Alunos da rede estadual fecham rua em protesto pelo fim das aulas vagas
Professores apoiaram o ato dos estudantes, em Bauru (SP)
Na última sexta-feira (13) categoria anunciou greve em SP.
Em Bauru (SP), parte dos professores da rede estadual está com as atividades paralisadas depois do anúncio de greve na última sexta-feira (13). O fato gerou revolta nos alunos nesta segunda-feira (16): pela manhã, estudantes da Escola Estela Machado fecharam uma rua durante duas horas. Eles querem salas de aulas com menos alunos e o fim das aulas vagas.
Os estudantes bloquearam o cruzamento das ruas Castro Alves e Campos Sales durante duas horas. Uma faixa com frases de protesto alertava para as reivindicações. “Pelo fim das aulas vagas, melhoria para os professores porque a carga horária deles é muito grande e o fim das salas lotadas. Tem sala com 50 alunos na nossa escola, em outras, para um professor dar conta”, afirma a estudante Janaína Santos, de 17 anos.
Os manifestantes são alunos do ensino médio. Eles permaneceram em frente à diretoria de ensino para conversar com um representante, mas não foram recebidos. A Polícia Militar acompanhou o protesto, que foi pacífico. Professores também acompanharam o movimento, já que parte deles apoia as reinvindicações.
A categoria pede também aumento de salários e anunciaram greve na última sexta-feira (13). “Nós queremos o aumento, porque faz tempo que o estado não dá aumento para professor. Além disso, aqui em Bauru foram 200 salas fechadas, professores sem dar aula. E temos que levar em consideração os professores da categoria O, que estão impedidos de dar aula para não criar vínculo com o estado”, explica Alexandre Bastos.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Educação do Estado informou que a Diretoria Regional de Ensino ficou à disposição para diálogo com os alunos e que ninguém se apresentou para falar. Informou também que não existe nenhuma reclamação registrada na diretoria sobre falta professores na Escola Estela Machado e que o quadro de professores está completo. Destacou ainda que quando faltam docentes sempre há substitutos. Ainda segundo a Secretaria, as escolas estão funcionando normalmente sem registro de greve, entretanto como mostrou a reportagem da TV TEM alguns professores já aderiram ao movimento.
Ainda sobre a greve, o responsável pela Apeoesp em Marília (SP) informou que nas escolas estaduais Benito Martinelli, Amélia Lopes Anders e Sebastião Mônaco, alguns professores aderiram à greve.