Holden escreveu:
Primeiramente obrigado por, apesar de eu discordar em quase a integridade dele, apresentar argumentos de verdade e não simplesmente vir com frases feitas, ironias que disfarçam a falta de entendimento da matéria e idéias pré-concebidas como tenho visto até agora.
Dito isso, não acho Emirados Arábes nem NY sejam bons exemplos de erradicação da violência pela tolerância zero. Emirados Arábes e Oriente Médio em geral são culturas demasiadamente diferentes da cultura ocidental, me parece impossível desvincular a pequena taxa da criminalidade dos princípios da religião islamica, Lei da Sharia etc.
NY é uma situação mais complexa, apesar de inegável que a politica de tolerância zero de Giuliani foi algo que ajudou a diminuir a criminalidade, está longe de ser unanimidade como exemplo de solução. O racismo, a segregação e os abusos policiais são marcas registradas do governo dele e refletem até hoje na politica Nova Yorquina, é só digitar caso Ferguson no google e você verá uma amostra da satisfação da população com a forma como são conduzidas as coisas por lá. Outro ponto que acho MUITO importante ressaltar é que durante o governo Giuliani houveram duas medidas importantíssimas para a redução dessa violência: um maciço investimento em educação e um forte apoio a inclusão social e a defesa dos direitos dos imigrantes que lá é um dos grupos mais atingidos pela violência, ou seja não foi apenas a política de tolerância zero que fez a violência diminuir como muitos gostam de professar.
A politica de tolerância zero é algo paliativo aos problemas sociais e estruturais, assim como a defesa dos direitos humanos no Brasil é uma resposta paliativa ao despreparo policial. Ambas por si só não solucionarão o problema da violência e pra mim defender essas posições como receita para solucionar o problema da criminalidade é achar que dá apagar esse incêndio com um copo d'agua.
Entendo seu ponto de vista, tb creio que não só a repressão resolva (embora seja a resposta próativa do Estado e imediata), qndo me referi a oriente (até em Israel mesmo c os problemas das bombas, assalto lá é raro)e até NY..a diferença esta que lá se investe em educação e aqui, se rouba da educação..alias (isso acho eu) que é interessante p classe politica vc não ter saúde, educação e segurança..ai p finalizar metem impostos altos que o cidadão é obrigado a pagar.
P ilustrar o absurdo da segurança publica, ouvi de um coronel numa reunião a "resolução" dos problemas da comunidade.
Estava rolando diversos assaltos na cidade, eis que em um "brilhantismo" do oficial, ele resolve aumentar o numero de viaturas por bairro (resposta excelente) se não fosse o "meio" q ele usou.
Um sargento ironicamente falou: coronel, o senhor vai xerocar policia?
Ele disse não, mas se tem uma viatura no setor X c 2 policiais, coloco 2 viaturas c 1 cada..
mas ai ocorrencia atende sozinho? nãooo nunca, vai ser as duas..ai comento: tá mas e a gasolina?a viatura? não é desperdicio?
Nãoooo o que interessa é a sensação p população, ou seja foda-se que ainda não terá segurança, o que importa é a sensação (ou falsa) de segurança.
creio q a opção pela repressão na maxima seria resposta pro cidadão comum (leia-se o que é roubado e sofre na mão de vagabundo), pois é frustrante não só pro cidadão como p policia...vc prender o cara sair, vc vê o cara matando por um tênis e fica de "castigo" e já vai p rua..