Mensagem
por Queixodevidro » 23 Out 2014 20:36
Olá, eu tenho um ponto de vista que tirei da Literatura. Tem esse escritor grego, na verdade sírio, que escreveu por volta dos anos 180 D.C. o Luciano de Samosata, que faz parte de uma linhagem de escritores satíricos, da qual nosso Machado de Assis também faz parte, que escreveu um livro chamado A Passagem do Peregrino. Nesse livro ele conta a história (fictícia e satírica) de Proteus, um filósofo que saiu, digamos, fugido, de sua cidade natal, por ter sido acusado de assassinar seu pai. Mas o que interessa aqui é o seguinte trecho do livro, que narra a sua chegada à região conhecida como Palestina:
“Foi então que ele [Proteus] conheceu a maravilhosa doutrina dos cristãos, associando-se a seus sacerdotes e escribas na Palestina. (...) E o consideraram como protetor e o tiveram como legislador, logo abaixo do outro [legislador], aquele que eles ainda adoram, o homem que foi crucificado na Palestina por dar origem a este culto.(...) Os pobres infelizes estão totalmente convencidos que eles serão imortais e terão a vida eterna, desta forma eles desprezam a morte e voluntariamente se dão ao aprisionamento; a maior parte deles. Além disso, seu primeiro legislador os convenceu de que eram todos irmãos, uma vez que eles haviam transgredido, negando os deuses gregos, e adoram o sofista crucificado vivendo sob suas leis." (Passagem do Peregrino, 11 e 13) [19]"
Apesar de ser uma ficção, a história contada por um escritor grego (sírio) não cristão, que se refere com ironia ao possível Jesus histórico me parece bastante interessante e me faz acreditar que o cara, além de ter existido mesmo, era o cara, revolucionário.
A felicidade não é um prêmio ao final do caminho, ela é o caminho. TEAM TIGER