Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
Matéria sobre o consumo do agronegócio e a possibilidade de se economizar água nessa atividade econômica.
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/va ... guas.shtml" onclick="window.open(this.href);return false;
Conflito das águas
Responsável por 72% do consumo de água, agricultura pode reduzir uso em 20% com boas práticas de irrigação
29/01/2015 02h00
De cada cem litros de água consumidos no país, 72 são utilizados na agricultura.
O alto volume necessário para a produção de alimentos colocou a irrigação no alvo das medidas que podem ser adotadas em alguns Estados para evitar o desabastecimento nos centros urbanos.
Diante da gravidade da crise, há quem avalie que essa restrição é necessária. Para outros especialistas, porém, a irrigação não pode ser considerada a vilã da crise atual.
O consumo agrícola de água no Brasil está em linha com a média mundial, de 70%. Segundo a ANA (Agência Nacional de Águas), os EUA e a Austrália apresentam percentual semelhante. Na China, a irrigação responde por 90% do total.
A atividade que mais consome água no campo é a irrigação, prática na qual o país ainda tem muito a evoluir. Apenas 8% da área plantada no Brasil é irrigada, o equivalente a 5,8 milhões de hectares, segundo a ANA. Nos EUA, por exemplo, ao menos 26% da área agrícola é irrigada.
Mesmo longe do seu potencial de irrigação, de 29,6 milhões de hectares, o consumo é alto em comparação com o urbano, que responde por 9% do total, e o industrial (7%).
Segundo Jorge Werneck Lima, pesquisador em hidrologia da Embrapa Cerrados, com boas práticas de manejo agrícola é possível economizar ao menos 20% da água consumida nas fazendas.
A presidente da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Hídricos), Jussara Cruz, diz que qualquer redução no uso da água pela agricultura pode gerar sobras para muitas residências.
O tamanho dessa redução, no entanto, depende da cultura e da localização da plantação irrigada. As áreas que mais precisam de gerenciamento, segundo ela, são as localizadas próximas aos mananciais que abastecem as grandes cidades.
CONFLITO
O tema é polêmico. "Não há um conflito entre a água para beber e a utilizada na agricultura", diz Fernando Braz Tangerino Hernandez, titular da área de irrigação da Unesp Ilha Solteira.
Segundo especialistas, é preciso considerar que parte da água utilizada pela agricultura retorna à atmosfera pelo processo natural de evapotranspiração -evaporação da água presente nas camadas superficiais do solo e a transpiração das plantas, que ocorre nas folhas.
"A água passa pela planta e volta", afirma Tangerino.
Além disso, os ganhos de produtividade proporcionados pela irrigação inibem o avanço da agricultura para áreas ainda não ocupadas pelo setor, contribuindo para a preservação do ambiente.
Para Luís Henrique Bassoi, pesquisador da Embrapa Semiárido, o produtor também se beneficia. Com a irrigação, o agricultor pode obter mais rentabilidade e maior segurança quanto à obtenção da colheita e até mesmo de colher em uma mesma área mais de uma vez por ano.
Caso seja necessária a imposição de um limite no uso da água para irrigação, a presidente da ABRH diz que é preciso adotar medidas compensatórias aos produtores que deixarão de produzir e ficarão sem renda. "Algumas pessoas não podem pagar sozinhas pela crise", afirma.
Bassoi destaca que "o custo de não se irrigar" para obter uma melhor produção não se restringe apenas à perda de produção agrícola, mas na geração de renda e empregos.
Especialistas e produtores dizem que há espaço para economizar
De especialistas a produtores, todos concordam que há espaço para melhorar o uso da água na agricultura.
Sergio Pitt, produtor de grãos no oeste da Bahia, diz que é necessária uma política de gestão na propriedade.
Essa política tem de incluir um aproveitamento maior das águas em período de boa vazão, mas uma redução da utilização quando os rios estão com níveis críticos.
A produtividade do período de boa vazão compensa a menor rentabilidade do período ruim, segundo ele.
As boas práticas já levam produtores de arroz irrigado no Sul a reduzir o consumo de água entre 30% e 40%.
Para melhorar a irrigação, Bassoi, da Embrapa, destaca que é necessária uma agenda comum "mais entrosada" das instituições que trabalham sobre o tema água.
Tangerino afirma que faltam planejamento e gestão nos governos municipais, estaduais e federal.
"Nossa matéria-prima é a chuva -ao contrário de alguns países que têm o degelo- e temos de buscar meios para manter essa água."
Nascentes mal conservadas e ausência de matas ciliares -em alguns casos até por orientações erradas no passado- não podem persistir. Ele destaca a necessidade de represamento de água no período chuvoso, o que é dificultado em alguns Estados.
Pitt diz que essas secas são cíclicas e mudam de regiões, mas os cuidados dos produtores devem ser os mesmos em qualquer uma delas.
Uma das principais atitudes é reter a água na propriedade, fazendo com que ela vá ao lençol freático pelo solo, sem chegar aos rios e provocar assoreamentos.
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Conflito das águas
Responsável por 72% do consumo de água, agricultura pode reduzir uso em 20% com boas práticas de irrigação
29/01/2015 02h00
De cada cem litros de água consumidos no país, 72 são utilizados na agricultura.
O alto volume necessário para a produção de alimentos colocou a irrigação no alvo das medidas que podem ser adotadas em alguns Estados para evitar o desabastecimento nos centros urbanos.
Diante da gravidade da crise, há quem avalie que essa restrição é necessária. Para outros especialistas, porém, a irrigação não pode ser considerada a vilã da crise atual.
O consumo agrícola de água no Brasil está em linha com a média mundial, de 70%. Segundo a ANA (Agência Nacional de Águas), os EUA e a Austrália apresentam percentual semelhante. Na China, a irrigação responde por 90% do total.
A atividade que mais consome água no campo é a irrigação, prática na qual o país ainda tem muito a evoluir. Apenas 8% da área plantada no Brasil é irrigada, o equivalente a 5,8 milhões de hectares, segundo a ANA. Nos EUA, por exemplo, ao menos 26% da área agrícola é irrigada.
Mesmo longe do seu potencial de irrigação, de 29,6 milhões de hectares, o consumo é alto em comparação com o urbano, que responde por 9% do total, e o industrial (7%).
Segundo Jorge Werneck Lima, pesquisador em hidrologia da Embrapa Cerrados, com boas práticas de manejo agrícola é possível economizar ao menos 20% da água consumida nas fazendas.
A presidente da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Hídricos), Jussara Cruz, diz que qualquer redução no uso da água pela agricultura pode gerar sobras para muitas residências.
O tamanho dessa redução, no entanto, depende da cultura e da localização da plantação irrigada. As áreas que mais precisam de gerenciamento, segundo ela, são as localizadas próximas aos mananciais que abastecem as grandes cidades.
CONFLITO
O tema é polêmico. "Não há um conflito entre a água para beber e a utilizada na agricultura", diz Fernando Braz Tangerino Hernandez, titular da área de irrigação da Unesp Ilha Solteira.
Segundo especialistas, é preciso considerar que parte da água utilizada pela agricultura retorna à atmosfera pelo processo natural de evapotranspiração -evaporação da água presente nas camadas superficiais do solo e a transpiração das plantas, que ocorre nas folhas.
"A água passa pela planta e volta", afirma Tangerino.
Além disso, os ganhos de produtividade proporcionados pela irrigação inibem o avanço da agricultura para áreas ainda não ocupadas pelo setor, contribuindo para a preservação do ambiente.
Para Luís Henrique Bassoi, pesquisador da Embrapa Semiárido, o produtor também se beneficia. Com a irrigação, o agricultor pode obter mais rentabilidade e maior segurança quanto à obtenção da colheita e até mesmo de colher em uma mesma área mais de uma vez por ano.
Caso seja necessária a imposição de um limite no uso da água para irrigação, a presidente da ABRH diz que é preciso adotar medidas compensatórias aos produtores que deixarão de produzir e ficarão sem renda. "Algumas pessoas não podem pagar sozinhas pela crise", afirma.
Bassoi destaca que "o custo de não se irrigar" para obter uma melhor produção não se restringe apenas à perda de produção agrícola, mas na geração de renda e empregos.
Especialistas e produtores dizem que há espaço para economizar
De especialistas a produtores, todos concordam que há espaço para melhorar o uso da água na agricultura.
Sergio Pitt, produtor de grãos no oeste da Bahia, diz que é necessária uma política de gestão na propriedade.
Essa política tem de incluir um aproveitamento maior das águas em período de boa vazão, mas uma redução da utilização quando os rios estão com níveis críticos.
A produtividade do período de boa vazão compensa a menor rentabilidade do período ruim, segundo ele.
As boas práticas já levam produtores de arroz irrigado no Sul a reduzir o consumo de água entre 30% e 40%.
Para melhorar a irrigação, Bassoi, da Embrapa, destaca que é necessária uma agenda comum "mais entrosada" das instituições que trabalham sobre o tema água.
Tangerino afirma que faltam planejamento e gestão nos governos municipais, estaduais e federal.
"Nossa matéria-prima é a chuva -ao contrário de alguns países que têm o degelo- e temos de buscar meios para manter essa água."
Nascentes mal conservadas e ausência de matas ciliares -em alguns casos até por orientações erradas no passado- não podem persistir. Ele destaca a necessidade de represamento de água no período chuvoso, o que é dificultado em alguns Estados.
Pitt diz que essas secas são cíclicas e mudam de regiões, mas os cuidados dos produtores devem ser os mesmos em qualquer uma delas.
Uma das principais atitudes é reter a água na propriedade, fazendo com que ela vá ao lençol freático pelo solo, sem chegar aos rios e provocar assoreamentos.
Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
Excelente matéria! Ainda mais depois de ter que ler isso daqui:Mago escreveu:Ontem no bom dia Brasil passou uma reportagem como os outros países enfrentam a seca, aí que eu vi (mais ainda) como o Brasil é uma merda. A Jordânia um dos países mais secos do mundo nunca falta água por exemplo.
Tá aí a matéria
http://globotv.globo.com/rede-globo/bom ... s/3923635/" onclick="window.open(this.href);return false;
Governo de SP diz que fez sua parte na crise da água. Será?
Spoiler:
Sério, por essas e outras que dá desgosto de viver nesse país.
Who dares wins.
Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
E só pra lembrar o pessoal que não viu.
Vejam a data do debate: 30/09/2014
Vejam a data do debate: 30/09/2014
Who dares wins.
Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
HUAHUAHUAHAU Álquimín digno de Malufão nessa daí. Cara de pau demais esses filhos da puta, kkkkk
"... and all you can talk about is the money and fairytales of eternal economic growth. How dare you?"
(THUNBERG, MESTRA, 2019).
(THUNBERG, MESTRA, 2019).
Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
Video do Daniel Fraga sobre o assunto:
Filmes Trash - http://filmelixo.blogspot.com.br/
- Dhalailama
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Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
Teria alguma possibilidade de usar a tecnologia moderna , fazer uma tratamento na agua do mar para a população usar ? Parece que isso já é feito no Japão .
Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
Sim, existe a tecnologia. Senão me engano Israel ou algum país próximo faz isso, mas pelo que me lembro o processo de dessalinização não é tão barato como o nosso (que praticamente apenas acumulamos água) e pra bombear essa água para SP por exemplo, ficaria muito caro e demoraria muito implantar um sistema desses.Dhalailama escreveu:Teria alguma possibilidade de usar a tecnologia moderna , fazer uma tratamento na agua do mar para a população usar ? Parece que isso já é feito no Japão .
Lembro que há alguns anos atrás (menos de 10 anos) tivemos problemas com relação a agua em SP (no próprio Sistema Cantareira), não me lembro o ano exato, mas voltou a chover e não fizeram nada, não me lembro de investimento em represas ou nada do tipo por parte do governo do estado. Agora está desse jeito e se voltar a chover continuará assim, infelizmente.
Former Champion UFC ON BJJF
Campeão Fantasy TUF 2016
TEAM FANTASY - Pride FC Never Die - Equipe Campeã TUF 2015
@pridefcneverdie
Campeão Fantasy TUF 2016
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Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
Sim. Veja o video da globo.com que foi postado logo acima. Lá explica bem essa questão mencionando o exemplo de Israel.Dhalailama escreveu:Teria alguma possibilidade de usar a tecnologia moderna , fazer uma tratamento na agua do mar para a população usar ? Parece que isso já é feito no Japão .
Who dares wins.
Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
2004 teve uma estiagem muito severa. E mesmo depois desta ocorrência, não fizeram NADA pra melhorar o sistema.Lenilson escreveu: Sim, existe a tecnologia. Senão me engano Israel ou algum país próximo faz isso, mas pelo que me lembro o processo de dessalinização não é tão barato como o nosso (que praticamente apenas acumulamos água) e pra bombear essa água para SP por exemplo, ficaria muito caro e demoraria muito implantar um sistema desses.
Lembro que há alguns anos atrás (menos de 10 anos) tivemos problemas com relação a agua em SP (no próprio Sistema Cantareira), não me lembro o ano exato, mas voltou a chover e não fizeram nada, não me lembro de investimento em represas ou nada do tipo por parte do governo do estado. Agora está desse jeito e se voltar a chover continuará assim, infelizmente.
Aí em 2010/2011/2012 vieram chuvas torrenciais. Tiveram de abrir tudo que tinha no sistema Cantareira ou as barragens iam desmoronar. Muita chuva, enchente, sistema a 100% de capacidade, tudo lindo, sem stress...mas a memória desse pessoal é curta...
- viniciusfs
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Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial

O sudeste brasileiro é única área 'cortada' pelo trópico de capricórnio que não é deserto. Isso acontece porque a Floresta Amazônica e o bacia do Amazonas geram muita evaporação e umidade, a Cordilheira dos Andes segura e os ventos trazem tudo isso em forma de 'rios aéreos' pro Sudeste e Sul do Brasil. A destruição da floresta seca os 'rios aéreos' e daqui uns anos Sul e Sudeste serão desertos como todas as áreas na região do trópico de capricórnio.
No meio de tantos debates, a absoluta maioria ignora isso. Não precisa de tecnologia pra salvar o Sudeste da seca, só precisava conservar a floresta. A bancada ruralista manda no Brasil, vão continuar destruindo tudo pra vender madeira, criar gados, etc...
E quem votou neles que morra de sede. Eu não votei mas vou me ferrar junto. A culpa é de vocês e não é porque estão gastando água demais em casa, é porque não votam direito.

Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
PSDB ... sem mais.
"Nós somos o que fazemos repetidamente. A excelência, portanto, não é um ato, mas um hábito."
Aristóteles
----
Reconstruindo o Dream TeAM do MMA! Junte-se a nós, deixe sua sugestão!
SHOGUN DE SUNGA BRANCA 100% - BJ MOTIVADO - Royce "Quando estava lá" - CIGANO CASADO - ARONA DE CAPACETE E SEM DENGUE - GSP DE CAMISINHA - ANDERSON SEM DANCINHA - CERRONE ENDIVIDADO - MINOTAURO NA 1ª CLASSE DE AVIÃO - SONNEN DE CALÇA JEANS E HAVAIANAS
Aristóteles
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SHOGUN DE SUNGA BRANCA 100% - BJ MOTIVADO - Royce "Quando estava lá" - CIGANO CASADO - ARONA DE CAPACETE E SEM DENGUE - GSP DE CAMISINHA - ANDERSON SEM DANCINHA - CERRONE ENDIVIDADO - MINOTAURO NA 1ª CLASSE DE AVIÃO - SONNEN DE CALÇA JEANS E HAVAIANAS
Online
Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
“Saiam de São Paulo porque aqui não vai ter água”: a espantosa sinceridade de um diretor da Sabesp

O diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato Yoshimoto, é um espécie de grilo falante de uma empresa cheia de segredos. Foi ele quem admitiu, nesta semana, a adoção de um rodízio “muito drástico” na região metropolitana e a formulação dos dois dias com água para cinco dias sem.
Esta seria a solução “no limite”. No ritmo atual, o volume disponível para captação no Sistema Cantareira deve se esgotar em março e a terceira cota de 41 bilhões de litros do volume morto termina em maio.
Massato está há cerca de dez anos nesse cargo (entrou na Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano, Emplasa, em 1975). Foi assessor de um irmão de Alberto Goldman, ex-governador. Entre 1996 e 2003, segundo o site da estatal, gerenciou “programas de redução e controle de perdas, entre outras coisas”.
Em fevereiro, falou publicamente em racionamento para em seguida recuar, sob o argumento de que seria prejudicial aos mais pobres. Três meses depois, na CPI na Câmara Municipal, advertiu os presentes de que, se a crise piorasse, iria distribuir água com uma canequinha.
Massato é um quadro importante na companhia. Foi cotado para suceder a presidente Dilma Pena, que saiu em dezembro. Perdeu a corrida para Jerson Kelman.
Numa reunião da diretoria da Sabesp do ano passado, cujo áudio vazou, ele deu sua declaração mais sincera sobre o caos que se avizinha em São Paulo.
“Essa é uma agonia, uma preocupação”, começou. “Alguém brincou aqui, mas é uma brincadeira séria. Vamos dar férias. Saiam de São Paulo porque aqui não tem água, não vai ter água para banho, para limpeza da casa, quem puder compra garrafa, água mineral. Quem não puder, vai tomar banho na casa da mãe lá em Santos, Ubatuba, Águas de São Pedro, sei lá, aqui não vai ter”.
Com seus atos falhos, Paulo Massato é, provavelmente, a única pessoa a contar a verdade nessa tragicomédia. A questão é que sua fidelidade ao governo é maior do que o dever de atender a necessidade da população. Mas algo sempre escapa.

O diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato Yoshimoto, é um espécie de grilo falante de uma empresa cheia de segredos. Foi ele quem admitiu, nesta semana, a adoção de um rodízio “muito drástico” na região metropolitana e a formulação dos dois dias com água para cinco dias sem.
Esta seria a solução “no limite”. No ritmo atual, o volume disponível para captação no Sistema Cantareira deve se esgotar em março e a terceira cota de 41 bilhões de litros do volume morto termina em maio.
Massato está há cerca de dez anos nesse cargo (entrou na Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano, Emplasa, em 1975). Foi assessor de um irmão de Alberto Goldman, ex-governador. Entre 1996 e 2003, segundo o site da estatal, gerenciou “programas de redução e controle de perdas, entre outras coisas”.
Em fevereiro, falou publicamente em racionamento para em seguida recuar, sob o argumento de que seria prejudicial aos mais pobres. Três meses depois, na CPI na Câmara Municipal, advertiu os presentes de que, se a crise piorasse, iria distribuir água com uma canequinha.
Massato é um quadro importante na companhia. Foi cotado para suceder a presidente Dilma Pena, que saiu em dezembro. Perdeu a corrida para Jerson Kelman.
Numa reunião da diretoria da Sabesp do ano passado, cujo áudio vazou, ele deu sua declaração mais sincera sobre o caos que se avizinha em São Paulo.
“Essa é uma agonia, uma preocupação”, começou. “Alguém brincou aqui, mas é uma brincadeira séria. Vamos dar férias. Saiam de São Paulo porque aqui não tem água, não vai ter água para banho, para limpeza da casa, quem puder compra garrafa, água mineral. Quem não puder, vai tomar banho na casa da mãe lá em Santos, Ubatuba, Águas de São Pedro, sei lá, aqui não vai ter”.
Com seus atos falhos, Paulo Massato é, provavelmente, a única pessoa a contar a verdade nessa tragicomédia. A questão é que sua fidelidade ao governo é maior do que o dever de atender a necessidade da população. Mas algo sempre escapa.
Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
Acho que pelo fato de não ser um político profissional, tem menos cara de pau
Nego tá jogando para a galera antes da bomba explodir
Vai uma dica que não é do Heman, mas que ajuda muito
Não somente ao escovar os dentes ou lavar a louça, desliguem a água do banho enquanto estão se ensaboando.
Economiza cerca de 2/3 de água de um banho convencional
Nego tá jogando para a galera antes da bomba explodir

Vai uma dica que não é do Heman, mas que ajuda muito
Não somente ao escovar os dentes ou lavar a louça, desliguem a água do banho enquanto estão se ensaboando.
Economiza cerca de 2/3 de água de um banho convencional
- Vinicius SC
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Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
Tenho um vizinho que trouxe seus pais de São Paulo aqui para SC, à umas duas semanas, por causa da falta de água por lá.
A que ponto chegamos..
A que ponto chegamos..
Online
Re: Crise da água (Colapso News) - Tópico Oficial
Qual é a realidade, afinal?! A água acaba de vez, vão ter que evacuar a cidade mesmo, ou o que é?!ppandrade escreveu:Trabalho em uma das Companhias de Água do Brasil, embora na área financeira e não técnica. Contudo, em uma reunião semana passada sobre os prospectos de investimento, operações e caixa para 2015, um colega fez previsões bem assustadoras.
Não declarar racionamento no ano passado foi uma grande irresponsabilidade, ano político, e continuar esse cinismo só irá piorar a situação.
Posso afirmar, a situação é mais complicada do que a publicada e a previsão de normalização é esperada apenas em 2017.
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