MÃE REPRIME LIBERDADE DE EXPRESSÃO DE SUA FILHA - RENTISTA OUT
Enviado: 15 Jul 2021 16:00
Após excluir as contas da filha nas redes sociais, texto de médica debatendo o assunto viraliza
Nina Rios, de 14 anos, já acumulava quase 2 milhões de seguidores e isso começou a preocupar sua mãe, Fernanda Rocha Kanner
Há três dias, Fernanda Rocha Kanner, médica paulistana, compartilhou em seu Instagram um longo texto onde justificava a ausência da filha, Nina Rios, de 14 anos, da rede social e também do TikTok; a adolescente já era considerada uma influencer com seus quase 2 milhões de seguidores e tinha fãs clubes. Desde então, o conteúdo de Fernanda ganhou força pela internet entre pais e adultos, mas também muita "revolta" entre crianças/adolescentes.
"Turminha teen, eu vou escrever aqui porque recebi muitos directs de seguidores da Nina querendo saber o que aconteceu por ela ter sumido. Decidi apagar a conta do Tiktok e do Instagram dela. Chata, eu sei, mas nossa função como mãe não é ser amiguinha de vocês e isso vocês só vão entender em retrospectiva. Papo de tia. O carinho que vocês têm por ela é a coisa mais fofa mas eu não acho saudável nem para um adulto e muito menos para uma adolescente basear referências de autoconhecimento em feedback virtual.", publicou.
E continua: "Isso é ilusão e ilusão mete uma neblina danada na estrada do se encontrar. Entre suas mídias eram quase 2 milhões de seguidores, dezenas de fã clubes, tudo muito doce mas também prejudicial para qualquer adolescente em processo de descoberta e busca pela individualidade. Eu não quero que ela cresça acreditando que é esse personagem. Não quero ela divulgando roupas inflamáveis de poliéster made in China. Não quero minha filha brilhante se prestando a dancinhas diárias como um babuíno treinado. Acho divertido... E mega insuficiente.Triste geração em que isso justifica fama."
Como mãe, Fernanda começou a ficar muito preocupada com os possíveis danos ao psicológico da filha com o passar do tempo. "Li outro dia que a gente tem que voltar a ter vergonha de ser burro e é bem por aí. Saudade de quando precisava ter talento em alguma coisa para se destacar. Nascemos com vários dons que nos fazem únicos mas quando a gente copy paste a manada eles se diluem no processo e a gente cresce sendo só mais um na multidão. Não quero que ela se emocione com biscoitos (assim que fala?) e elogios. Nem que se abale com críticas de quem não conhece.", diz.
"Opiniões são só reflexos de quem está oferecendo e não de quem recebe. Você me acha linda porque você é linda ou está feliz. Você me acha feia porque você é feia ou teve um dia ruim. Eu não tenho nada a ver com isso. A fã número um dela sou eu e ela continuará dando as caras por aqui, se quiser. Quando ela tiver conteúdo interessante para dividir ela pode voltar a ter conta. Conforme os planos, ela vai pra Suíça junto com big bro no segundo semestre continuar os estudos por lá. Pular de para-quedas, estudar biologia na floresta, salvar umas vacas nos Alpes. A vida só presta quando se é feliz offline primeiro. Beijo da tia Fê", finaliza.
Nina Rios, de 14 anos, já acumulava quase 2 milhões de seguidores e isso começou a preocupar sua mãe, Fernanda Rocha Kanner
Há três dias, Fernanda Rocha Kanner, médica paulistana, compartilhou em seu Instagram um longo texto onde justificava a ausência da filha, Nina Rios, de 14 anos, da rede social e também do TikTok; a adolescente já era considerada uma influencer com seus quase 2 milhões de seguidores e tinha fãs clubes. Desde então, o conteúdo de Fernanda ganhou força pela internet entre pais e adultos, mas também muita "revolta" entre crianças/adolescentes.
"Turminha teen, eu vou escrever aqui porque recebi muitos directs de seguidores da Nina querendo saber o que aconteceu por ela ter sumido. Decidi apagar a conta do Tiktok e do Instagram dela. Chata, eu sei, mas nossa função como mãe não é ser amiguinha de vocês e isso vocês só vão entender em retrospectiva. Papo de tia. O carinho que vocês têm por ela é a coisa mais fofa mas eu não acho saudável nem para um adulto e muito menos para uma adolescente basear referências de autoconhecimento em feedback virtual.", publicou.
E continua: "Isso é ilusão e ilusão mete uma neblina danada na estrada do se encontrar. Entre suas mídias eram quase 2 milhões de seguidores, dezenas de fã clubes, tudo muito doce mas também prejudicial para qualquer adolescente em processo de descoberta e busca pela individualidade. Eu não quero que ela cresça acreditando que é esse personagem. Não quero ela divulgando roupas inflamáveis de poliéster made in China. Não quero minha filha brilhante se prestando a dancinhas diárias como um babuíno treinado. Acho divertido... E mega insuficiente.Triste geração em que isso justifica fama."
Como mãe, Fernanda começou a ficar muito preocupada com os possíveis danos ao psicológico da filha com o passar do tempo. "Li outro dia que a gente tem que voltar a ter vergonha de ser burro e é bem por aí. Saudade de quando precisava ter talento em alguma coisa para se destacar. Nascemos com vários dons que nos fazem únicos mas quando a gente copy paste a manada eles se diluem no processo e a gente cresce sendo só mais um na multidão. Não quero que ela se emocione com biscoitos (assim que fala?) e elogios. Nem que se abale com críticas de quem não conhece.", diz.
"Opiniões são só reflexos de quem está oferecendo e não de quem recebe. Você me acha linda porque você é linda ou está feliz. Você me acha feia porque você é feia ou teve um dia ruim. Eu não tenho nada a ver com isso. A fã número um dela sou eu e ela continuará dando as caras por aqui, se quiser. Quando ela tiver conteúdo interessante para dividir ela pode voltar a ter conta. Conforme os planos, ela vai pra Suíça junto com big bro no segundo semestre continuar os estudos por lá. Pular de para-quedas, estudar biologia na floresta, salvar umas vacas nos Alpes. A vida só presta quando se é feliz offline primeiro. Beijo da tia Fê", finaliza.