcela bem identificada da população - é o principal fator de potencialização da criminalidade.

ii) Isso quer dizer que os criminosos são coitadinhos que foram levados inevitavelmente à criminalidade? A culpa é das pessoas do asfalto? Claro que não, caralho. Quem diz isso, à esquerda, não sabe o que está falando. E vocês, à direita, deviam ter vergonha de reduzir todo o discurso progressista a isso, valendo-se de um espantalho para expor seus arroubos de moralidade.

iii) Os indivíduos são absurdamente diferentes entre si. Parcela não desprezível da população - 5% a 10% - tem algum grau de sociopatia, que inclui desprezo pelos sentimentos alheios e pela observância às regras sociais. Assim, com ou sem desigualdade social aguda, crimes sempre ocorrerão. Homicídios, estupros, lesões corporais e outros crimes não-patrimoniais não são tão influenciados pela desigualdade social; acesso a armas, ambiente cultural/educacional, predisposição psicológica e outros fatores do tipo são mais relevantes. Para os crimes patrimoniais, como furto, roubo e latrocínio, a desigualdade é, contudo, a causa mais relevante, obviamente conjugada com outras circunstâncias particulares do caso (tais como, segundo já disse, possíveis sociopatias, ou deficiências moral ou educacional na formação do criminoso, passíveis de serem agravada pelo ambiente de exclusão social).

iv) Diante deste prognóstico, qual a melhor forma de se combater a criminalidade? Ora, devem ser adotadas, concomitantemente, duas sortes de soluções. A primeira, mais complexa, mais importante, mais eficiente e, infelizmente, mais demorada, é a promoção da inclusão social, operada mediante, principalmente, redução da desigualdade social e melhoria da educação pública de base. Sem isso, qualquer tentativa de solução é inócua, autoritária, burra. A segunda, mais imediata e paliativa, é composta pela contenção de riscos presentes. Ou seja: policiamento inteligente (focado em áreas de maior risco), pacificação de comunidades com implantação de projetos educacionais, recreativos e profissionalizantes (e não como foram feitas as UPPs), mais atenção na análise e no tratamento psicológico/psiquiátrico de detentos, visando a identificar presos capazes de ressocialização e presos que precisam de medidas de segurança (noutras palavras, um Judiciário mais ativo e diligente na fase de execução de penas)...

v) É importante ressaltar que a redução da maioridade penal, nesse contexto, é inefetiva. Ela resultará em limitação das já escassas possibilidades de ressocialização dos jovens que podem ser ressocializados, e nada impactará de positivo para aqueles que precisam de tratamentos mais intensos. Noutras palavras, vai agravar a situação de exclusão e de falta de oportunidades para os menores recuperáveis, e só vai piorar a delinquência dos demais, que serão jogados em jaulas e sairão, uma hora ou outra, piores do que entraram. Quando se fala de política criminal, deve se ter em mente os efeitos práticos, e não os sensos de justiça e de retribuição popularescos. Pena como retribuição ou como vingança é conceito ultrapassado, vinculado a uma noção de sociedade que não existe mais.

vi) Infelizmente, a falta de tempo me impede de estender o post. Ficou bem simplista, mas serve para alguma coisa.
So nao concordo com a parte da maioridade penal. Um moleque com 16 anos sabe a conseqüência que tera em ir para um presidio ao invés de uma casa de internação. Entao se ele e so um fanfarrão e comete crimes pq não vai da nada, coisa que eu ja vi, comete crime ate os 18 e depois segue um rumo normal. Esses podem fazer isso aos 16 e não cometer mais crime.

De resto concordo com vc. So não vejo plano governamental para implantar essas medidas

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zico
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Re: Ciclista é esfaqueado na Lagoa Rodrigo de Freitas

Mensagem por zico » 21 Mai 2015 17:38

Mestre escreveu:Por puro masoquismo, vamos tentar trazer um pouco de luz a essa escuridão:

i) Por que o Rio de Janeiro sofre, há décadas, com a criminalidade, em proporção maior do que aquela encontrada em cidades populacionalmente similares? Porque os cariocas são pessoas ruins? Porque há muitas favelas, e os favelados têm uma natural propensão ao crime? Ou será porque há uma desigualdade social gritante, que fica ainda mais evidente em razão da convivência espacial da favela com o asfalto? Ora, sabendo que a desigualdade socioeconômica leva também à marginalização cultural, política e racial, temos, pois, um caldo fértil para o afloramento da violência urbana, em níveis não civilizados. Ou seja: a desigualdade social - a falta de oportunidades para uma parcela bem identificada da população - é o principal fator de potencialização da criminalidade.

ii) Isso quer dizer que os criminosos são coitadinhos que foram levados inevitavelmente à criminalidade? A culpa é das pessoas do asfalto? Claro que não, caralho. Quem diz isso, à esquerda, não sabe o que está falando. E vocês, à direita, deviam ter vergonha de reduzir todo o discurso progressista a isso, valendo-se de um espantalho para expor seus arroubos de moralidade.

iii) Os indivíduos são absurdamente diferentes entre si. Parcela não desprezível da população - 5% a 10% - tem algum grau de sociopatia, que inclui desprezo pelos sentimentos alheios e pela observância às regras sociais. Assim, com ou sem desigualdade social aguda, crimes sempre ocorrerão. Homicídios, estupros, lesões corporais e outros crimes não-patrimoniais não são tão influenciados pela desigualdade social; acesso a armas, ambiente cultural/educacional, predisposição psicológica e outros fatores do tipo são mais relevantes. Para os crimes patrimoniais, como furto, roubo e latrocínio, a desigualdade é, contudo, a causa mais relevante, obviamente conjugada com outras circunstâncias particulares do caso (tais como, segundo já disse, possíveis sociopatias, ou deficiências moral ou educacional na formação do criminoso, passíveis de serem agravada pelo ambiente de exclusão social).

iv) Diante deste prognóstico, qual a melhor forma de se combater a criminalidade? Ora, devem ser adotadas, concomitantemente, duas sortes de soluções. A primeira, mais complexa, mais importante, mais eficiente e, infelizmente, mais demorada, é a promoção da inclusão social, operada mediante, principalmente, redução da desigualdade social e melhoria da educação pública de base. Sem isso, qualquer tentativa de solução é inócua, autoritária, burra. A segunda, mais imediata e paliativa, é composta pela contenção de riscos presentes. Ou seja: policiamento inteligente (focado em áreas de maior risco), pacificação de comunidades com implantação de projetos educacionais, recreativos e profissionalizantes (e não como foram feitas as UPPs), mais atenção na análise e no tratamento psicológico/psiquiátrico de detentos, visando a identificar presos capazes de ressocialização e presos que precisam de medidas de segurança (noutras palavras, um Judiciário mais ativo e diligente na fase de execução de penas)...

v) É importante ressaltar que a redução da maioridade penal, nesse contexto, é inefetiva. Ela resultará em limitação das já escassas possibilidades de ressocialização dos jovens que podem ser ressocializados, e nada impactará de positivo para aqueles que precisam de tratamentos mais intensos. Noutras palavras, vai agravar a situação de exclusão e de falta de oportunidades para os menores recuperáveis, e só vai piorar a delinquência dos demais, que serão jogados em jaulas e sairão, uma hora ou outra, piores do que entraram. Quando se fala de política criminal, deve se ter em mente os efeitos práticos, e não os sensos de justiça e de retribuição popularescos. Pena como retribuição ou como vingança é conceito ultrapassado, vinculado a uma noção de sociedade que não existe mais.

vi) Infelizmente, a falta de tempo me impede de estender o post. Ficou bem simplista, mas serve para alguma coisa.
Vc é contra a redução da maioridade penal até para esses menores que matam sem nenhum remorso e que não tem nenhum apego a vida dos outros, como é o caso desse monstro que matou covardemente esse médico?

Tonho
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Re: Ciclista é esfaqueado na Lagoa Rodrigo de Freitas

Mensagem por Tonho » 21 Mai 2015 17:49

Senhores sem perguntas fora da cartilha.... senão complica.

Tonho
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Re: Ciclista é esfaqueado na Lagoa Rodrigo de Freitas

Mensagem por Tonho » 21 Mai 2015 17:49

Gab Parko escreveu:
Ia perguntar exatamente isso agora!!
Qual a explicação pra esse aumento bizarro da criminalidade então? :dunno:
Eu chutaria, deixa eu ver..... hum.... CULPA DO FHC

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armlock
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Re: Ciclista é esfaqueado na Lagoa Rodrigo de Freitas

Mensagem por armlock » 21 Mai 2015 17:51

Mestre escreveu:Por puro masoquismo, vamos tentar trazer um pouco de luz a essa escuridão:
Spoiler:
i) Por que o Rio de Janeiro sofre, há décadas, com a criminalidade, em proporção maior do que aquela encontrada em cidades populacionalmente similares? Porque os cariocas são pessoas ruins? Porque há muitas favelas, e os favelados têm uma natural propensão ao crime? Ou será porque há uma desigualdade social gritante, que fica ainda mais evidente em razão da convivência espacial da favela com o asfalto? Ora, sabendo que a desigualdade socioeconômica leva também à marginalização cultural, política e racial, temos, pois, um caldo fértil para o afloramento da violência urbana, em níveis não civilizados. Ou seja: a desigualdade social - a falta de oportunidades para uma parcela bem identificada da população - é o principal fator de potencialização da criminalidade.

ii) Isso quer dizer que os criminosos são coitadinhos que foram levados inevitavelmente à criminalidade? A culpa é das pessoas do asfalto? Claro que não, caralho. Quem diz isso, à esquerda, não sabe o que está falando. E vocês, à direita, deviam ter vergonha de reduzir todo o discurso progressista a isso, valendo-se de um espantalho para expor seus arroubos de moralidade.

iii) Os indivíduos são absurdamente diferentes entre si. Parcela não desprezível da população - 5% a 10% - tem algum grau de sociopatia, que inclui desprezo pelos sentimentos alheios e pela observância às regras sociais. Assim, com ou sem desigualdade social aguda, crimes sempre ocorrerão. Homicídios, estupros, lesões corporais e outros crimes não-patrimoniais não são tão influenciados pela desigualdade social; acesso a armas, ambiente cultural/educacional, predisposição psicológica e outros fatores do tipo são mais relevantes. Para os crimes patrimoniais, como furto, roubo e latrocínio, a desigualdade é, contudo, a causa mais relevante, obviamente conjugada com outras circunstâncias particulares do caso (tais como, segundo já disse, possíveis sociopatias, ou deficiências moral ou educacional na formação do criminoso, passíveis de serem agravada pelo ambiente de exclusão social).

iv) Diante deste prognóstico, qual a melhor forma de se combater a criminalidade? Ora, devem ser adotadas, concomitantemente, duas sortes de soluções. A primeira, mais complexa, mais importante, mais eficiente e, infelizmente, mais demorada, é a promoção da inclusão social, operada mediante, principalmente, redução da desigualdade social e melhoria da educação pública de base. Sem isso, qualquer tentativa de solução é inócua, autoritária, burra. A segunda, mais imediata e paliativa, é composta pela contenção de riscos presentes. Ou seja: policiamento inteligente (focado em áreas de maior risco), pacificação de comunidades com implantação de projetos educacionais, recreativos e profissionalizantes (e não como foram feitas as UPPs), mais atenção na análise e no tratamento psicológico/psiquiátrico de detentos, visando a identificar presos capazes de ressocialização e presos que precisam de medidas de segurança (noutras palavras, um Judiciário mais ativo e diligente na fase de execução de penas)...

v) É importante ressaltar que a redução da maioridade penal, nesse contexto, é inefetiva. Ela resultará em limitação das já escassas possibilidades de ressocialização dos jovens que podem ser ressocializados, e nada impactará de positivo para aqueles que precisam de tratamentos mais intensos. Noutras palavras, vai agravar a situação de exclusão e de falta de oportunidades para os menores recuperáveis, e só vai piorar a delinquência dos demais, que serão jogados em jaulas e sairão, uma hora ou outra, piores do que entraram. Quando se fala de política criminal, deve se ter em mente os efeitos práticos, e não os sensos de justiça e de retribuição popularescos. Pena como retribuição ou como vingança é conceito ultrapassado, vinculado a uma noção de sociedade que não existe mais.
vi) Infelizmente, a falta de tempo me impede de estender o post. Ficou bem simplista, mas serve para alguma coisa.

Mestre,

Lendo o teu post me parece que ele seria perfeito no meu contexto aqui nos US. Porem enquanto o lia pensando num contexto Brasileiro, a sensacao era de um texto de ficcao cientifica.

Ia escrever o porque de forma mais explicita, mas iria ficar longo e me ocorreu fazer uma comparacao bem simploria para explicar o porque essa impressao. Eh exagerada, mas acho que o meu "porque" fica obvio.

Imagine um pais completamente ficticio o governo sohmente deixe a esmagadora maioria de seus habitantes, inclusive a sua classe media, comer maca, pao e agua. Obviamente todo mundo vai ter serios problemas de nutricao dado o imbalanco de nutrientes. Agora o pessoal com menos recursos nem isso vai poder comer, se restringindo apenas a pao e agua. Sua desnutricao sera ainda mais drastica.

Eu vejo a tua proposta solucao aplicada a desnutricao dessa classe com menos recursos como se fosse primeiro uma perfeita descricao das necessidades nutricionais do ser humano, e a sugestao de uma alimentacao balanceada com cereais, frutas, carnes e vegetais.

Ou seja, estarias sugerindo uma solucao que o governo nao aplicaria (em termos de recursos) nem mesmo as classes mais favorecidas.

Estou perfeitamente ciente de que nao dei uma solucao a situacao que eu mesmo propus, mas penso que os passos teriam que envolver algumas mudancas de simples implementacao e que nao fosse gerar uma reacao negativa ou ridicularizada por tal governo. Ou seja uma primeira mudanca de sugerir a mudanca do pao para pao integral seria um comeco. Pequenos passos que tenham algum impacto real e possam servir de base para os proximos.

Enfim, nao sei se esse post tem algum valor ou nao, mas num pais como o Brasil, propor solucoes integrais e abrangentes, como eh comum aqui fora, sempre me pareceram perda de tempo (vale ate em engenharia $$$) porque tendem a ser ridicularizadas por quem tem que liberar as verbas necessarias.
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All it takes for evil to prevail is for good men to do nothing -E.Burke

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