melkor escreveu:
Falar sobre antes do Big Bang é falar sobre algo em que simplesmente não temos certeza alguma.
O Big Bang seria o nosso tempo=0, digamos assim. No tempo=0 toda a matéria estava contida em ínfimo pedacinho infinitamente pequeno do universo.
Quando chegamos no tempo=1, que pode dizer que é igual a 1 ano na terra, a matéria se expandiu, ocupando mais espaço.
Quando chegamos no tempo=2, a materia está mais espandida.
Quando chegamos no tempo=N, onde N é o nosso tempo, estamos com o universo do tamanho que conhecemos. Medimos a expansão do universo pela velocidade em que os objetos sem movem no espaço, e podemos traçar uma "rota" até o centro do universo, exatamente onde aconteceu o big bang. Como? Porque os objetos mais distantes do centro se movem mais velozmente que os que estão mais próximos ao centro. É exatamente o mesmo comportamento de uma explosão. Alguns destroços chegam antes, outros destroços chegam depois.
Só que nossas fórmulas matemáticas só chegam no tempo=0. Antes disso não temos dados para calcular nada, pois não há "espaço", entende? O universo estava contido em um espaço infinitamente pequeno, tendendo ao nada.
Na verdade o "centro" do Universo depende do referencial, e pro nosso, nós mesmos somos o centro. O Big Bang não está mais próximo do centro do Universo, mas sim de suas "beiradas", pois quanto mais distante observamos, mais próximo chegamos do tempo do Big Bang.
Toda a luz que chega até nós faz parte de um cone de luz, onde quanto mais distante um objeto está de nós, mais no passado o enxergamos. Se vemos uma galáxia a 2bi de anos-luz de distância, estamos enxergando-a 2bi de anos no passado.
Snickt escreveu:Acho q esse lance do Pré-Big Bang não pode ser analisado de forma científica... pelo menos por enquanto, só "filosófica".
Que existia um algo antes, isso levo como fato. Ciência se faz através da observação dos fenômenos ao redor, que são teorizados e depois comprovados, ou não. Tudo ao nosso redor tem princípio, meio e fim, contudo antes do princípio de qualquer coisa, sempre existe um "algo" antes.
O T igual a zero é um recurso matemático para analisar um fato dentro de uma determinada janela de tempo, na prática ele não existe.
A ciência já quebrou o paradigma da lei da causalidade onde tudo implica uma causa, então dizer que "que havia algo antes é fato" é precipitado, e reduz à questão ao tempo escalar da mecânica clássica. Apenas alguns filósofos sustentam essa lógica de "começo, meio e fim" como dogma aplicado a tudo.
Na singularidade o tempo para, e no vácuo quântico se formam pares de matéria e antimatéria espontaneamente o tempo todo. Do mesmo modo, não se pode prever com exatidão o instante que um átomo radioativo vai decair.