Crânio descoberto na Europa muda a árvore genealógica do hom

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Celão
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Re: Crânio descoberto na Europa muda a árvore genealógica do

Mensagem por Celão » 10 Abr 2015 10:54

Fu Manchu escreveu: Processo de datação é da geologia, e não da biologia. Sobre o salto argumentativo em relação ao darwinismo, típico. Estava com saudades das suas viagens, ao menos são mais respeitosas que os imbeciloides que têm aparecido nesse ambiente.
Pô, cara, já vem vcs com um rigor semântico que só se impede que se chegue a algum lugar rsrs

É simples => Método que permite chegar à idade/'data' de algo = 'datação' - seja por decaimento de algum outro elemento radioativo, estratigrafia etc

Sobre o 'salto argumentativo', temos:

Vc: "Ou vocês não refutam o darwinismo exatamente pq ele mexe no processo criativo de Deus?"

Eu: Não preciso investir na refutação de algo que é refutado pela própria ciência e precisa ser moldado a todo instante pra se encaixar com aquilo que antes feria. Se eu quiser refutar o darwinismo, não será postando uma passagem bíblica :), mas ciência, como fiz com a idade do fóssil de triceratops (65 milhões de anos pela ciência ou 35 mil anos pela mesma ciência?) ou com o próprio assunto do tópico, do crânio que mudaria a árvore genealógica :D Isso é Bíblia ou ciência? Vc chama isso de viagem? Ok... é um direito seu.

Tks pelo 'viagens mais respeitosas'. A idade tem me deixado mais contido. :D

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Re: Crânio descoberto na Europa muda a árvore genealógica do

Mensagem por Fu Manchu » 10 Abr 2015 11:04

Celão escreveu:
Pô, cara, já vem vcs com um rigor semântico que só se impede que se chegue a algum lugar rsrs

É simples => Método que permite chegar à idade/'data' de algo = 'datação' - seja por decaimento de algum outro elemento radioativo, estratigrafia etc

Sobre o 'salto argumentativo', temos:

Vc: "Ou vocês não refutam o darwinismo exatamente pq ele mexe no processo criativo de Deus?"

Eu: Não preciso investir na refutação de algo que é refutado pela própria ciência e precisa ser moldado a todo instante pra se encaixar com aquilo que antes feria. Se eu quiser refutar o darwinismo, não será postando uma passagem bíblica :), mas ciência, como fiz com a idade do fóssil de triceratops (65 milhões de anos pela ciência ou 35 mil anos pela mesma ciência?) ou com o próprio assunto do tópico, do crânio que mudaria a árvore genealógica :D Isso é Bíblia ou ciência? Vc chama isso de viagem? Ok... é um direito seu.

Tks pelo 'viagens mais respeitosas'. A idade tem me deixado mais contido. :D
Refutada pela própria ciência como teoria?

Yeah Yeah...

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Re: Crânio descoberto na Europa muda a árvore genealógica do

Mensagem por Celão » 10 Abr 2015 11:10

Molecula escreveu:Celão, estou no celular, e fica dificil quotar.

Pois bem, não é equívoco aquela afirmação. Equívoco seria , se eu falasse que jamais existirá. Percebe a diferença?

Sobre "a ciência que nao tem ferramentas de chegar até Deus", sei que vc não disse isso por mal ou má fé, mas veja bem, isso é totalmente desconexo, brother. Para a ciência, Deus jamais existiu. Não há possibilidade de haver esse pensamento para a mesma(antes que as pessoas fiquem de. Mimimi, disse para ciência, e não para o cientista), entende?

Agora os possíveis erros e limitações da ciência são a coisa mais bela da mesma, pois ela é a única responsável por se corrigir ou mostrar novas soluções, cabendo ao homem tal dever.

Abraço!
Mas aí que está, amigão. Estamos entrando numa argumentação cíclica. Se para a ciência, Deus jamais existiu, é porque ela não pode chegar até ele através de seus métodos. Naturalistas não creem no que é sobrenatural. Materialistas não creem no imaterial. Se Deus existe e é sobrenatural, como se crê (não vc, claro rsrs), não pode ser observado, medido, experimentado num tubo de ensaio. Como eu disse, o cientista religioso teve de deixar de lado a ciência para chegar a Deus.

Para o cristão, que é o que sou, o contato com Deus se dá, única e exclusivamente, através do relacionamento com Ele:

"…Então me invocareis e chegareis a mim para orar, e Eu vos darei toda a atenção. Vós me buscareis e me encontrareis, quando me buscardes de todo coração. Eu me deixarei ser encontrado por vós’, assevera o SENHOR,..." Jeremias 29: 12-14

Tá aí a receita! É preciso FÉ para crer que isso é verdade. Esse é só o primeiro passo! O segundo passo consiste em buscar a Deus através de um relacionamento, algo 'interior'. Aí não há ciência, há fé.

"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem... Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente."

Não entenda os versículos como proselitismo ou algo do tipo. Usei-os apenas para ilustrar o que disse.

Abraços

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Re: Crânio descoberto na Europa muda a árvore genealógica do

Mensagem por Celão » 10 Abr 2015 11:24

Fu Manchu escreveu: Refutada pela própria ciência como teoria?

Yeah Yeah...

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Hehehe... mesmo sua resposta tendo apenas a cara de espanto em 17 segundos, o post merece que voltemos à primeira página:

Pronto?

...O crânio, assim como fósseis achados no local, levanta tantas questões que um cientista murmurou: “Seria melhor que voltassem a enterrá-lo”.

Essa frase anuncia uma mudança de paradigma e foi pronunciada por Philip Rightmire, da Universidade Binghamton, um especialista em fósseis do Homo erectus. Tal como a maioria dos paleantropólogos, Rightmire há muito considerava o Homo erectus como o migrante original – o primeiro hominídeo a sair da África. O novo crânio, desenterrado em uma aldeia medieval na Geórgia, porém, está abalando essa suposição, se não o próprio tronco da árvore genealógica humana [quer dizer, ele tinha uma suposição que está sendo abalada pelo novo crânio? Um pedaço de osso abalando o próprio tronco da árvore genealógica humana? Engraçado que nesse mesmo tópico li algo sobre a religião ser algo como um castelo de areia ou algo parecido rsrs]


... Na época eles exumaram vários crânios sem rosto e sem mandíbulas – que pareciam ser do Homo erectus –, assim como milhares de instrumentos de pedra em meio a sedimentos com idade estimada entre 1,7 milhão e 1,8 milhão de anos, o mais antigo indício conclusivo de seres humanos fora da África. Essa datação surpreendeu a comunidade científica. No início da década de 90 a maioria dos cientistas achava que o Homo erectus só havia saído da África por volta de 1 milhão de anos atrás. ["pareciam ser", "a maioria dos cientistas achava" (????). Sustentada em tantas ilações, não é atoa que a datação surpreendeu a comunidade científica]


... Para Dato, o novo crânio tinha o rosto simiesco do Homo habilis, um pequeno hominídeo com braços longos e balouçantes, que fazia grosseiros instrumentos de pedra há 2,4 milhões de anos. As implicações disso são de tirar o fôlego. “Esses hominídeos são mais primitivos do que imaginávamos”, diz ele. “Estamos diante de um novo enigma.” É possível que o primeiro viajante humano intercontinental não tenha sido um Homo erectus? [Os negritos respondem por mim]

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Re: Crânio descoberto na Europa muda a árvore genealógica do

Mensagem por Fu Manchu » 10 Abr 2015 11:28

Sim, e onde mesmo isso refuta o neodarwinismo?

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Re: Crânio descoberto na Europa muda a árvore genealógica do

Mensagem por Celão » 10 Abr 2015 11:35

Fu Manchu escreveu:Sim, e onde mesmo isso refuta o neodarwinismo?
O que significa 'neodarwinismo'? Será que é algo mais 'moderno'? Se é mais moderno é porque suplantou algo antigo, ultrapassado? Neodarwinismo significa que algo precisou ser modificado no darwinismo? Acho que o termo que vc usou já responde, não?

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Re: Crânio descoberto na Europa muda a árvore genealógica do

Mensagem por Fu Manchu » 10 Abr 2015 12:27

Celão escreveu:
O que significa 'neodarwinismo'? Será que é algo mais 'moderno'? Se é mais moderno é porque suplantou algo antigo, ultrapassado? Neodarwinismo significa que algo precisou ser modificado no darwinismo? Acho que o termo que vc usou já responde, não?
Não respondeu a pergunta.

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Re: Crânio descoberto na Europa muda a árvore genealógica do

Mensagem por Sagramor » 10 Abr 2015 12:42

Celão escreveu:Quando uso o verbo 'crer', refiro-me àquilo que não é passível de uma constatação como no exemplo que você deu (Austrália), mas de conclusões científicas de algo que não está fisicamente/temporalmente ao nosso alcance. Quer um exemplo? até algum tempo atrás, historiadores afirmavam que Cleópatra devia ser uma mulher bonita. Imagino que essa afirmação estivesse embasada por evidências. Não consigo imaginar um 'chute' de quem estuda o assunto. Há relatos de autores romanos sobre sua inteligência, carisma e voz sedutora. Isso tudo atrelado ao fato dela ser adorada por políticos e generais romanos. Dá pra se chegar à mesma conclusão dos historiadores, certo? Pois bem, recentemente encontraram uma moeda com o rosto da 'beldade': uma mulher nariguda! Logo, os historiados passaram a 'crer' que Cleópatra não era bonita. Perguntas: será que ela era realmente feia como mostra a moeda ou o cara que fez a moeda era um péssimo artista? E se a moeda não fosse encontrada? Continuaríamos com a imagem de Elisabeth Taylor na memória? Percebe que isso não tem a ver com a existência ou não da Austrália?
Com o seu exemplo, entramos no campo de diferenciação dos objetos epistemológicos em cada ciência. O que é aceito como evidência, hipótese, tese, teoria, métrica varia de ciência para ciência. O campo da História dista muito das ciências Exatas nesse sentido. Na Física, a evidenciação é concreta porque as ferramentas matemáticas são exatas. Na História, evidências são utilizadas para preencher hipóteses ou teses. E hipóteses/teses tem níveis de plausibilidade de acordo com a quantidade de evidências que temos disponíveis. (importante frisar aqui que tese não significa verdade. Esse posto está reservado somente à teorias e objetos epistemológicos "superior").

No exemplo que você citou, provavelmente o conjunto de hipóteses era pequeno para embasar a tese de que Cleópatra foi uma mulher bonita. Mas observe que isso é um exemplo injusto, já que você não questionou hipóteses em que o conjunto de evidências é gigante a ponto de tornar hipótese uma teoria (a palavra "teoria" para a ciência tem um significado diferente do uso coloquial).

E não há nada de errado em mudar hipóteses quando um novo grupo de evidências é encontrado, isso faz parte da evolução científica. É exatamente por isso que você não pode chamar isso de "crer". Eu aceitaria os argumentos dos Historiadores que fundamentam a hipótese que dizia que Cleópatra era lindíssima, pela plausibilidade baseada nas evidências. Mas eu aceito igualmente a mudança de hipótese baseada em novas evidências. Isso nunca pode ser considerado crer, muito menos dogma. Eu aceitaria até mesmo a hipótese que a Austrália é uma simulação virtual se existisse um conjunto de evidências maiores das que dizem o contrário.

Enfim, a ciência é um dos sentidos mais apurados do ser humano para constatar a realidade do Universo. Não quer dizer que ela é infalível, mas ela está sempre em constante evolução.
Celão escreveu:Sim, mas e quando os cálculos matemáticos não se aplicam ou são ignorados? O que havia antes do Big Bang? Nada? O que exatamente significa 'nada'? Há cientistas levados a sério que investem na ideia de que o nada não era necessariamente um nada, mas havia 'algo'. Peraí, mesmo havendo algo vamos continuar chamando de nada apenas para que haja encaixe com a teoria em vigor? Maior abstração que essa...
O desconhecimento não pode ser usado como desculpa para o conhecimento gerado sem evidência . Se você não consegue matematizar algo no Universo, não significa que isso não venha a ser possível.

E a ideia de existir um "nada" ou, melhor colocando em linguagem, a ideia matemática de uma nuvem de probabilidades da qual surgiu a realidade, é tese científica e tem fundamento em formulação matemática:

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.

E aí que está o problema das abstrações: o "nada" é um conceito tão difícil de racionalizar que você tende a achar que ele é apenas filosófico, subjetivo. É a mesma lógica de pensar como seria uma abstração de uma divisão numérica por 0: como você colocaria isso em linguagem comum ou em uma analogia? Será que essa analogia seria suficiente para representar todas as implicações matemáticas e físicas de uma divisão por 0?

Agora, se filosoficamente você pensa em outras hipóteses (mesmo que o conjunto de evidências para ela seja nulo), você tem todo direito de acreditar nisso. Mas veja, você não pode dizer que isso é conhecimento científico. E para derrubar aquela hipótese cientificamente fundamentada, você precisa utilizar as mesmas ferramentas usadas para compô-la. É incompatível e perda de tempo utilizar dialética e tentar rebater abstrações.

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Re: Crânio descoberto na Europa muda a árvore genealógica do

Mensagem por Celão » 10 Abr 2015 13:50

Sagramor escreveu:
Com o seu exemplo, entramos no campo de diferenciação dos objetos epistemológicos em cada ciência. O que é aceito como evidência, hipótese, tese, teoria, métrica varia de ciência para ciência. O campo da História dista muito das ciências Exatas nesse sentido. Na Física, a evidenciação é concreta porque as ferramentas matemáticas são exatas. Na História, evidências são utilizadas para preencher hipóteses ou teses. E hipóteses/teses tem níveis de plausibilidade de acordo com a quantidade de evidências que temos disponíveis. (importante frisar aqui que tese não significa verdade. Esse posto está reservado somente à teorias e objetos epistemológicos "superior").

No exemplo que você citou, provavelmente o conjunto de hipóteses era pequeno para embasar a tese de que Cleópatra foi uma mulher bonita. Mas observe que isso é um exemplo injusto, já que você não questionou hipóteses em que o conjunto de evidências é gigante a ponto de tornar hipótese uma teoria (a palavra "teoria" para a ciência tem um significado diferente do uso coloquial).

E não há nada de errado em mudar hipóteses quando um novo grupo de evidências é encontrado, isso faz parte da evolução científica. É exatamente por isso que você não pode chamar isso de "crer". Eu aceitaria os argumentos dos Historiadores que fundamentam a hipótese que dizia que Cleópatra era lindíssima, pela plausibilidade baseada nas evidências. Mas eu aceito igualmente a mudança de hipótese baseada em novas evidências. Isso nunca pode ser considerado crer, muito menos dogma. Eu aceitaria até mesmo a hipótese que a Austrália é uma simulação virtual se existisse um conjunto de evidências maiores das que dizem o contrário.
O que significa aceitar? Não é, de alguma forma, crer que os resultados apresentados foram exaustivamente testados com base nas evidências à disposição? Mas é o que vc disse em relação à História e seus métodos, não tem como ser diferente, bater o martelo em um campo onde a ciência não é exata. Aceitar, crer, acreditar... é a postura adotada na ausência de certeza matemática. Ficamos com aquilo que é mais plausível, até que novas evidências mostrem o contrário. Veja as partes do texto inicial deste tópico que extraí para responder ao Fu:

"O novo crânio, desenterrado em uma aldeia medieval na Geórgia, porém, está abalando essa suposição..."

"... Na época eles exumaram vários crânios sem rosto e sem mandíbulas – que pareciam ser do Homo erectus..."

"No início da década de 90 a maioria dos cientistas achava que o Homo erectus só havia saído da África por volta..."

"...Esses hominídeos são mais primitivos do que imaginávamos

Os negritos não mostram muito mais uma CRENÇA do que qualquer outra coisa? Tudo bem que pode haver uma definição científica para 'crer', mas não há como fugir do sentido mais conhecido do termo quando tratamos de questões não exatas.

Sagramor escreveu:
O desconhecimento não pode ser usado como desculpa para o conhecimento gerado sem evidência . Se você não consegue matematizar algo no Universo, não significa que isso não venha a ser possível.

E a ideia de existir um "nada" ou, melhor colocando em linguagem, a ideia matemática de uma nuvem de probabilidades da qual surgiu a realidade, é tese científica e tem fundamento em formulação matemática:

E aí que está o problema das abstrações: o "nada" é um conceito tão difícil de racionalizar que você tende a achar que ele é apenas filosófico, subjetivo. É a mesma lógica de pensar como seria uma abstração de uma divisão numérica por 0: como você colocaria isso em linguagem comum ou em uma analogia? Será que essa analogia seria suficiente para representar todas as implicações matemáticas e físicas de uma divisão por 0?

Agora, se filosoficamente você pensa em outras hipóteses (mesmo que o conjunto de evidências para ela seja nulo), você tem todo direito de acreditar nisso. Mas veja, você não pode dizer que isso é conhecimento científico. E para derrubar aquela hipótese cientificamente fundamentada, você precisa utilizar as mesmas ferramentas usadas para compô-la. É incompatível e perda de tempo utilizar dialética e tentar rebater abstrações.
Cara, me desculpe, mas o nada só é difícil de racionalizar quando estamos diante de um malabarismo semântico gerado a partir de uma tentativa de resposta sem fundamento concreto e relevante. É basicamente a tentativa de responder a questões como "o que havia antes do big bang, se este é o início de tudo?" "se não havia nada, como o nada (ausência de qualquer coisa no sentido comum da palavra) pode gerar alguma coisa?". Particularmente, não vejo resposta que possa ser testada empiricamente a partir de dados confiáveis. É minha opinião! Mas há quem se aventure a responder e, pra isso, precise ressignificar termos. Com isso, o que o cara quer dizer é que o Big Bang não é necessariamente o início, visto que antes havia algo, que ele agora chama de 'nada'.

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Re: Crânio descoberto na Europa muda a árvore genealógica do

Mensagem por Birita » 10 Abr 2015 14:16

vcs discutindo ciência, método científico e coisas prosaicas assim...poxa, já está provado que o mundo deu-se desta forma:

http://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%AAnes ... .A7.C3.A3o

Aos que estão discutindo, é impossível "vencer" um debate com um adepto da teoria criacionista, pois eles creem nela com fé. Ponto. Toda a discussão por parte dele, todas a desconstrução de darwin e da evolução, todo o esforço intelectual/metafísico que despendem é pra simplesmente confirmar a própria fé.

Montfort e Celão, uma pergunta: o que os impele a travar essas discussões? simples amor ao debate, amor à paleontologia? confirmação da própria fé? dúvidas?

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Re: Crânio descoberto na Europa muda a árvore genealógica do

Mensagem por Celão » 10 Abr 2015 14:20

Birita escreveu: Montfort e Celão, uma pergunta: o que os impele a travar essas discussões? simples amor ao debate, amor à paleontologia? confirmação da própria fé? dúvidas?
Birita escreveu: Toda a discussão por parte dele, todas a desconstrução de darwin e da evolução, todo o esforço intelectual/metafísico que despendem é pra simplesmente confirmar a própria fé.
Por que perguntou se já tem a resposta? Tem alguma relação com o nick? :artist:

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Re: Crânio descoberto na Europa muda a árvore genealógica do

Mensagem por DarkFallz » 10 Abr 2015 14:24

Celão escreveu: Cara, me desculpe, mas o nada só é difícil de racionalizar quando estamos diante de um malabarismo semântico gerado a partir de uma tentativa de resposta sem fundamento concreto e relevante. É basicamente a tentativa de responder a questões como "o que havia antes do big bang, se este é o início de tudo?" "se não havia nada, como o nada (ausência de qualquer coisa no sentido comum da palavra) pode gerar alguma coisa?". Particularmente, não vejo resposta que possa ser testada empiricamente a partir de dados confiáveis. É minha opinião! Mas há quem se aventure a responder e, pra isso, precise ressignificar termos. Com isso, o que o cara quer dizer é que o Big Bang não é necessariamente o início, visto que antes havia algo, que ele agora chama de 'nada'.
O nada é realmente difícil de se imaginar. Aliás não da pra saber nem se é possível.

Se você estiver a deriva no meio do espaço, sem nenhum corpo celeste ao seu redor, você ainda está dentro do tecido espaço-tempo, que "surgiu" no big bang e se expande desde então.

Só lembrando que o big bang não diz nada a respeito da criação da matéria, de onde veio e nem do que aconteceu "antes". Me corrijam se estiver errado, mas o big bang apenas descreve a expansão do universo a partir do momento do "bang" rs... Alias, uma fração de milésimos de segundo após isso.

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Re: Crânio descoberto na Europa muda a árvore genealógica do

Mensagem por alexvozao » 10 Abr 2015 14:27

DarkFallz escreveu:
O nada é realmente difícil de se imaginar. Aliás não da pra saber nem se é possível.

Se você estiver a deriva no meio do espaço, sem nenhum corpo celeste ao seu redor, você ainda está dentro do tecido espaço-tempo, que "surgiu" no big bang e se expande desde então.

Só lembrando que o big bang não diz nada a respeito da criação da matéria, de onde veio e nem do que aconteceu "antes". Me corrijam se estiver errado, mas o big bang apenas descreve a expansão do universo a partir do momento do "bang" rs... Alias, uma fração de milésimos de segundo após isso.
outra questão é se não pode existir o nada e se existe um ser(entidade) superior que criou tudo, quem criou ele?

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Re: Crânio descoberto na Europa muda a árvore genealógica do

Mensagem por Sagramor » 10 Abr 2015 14:33

Celão escreveu:O que significa aceitar? Não é, de alguma forma, crer que os resultados apresentados foram exaustivamente testados com base nas evidências à disposição? Mas é o que vc disse em relação à História e seus métodos, não tem como ser diferente, bater o martelo em um campo onde a ciência não é exata. Aceitar, crer, acreditar... é a postura adotada na ausência de certeza matemática. Ficamos com aquilo que é mais plausível, até que novas evidências mostrem o contrário. Veja as partes do texto inicial deste tópico que extraí para responder ao Fu:

"O novo crânio, desenterrado em uma aldeia medieval na Geórgia, porém, está abalando essa suposição..."

"... Na época eles exumaram vários crânios sem rosto e sem mandíbulas – que pareciam ser do Homo erectus..."

"No início da década de 90 a maioria dos cientistas achava que o Homo erectus só havia saído da África por volta..."

"...Esses hominídeos são mais primitivos do que imaginávamos

Os negritos não mostram muito mais uma CRENÇA do que qualquer outra coisa? Tudo bem que pode haver uma definição científica para 'crer', mas não há como fugir do sentido mais conhecido do termo quando tratamos de questões não exatas.
Cara, acho que você está navegando em uma discussão semântica. Existe uma definição coloquial para crença, que é ligada à , crer em verdades sem a necessidade de evidências. E existe uma definição de crença como objeto epistemológico. Isso não é incomum, a palavra "teoria" também tem significados diferentes de forma coloquial e científica.

Achei que você estava utilizando o termo de forma coloquial, então argumentei com base nisso. Mas crença no sentido científico nada mas é do que sinônimo de hipótese ou proposições. Nos livros de epistemologia tem uma imagem que é famosa:

Imagem

Lembre que, no contexto dessa figura, quando falamos de verdade estamos falando de verdades científicas e não verdades universais incontestáveis (dogmas).

Vou fazer outra observação: em nenhum momento comentei aqui para dar opinião sobre o achado específico do tópico. Como eu já disse em outro post, um artigo ou descoberta científica só significa alguma coisa se acompanhada da revisão por pares, da devida falseabilidade e etc. Até lá, são hipóteses. O que fico chateado é o combate ao conhecimento científico utilizando obscurantismo e dialética.
Celão escreveu:Cara, me desculpe, mas o nada só é difícil de racionalizar quando estamos diante de um malabarismo semântico gerado a partir de uma tentativa de resposta sem fundamento concreto e relevante. É basicamente a tentativa de responder a questões como "o que havia antes do big bang, se este é o início de tudo?" "se não havia nada, como o nada (ausência de qualquer coisa no sentido comum da palavra) pode gerar alguma coisa?". Particularmente, não vejo resposta que possa ser testada empiricamente a partir de dados confiáveis. É minha opinião! Mas há quem se aventure a responder e, pra isso, precise ressignificar termos. Com isso, o que o cara quer dizer é que o Big Bang não é necessariamente o início, visto que antes havia algo, que ele agora chama de 'nada'.
O problema é exatamente utilizar o sentido comum da palavra. Você é um lusófono, para você conceitos representados por uma palavra podem corresponder a todo um conjunto de outras palavras em outras linguagens (acho que um exemplo clássico é "saudade"). A matemática também é uma linguagem, que produz seus próprios conceitos. Como a matemática pode não ser alcançável a todos, criam-se abstrações em linguagem natural para representar conceitos matemáticos. Recomendo ler o Tractatus Logico-Philosophicus, do Wittgenstein, para entender essa questão de linguagem e realidade.

Você poderia escrever diversos ensaios filosóficos sobre o "Nada". Assim como você pode escrever vários ensaios filosóficos sobre a definição de "Deus". Você arrisca escolher qual dessas definições corresponde à realidade? Você vai recusar uma teorização sobre uma dessas definições só porque ela não é a que mais te agrada? Como você vai saber se a sua definição é a correta?

Pode ser que a tentativa de teorização científica ainda não tenha alcançado a essência mas você nunca pode alegar que ela não reflete o conceito "real". É como dizer que as fórmulas sobre eletromagnetismo não estão corretas porque a definição de magnetismo dos filósofos pré-socráticos era outra. Hoje, é fácil ligar o conceito de "magnetismo" com a teorização de Maxwell. Mas antes, você poderia alegar que foi criado um novo conceito de "magnetismo", apenas para caber na formulação. Eu tenho muito respeito à Filosofia, que é a base do pensamento racional. Mas nem tudo que está nela corresponde à realidade científica, apenas à cognição.

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Re: Crânio descoberto na Europa muda a árvore genealógica do

Mensagem por ophoda » 10 Abr 2015 14:56

"Nada" é apenas um conceito filosófico/matemático, e não um objeto de estudo científico. Qualquer discussão que se tenha o "nada" como objeto não pode ser científica, pois a ciência estuda as coisas a partir da observação, e "nada" não pode ser observado.

Sobre o "antes do Big Bang", é outro erro de raciocínio, pois o Big Bang não demarca apenas o início (ou os limites) do espaço mas também do tempo. Não se pode falar em qualquer coisa antes ou além do Big Bang pois o próprio tempo não é definido, sem falar que é um raciocínio simplista que considera apenas o tempo linear da mecânica clássica que podemos medir em um cronômetro, ignorando completamente a relatividade e a mecânica quântica (que são os principais pilares do estudo do Big Bang).
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