Faz um mal danado, mestre SalinhoSALINHO escreveu: ↑07 Mar 2019 02:13Pior que não. Eu não me importo muito sobre a vida dos autores, só sobre a obra. Nunca lerei biografia dele nem se nenhum intelectual. Já dos artistas eu acho bacana, pois isso influencia demais. A arte, como reificação da subjetividade, é influenciada demais pelas vivências específicas de cada um, além dos caras serem loucos.
Um Chet Baker, um Kurt Cobain, uma Nina Simone merecem ter a biografia lida, mas pouco me interessa a vida do Foucault, do Hegel ou Weber (a Arendt é uma excessão).

Eu faço absolutamente o contrário. Para mim algumas biografias se fazem necessárias para se ter acesso ao entendimento de algumas obras de cunho histórico científico e cultural.
Já de artistas, como músicos, com raras exceções, mais pela falta de tempo, eu foco apenas nos fora de séries (aliás, tem alguma biografia descente do Miles Davis pra me indicar?

A biografia de alguns escritores se mistura com as suas obras - como Dostoiévski - , mas não deixam de ser importantes para leitura. Outros são praticamente biográficos, como Charles Bukowski, Henry Miller, Anais Nin, etc.
Um tempo atrás eu estava tentando ler sobre a vida de Louis Ferdinand Celine, que é um romancista francês, que tem sua obra como antagonista com a do Marcel Proust, estilisticamente falando.
Fiquei decepcionado pra caralho ao saber que o escritor era antissemita. Eu não saberia disso se não tivesse lido a biografia dele. Até porque, as obras com conteúdo antissemita nunca foram lançadas, foram censuradas, até onde eu sei. Os três livros que li dele "!Viagem ao Fim da Noite", "Morte a Crédito" e "De Castelo em Castelo" são maravilhosos. As obras dele não deixam transparecer de forma algum sequer resquício de que ele era antissemita.
Mas, enfim.
Você não costuma ler nem cartas de alguns historiadores ou filósofo que você leu as obras?
Recomendo você ler as cartas trocadas entre Hannad Arendt e Eric Voegelin
