Lei Rouanet libera 850k para documentário sobre Jean Wyllys

[Baden]

Não é assim, Shin. Aprovar o projeto no MinC para captação qualquer um consegue. Até eu consegui, em 2000/2001, com uma microempresa.
A avaliação é técnica: se a empresa está regular com o fisco, se o orçamento corresponde ao roteiro, se o desenho de produção é viável etc.
Sobre o conteúdo as únicas restrições são: não pode ser pornográfico, institucional, propaganda, jornalismo. Tem de ser obra 'licenciável'.
O difícil é arrumar a empresa 'doadora' (Art.18 e faixa de maior renúncia do Art. 25) ou 'patrocinadora' (faixa de menor renúncia do Art. 25).
Tenho segurança disso, porque na Ancine aprovamos e acompanhamos projetos que captam via Rouanet, quando filmes de longa-metragem.

mais uma vez ele fala sem entender nada do assunto

é só pura má vontade mesmo

[Marcial]

foi mal, shin

esqueci que você tinha virado estatista e estava super preocupado com construção de escolas, hospitais e presídios

é isso aí! tô gostando de ver...

mas a cultura também é importante para um país

depois, vocês continuam confundindo as coisas- a lei rouanet simplesmente seleciona centenas (eu acho) de projetos, que terão o direito a captar, nada mais que isso

existem projetos de todo tipo, com certeza nem eu nem você (nem ninguém) vamos gostar de todos eles

de qualquer modo, esse tipo de reclamação não deve ser dirigida à lei, e sim à comissão avaliadora

não queira jogar fora o bebê junto com a água suja da banheira

Exato, Baden. Segue uma lista com projetos aprovados nos últimos anos, abordando figuras da oposição e temas de relevância tão questionável quanto Jean Willys, como lutadores de MMA e clubes de futebol:

Tancredo Neves – Mensageiro da Liberdade (aprovado em 2005, captou 450 mil pelo Art. 25 da Rouanet)
http://sif.ancine.gov.br/projetosaudiov ... lic=050032

ACM – Tempo e Espaço (aprovado em 2007, captou 157 mil pelo Art. 1A e 32 mil pelo Art. 25 da Rouanet)
http://sif.ancine.gov.br/projetosaudiov ... lic=070245

Soberano – Seis Vezes São Paulo (aprovado em 2009, captou 550 mil pelo Art. 1A)
http://sif.ancine.gov.br/projetosaudiov ... lic=090166

Anos FHC – Uma abordagem econômica (aprovado em 2010, não captou nada)
http://sif.ancine.gov.br/projetosaudiov ... lic=100429

FHC – Caminhos da Democracia (aprovado em 2011, captou 150 mil pelo Art. 1A)
http://sif.ancine.gov.br/projetosaudiov ... lic=110339

Meninos da Vila – A Magia do Santos (aprovado em 2011, captou 400 mil pelo Art. 1A)
http://sif.ancine.gov.br/projetosaudiov ... lic=100541

Minotauro, a Vida do Lendário Lutador Antônio Rodrigo Nogueira (aprovado em 2012, não captou nada)
http://sif.ancine.gov.br/projetosaudiov ... lic=110446

Nascidos para Lutar - Lyoto Machida (aprovado em 2013, captou 480 mil pelo Art. 3A)
http://sif.ancine.gov.br/projetosaudiov ... lic=130318

Nascidos para Lutar – Glover Teixeira (aprovado em 2013, captou 510 mil pelo Art. 3A)
http://sif.ancine.gov.br/projetosaudiov ... lic=130319

[Nile]

Caramba , ninguém tem respeito pelo dinheiro publico mesmo
Brasileiro gosta de um" incentivo "para fazer merda , é engraçado que teve um corte gigantesco na educação no Fies , mas querem produzir arte de baixa qualidade , porque se fosse boa não precisaria disso
Acham normal dá 800 mil reais para o bosta desse fazer um documentário ?!

[Tonho]

Serio que a turma do caviar acha que mais de 2 milhoes de reais gastos entre filmes dos bambis, santos, fhc, jean toba, minotauro, AS, etc é um dinheiro bem gasto??
Kkkkkk
O forum podia ter um emoticon pra galera postar qdo esta trollando... Pq as vezes a imbecilidade eh tanta que so pode ser trollagem


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[Anônimo]

Quer dizer...Se aprovados os projetos que podem captar recursos e aprovados as empresas que podem injetar recurso...Se o poder publico decide quais projetos vão de fato receber os recurso ou se os particulares escolhem livremente em quais projetos vão injetar os recursos...

De qualquer forma deveria ser um impedimento, pois um deputado federal exercendo o mandato pode influenciar na tanto se a escolha for do poder publico quanto do particular...É imoral.

Sinceramente...Parece que dinheiro nasce em arvore como diria minha mãe...

A UFRJ precisa de 120 milhões para fechar as suas contas, agora imagina o quanto todas as universidades federais estão devendo. Pelo visto, estamos com dinheiro sobrando, pois é possível abrir mão de 800k para um documentário sobre o JW.

Na abertura ele contará que brincava com os garotos do bairro. Foi ali que tudo começou.

[Shin]

Não é assim, Shin. Aprovar o projeto no MinC para captação qualquer um consegue. Até eu consegui, em 2000/2001, com uma microempresa.
A avaliação é técnica: se a empresa está regular com o fisco, se o orçamento corresponde ao roteiro, se o desenho de produção é viável etc.
Sobre o conteúdo as únicas restrições são: não pode ser pornográfico, institucional, propaganda, jornalismo. Tem de ser obra 'licenciável'.
O difícil é arrumar a empresa 'doadora' (Art.18 e faixa de maior renúncia do Art. 25) ou 'patrocinadora' (faixa de menor renúncia do Art. 25).
Tenho segurança disso, porque na Ancine aprovamos e acompanhamos projetos que captam via Rouanet, quando filmes de longa-metragem.

Concordo. Mas não foi da burocracia que eu falei. Eu falei pra ele que não é a empresa quem escolhe o destino do dinheiro. Quem determina quem pode captar é o MinC.

Ele tinha dito que a Lei Rouanet é liberal porque deixa que as empresas escolham quem vai receber o benefício, o que eu disse que não é verdade.

[Shin]

Exato, Baden. Segue uma lista com projetos aprovados nos últimos anos, abordando figuras da oposição e temas de relevância tão questionável quanto Jean Willys, como lutadores de MMA e clubes de futebol:

Tancredo Neves – Mensageiro da Liberdade (aprovado em 2005, captou 450 mil pelo Art. 25 da Rouanet)
http://sif.ancine.gov.br/projetosaudiov ... lic=050032

ACM – Tempo e Espaço (aprovado em 2007, captou 157 mil pelo Art. 1A e 32 mil pelo Art. 25 da Rouanet)
http://sif.ancine.gov.br/projetosaudiov ... lic=070245

Soberano – Seis Vezes São Paulo (aprovado em 2009, captou 550 mil pelo Art. 1A)
http://sif.ancine.gov.br/projetosaudiov ... lic=090166

Anos FHC – Uma abordagem econômica (aprovado em 2010, não captou nada)
http://sif.ancine.gov.br/projetosaudiov ... lic=100429

FHC – Caminhos da Democracia (aprovado em 2011, captou 150 mil pelo Art. 1A)
http://sif.ancine.gov.br/projetosaudiov ... lic=110339

Meninos da Vila – A Magia do Santos (aprovado em 2011, captou 400 mil pelo Art. 1A)
http://sif.ancine.gov.br/projetosaudiov ... lic=100541

Minotauro, a Vida do Lendário Lutador Antônio Rodrigo Nogueira (aprovado em 2012, não captou nada)
http://sif.ancine.gov.br/projetosaudiov ... lic=110446

Nascidos para Lutar - Lyoto Machida (aprovado em 2013, captou 480 mil pelo Art. 3A)
http://sif.ancine.gov.br/projetosaudiov ... lic=130318

Nascidos para Lutar – Glover Teixeira (aprovado em 2013, captou 510 mil pelo Art. 3A)
http://sif.ancine.gov.br/projetosaudiov ... lic=130319

Nunca falei que se fosse da oposição estava certo. Continua tão errado quanto.

Mas há algumas exceções nessa lista. Aquele sobre o Tancredo, por exemplo, é válido pela função da lei. Não deveria receber dinheiro público como nenhum dos outros, mas se se quer tanto dar dinheiro à cultura, contar a história da primeira eleição democrática desde o golpe de 1964 é estupidamente mais válido que falar da vida de uma ameba cujo único objetivo de vida é ser gay.

[rei gabiru]

Essa é uma dúvida que eu tenho. A empresa abate 850 mil da sua base de cálculo ou do imposto devido?

Deduz o que investiu da base de calculo e ate 4% do IRPJ Devido.

[Alemartins]

Lei pra incentivar artista pra quê? Não precisa. A ordem das coisas é muito simples: se a arte presta nego compra; se é ruim, que o "artista" procure outra coisa pra fazer ou morra de fome.

Não existia essa porra na época do Van Gogh.

É, não existia E ele morreu na miséria.

Comentário mais nonsense sobre arte que já vi na vida.

[Anônimo]

Deduz o que investiu da base de calculo e ate 4% do IRPJ Devido.

Pois é, assim fica menos prejudicial para a sociedade. De qualquer forma, podemos dizer que é um baita (by Neto) incentivo para a cultura, pena que seja tão mal aproveitado e desvirtuado. Essa coisa de igualar artistas de nome, que possuem uma carreira sólida e faturam milhões, com artistas que buscam um lugar ao sol, NMHO, pouco ajuda a desenvolver a cultura.

[Alemartins]

Porra, o maluco se deu ao trabalho (que eu não daria, tenho preguiça... sinceramente) de explicar como funciona o fomento da Rouanet.

Se fosse Proacão, ou qualquer outro fomento, aí eu concordo. Mas na Rouanet? Como já muito bem cantada a bola ali atrás, o pulo do gato da Rouanet é um filho da puta cheio dos contatos competente captador. E esse mesmo sempre encarece o projeto.

Aprovar o projeto é que nem redação, depois que aprende a escrever o projeto, não tem erro, o foda é captar isso depois. A minha grande crítica é aos medalhões que aderem a ela, que vão nesse vai da valsa, coibindo as empresas de vincularem o nome a grupos menos conhecidos, muitas vezes com projetos mais competentes e mais sólidos.

[Marcial]

Concordo. Mas não foi da burocracia que eu falei. Eu falei pra ele que não é a empresa quem escolhe o destino do dinheiro. Quem determina quem pode captar é o MinC.

Ele tinha dito que a Lei Rouanet é liberal porque deixa que as empresas escolham quem vai receber o benefício, o que eu disse que não é verdade.

É a empresa que escolhe o destino do dinheiro. Funciona assim: quando o projeto é aprovado, é aberta uma conta de captação no BB em nome da empresa, com publicação no DOU do valor autorizado em cada mecanismo (há limites em alguns deles). A empresa então pode realizar depósitos nessa conta e obter em troca Recibos de Captação, cujos valores poderão ser lançados como dedução do IR a pagar. Repito: o Estado apenas autoriza, no limite da Lei. A empresa escolhe o projeto.

[Marcial]

Nunca falei que se fosse da oposição estava certo. Continua tão errado quanto.

Mas há algumas exceções nessa lista. Aquele sobre o Tancredo, por exemplo, é válido pela função da lei. Não deveria receber dinheiro público como nenhum dos outros, mas se se quer tanto dar dinheiro à cultura, contar a história da primeira eleição democrática desde o golpe de 1964 é estupidamente mais válido que falar da vida de uma ameba cujo único objetivo de vida é ser gay.

Não estou argumentando 'contra' você. Meu ponto é que na aprovação de projetos não há dirigismo ou orientação ideológica pró-governo, como alguns insinuaram, nem critérios de avaliação estética ou de relevância artística. A obra audiovisual produzida tem que atender ao objetivo da política pública, constituindo um ativo no mercado de licenciamentos para um agente econômico independente brasileiro (que a Lei 12485 chamou de obra constituinte de 'espaço qualificado'). Como se trata de linguagem, as fronteiras são tênues, e por vezes surgem questões muito mais profundas sobre o caráter de independência das obras produzidas. Em outras palavras, quem vai fazer dinheiro com elas. Enquanto alguns ogros ingênuos por aqui estão preocupados com um documentário de baixo orçamento sobre um parlamentar medíocre, aprovado por uma produtora pequena que não deve ter três funcionários fixos, tubarões do mercado relacionados aos Estúdios de Hollywood e aos Radiodifusores brasileiros, que não precisam de financiamento, operam milhões de renúncia nos Arts. 3, 3A e 39-X, constituindo ativos de licenciamento com dinheiro público. No mundo real, o trabalho para melhorar a política pública de fomento acontece todos os dias, coibindo problemas verdadeiros, e não aqueles imaginários.

[Marcial]

Porra, o maluco se deu ao trabalho (que eu não daria, tenho preguiça... sinceramente) de explicar como funciona o fomento da Rouanet.

Se fosse Proacão, ou qualquer outro fomento, aí eu concordo. Mas na Rouanet? Como já muito bem cantada a bola ali atrás, o pulo do gato da Rouanet é um filho da puta cheio dos contatos competente captador. E esse mesmo sempre encarece o projeto.

Aprovar o projeto é que nem redação, depois que aprende a escrever o projeto, não tem erro, o foda é captar isso depois. A minha grande crítica é aos medalhões que aderem a ela, que vão nesse vai da valsa, coibindo as empresas de vincularem o nome a grupos menos conhecidos, muitas vezes com projetos mais competentes e mais sólidos.

Essa é questão chave, Alemartins. Na renúncia fiscal não há muito a fazer, dado o caráter liberal do mecanismo, que gerou o mercado paralelo da captação. No fomento direto, como o FSA, acredito que existem formas de se reconhecer as melhores propostas, avaliando o grau de desenvolvimento do projetos. Sempre haverá um grau de subjetividade, mas é possível tornar a competição justa, fazendo com que as empresas disputem os recursos com outras de mesmo nível.

[Alemartins]

A rouanet acabou se tornando um fracasso pra área de musica se olharmos quem consegue captar tanto produção quanto circulação, até Cláudia leite conseguiu circulação, e teve o mau caratismo de escrever e aceitar um projeto desses.