Mensagem
por Horus » 18 Abr 2022 22:02
Vou postar aqui duas histórias que eu havia postado em outro tópico, talvez alguns não tenham lido.
São duas histórias que me deram força para acreditar que não sou esquizofrênico, como alguns acham...
Feijões Mágicos
Ano de 2003 e eu só queria saber de fumar maconha; nada me dava mais prazer que essa planta. Dinheiro não era problema, sabia a senha e tinha acesso ao cartão da minha mãe (conta conjunta com meu pai). O que pegava era que eu não conhecia nenhum traficante, mas eu pedia a um camarada de fumo para comprar para nós. Se não me engano, o máximo para retirar no caixa automático por dia era 400 reais. Meu conhecido havia me falado para comprarmos logo 1 kilo da erva, e o valor era exatamente esse, 400 reais.
No dia combinado peguei o cartão e estava certo de que era isso que eu deveria fazer, comprar 1 kilo de maconha. Lembro que estava de casaco, então provavelmente estávamos no inverno. Coloquei o cartão no bolso esquerdo do casaco e peguei o carro para ir ao banco. Só que no meio do caminho achei mais prudente conversar com ele antes para saber se estava tudo de pé ainda, vai que o combinado tinha melado. Fui até o encontro dele, que estava na casa de outro amigo, local seguro pois era feriado prolongado e os pais desse outro amigo sempre viajavam para a praia.
Chegando lá, a primeira coisa que fiz foi enfiar a minha mão no bolso esquerdo; foi quando descobri que haviam feijões no lugar do cartão. Não lembro a quantidade, mas eram uns quatro, cinco ou seis. Enfiei a mão em todos os bolsos que eu tinha. Bolsos do casaco, bolsos da calça, olhei na carteira e nada... Parece que algo não queria que eu adquirisse o tal do 1 kilo. Não comentei nada com ninguém sobre o acontecido e nem lembro o que falei a eles, provavelmente disse que não havia conseguido o dinheiro e ficou nisso.
Sabe, quando essas coisas aconteciam eu ficava meio que anestesiado. Anestesiado no sentido de que eu não pensava muito sobre isso, focava minha mente em outra coisa. Quase que não queria acreditar. Como isso foi possível?
Guardei os feijões e, chegando em casa, coloquei-os num algodão molhado pensando em plantá-los. Acontece que não cuidei bem dos feijões, não coloquei mais água e nenhum deles germinou. Depois disse à minha mãe que eu havia perdido o cartão.
Alguns meses depois, passando ao lado de uma TV que eu havia quebrado e que estava num canto, veio-me um impulso, uma ideia de mover aquela TV. Fiz isso e descobri o cartão lá, intacto, atrás da TV de tubo de 14 polegadas que eu havia jogado no chão. Mostrei-o à minha mãe, que o pegou e o fez em pedaços com uma tesoura, já que ele nem mais poderia ser usado, ela havia pedido outro e já estava em posse de um novo cartão.
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Eu e a gata, a gata e eu
Era o dia 10 de dezembro de 2011, e nós estávamos na casa de minha irmã. Quando digo nós, refiro-me ao meu pai, minha mãe, minha irmã e sua gata de estimação. Sei do dia exato pois lembro-me que naquele dia assisti ao vivo lutas de MMA na TV, o UFC 120. Duas lutas do evento marcaram minha memória, que foram as vitórias de Frank Mir e Jon Jones sobre respectivamente Antônio Rodrigo Nogueira e Lyoto Machida. Mas o mais marcante daquele dia não foi nada que eu tenha visto na TV, e sim algo que senti na pele e que vi com meus próprios olhos. Não consumi maconha ou nenhum tipo de droga naquele dia; porém, é bem provável que eu tenha consumido a erva alguns dias antes. Sei que naquela época eu não estava comprando canabis, mas fumava ocasionalmente com amigos.
Antes de prosseguir, vamos falar um pouco sobre a gata, que atendia pelo nome de Peizoca. Minha irmã a acolheu já adulta e, para a infelicidade dela, a gata morreu não muito tempo depois decorrente de complicações do castigo da dura vida na rua.
Provavelmente antes das lutas, estávamos todos na sala sentados no sofá, com exceção da gata, que estava no chão, logo à nossa frente. Conversávamos normalmente, não me lembro o assunto, quando de repente senti uma energia boa pelo corpo. Essa sensação começou no meu ombro direito, passou pelo meu peito e terminou na região da barriga. Logo depois vi na minha frente, rente ao chão, uma “bola de energia” de cor vermelho-dourado, de cerca de 50 centímetros de diâmetro, e ela afastava-se de mim. Para a minha surpresa, a gata, cheia de curiosidade, perseguiu essa energia, que alcançou boa velocidade, entrou na cozinha, subiu em direção aos basculhantes e desapareceu. Fiquei com a impressão de que era a primeira vez que a gata via tal fenômeno. Eu já havia visto uma dessas “bolas” antes.
Foi quando eu disse, “a Peizoca vê espíritos”, que foi respondido pela minha irmã com, “ah, deve ser algum bichinho”. Não comentei mais sobre o assunto, já que sabia que ninguém iria acreditar, mesmo.
Deus prefere uma obra, por menor que seja, feita às escondidas e sem desejo de que saibam, do que mil feitas com desejo de que a conheçam.