É Aquaman.. pó é foda, cara.Aquaman escreveu:Pessoal,
Deixa eu contar uma parada que aconteceu comigo na sexta-feira, que me deixou biased...
Durante o treino, um mlk foi aplicar um chute se desequilibrou e caiu errado... Estava com suspeita de fratura e lá fomos nós no hospital, isso era uma 23:00 quando chegamos...
Já devia ser meia-noite e ele ainda não havia sido atendido. Estamos conversando com mais duas pessoas que nos acompanhava, quando sai uma mulher (devia ter uns 35,40 anos) gritando desesperada. Lógico que todos começaram a olhar pra ela. Ela tava muito descontrolada, gritando que queria morrer, que Deus não gostava dela, alguns segundos depois chega alguns familiares para tentar consola-la, quando ela lança a seguinte frase "Eu não vou aguentar isso de novo... De novo não, fazem apenas 8 meses". Lá dentro do hospital, já sem pulso estava o filho dela, overdose de cocaína, chegou no hospital morto, 8 meses antes o marido dela tinha morrido também por overdose de cocaína. Alguns familiares ficaram tão transtornados quanto a mãe. Pelo que falaram fazia 1 ano que o filho estava cheirando. Aquela cena acabou comigo, me coloquei no lugar daquela mãe talvez pq minha esposa esta grávida de 4 meses.
Não vou ficar tecendo comentários sobre ser a favor da liberação ou não. A principio sou contra, mas vi alguns argumentos interessantes. Vou ensinar meu filho através do meu exemplo. Abraços
Quando estava na faculdade, tinha um moleque - que mandava muito bem nas aulas - que cheirava. O vício dele não o impedia de trabalhar (fazia estagio em um dos escritórios top3 de SP na época), sair com os brothers, pegar mina, enfim.. não afetava sua vida.
Porém, ele começou a cheirar cada vez mais. Começou a faltar na facul, largou o trampo, fazia só os roles de pó. Por fim, nem a própria cerveja mais o cara pagava, e ele começou a ser considerado pessoa non-grata na roda dos bebados.
A última vez que o vi foi na nossa formatura. Lembro que o pai dele tinha falecido dias antes, e que ele estava muito mal. Ficou 1h e foi embora. Da última vez que ouvi dele, parece-me que do falecimento em diante o negócio descambou, e ele estava internado pela 4a vez, tentando vencer o vício.
Por essas e outras que não consigo comparar maconha e cocaina. Pode ser hipocrisia minha, admito, mas cocaina é um negócio que não acho que dá pra liberar. Me parece como um caminho sem volta.