O rapper Akon anunciou, este mês, o início da construção do projeto de uma “Wakanda” particular em Senegal.
A ideia é fundar uma cidade ecologicamente correta e tecnológica, batizada de Akon City. A localização escolhida pelo artista foi o sul do país, a cerca de duas horas da capital Dakar. A conclusão da cidade está prevista para daqui a 10 anos.
De acordo com o site do The Architect’s Newspaper, o americano de origem senegalesa desembolsou US$ 6 bilhões de dólares apenas de investimento inicial. Na cotação atual, o valor é o equivalente a R$ 31,5 bilhões.
Em agosto, ele contou ao portal TMZ que o pontapé será um hospital com mais de 5 mil leitos. “Teve toda uma discussão sobre por onde começar a construir. O que eu quero é que a cidade seja algo que todo o país possa usufruir”, explicou. “Vai ser um dos maiores hospitais da África ocidental”.
Na entrevista, Akon explicou que a cidade será construída ao redor do hospital. A primeira fase também inclui delegacias, aeroporto e corpo de bombeiros, além de condomínios residenciais e fontes de suprimentos. Por fim, o cantor falou que a ideia do projeto é ser “franqueada”, ou seja, servir de exemplo para outros cidades do continente africano.
Tecnologia de ponta
Segundo o The Architect’s Newspaper, o artista quer implementar uma moeda específica para a cidade, sob os moldes da moeda eletrônica Bitcoin. O dinheiro deve receber o nome de Akoin, em combinação com a nomenclatura da cidade e de seu fundador.
Informações do portal Business Insider garantem que o rapper e empresário pretende aderir a materiais de construção tradicionais e recém-desenvolvidos para a estrutura da cidade, com componentes de vidro e aço mais leves e mais eficientes.
A modernidade também será implementada na energia dos prédios, que deve ser gerida pelo Akon Lighting Africa, projeto de energia solar do cantor. A iniciativa busca instalar lâmpadas alimentadas por luz solar em todo continente africano.
Inspiração
Sobre as comparações com Wakanda, cidade do herói Pantera Negra, Akon confessou que, apesar de ter começado seu projeto antes do lançamento do longa, se aproveitou das comparações de certa forma. O filme foi lançado em fevereiro de 2018.
“É muito legal, especialmente considerando o que o filme fez pela África no sentido de publicidade. Antes era sobre florestas, países com doenças e pobreza, essa era a visão que as pessoas tinham da África, mas o filme criou uma ideia do que ela pode ser, o que pode vir no futuro. E é muito irônico porque eu já estava trabalhando nisso antes de o filme sair, mas posso dizer que me ajudou muito ao tentar explicar para as pessoas o que eu estava tentando fazer”, completou, ao TMZ.
Fonte: https://www.metropoles.com/vida-e-estil ... no-senegal
