Autoridades que mentem: Mentir no Lattes é normal???
Autoridades que mentem: Mentir no Lattes é normal???
Vendo o caso do ministro da educação me veio a cabeça outros:
Alexandre de Moraes, ministro do STF, ministro do Temer e advogado no governo paulista.
Carreira meteórica de Moraes na academia é repleta de críticas e tem pós-doc inexistente
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O currículo acadêmico de Alexandre de Moraes, recentemente indicado para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente Michel Temer (PMDB), tem gerado discussão e apresentado controversas.
Celebrada pelo Planalto e por aliados em razão de um best seller de Direito Constitucional, a obra acadêmica de Moraes foi colocada em xeque pelas diversas denúncias de cópia de outros autores. Como apontou o Justificando na última semana, seus escritos apresentam, além de cópias, falta de rigor técnico e pensamento raso.
Além disso, cresceu nos últimos dias a incoerência quanto a seus títulos acadêmicos. Isso porque, em seu currículo Lattes da Universidade de São Paulo (USP), até a tarde de hoje (13), constava a informação de que entre os anos de 1998 e 2000 adquiriu o título de Doutor em Direito, pela USP. Já entre 1997 e 2000 teria realizado o Pós-Doutorado, também pela USP. E em 2001, conquistou a livre-docência.
A incoerência de começar um Pós Doutorado antes do Doutorado em si foi apontada pelo Professor de Geografia da USP César Simoni. Isso tudo é possível observar na imagem abaixo:
No entanto, em seu currículo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPQ), estava descrito apenas o título de Doutor e Livre-Docente, sem menção ao polêmico pós doutorado. Procurada pelo site, a assessoria de Alexandre de Moraes informou que ele não possui o título de Pós-Doutor e a informação no Lattes trata-se de “um erro de preenchimento da sua Secretaria e que já foi corrigido”.
“Minha titulação é muito transparente e consta todos os meus livros: DOUTORADO EM DIREITO EM DIREITO DO ESTADO E LIVRE DOCÊNCIA EM DIREITO CONSTITUCIONAL. Informamos ainda que na declaração para o Senado, nos termos do artigo 383, I, do Regimento constaram ESSES DOIS TÍTULOS”, alegou Moraes com letras garrafais pela sua assessoria de imprensa ao Justificando.
Necessário para o meio acadêmico, o Lattes é um documento cujo preenchimento é algo que muitas vezes incomoda quem é da área, sendo possível que existam informações incorretas, conforme explicou ao Justificando o professor da Unicamp Frederico de Almeida. Por outro lado, não é a primeira vez que Alexandre de Moraes atribui uma “falha” sua a terceiros, como ele fez neste caso com a secretaria. No mais recente caso de cópia descoberta em seus livros, detectada pelos Jornalistas Livres, ele culpou o co-autor, Gianpaolo Smanio, ex-colega no Ministério Público e atual Procurador Geral de Justiça.
As imprecisões de atribuição de títulos inexistentes ocorreram já algumas vezes com ministros de Estado e com ministros do Supremo Tribunal Federal. Ano passado, foi revelado pelo portal Jota que Carmen Lúcia em seu currículo no STF se dizia doutora em Direito pela USP, quando, na verdade, chegou apenas a fazer alguns créditos no doutorado, sem apresentação de qualquer trabalho.
Carreira meteórica
Na universidade, Moraes teve uma carreira meteórica. Formou-se em Direito em 1990 pela Universidade de São Paulo e oito anos mais tarde voltaria ao mesmo lugar para fazer um mestrado em Direito de Estado. O Mestrado foi convertido em Doutorado e, em 2000, Moraes já era Doutor. Em 2001, livre docente.
A livre docência é um concurso que atesta uma qualidade superior na docência e na pesquisa. Na USP, trata-se de pré requisito para o aprovado se candidatar à vaga de Professor Titular. Por isso, na maioria dos casos, a livre docência é algo para pessoas que já estão na academia há algum tempo e com certa bagagem. Se é raro para quem se dedica apenas à academia, para quem na época era Promotor de Justiça e dava aulas em cursinhos preparatórios, como é caso de Moraes, torna-se ainda mais improvável.
Para Esther Solano, professora da UNIFESP, “não é nada comum ver um professor de universidade que tenha conseguido doutorado e livre docência praticamente ao mesmo tempo. São estágios da formação e da carreira que supõem um tempo de intervalo entre eles”.
“Acontece muito na São Francisco [Faculdade de Direito da USP]. As pessoas entram para o mestrado, convertem para o doutorado e defendem uma tese insuficiente para uma banca amistosa. No caso dele, por também ser um promotor de justiça e professor de cursinhos, há um conjunto de fatores que levam a crer que embora ele tenha conseguido o título, a qualidade acadêmica é, no mínimo, duvidosa”, afirmou Fabio Sá e Silva, professor e pesquisador em Direito, Doutor pela Northeastern University, nos Estados Unidos.
Frederico de Almeida foi na mesma linha: “Isso é comum no Direito especialmente na Faculdade da USP. Não é apenas o caso do Moraes, e no geral incentiva o carreirismo e prejudica a formação de docentes e pesquisadores e a necessária maturação intelectual entre uma fase e outra”. Além disso, mesmo o doutorado de Moraes ser o convertido de mestrado, em geral há um prazo mínimo entre ingresso e defesa, explica o professor. “O prazo que ele cumpriu é muito curto, isso precisa ser verificado”.
Moraes já foi comparado a outros ministros do tribunal e perdeu o concurso de professor titular para Ricardo Lewandowski, em 2003. Ficou em quarto e último lugar, com nota 8,66, enquanto o vencedor obteve 9,82. Não bastasse, é de conhecimento público que na prova de livre-docência, em 2002, a examinadora Odete Medauar deu nota zero a Moraes. Ela entendeu que a tese não tinha consistência teórica, de acordo com docentes da faculdade. Entretanto, ele conseguiu reverter a nota zero via recurso.
fonte: http://www.justificando.com/2017/02/13/ ... existente/
Alexandre de Moraes, ministro do STF, ministro do Temer e advogado no governo paulista.
Carreira meteórica de Moraes na academia é repleta de críticas e tem pós-doc inexistente
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O currículo acadêmico de Alexandre de Moraes, recentemente indicado para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente Michel Temer (PMDB), tem gerado discussão e apresentado controversas.
Celebrada pelo Planalto e por aliados em razão de um best seller de Direito Constitucional, a obra acadêmica de Moraes foi colocada em xeque pelas diversas denúncias de cópia de outros autores. Como apontou o Justificando na última semana, seus escritos apresentam, além de cópias, falta de rigor técnico e pensamento raso.
Além disso, cresceu nos últimos dias a incoerência quanto a seus títulos acadêmicos. Isso porque, em seu currículo Lattes da Universidade de São Paulo (USP), até a tarde de hoje (13), constava a informação de que entre os anos de 1998 e 2000 adquiriu o título de Doutor em Direito, pela USP. Já entre 1997 e 2000 teria realizado o Pós-Doutorado, também pela USP. E em 2001, conquistou a livre-docência.
A incoerência de começar um Pós Doutorado antes do Doutorado em si foi apontada pelo Professor de Geografia da USP César Simoni. Isso tudo é possível observar na imagem abaixo:
No entanto, em seu currículo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPQ), estava descrito apenas o título de Doutor e Livre-Docente, sem menção ao polêmico pós doutorado. Procurada pelo site, a assessoria de Alexandre de Moraes informou que ele não possui o título de Pós-Doutor e a informação no Lattes trata-se de “um erro de preenchimento da sua Secretaria e que já foi corrigido”.
“Minha titulação é muito transparente e consta todos os meus livros: DOUTORADO EM DIREITO EM DIREITO DO ESTADO E LIVRE DOCÊNCIA EM DIREITO CONSTITUCIONAL. Informamos ainda que na declaração para o Senado, nos termos do artigo 383, I, do Regimento constaram ESSES DOIS TÍTULOS”, alegou Moraes com letras garrafais pela sua assessoria de imprensa ao Justificando.
Necessário para o meio acadêmico, o Lattes é um documento cujo preenchimento é algo que muitas vezes incomoda quem é da área, sendo possível que existam informações incorretas, conforme explicou ao Justificando o professor da Unicamp Frederico de Almeida. Por outro lado, não é a primeira vez que Alexandre de Moraes atribui uma “falha” sua a terceiros, como ele fez neste caso com a secretaria. No mais recente caso de cópia descoberta em seus livros, detectada pelos Jornalistas Livres, ele culpou o co-autor, Gianpaolo Smanio, ex-colega no Ministério Público e atual Procurador Geral de Justiça.
As imprecisões de atribuição de títulos inexistentes ocorreram já algumas vezes com ministros de Estado e com ministros do Supremo Tribunal Federal. Ano passado, foi revelado pelo portal Jota que Carmen Lúcia em seu currículo no STF se dizia doutora em Direito pela USP, quando, na verdade, chegou apenas a fazer alguns créditos no doutorado, sem apresentação de qualquer trabalho.
Carreira meteórica
Na universidade, Moraes teve uma carreira meteórica. Formou-se em Direito em 1990 pela Universidade de São Paulo e oito anos mais tarde voltaria ao mesmo lugar para fazer um mestrado em Direito de Estado. O Mestrado foi convertido em Doutorado e, em 2000, Moraes já era Doutor. Em 2001, livre docente.
A livre docência é um concurso que atesta uma qualidade superior na docência e na pesquisa. Na USP, trata-se de pré requisito para o aprovado se candidatar à vaga de Professor Titular. Por isso, na maioria dos casos, a livre docência é algo para pessoas que já estão na academia há algum tempo e com certa bagagem. Se é raro para quem se dedica apenas à academia, para quem na época era Promotor de Justiça e dava aulas em cursinhos preparatórios, como é caso de Moraes, torna-se ainda mais improvável.
Para Esther Solano, professora da UNIFESP, “não é nada comum ver um professor de universidade que tenha conseguido doutorado e livre docência praticamente ao mesmo tempo. São estágios da formação e da carreira que supõem um tempo de intervalo entre eles”.
“Acontece muito na São Francisco [Faculdade de Direito da USP]. As pessoas entram para o mestrado, convertem para o doutorado e defendem uma tese insuficiente para uma banca amistosa. No caso dele, por também ser um promotor de justiça e professor de cursinhos, há um conjunto de fatores que levam a crer que embora ele tenha conseguido o título, a qualidade acadêmica é, no mínimo, duvidosa”, afirmou Fabio Sá e Silva, professor e pesquisador em Direito, Doutor pela Northeastern University, nos Estados Unidos.
Frederico de Almeida foi na mesma linha: “Isso é comum no Direito especialmente na Faculdade da USP. Não é apenas o caso do Moraes, e no geral incentiva o carreirismo e prejudica a formação de docentes e pesquisadores e a necessária maturação intelectual entre uma fase e outra”. Além disso, mesmo o doutorado de Moraes ser o convertido de mestrado, em geral há um prazo mínimo entre ingresso e defesa, explica o professor. “O prazo que ele cumpriu é muito curto, isso precisa ser verificado”.
Moraes já foi comparado a outros ministros do tribunal e perdeu o concurso de professor titular para Ricardo Lewandowski, em 2003. Ficou em quarto e último lugar, com nota 8,66, enquanto o vencedor obteve 9,82. Não bastasse, é de conhecimento público que na prova de livre-docência, em 2002, a examinadora Odete Medauar deu nota zero a Moraes. Ela entendeu que a tese não tinha consistência teórica, de acordo com docentes da faculdade. Entretanto, ele conseguiu reverter a nota zero via recurso.
fonte: http://www.justificando.com/2017/02/13/ ... existente/
Re: Autoridades que mentem: Mentir no Lattes é normal???
Wilson Witzel governador do Rio e Juiz
A dissertação de mestrado defendida pelo então juiz federal Wilson Witzel, hoje governador do Rio de Janeiro pelo PSC, tem ao menos 63 parágrafos copiados de trabalhos publicados por outros seis autores, incluindo um artigo inteiro e a íntegra de um capítulo de outro texto.
O trabalho Medida Cautelar Fiscal foi apresentado à Universidade Federal do Espírito Santo ao fim de um mestrado em Direito Processual Civil, em maio de 2010. A dissertação pode ser lida na íntegra aqui.
Witzel trata do instrumento criado em 1992 para auxiliar a cobrança de dívida fiscal por vias judiciais. Segundo ele, a medida cautelar fiscal pode evitar "grandes fraudes e artifícios maliciosos de contribuintes que agem de má-fé e em desacordo com as leis tributárias".
Witzel também faz um apanhado histórico do papel do magistrado e defende que "o juiz pós-Estado Liberal não pode mais ficar como mero expectador no processo de execução, cabendo-lhe a missão de buscar todos os meios e técnicas necessários para a entrega da prestação jurisdicional que se pretende".
Em sua dissertação, 21 das 139 páginas são pré-textuais, como dedicatória e índice, e pós-textuais, como referências bibliográficas.
Considerando as 118 páginas do miolo do trabalho, ao menos 19 páginas têm trechos copiados de outros autores (16% desse total).
Dos 6 autores com passagens semelhantes encontradas, 5 não constam na bibliografia da dissertação. O autor exceção aparece, no entanto, citado por um outro trabalho.
Um deles, o advogado Juliano Ryzewski, vê um possível problema ético no caso. "Por ser uma pessoa pública, deveria tomar maior cuidado com isso. Ele está autointitulando autor de um texto que ele não escreveu, mas copiou. É complicado", afirmou à BBC News Brasil.
A BBC News Brasil procurou o governador Witzel, por meio de sua assessoria de imprensa, e elencou os trechos identificados como cópias de outros trabalhos e solicitou uma entrevista.
Em nota enviado nesta sexta-feira (13), a assessoria respondeu que "os trechos citados exemplificam a dissertação de mestrado apresentada pelo governador Wilson Witzel em 2010, que foi aprovada pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)".
E completou: "Como toda obra acadêmica, a tese de Witzel se utiliza de citações de diferentes autores e fontes que compõem a abordagem teórica sobre o tema."
No dia seguinte, em publicação no Twitter, Witzel escreveu: "A respeito das reportagens sobre minha dissertação de mestrado, esclareço que o trabalho foi aprovado por uma banca de renomados professores da UFES, que avaliaram a análise feita sobre a proposta acadêmica dos estudiosos. Críticas são sempre bem-vindas para o aperfeiçoamento de um tema tão importante, como a medida cautelar fiscal".
Citações sem crédito
A dissertação do atual governador do Rio tem 12 parágrafos idênticos ao artigo de Ryzewski, publicado em 2009, um ano antes do trabalho de Witzel.
A pedido da BBC News Brasil, dois professores universitários analisaram as semelhanças identificadas e afirmaram que os trechos configuram plágio.
"Não há dúvida sobre o fato de o texto da dissertação não ser apropriado para a obtenção do título", afirmou um professor da Universidade de São Paulo (USP) especialista no assunto, sob condição de anonimato por temer represálias. "A dissertação analisada efetivamente desrespeita o direito de paternidade das obras copiadas, pois seus autores originais não são identificados e sequer constam da bibliografia", completa ele.
Segundo cartilha produzida pela Universidade Federal Fluminense, o plágio acadêmico ocorre "quando um aluno retira, seja de livros ou da internet, ideias, conceitos ou frases de outro autor (que as formulou e as publicou), sem lhe dar o devido crédito, sem citá-lo como fonte de pesquisa".
Em parte dos plágios identificados no âmbito acadêmico, os alunos fazem pequenas modificações nos trechos copiados a fim de evitar flagrantes, a exemplo do uso de sinônimos e de uma redação diferente da primeira frase do parágrafo. Ou seja, dizer a mesma coisa apenas alterando algumas palavras.
A Universidade Federal do Espírito Santo afirmou em nota que investigará o caso apontado pela BBC News Brasil. "A coordenação do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal do Espírito Santo informa que, diante das informações encaminhadas, vai adotar as medidas cabíveis para a apuração da denúncia."
Um dos subcapítulos do texto de Witzel copia, com alterações sutis, todos os 20 parágrafos e todas as 9 citações do artigo Fraude de Execução, escrito pelo professor e desembargador aposentado José Maria Rosa Tesheiner em 2003, na revista digital Páginas de Direito. O exemplo abaixo traz as alterações sutis em relação ao texto original.
- Tesheiner: "A fraude de execução tem pontos de identidade com a fraude contra credores, regulada nos seguintes termos pelo Código Civil."
- Witzel: "A fraude de execução tem algumas semelhanças com a fraude contra credores, que está regulada nos seguintes termos pelo Código Civil vigente."
Em outra seção do texto de Witzel, há dez parágrafos consecutivos com trechos bastante semelhantes à introdução inteira do artigo A Penhora Como Pré-requisito da Execução Fiscal, de Kiyoshi Harada, advogado tributarista e membro da Academia Paulista de Letras Jurídicas, publicado em 2007.
- Harada: "Logo, se há morosidade nas execuções fiscais, a culpa não é apenas do Judiciário. Por isso, parece óbvio que transferir a execução fiscal para o âmbito da Administração não irá resolver o problema."
- Witzel: "Portanto, se há morosidade nas execuções fiscais, a culpa não é apenas do Judiciário. Por isso, parece óbvio que transferir a execução fiscal para o âmbito da Administração não irá resolver o problema, ou por certo irá agravar."
Witzel também copiou 11 parágrafos de um artigo escrito em 2005 por dois estagiários da Advocacia Geral da União no Rio Grande do Sul. Em um deles, que segue abaixo, a cópia é feita sem alterações.
- Texto original: "A competência ratione materiae (em razão da matéria) é aquela que se refere à natureza da causa, podendo ser vista sob duas vertentes."
- Witzel: "A competência ratione materiae (em razão da matéria) é aquela que se refere à natureza da causa, podendo ser vista sob duas vertentes."
Casos de plágio em universidades
Para evitar plágios, parte dos professores utiliza ferramentas que cruzam os trabalhos entregues pelos alunos com base de dados que reúnem milhares de textos acadêmicos a fim de descobrir eventuais problemas de autoria - esta reportagem, por exemplo, foi produzida com auxílio do serviço Turnitin.
Por outro lado, alguns estudantes utilizam ferramentas que sugerem, por exemplo, sinônimos e mudanças na redação nos trechos copiados a fim de driblar a fiscalização digital feita pelos professores.
Os casos de suspeita de plágio são tratados no âmbito dos direitos autorais. Para um dos especialistas ouvidos pela reportagem, como esse tipo de plágio envolve também a instituição que aprovou e publicou a obra e a comunidade acadêmica, o plágio é mais próximo da "cola" do que da "pirataria".
Há dois caminhos. No primeiro, um autor que se sinta ofendido pode procurar a Justiça comum na área cível, e o magistrado pode decidir se houve ou não plágio. Em caso positivo, a sentença pode determinar, por exemplo, alguma reparação financeira e a retirada do ar do texto com cópias.
'Doutorado em Harvard'
Este não é o primeiro questionamento à formação acadêmica de Witzel.
Em maio deste ano, o jornal O Globo revelou que o governador colocou em seu currículo um doutorado em andamento em Ciência Política na UFF com intercâmbio na Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Mas ele não cursou a instituição americana nem se candidatou ao processo de seleção para uma vaga lá.
Em maio, jornal revelou que Witzel não estudou em Harvard, como dissera em seu currículo
À época, Witzel disse não haver erro em seu currículo, porque havia previsto a possibilidade de "aprofundar os estudos em Harvard", mas a ideia acabou suspensa em razão da campanha eleitoral em 2018. Depois, ele retirou de seu currículo público a menção a Harvard.
Witzel passou pelo exame de qualificação do doutorado na UFF em 15 de agosto, onde foi alvo de protestos contra a política de segurança pública de seu governo. Houve confusão entre manifestantes e policiais militares e ele deixou o lugar escoltado.
No primeiro semestre deste ano, houve uma queda de 23% nos homicídios e aumento de 15% nas mortes em ações policiais no Rio em relação ao mesmo período de 2018.
Duas semanas depois, ele defendeu a tese A Dimensão Política da Jurisdição Após 1988: a Fundamentação das Decisões Judiciais Como um dos Critérios de Identificação e Controle do Ativismo Judicial por meio de videoconferência.
Witzel tem até 90 dias para entregar a versão final do trabalho, que deve incorporar observações feitas pela banca examinadora.
fonte: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-49683640
A dissertação de mestrado defendida pelo então juiz federal Wilson Witzel, hoje governador do Rio de Janeiro pelo PSC, tem ao menos 63 parágrafos copiados de trabalhos publicados por outros seis autores, incluindo um artigo inteiro e a íntegra de um capítulo de outro texto.
O trabalho Medida Cautelar Fiscal foi apresentado à Universidade Federal do Espírito Santo ao fim de um mestrado em Direito Processual Civil, em maio de 2010. A dissertação pode ser lida na íntegra aqui.
Witzel trata do instrumento criado em 1992 para auxiliar a cobrança de dívida fiscal por vias judiciais. Segundo ele, a medida cautelar fiscal pode evitar "grandes fraudes e artifícios maliciosos de contribuintes que agem de má-fé e em desacordo com as leis tributárias".
Witzel também faz um apanhado histórico do papel do magistrado e defende que "o juiz pós-Estado Liberal não pode mais ficar como mero expectador no processo de execução, cabendo-lhe a missão de buscar todos os meios e técnicas necessários para a entrega da prestação jurisdicional que se pretende".
Em sua dissertação, 21 das 139 páginas são pré-textuais, como dedicatória e índice, e pós-textuais, como referências bibliográficas.
Considerando as 118 páginas do miolo do trabalho, ao menos 19 páginas têm trechos copiados de outros autores (16% desse total).
Dos 6 autores com passagens semelhantes encontradas, 5 não constam na bibliografia da dissertação. O autor exceção aparece, no entanto, citado por um outro trabalho.
Um deles, o advogado Juliano Ryzewski, vê um possível problema ético no caso. "Por ser uma pessoa pública, deveria tomar maior cuidado com isso. Ele está autointitulando autor de um texto que ele não escreveu, mas copiou. É complicado", afirmou à BBC News Brasil.
A BBC News Brasil procurou o governador Witzel, por meio de sua assessoria de imprensa, e elencou os trechos identificados como cópias de outros trabalhos e solicitou uma entrevista.
Em nota enviado nesta sexta-feira (13), a assessoria respondeu que "os trechos citados exemplificam a dissertação de mestrado apresentada pelo governador Wilson Witzel em 2010, que foi aprovada pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)".
E completou: "Como toda obra acadêmica, a tese de Witzel se utiliza de citações de diferentes autores e fontes que compõem a abordagem teórica sobre o tema."
No dia seguinte, em publicação no Twitter, Witzel escreveu: "A respeito das reportagens sobre minha dissertação de mestrado, esclareço que o trabalho foi aprovado por uma banca de renomados professores da UFES, que avaliaram a análise feita sobre a proposta acadêmica dos estudiosos. Críticas são sempre bem-vindas para o aperfeiçoamento de um tema tão importante, como a medida cautelar fiscal".
Citações sem crédito
A dissertação do atual governador do Rio tem 12 parágrafos idênticos ao artigo de Ryzewski, publicado em 2009, um ano antes do trabalho de Witzel.
A pedido da BBC News Brasil, dois professores universitários analisaram as semelhanças identificadas e afirmaram que os trechos configuram plágio.
"Não há dúvida sobre o fato de o texto da dissertação não ser apropriado para a obtenção do título", afirmou um professor da Universidade de São Paulo (USP) especialista no assunto, sob condição de anonimato por temer represálias. "A dissertação analisada efetivamente desrespeita o direito de paternidade das obras copiadas, pois seus autores originais não são identificados e sequer constam da bibliografia", completa ele.
Segundo cartilha produzida pela Universidade Federal Fluminense, o plágio acadêmico ocorre "quando um aluno retira, seja de livros ou da internet, ideias, conceitos ou frases de outro autor (que as formulou e as publicou), sem lhe dar o devido crédito, sem citá-lo como fonte de pesquisa".
Em parte dos plágios identificados no âmbito acadêmico, os alunos fazem pequenas modificações nos trechos copiados a fim de evitar flagrantes, a exemplo do uso de sinônimos e de uma redação diferente da primeira frase do parágrafo. Ou seja, dizer a mesma coisa apenas alterando algumas palavras.
A Universidade Federal do Espírito Santo afirmou em nota que investigará o caso apontado pela BBC News Brasil. "A coordenação do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal do Espírito Santo informa que, diante das informações encaminhadas, vai adotar as medidas cabíveis para a apuração da denúncia."
Um dos subcapítulos do texto de Witzel copia, com alterações sutis, todos os 20 parágrafos e todas as 9 citações do artigo Fraude de Execução, escrito pelo professor e desembargador aposentado José Maria Rosa Tesheiner em 2003, na revista digital Páginas de Direito. O exemplo abaixo traz as alterações sutis em relação ao texto original.
- Tesheiner: "A fraude de execução tem pontos de identidade com a fraude contra credores, regulada nos seguintes termos pelo Código Civil."
- Witzel: "A fraude de execução tem algumas semelhanças com a fraude contra credores, que está regulada nos seguintes termos pelo Código Civil vigente."
Em outra seção do texto de Witzel, há dez parágrafos consecutivos com trechos bastante semelhantes à introdução inteira do artigo A Penhora Como Pré-requisito da Execução Fiscal, de Kiyoshi Harada, advogado tributarista e membro da Academia Paulista de Letras Jurídicas, publicado em 2007.
- Harada: "Logo, se há morosidade nas execuções fiscais, a culpa não é apenas do Judiciário. Por isso, parece óbvio que transferir a execução fiscal para o âmbito da Administração não irá resolver o problema."
- Witzel: "Portanto, se há morosidade nas execuções fiscais, a culpa não é apenas do Judiciário. Por isso, parece óbvio que transferir a execução fiscal para o âmbito da Administração não irá resolver o problema, ou por certo irá agravar."
Witzel também copiou 11 parágrafos de um artigo escrito em 2005 por dois estagiários da Advocacia Geral da União no Rio Grande do Sul. Em um deles, que segue abaixo, a cópia é feita sem alterações.
- Texto original: "A competência ratione materiae (em razão da matéria) é aquela que se refere à natureza da causa, podendo ser vista sob duas vertentes."
- Witzel: "A competência ratione materiae (em razão da matéria) é aquela que se refere à natureza da causa, podendo ser vista sob duas vertentes."
Casos de plágio em universidades
Para evitar plágios, parte dos professores utiliza ferramentas que cruzam os trabalhos entregues pelos alunos com base de dados que reúnem milhares de textos acadêmicos a fim de descobrir eventuais problemas de autoria - esta reportagem, por exemplo, foi produzida com auxílio do serviço Turnitin.
Por outro lado, alguns estudantes utilizam ferramentas que sugerem, por exemplo, sinônimos e mudanças na redação nos trechos copiados a fim de driblar a fiscalização digital feita pelos professores.
Os casos de suspeita de plágio são tratados no âmbito dos direitos autorais. Para um dos especialistas ouvidos pela reportagem, como esse tipo de plágio envolve também a instituição que aprovou e publicou a obra e a comunidade acadêmica, o plágio é mais próximo da "cola" do que da "pirataria".
Há dois caminhos. No primeiro, um autor que se sinta ofendido pode procurar a Justiça comum na área cível, e o magistrado pode decidir se houve ou não plágio. Em caso positivo, a sentença pode determinar, por exemplo, alguma reparação financeira e a retirada do ar do texto com cópias.
'Doutorado em Harvard'
Este não é o primeiro questionamento à formação acadêmica de Witzel.
Em maio deste ano, o jornal O Globo revelou que o governador colocou em seu currículo um doutorado em andamento em Ciência Política na UFF com intercâmbio na Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Mas ele não cursou a instituição americana nem se candidatou ao processo de seleção para uma vaga lá.
Em maio, jornal revelou que Witzel não estudou em Harvard, como dissera em seu currículo
À época, Witzel disse não haver erro em seu currículo, porque havia previsto a possibilidade de "aprofundar os estudos em Harvard", mas a ideia acabou suspensa em razão da campanha eleitoral em 2018. Depois, ele retirou de seu currículo público a menção a Harvard.
Witzel passou pelo exame de qualificação do doutorado na UFF em 15 de agosto, onde foi alvo de protestos contra a política de segurança pública de seu governo. Houve confusão entre manifestantes e policiais militares e ele deixou o lugar escoltado.
No primeiro semestre deste ano, houve uma queda de 23% nos homicídios e aumento de 15% nas mortes em ações policiais no Rio em relação ao mesmo período de 2018.
Duas semanas depois, ele defendeu a tese A Dimensão Política da Jurisdição Após 1988: a Fundamentação das Decisões Judiciais Como um dos Critérios de Identificação e Controle do Ativismo Judicial por meio de videoconferência.
Witzel tem até 90 dias para entregar a versão final do trabalho, que deve incorporar observações feitas pela banca examinadora.
fonte: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-49683640
Re: Autoridades que mentem: Mentir no Lattes é normal???
O método Bel Pesche parece ser bem comum no meio academico e entre os poderosos do Brasil...
Re: Autoridades que mentem: Mentir no Lattes é normal???
Talvez esteja ficando mais comum do que se pensava.
Normal jamais vai ser. Provavelmente sao sempre pessoas que estao fora da academia, mesmo tendo passado por la. Se fizer isso no ambito academico, vai ficar completamente desmoralizado e provavelmente vai ser submetido a um processo qualquer. Mentir sobre titulaćao eh muito grave, porque significa forjar capacitaçao e receber retribuiçao incorreta. Se bobear, da em processo bem pesado.
Normal jamais vai ser. Provavelmente sao sempre pessoas que estao fora da academia, mesmo tendo passado por la. Se fizer isso no ambito academico, vai ficar completamente desmoralizado e provavelmente vai ser submetido a um processo qualquer. Mentir sobre titulaćao eh muito grave, porque significa forjar capacitaçao e receber retribuiçao incorreta. Se bobear, da em processo bem pesado.
Um homem é rico na proporção do número de coisas de que ele é capaz de abrir mão - Henry David Thoreau
Rust never sleeps (Neil Young)
Dar golpe em democracia pra atingir um suposto inimigo é o mesmo que chutar com toda força a própria bunda - Baden
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Re: Autoridades que mentem: Mentir no Lattes é normal???
Sobre plágio é comum, normalmente são 3 abas abertas no navegador dessa galera que são: Google scholar ou similares, sci-hub e dicionário de sinônimos. Em alguns ainda existe a quarta aba que é a do tradutor.
Oremos por Bolsonaro
Salmos 109:8
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- Fabricio Melgado
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Re: Autoridades que mentem: Mentir no Lattes é normal???
Há um colega no meu trabalho com mitomania. Ele mente que tem mestrado e doutorado e só tem uma especialização EAD. Inclusive ele já palestrou na PUC com a formação de doutor dele.
Uma vez ele veio cagar uma regrinha e dizer que eu tava errado e que ele havia estudado tal aspecto na dissertação dele. Pedi para ele me trazer o trabalho e nada pedi o link e nada...
Foda é que as pessoas que não sabem defendem o cara como se ele fosse uma vítima da sociedade. Já quem sabe não quer nem ver ele perto. É foda, pois ele mente para tudo e tem que ficar se cuidando com ele todo o tempo.
Uma vez ele veio cagar uma regrinha e dizer que eu tava errado e que ele havia estudado tal aspecto na dissertação dele. Pedi para ele me trazer o trabalho e nada pedi o link e nada...
Foda é que as pessoas que não sabem defendem o cara como se ele fosse uma vítima da sociedade. Já quem sabe não quer nem ver ele perto. É foda, pois ele mente para tudo e tem que ficar se cuidando com ele todo o tempo.
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Re: Autoridades que mentem: Mentir no Lattes é normal???
Um dia ele foi entregar um documento que "ele elaborou" e mais da metade era cópia ( nem se deu ao trabalho de mudar os termos) de um parecer.
Re: Autoridades que mentem: Mentir no Lattes é normal???
Eu diria que mentir em qualquer currículo, no Brasil, é comum. As pessoas dificilmente vão atrás da verdade, então a galera fica mais à vontade para mentir.
Eu já menti em entrevistas, já menti em currículo. Daí conheci uma história de uma moça que perdeu um estágio na Petrobrás (que Deus a tenha) porque mentiu sobre um trabalho voluntário, algo totalmente desnecessário porque a vaga era dela. Daí baixei minha bola e passei a falar a verdade. E... Por sorte, vi que valeu a pena pois nos meus dois últimos empregos meus empregadores ligaram para os anteriores e me deram boas referências. Se eu mentisse eu tava fodido.
Eu já menti em entrevistas, já menti em currículo. Daí conheci uma história de uma moça que perdeu um estágio na Petrobrás (que Deus a tenha) porque mentiu sobre um trabalho voluntário, algo totalmente desnecessário porque a vaga era dela. Daí baixei minha bola e passei a falar a verdade. E... Por sorte, vi que valeu a pena pois nos meus dois últimos empregos meus empregadores ligaram para os anteriores e me deram boas referências. Se eu mentisse eu tava fodido.
Synthwave & Retrowave ♫
Deutsche als Fremdsprache €
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Re: Autoridades que mentem: Mentir no Lattes é normal???
O ministro foi terrivel pq alem de tudo ele dava aula FGV era considerado referencia. Ai eu me pergunto se a FGV nao pesquisou ou investigou o curriculo do cars, ele nao teve q entregar o diploma???
Re: Autoridades que mentem: Mentir no Lattes é normal???
O lattes deveria obrigar a carregar a dissertação ou tese no sistema e que este tivesse aqueles softwares de caça plágio
valendo pra todo título pós 2000
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Que Dels perdoe essas pessoas ruins, porque o Bjjforum não perdoa.
Re: Autoridades que mentem: Mentir no Lattes é normal???
AIN FGEVÊ MÉLIOR UNIVERCIDADE
tá aí
cambalacho pior que pública. Estas têm o controle estrito
pelos desafetos
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- Kabeça Grande BJJ
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Re: Autoridades que mentem: Mentir no Lattes é normal???
Tenho só uma graduação. Me sinto até bem em ser burro.
"Faz teu corre não e depende desses ladrões aí, pra ver" - Xira4e21
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Re: Autoridades que mentem: Mentir no Lattes é normal???
Pra mim isso é estelionato
Re: Autoridades que mentem: Mentir no Lattes é normal???
O diretor latam lá da empresa é professor da FGV. Não tem mestrado ou doutorado. Deve ter alguns MBA ou nem isso. Só que o cara é um executivo top há décadas e rodou por várias multinacionais de altíssimo nível. O grande diferencial da FGV sempre foi o seu corpo técnico.
O pai de um amigo meu foi presidente da CHESF e flertou com a FGV também. Nem sei se chegou a lecionar lá. Hoje o cara ajuda o meu amigo a tocar a empresa dele, que é na área de sistemas. E eu preferiria muito mais ter aulas com essa galera do que com o pós doutor de qualquer federal, mas respeito quem pensa o contrário.
O pai de um amigo meu foi presidente da CHESF e flertou com a FGV também. Nem sei se chegou a lecionar lá. Hoje o cara ajuda o meu amigo a tocar a empresa dele, que é na área de sistemas. E eu preferiria muito mais ter aulas com essa galera do que com o pós doutor de qualquer federal, mas respeito quem pensa o contrário.
"Ser famoso na Internet vale tanto quanto ser rico no Banco Imobiliário." by NoFun
"Você fala uma mentira na TV e 100 milhões de pessoas te assistem. Depois, três artigos te desmentem e cinco mil pessoas lêem." by César Benjamin
"Você fala uma mentira na TV e 100 milhões de pessoas te assistem. Depois, três artigos te desmentem e cinco mil pessoas lêem." by César Benjamin
Re: Autoridades que mentem: Mentir no Lattes é normal???
Na medicina é super comum também , não vou postar o currículo do mestrão Lair porque não quero sobrecarregar o servidor do bjjf.
15-40 anos: vc treina p ganhar atenção e aceitação dos outros
Depois: vc treina p manter os músculos e sanidade que ainda não o deixaram
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