Silas Malafaia versus Erika Kokay
Re: Silas Malafaia versus Erika Kokay
Ao meu ver, esse é o ponto crucial onde ela cagou em seu discurso e onde ele caiu matando em cima:
Artigo 8º -Toda pessoa maior de dezoito (18) anos poderá realizar intervenções cirúrgicas
totais ou parciais de transexualização, inclusive as de modificação genital, e/ou tratamentos
hormonais integrais, a fim de adequar seu corpo à sua identidade de gênero auto - percebida.
Ainda que deixe explícito a para aqueles que possuem identidade de gênero trocada, e Homossexuais NÃO possuem isso.
Artigo 8º -Toda pessoa maior de dezoito (18) anos poderá realizar intervenções cirúrgicas
totais ou parciais de transexualização, inclusive as de modificação genital, e/ou tratamentos
hormonais integrais, a fim de adequar seu corpo à sua identidade de gênero auto - percebida.
Ainda que deixe explícito a para aqueles que possuem identidade de gênero trocada, e Homossexuais NÃO possuem isso.
Re: Silas Malafaia versus Erika Kokay
Velho, de boa, o Malafaia deu uma surra de pau mole na deputada.G.Barbieri_ escreveu: Kkkk pô o cara leu de uma forma que ela ficou como a total contraditória na história, em um ambiente lotado da bancada evangélica parecendo um bando de retardados gritando. O ze bunda ganhando no grito. Acho que alguém como ela já com vários anos de experiência nesse meio e doutora em psicologia pela UnB não se sentiria envergonhada de estar sendo hostilizada por uma das frentes políticas mais cara de pau que temos que é essa evangélica.
Acredito que nossa discordância seja pela ideia principal do vídeo, eu já não acho um projeto de lei nojento, acho válido que uma pessoa queira mudar o sexo, e acredito que seja melhor ver casos de alguém que mudou com um acompanhamento médico adequado endócrino, psicólogo e etc do que ver casos de uma pessoa chegar ao ponto de amputar o órgão genital com uma faca. Provavelmente deve ser triste a vida de uma pessoa que tem transgressão de gênero, o cérebro não se assemelhar com o corpo que tem. Mas enfim respeito que seja contra o projeto.
Qdo ela falou, concordei 100% com ela... sou a favor do q ela disse, mas não da lei.
Ela simplesmente falou uma coisa e a leia, de autoria dela, diz outra.
WTF??
Tem uma grande diferença no q ela disse e no q a lei prevê.
Re: Silas Malafaia versus Erika Kokay
Caralho que surra , e a petista não teve a dignidade de ouvir e saiu , uma das maiores surras que vi , apesar de ser o bosta
O MALAfaia mandou bem
Que leviandade esse projeto , pelo que deu a entender , o próprio pastor leu o projeto, a criança tem autonomia de exigir mudança de sexo ,adulto tudo bem , mas crianças ?!
E pior é os mesmos que acham que criança tem essa autonomia , acham que elas não devem responder adequadamente pelo seus crimes
O MALAfaia mandou bem
Que leviandade esse projeto , pelo que deu a entender , o próprio pastor leu o projeto, a criança tem autonomia de exigir mudança de sexo ,adulto tudo bem , mas crianças ?!
E pior é os mesmos que acham que criança tem essa autonomia , acham que elas não devem responder adequadamente pelo seus crimes
Conheçam o MELHOR e MAIS COMPLETO fantasy de UFC da internet brasileira! Vc nunca viu nada parecido em nenhum outro fantasy.
E o melhor de tudo, com o GARCEZ no comando, o que faz toda a diferença.
http://ufconfantasy.forumeiros.com/
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Re: Silas Malafaia versus Erika Kokay
Minha dúvida é se esses deputados lêem o que vão apresentar como projeto, pois parece que a deputada aí só sabia o título do que defendia....Filho_da_D.Florinda escreveu:
Perfeito FCB.
Tenho asco do Malafaia e concordei com o discurso da deputada, mas nessa aí o Silas não inventou nada, foi ipsis litteris. E o projeto de lei aí está bem claro, não se trata nem de uma brecha jurídica/textual, o que muitas vezes ocorre sem intenção.
Re: Silas Malafaia versus Erika Kokay
Cara, sabe o que esse vídeo me lembrou? A Escolinha do Professor Raimundo! Pode ver que parece demais. Não tem um pingo de seriedade de todos que estão ali, que ficam dando risadinhas e gritinhos que nem adolescente em sala de aula quando o outro fala. Aliás, a forma de Malafaia se expor ("agora segura") nem parece de um parlamentar, mas de um moleque! Esse é o nível do nosso Congresso! Estamos fudidos!
No mais, independente de quem tenha razão, um bando de vagabundos disperdiçando o dinheiro público com um assunto nem de longe é dos mais importantes... cansou já esse negócio de homofobia... aliás, só quem realmente se interessa por isso é a imprensa, porque dá IBOPE. Em todo lugar que você vai hoje tem algum viadinho (no trabalho, no restaurante, na igreja, etc) e nem por isso vou querer bater ou matar o cara. Pode dar o cu à vontade, contanto que não seja o meu...
No mais, independente de quem tenha razão, um bando de vagabundos disperdiçando o dinheiro público com um assunto nem de longe é dos mais importantes... cansou já esse negócio de homofobia... aliás, só quem realmente se interessa por isso é a imprensa, porque dá IBOPE. Em todo lugar que você vai hoje tem algum viadinho (no trabalho, no restaurante, na igreja, etc) e nem por isso vou querer bater ou matar o cara. Pode dar o cu à vontade, contanto que não seja o meu...
Re: Silas Malafaia versus Erika Kokay
Kozak escreveu:
Você é da turma que defende Venezuela, Cuba e Coréia do Norte. Engraçado você começar justificando que não é petista. Você é muito pior do que petista.
PS: Já cobrou a dívida, com os devidos juros, da sua ex-mulher? Aproveita e compra uma passagem para a Coréia do Norte e fica por lá.
Cobrei a dívida, recebi e ainda passei bem pra caralho num concurso público que não vai pagar o que acho que mereço,kkkk, mas é o ano de 2015 mandando bem no meu cumprimento de metas...(#meritocracia de verdade)...
Ataque pessoal = mimimimim
Ficou nervosinha por ter menos conhecimento sobre o oriente do que eu...chora reaça...tive uma carreira na iniciativa privada que vc nunca vai ter, e agora estou me encaminhando pra vida mansa, sem ajuda do papai
Chupa, Malafaia
Re: Silas Malafaia versus Erika Kokay
“Eu e meu público nos entendemos perfeitamente. Eles não ouvem o que digo, e eu não digo o que eles desejam ouvir”. - Karl Kraus
“A única diferença entre a educação brasileira e o crime organizado é que o crime é organizado” - Olavo de Carvalho
“A única diferença entre a educação brasileira e o crime organizado é que o crime é organizado” - Olavo de Carvalho
Re: Silas Malafaia versus Erika Kokay
Petistas são assim mesmo.
Falam, tomam surra e se acovardam escondendo-se!
Falam, tomam surra e se acovardam escondendo-se!
Re: Silas Malafaia versus Erika Kokay
nossa com tanta coisa que esse país tem pra resolver nossos nobres deputados discutindo mudança de sexo em jovens, autoridades dos pais sobre filhos, trangeneros, viados e sei lá o que. A que ponto chegou esse congresso, olha a pauta dessa bosta de casa.
Quer dizer, nós temos deputados que poderiam estar trabalhando em pautas mais uteis para 99,99% da população brasileira se ocupando para tentar segurar as merdas que outros deputados esquerdistas tentam aprovar.
Essa porra da bancada do PT/psol, pc do b e afins só fazem merda nesse país. Se ficassem sentandos dentro dos gabinetes o dia todo, o ano inteiro sem fazer nada, só ganhando o salário já seria um lucro enorme para o brasil.
Quer dizer, nós temos deputados que poderiam estar trabalhando em pautas mais uteis para 99,99% da população brasileira se ocupando para tentar segurar as merdas que outros deputados esquerdistas tentam aprovar.
Essa porra da bancada do PT/psol, pc do b e afins só fazem merda nesse país. Se ficassem sentandos dentro dos gabinetes o dia todo, o ano inteiro sem fazer nada, só ganhando o salário já seria um lucro enorme para o brasil.
Em Itália ele faz isso non.
Seedorf trazendo a turma do Galvão de volta ao planeta Terra.
Seedorf trazendo a turma do Galvão de volta ao planeta Terra.
Re: Silas Malafaia versus Erika Kokay
Os esquerdopatas já se auto respondem rs. Os caras ficam com aquele discurso demagógico deles, mas na hora que se sentem pressionados, se afirmam pelo sucesso que - dizem - ter, do dinheiro que conseguiram e ainda tentam rebaixar os outros a partir de uma suposição sobre a sua inferior condição econômica rs.Motaro escreveu:
Cobrei a dívida, recebi e ainda passei bem pra caralho num concurso público que não vai pagar o que acho que mereço,kkkk, mas é o ano de 2015 mandando bem no meu cumprimento de metas...(#meritocracia de verdade)...
Ataque pessoal = mimimimim
Ficou nervosinha por ter menos conhecimento sobre o oriente do que eu...chora reaça...tive uma carreira na iniciativa privada que vc nunca vai ter, e agora estou me encaminhando pra vida mansa, sem ajuda do papai
Chupa, Malafaia
Não dá para levar a sério. É o retrato do esquerdopata.
Re: Silas Malafaia versus Erika Kokay
Concordo com vc! É deprimente ver que em meio às crises política e econômica que o Brasil tá vivendo, os parlamentares dão mais atenção à fiscalização do cu alheio do que sanar esses problemas. Uma das funções do legislativo é fiscalizar o executivo, e devia fazer isso, além de colocar em votação alguma reforma, seja política, tributária, ou qualquer outra, mas deveriam mostrar serviço. Nosso Congresso hj é um peso pro país. E pesadíssimo!Pinel escreveu:Vc vê que o país tá realmente indo pro buraco quando a maior preocupação de uma porrada de deputados é casamento e adoção gay.
Re: Silas Malafaia versus Erika Kokay
O prospect do direito tributário voltou?Motaro escreveu:
Cobrei a dívida, recebi e ainda passei bem pra caralho num concurso público que não vai pagar o que acho que mereço,kkkk, mas é o ano de 2015 mandando bem no meu cumprimento de metas...(#meritocracia de verdade)...
Ataque pessoal = mimimimim
Ficou nervosinha por ter menos conhecimento sobre o oriente do que eu...chora reaça...tive uma carreira na iniciativa privada que vc nunca vai ter, e agora estou me encaminhando pra vida mansa, sem ajuda do papai
Chupa, Malafaia
“Eu e meu público nos entendemos perfeitamente. Eles não ouvem o que digo, e eu não digo o que eles desejam ouvir”. - Karl Kraus
“A única diferença entre a educação brasileira e o crime organizado é que o crime é organizado” - Olavo de Carvalho
“A única diferença entre a educação brasileira e o crime organizado é que o crime é organizado” - Olavo de Carvalho
Re: Silas Malafaia versus Erika Kokay
Como já dito aqui, o vídeo é um circo de horrores.
Erica: a explicação dela estava ok, pois é o que ocorre atualmente quando uma pessoa quer mudar de sexo. Por mais que tenha gente que ache que a criança mudará de sexo só porque acordou querendo hahaha não é assim que funciona no mundo. O problema é que a lei não era, no todo, do jeito que ela explanou. E mais, ninguém tem o direito de simplesmente sair e dar as costas no meio da pauta.
Malafaia: tem que confrontar a pessoa com a letra da lei mesmo. A ressalva é como foi o ocorrido, sendo desnecessário os gritos (tem microfone para quê?), a ironia e afins. É um lugar sério, em tese, esse tipo de comportamento só cabe quando se tem 10 anos.
Bolsonaro: fez muito bem em não deixar a mulher sair.
Os presentes: parece uma classe de pré primário, com gritinhos de torcida, apupos e manifestações de apreço.
O texto no final do vídeo é totalmente dispensável, digno de pena, para ser sincero.
Erica: a explicação dela estava ok, pois é o que ocorre atualmente quando uma pessoa quer mudar de sexo. Por mais que tenha gente que ache que a criança mudará de sexo só porque acordou querendo hahaha não é assim que funciona no mundo. O problema é que a lei não era, no todo, do jeito que ela explanou. E mais, ninguém tem o direito de simplesmente sair e dar as costas no meio da pauta.
Malafaia: tem que confrontar a pessoa com a letra da lei mesmo. A ressalva é como foi o ocorrido, sendo desnecessário os gritos (tem microfone para quê?), a ironia e afins. É um lugar sério, em tese, esse tipo de comportamento só cabe quando se tem 10 anos.
Bolsonaro: fez muito bem em não deixar a mulher sair.
Os presentes: parece uma classe de pré primário, com gritinhos de torcida, apupos e manifestações de apreço.
O texto no final do vídeo é totalmente dispensável, digno de pena, para ser sincero.
Re: Silas Malafaia versus Erika Kokay
Hahahaa ta louco Urso?Urso_Verde escreveu:
Frozen conta sua história pessoal, que você foi pra China no férias sem fronteira e fez a operação com os comunas dai sem esta frescura toda, foi aceita pela comunidade. Conta pros demais floristas, vários seguiram seu exemplo ️


Mas eu já desisti de tentar argumentar com alguns aqui, vai em outro tópico sobre um assunto semelhante e veja o tanto de baboseiras que nego posta por estar em anonimato.
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Re: Silas Malafaia versus Erika Kokay
Matéria do uol sobre crianças transexuais:
Nos últimos anos, têm ganhado espaço nos veículos de comunicação as notícias de crianças que, ainda muito pequenas, revelam o que os especialistas chamam de "inadequação de gênero", apresentando um comportamento oposto ao que a sociedade associa ao sexo com o qual nasceram. É o caso da norte-americana Ryland, 6 anos, cuja história se popularizou na internet. Ryland nasceu menina, mas, logo que aprendeu a falar, uma de suas primeiras frases foi: "sou um menino".
A criança detestava o cabelo comprido e as roupas femininas. Seus pais, Jeff e Hillary Whittington, acharam que era apenas uma fase. O momento decisivo ocorreu quando, aos cinco anos, chorando, ela perguntou aos pais: "Por que Deus me fez assim?". Depois de pesquisas e consultas a especialistas, o casal chegou à conclusão de que Ryland era transgênero, ou seja, embora tivesse nascido com anatomia feminina, seu cérebro a identificava com o gênero masculino. Desde então, a criança é tratada como filho. Teve os cabelos cortados como desejava e usa roupas de menino
Outro caso que teve grande repercussão nos Estados Unidos foi o de Coy Mathis, menino de seis anos que, desde os 18 meses, age como menina. Aos quatro, ele disse aos pais que "havia algo de errado com seu corpo" e começou a ficar deprimido ao se ver com roupas masculinas.
Os pais permitiram que a criança começasse a se vestir como menina e, no ano passado, conquistaram na Justiça o direito de Coy de usar o banheiro feminino da escola.
Não é doença
Segundo o psiquiatra Alexandre Saadeh, coordenador do Ambulatório de Transtorno de Identidade de Gênero e Orientação Sexual do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo), o fenômeno surge, geralmente, por volta dos três anos, que é quando a identidade de gênero se estabelece.
Chamado popularmente de transexualismo, o fenômeno é conhecido nos meios acadêmicos como Transtorno de Identidade de Gênero ou, mais recentemente, como Disforia de Gênero (a palavra disforia pode ser compreendida como indisposição ou mal-estar), mas existe, em todo o mundo, um debate acerca da necessidade de não tratar a transgenerismo como uma doença.
"O transgenerismo não constitui nenhuma espécie de patologia", afirma a psicanalista Letícia Lanz, cujo nome de batismo era Geraldo. Só aos 50 anos, ela assumiu sua identidade feminina.
Geraldo era um bem-sucedido consultor empresarial que, quando adotou nome e roupas femininas, perdeu todos os clientes e teve de recomeçar do zero. Tornou-se psicanalista e, recentemente, obteve um mestrado em sociologia pela UFPR (Universidade Federal do Paraná) com a pesquisa "O Corpo da Roupa: a Pessoa Transgênera entre a Transgressão e a Conformidade com as Normas de Gênero".
"Não sou doente, nem física nem psiquicamente", afirma Letícia. "Esse diagnóstico não é meu, mas do meu psiquiatra e analista, do meu cardiologista e da minha endocrinologista. Doente é a sociedade que sempre exigiu que eu reprimisse a essência de mim mesma apenas para adotar um modelo de existência incompatível com a pessoa que sou."
Nem todo transgênero é homossexual
A psicanalista diz que uma pessoa é transgênero quando, de maneira superficial ou profunda, em caráter esporádico ou de maneira definitiva, não se identifica com a classificação de gênero constante da sua certidão de nascimento. E esclarece que o transgenerismo não é sinônimo de homossexualidade.
A psicanalista explica que um transgênero pode ter orientação sexual hetero, homo, bi ou assexual, exatamente como acontece com qualquer pessoa. "Sou uma mulher transgênera casada com uma mulher cisgênera (cuja identidade de gênero está em consonância com o seu sexo) há 38 anos, sendo pai de três filhos e avô de três netos."
Experimentações são normais
Na primeira infância, é natural a curiosidade do menino por roupas e objetos tradicionalmente ligados ao universo das meninas e vice-versa. Mas, se um garoto, ocasionalmente, veste a roupa da mãe, isso não significa que ele seja transgênero.
"Os pais devem tomar cuidado de não reprimirem e, sim, introduzirem comportamentos do sexo em que a criança nasceu, mas respeitando a vontade dela. Se for somente experimentação, isso cederá rapidamente", diz o psiquiatra Alexandre Saadeh.
Contudo, quando a criança se identifica muito fortemente com o gênero oposto e faz birra ou fica deprimida na hora de vestir as roupas identificadas socialmente ao sexo no qual nasceu, é possível pensar que exista Transtorno de Identidade de Gênero.
"O interessante é acompanhar ao longo do tempo para perceber se esse comportamento permanece. Quando os pais reprimem muito, a criança percebe seu comportamento como errado e busca viver no gênero que os pais querem. Mas isso vai causar sofrimento e dificuldades de relacionamento", afirma Saadeh.
Jeff e Hillary Whittington, os pais de Ryland, só se decidiram a criar a filha como menino quando, em suas pesquisas, descobriram a alarmante informação de que 41% dos transgêneros tentam suicídio devido à falta de aceitação social. E, na população em geral, esse índice é de 4,6%. A pesquisa foi divulgada, em janeiro de 2014, pelo Instituto Williams, pertencente à Escola de Direito da UCLA (Universidade da Califórnia).
Sofrimento e suicídio
"O sofrimento a que as pessoas trans estão submetidas as leva, muitas vezes, a pensar em suicídio", confirma a psicóloga Judit Lia Busanello, diretora do Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids-São Paulo.
A psicóloga afirma que o processo de adequação à verdadeira identidade de gênero é muito delicado e deve ser acompanhado de perto tanto pela família quanto por profissionais especializados.
Para Letícia, o que os pais jamais devem fazer é colocar ou permitir que coloquem rótulos nos seus filhos. "Seja lá o que eles forem diante dos códigos da sociedade, a família deve acolhê-los como eles são e ensiná-los a ter orgulho de ser gente."
Spoiler:
A criança detestava o cabelo comprido e as roupas femininas. Seus pais, Jeff e Hillary Whittington, acharam que era apenas uma fase. O momento decisivo ocorreu quando, aos cinco anos, chorando, ela perguntou aos pais: "Por que Deus me fez assim?". Depois de pesquisas e consultas a especialistas, o casal chegou à conclusão de que Ryland era transgênero, ou seja, embora tivesse nascido com anatomia feminina, seu cérebro a identificava com o gênero masculino. Desde então, a criança é tratada como filho. Teve os cabelos cortados como desejava e usa roupas de menino
Outro caso que teve grande repercussão nos Estados Unidos foi o de Coy Mathis, menino de seis anos que, desde os 18 meses, age como menina. Aos quatro, ele disse aos pais que "havia algo de errado com seu corpo" e começou a ficar deprimido ao se ver com roupas masculinas.
Os pais permitiram que a criança começasse a se vestir como menina e, no ano passado, conquistaram na Justiça o direito de Coy de usar o banheiro feminino da escola.
Não é doença
Segundo o psiquiatra Alexandre Saadeh, coordenador do Ambulatório de Transtorno de Identidade de Gênero e Orientação Sexual do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo), o fenômeno surge, geralmente, por volta dos três anos, que é quando a identidade de gênero se estabelece.
Chamado popularmente de transexualismo, o fenômeno é conhecido nos meios acadêmicos como Transtorno de Identidade de Gênero ou, mais recentemente, como Disforia de Gênero (a palavra disforia pode ser compreendida como indisposição ou mal-estar), mas existe, em todo o mundo, um debate acerca da necessidade de não tratar a transgenerismo como uma doença.
"O transgenerismo não constitui nenhuma espécie de patologia", afirma a psicanalista Letícia Lanz, cujo nome de batismo era Geraldo. Só aos 50 anos, ela assumiu sua identidade feminina.
Geraldo era um bem-sucedido consultor empresarial que, quando adotou nome e roupas femininas, perdeu todos os clientes e teve de recomeçar do zero. Tornou-se psicanalista e, recentemente, obteve um mestrado em sociologia pela UFPR (Universidade Federal do Paraná) com a pesquisa "O Corpo da Roupa: a Pessoa Transgênera entre a Transgressão e a Conformidade com as Normas de Gênero".
"Não sou doente, nem física nem psiquicamente", afirma Letícia. "Esse diagnóstico não é meu, mas do meu psiquiatra e analista, do meu cardiologista e da minha endocrinologista. Doente é a sociedade que sempre exigiu que eu reprimisse a essência de mim mesma apenas para adotar um modelo de existência incompatível com a pessoa que sou."
Nem todo transgênero é homossexual
A psicanalista diz que uma pessoa é transgênero quando, de maneira superficial ou profunda, em caráter esporádico ou de maneira definitiva, não se identifica com a classificação de gênero constante da sua certidão de nascimento. E esclarece que o transgenerismo não é sinônimo de homossexualidade.
A psicanalista explica que um transgênero pode ter orientação sexual hetero, homo, bi ou assexual, exatamente como acontece com qualquer pessoa. "Sou uma mulher transgênera casada com uma mulher cisgênera (cuja identidade de gênero está em consonância com o seu sexo) há 38 anos, sendo pai de três filhos e avô de três netos."
Experimentações são normais
Na primeira infância, é natural a curiosidade do menino por roupas e objetos tradicionalmente ligados ao universo das meninas e vice-versa. Mas, se um garoto, ocasionalmente, veste a roupa da mãe, isso não significa que ele seja transgênero.
"Os pais devem tomar cuidado de não reprimirem e, sim, introduzirem comportamentos do sexo em que a criança nasceu, mas respeitando a vontade dela. Se for somente experimentação, isso cederá rapidamente", diz o psiquiatra Alexandre Saadeh.
Contudo, quando a criança se identifica muito fortemente com o gênero oposto e faz birra ou fica deprimida na hora de vestir as roupas identificadas socialmente ao sexo no qual nasceu, é possível pensar que exista Transtorno de Identidade de Gênero.
"O interessante é acompanhar ao longo do tempo para perceber se esse comportamento permanece. Quando os pais reprimem muito, a criança percebe seu comportamento como errado e busca viver no gênero que os pais querem. Mas isso vai causar sofrimento e dificuldades de relacionamento", afirma Saadeh.
Jeff e Hillary Whittington, os pais de Ryland, só se decidiram a criar a filha como menino quando, em suas pesquisas, descobriram a alarmante informação de que 41% dos transgêneros tentam suicídio devido à falta de aceitação social. E, na população em geral, esse índice é de 4,6%. A pesquisa foi divulgada, em janeiro de 2014, pelo Instituto Williams, pertencente à Escola de Direito da UCLA (Universidade da Califórnia).
Sofrimento e suicídio
"O sofrimento a que as pessoas trans estão submetidas as leva, muitas vezes, a pensar em suicídio", confirma a psicóloga Judit Lia Busanello, diretora do Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids-São Paulo.
A psicóloga afirma que o processo de adequação à verdadeira identidade de gênero é muito delicado e deve ser acompanhado de perto tanto pela família quanto por profissionais especializados.
Para Letícia, o que os pais jamais devem fazer é colocar ou permitir que coloquem rótulos nos seus filhos. "Seja lá o que eles forem diante dos códigos da sociedade, a família deve acolhê-los como eles são e ensiná-los a ter orgulho de ser gente."
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