Mensagem
por gus77 » 02 Ago 2016 12:00
Se o curica não pagar qq parcela do empréstimo do BNDES, a Caixa tem que pagar, pois foi o agente financeiro, é como um fiador. A Caixa tb patrocina o time então seria plausível descontar do dinheiro do patrocínio para compensar. Se a Caixa deixar de patrocinar o time aí pode complicar, tb depende da direção da Caixa, eu por exemplo acho que eles não deveriam patrocinar nenhum time de futebol. Se o curica por acaso perders as certidões negativas de débito, aí por lei nenhuma empresa pública poderia patrocinar. A Caixa pode usar a dívida na hora da negociação como argumento para não reajustar o patrocínio.
Mas o pior não é nem isso, para fazer o empréstimo, o curica teve que dar o parque São Jorge de garantia. Por mais que o negócio tenha sido apadrinhado, tem que dar uma garantia de valor compatível com o empréstimo. Então poderia até ser executado para pagar a dívida. Leiloar o terreno da sede para construir outra coisa lá, o valor depende do mercado imobiliário, que desde que deram a garantia, despencou.
E isso só do empréstimo público, de 400 milhões, porque com a construtora era o dobro. E empresa privada não costuma ser tão camarada. Eles controlam a adiministração do estádio e podem controlar indiretamente o orçamento. É do interesse deles que o estádio seja usado, e aparentemente o único jeito de usar é para futebol, já que é muito mal localizado. Então, eles vão achar um equilíbrio de todos os gastos para ser o mais lucrativo para a construtora sem acabar completamente com o time. Deve ser um equilíbrio financeiro, não esportivo, se eles chegarem a conclusão que com o time mais ou menos na primeira e as vezes segunda divisão, ainda conseguem bons contratos de tv e colocar vinte mil pessoas no estádio já que a torcida é grande, vão fazer isto. Digamos gastar metade ou menos da folha de pagamento de um time que disputaria títulos, tipo um Vasco da vida. Não é haterismo é só constatação do tamanho do buraco. Nos últimos dois anos a dívida do curica subiu mais 260 milhões por gastos acima das receitas, sendo 140 só no último ano, só aumenta, uma hora estoura.
