O plano cobre [artigo polêmico news]
O plano cobre [artigo polêmico news]
Todo pobre tem problema de pressão. Seja real ou imaginário. É uma coisa impressionante. E todos têm fascinação por aferir [verificar] a pressão constantemente. Pobre desmaia em velório, tem queda ou pico de pressão. Em churrascos, não. Atualmente, com as facilidades que os planos de saúde oferecem, fazer exames tornou-se um programa sofisticado. Hemograma completo, chapa do pulmão, ressonância magnética, ultra de bexiga cheia. Acontece que o pobre - normalmente - alega que se não tomar café da manhã tem queda de pressão.
Como o hemograma completo exige jejum de 8 ou 12 horas, o pobre, sempre bem arrumado, chega bem cedo no laboratório, pega sua senha, já suando de emoção [uma mistura de medo e prazer, como se estivesse entrando pela primeira vez em um avião] e fica obcecado pelo lanchinho que o laboratório oferece gratuitamente depois da coleta. Deve ser o ambiente. Piso brilhante de porcelanato, ar condicionado, TV ligada na Globo, pessoas uniformizadas. O pobre provavelmente se sente em um cenário de novela.
Normalmente, se arruma para ir a consultas médicas e aos laboratórios. É comum ver crianças e bebês com laçarotes enormes na cabeça e tênis da GAP sentados no colo de suas mães de cabelos lisos [porque atualmente, no Brasil, não existem mais pessoas de cabelos cacheados] e barriga marcada na camiseta agarrada.
O pobre quer ter uma doença. Problema na tireoide, por exemplo, está na moda. É quase chique. Outro dia assisti a um programa da Globo, chamado Bem-Estar. Interessantíssimo. Parece um programa infantil. A apresentadora cola coisas em um painel, separando o que faz bem e o que faz mal dependendo do caso que esteja sendo discutido. O caso normalmente é a dúvida de algum pobre. Coisas do tipo "tenho cisto no ovário e quero saber se posso engravidar". Porque a grande preocupação do pobre é procriar. O programa é educativo, chega a ser divertido.
Voltando ao exame de sangue, vale lembrar que todo pobre fica tonto depois de tirar o sangue. Evita trabalhar naquele dia. Faz drama, fica de cama.
Eu acho que o sonho de muitos pobres é ter nódulos. O avanço da medicina - que me amedronta a cada dia porque eu não quero viver 120 anos - conquistou o coração dos financeiramente prejudicados. É uma espécie de glamourização da doença. Faz o exame, espera o resultado, reza para que o nódulo não seja cancerígeno. Conta para a família inteira, mostra a cicatriz da cirurgia.
Acho que não conheço nenhuma empregada doméstica que esteja sempre com atacada da ciática [nervo ciático inflamado]. Ah! Eles também têm colesterol [colesterol alto] e alegam "estar com o sistema nervoso" quando o médico se atreve a dizer que o problema pode ser emocional.
O que me fascina é que o interesse deles é o diagnóstico.
O tratamento é secundário, apesar deles também apresentarem certo fascínio pelos genéricos.
Mesmo "com colesterol" continuam comendo pastel de camarão com catupiry [não existe um pobre na face da terra que não seja fascinado por camarão] e, no final de semana, todo mundo enche a cara no churrasco ao som de "deixar a vida me levar, vida leva eu" debaixo de um calor de 48 graus.
Pressão: 12 por 8
Como são felizes. Babo de inveja.
http://oglobo.globo.com/blogs/silvia-pi ... 558602.asp" onclick="window.open(this.href);return false;
prevejo esse artigo se espalhando pelo face e nego metendo pau na mulher
Como o hemograma completo exige jejum de 8 ou 12 horas, o pobre, sempre bem arrumado, chega bem cedo no laboratório, pega sua senha, já suando de emoção [uma mistura de medo e prazer, como se estivesse entrando pela primeira vez em um avião] e fica obcecado pelo lanchinho que o laboratório oferece gratuitamente depois da coleta. Deve ser o ambiente. Piso brilhante de porcelanato, ar condicionado, TV ligada na Globo, pessoas uniformizadas. O pobre provavelmente se sente em um cenário de novela.
Normalmente, se arruma para ir a consultas médicas e aos laboratórios. É comum ver crianças e bebês com laçarotes enormes na cabeça e tênis da GAP sentados no colo de suas mães de cabelos lisos [porque atualmente, no Brasil, não existem mais pessoas de cabelos cacheados] e barriga marcada na camiseta agarrada.
O pobre quer ter uma doença. Problema na tireoide, por exemplo, está na moda. É quase chique. Outro dia assisti a um programa da Globo, chamado Bem-Estar. Interessantíssimo. Parece um programa infantil. A apresentadora cola coisas em um painel, separando o que faz bem e o que faz mal dependendo do caso que esteja sendo discutido. O caso normalmente é a dúvida de algum pobre. Coisas do tipo "tenho cisto no ovário e quero saber se posso engravidar". Porque a grande preocupação do pobre é procriar. O programa é educativo, chega a ser divertido.
Voltando ao exame de sangue, vale lembrar que todo pobre fica tonto depois de tirar o sangue. Evita trabalhar naquele dia. Faz drama, fica de cama.
Eu acho que o sonho de muitos pobres é ter nódulos. O avanço da medicina - que me amedronta a cada dia porque eu não quero viver 120 anos - conquistou o coração dos financeiramente prejudicados. É uma espécie de glamourização da doença. Faz o exame, espera o resultado, reza para que o nódulo não seja cancerígeno. Conta para a família inteira, mostra a cicatriz da cirurgia.
Acho que não conheço nenhuma empregada doméstica que esteja sempre com atacada da ciática [nervo ciático inflamado]. Ah! Eles também têm colesterol [colesterol alto] e alegam "estar com o sistema nervoso" quando o médico se atreve a dizer que o problema pode ser emocional.
O que me fascina é que o interesse deles é o diagnóstico.
O tratamento é secundário, apesar deles também apresentarem certo fascínio pelos genéricos.
Mesmo "com colesterol" continuam comendo pastel de camarão com catupiry [não existe um pobre na face da terra que não seja fascinado por camarão] e, no final de semana, todo mundo enche a cara no churrasco ao som de "deixar a vida me levar, vida leva eu" debaixo de um calor de 48 graus.
Pressão: 12 por 8
Como são felizes. Babo de inveja.
http://oglobo.globo.com/blogs/silvia-pi ... 558602.asp" onclick="window.open(this.href);return false;
prevejo esse artigo se espalhando pelo face e nego metendo pau na mulher
Re: O plano cobre [artigo polêmico news]
Muito bom kkkkkkkk.......
PS: o artigo é polêmico pois estamos num país de burros.
PS: o artigo é polêmico pois estamos num país de burros.
“Tu, que descanso buscas com cuidado, no mar desta vida, tempestuoso, não esperes achar nenhum repouso, senão em Cristo Jesus crucificado “
Re: O plano cobre [artigo polêmico news]
Show de bola kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Re: O plano cobre [artigo polêmico news]
o que esse tipo de pessoa pensa já é claro nas rodas de classe média pra cima, o Brasil já foi criado pra beneficiar essa ''raça''
quando esses imigrantes de origem europeia chegaram aqui só os cacos o país abrigou e concedeu empregos nas industrias e campo de forma remunerada,enquanto os negros recem libertos ficaram de mãos vazias...e por ae vai ...conclusão favelas ,crimes,mortes violentas...pobreza.
Isso é humor de quem olha de cima, mas apesar dessa raça , os pobres, negros, pardos de origem humilde vão lutando pra viver e sendo de certa forma alegres como ela diz , convivendo com esses seres ''superiores'' , mas um dia ela pode perder esse humor ao se deparar com uma situação mais grave e ficar em choque... um dia ela , fora da redoma climatizada pode sentir na pele a verdadeira podridão da sociedade brasileira,espero que não , mas esse tipo de pessoa não tem valor nenhum pra mim
quando esses imigrantes de origem europeia chegaram aqui só os cacos o país abrigou e concedeu empregos nas industrias e campo de forma remunerada,enquanto os negros recem libertos ficaram de mãos vazias...e por ae vai ...conclusão favelas ,crimes,mortes violentas...pobreza.
Isso é humor de quem olha de cima, mas apesar dessa raça , os pobres, negros, pardos de origem humilde vão lutando pra viver e sendo de certa forma alegres como ela diz , convivendo com esses seres ''superiores'' , mas um dia ela pode perder esse humor ao se deparar com uma situação mais grave e ficar em choque... um dia ela , fora da redoma climatizada pode sentir na pele a verdadeira podridão da sociedade brasileira,espero que não , mas esse tipo de pessoa não tem valor nenhum pra mim
#BeGentle
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Re: O plano cobre [artigo polêmico news]
Pelas redes sociais, crônica sobre pobres foi alvo de centenas comentários - na maioria, negativos
"O pobre quer ter uma doença. Problema na tireoide, por exemplo, está na moda. É quase chique." "Eu acho que o sonho de muitos pobres é ter nódulos." "A grande preocupação do pobre é procriar."
As opiniões sobre o acesso a planos de saúde pela população de baixa renda, publicadas pela colunista Silvia Pilz na crônica "O plano cobre", do jornal O Globo, foram compartilhadas mais de 15 mil vezes em 24 horas. Alvo de fortes críticas nas redes sociais, a cariocau se defende: "Não pediria desculpas", afirma. "Não ofendi ninguém e fiz um texto divertidíssimo."
Em entrevista à BBC Brasil, Pilz diz que "somos todos preconceituosos" e que no humor "vale tudo".
"Quem mais se divertiu com o texto foram os pobres", alega a jornalista, moradora da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. "Os incomodados são da classe média."
Leia a seguir os principais trechos da entrevista.
BBC Brasil: Você esperava essa repercussão?
Silvia Pliz: Jamais.
Como recebeu os comentários negativos?
Fiquei perplexa porque o texto é uma sátira. Esperava uma repercussão diferente. Há muitas pessoas que se divertem e outras que se revoltam. Meu blog fala sobre hipocrisia, eu digo ali o que eu penso. É o tipo de assunto que está todo mundo superacostumado a ver em novela da rede Globo. Fiquei um pouco chocada, as pessoas xingam, são brutas.
Fiz um texto tolo, corriqueiro, de humor, você escolhe a palavra que achar mais interessante, relatando o cotidiano da classe média. Meus textos são politicamente incorretos, sim, mas acho que muitas pessoas se divertiram muito.
E houve também quem não se divertisse.
Essas pessoas talvez se identifiquem, ou se sintam agredidas com o que está colocado ali. Nem todo mundo entende o humor sarcástico.
Você diz escrever sobre o cotidiano da classe média. Mas a palavra "pobre" aparece de forma bastante enfática em todo o texto.
Eu escrevo sobre o cotidiano de todos nós. Tenho textos falando sobre as coisas da classe "AAA", da classe média. De repente eu virei uma Joana D’Arc por um texto em que uso a palavra “pobre”. Quando na verdade quem mais se divertiu com o texto foram os pobres. Os incomodados são da classe média.
Como sabe que os pobres foram quem mais se divertiu?
Tenho as respostas no Facebook. Inclusive tem o depoimento de um cara que diz "Sou da classe pobre, ri, me diverti, não tem nada disso". As pessoas estão equivocadas, é uma sátira.
Há limites para a sátira? O humor pode se tornar ofensivo ou vale tudo?
Vale tudo.
Mas muita gente diz que você teria sido pejorativa e preconceituosa. Que estaria fazendo graça com a desgraça alheia.
Vê coerência nisso?
Zero coerência. Quem não se diz preconceitoso não tem dicionário em casa. Somos todos preconceituosos. Temos um preconceito sobre aquilo que a gente não conhece. Sou uma pessoa lúcida e sei que todo ser humano tem preconceitos. Isso é lucidez.
Imagino que se inclua.
Então coloque: todos preconceituosos. Não eu. Aí fica ruim para mim.
Nesta entrevista, você justifica o que escreveu como crítica ácida, humor. Mas no texto e nas redes sociais você diz que falhou.
Falhou ou não falhou?
Olha... é dificil essa resposta. Acho que não falhei. Não pediria desculpas e diria "foi mal, não era bem isso que queria dizer". Jamais. Me posicionei porque vi que a coisa estava pegando fogo e não queria que as pessoas tivessem uma imagem minha diferente do que sou. Realmente acho que, quando fazemos humor e ele precisa ser explicado, significa que foi mal feito.
Quando eu digo “falhei”, digo, “falhei como escritora na tentativa de fazer humor”. A reação foi ridícula. E hipócrita também, porque as pessoas são todas bem hipócritas. Fui vítima de um linchamento digital dos militantes da ditadura do politicamente correto.Não ofendi ninguém e fiz um texto divertidíssimo.
Dizer que “pobre gosta de procriar” não seria pejorativo ou ofensivo?
Não. Pobre gosta de procriar. Não é fato? O que dói no leitor é a verdade. Pobre gosta de procriar, você concorda comigo? Eles têm mais filhos do que deveriam ter.
Você convive com pobres em que situações da sua vida?
Eu convivo com pobre como qualquer pessoa da classe média.
Por exemplo?
Deixa eu pensar com que pobres eu convivo (pausa). Que pergunta mais estranha. Eu convivo com... Essa resposta é f*da porque ela pode me sujar, digamos assim, né? Eu convivo com pobres que são professores, bailarinos, músicos, empregadas domésticas, porteiros de prédio, motoristas de ônibus.
Você diz que as pessoas não entenderam a graça do seu texto.
Qual é a graça dele?
Eu acho superengraçado. Acho que humor não se explica. A graça do texto são os detalhes.
Essa fascinação pelos exames acontece. As pessoas, porque têm plano de saúde, ficam contentes e ávidas por fazerem exames. É uma brincadeira que fiz com uma coisa complicada que é doença. Talvez tenha sido aí o ponto de explosão do texto. A graça é a mudança de comportamento da sociedade com relação às novidades. Como na aviação. Há anos, só as pessoas que tinham dinheiro podiam viajar. Agora temos passagens a preços acessíveis e isso gera situações cômicas.
Você falou sobre o dicionário. Muita gente apontou um erro seu: a palavra “exige” escrita com "J", que depois foi corrigida. Também achou engraçado?
Achei (silêncio). Inclusive teve um cara que me chamou de Caco Antibes e quando eu fiz a correção eu disse: ‘Magda fez a correção’. Mas isso precisa aparecer na entrevista?
Foi só uma pergunta.
Porque eu acho que isso me ridiculariza.
Gostaria de deixar alguma mensagem aos leitores ou não leitores?
Não. Só acho que as pessoas deveriam de repente serem menos ofensivas, tomarem muito cuidado.
Você pretende tomar cuidado em ser menos ofensiva em seus proximos textos?
Não. Eu não sou ofensiva. Eles veem como ofensivo. Eu sou divertida nos meus textos. Eu nunca fui ameaçada, foi a primeira vez. Fui ameaçada de morte nos comentários.
Fará algo em relação a isso?
Acho que não vai ser necessário. Foram ameaças infundadas, imbecis, nada disso vai acontecer. É a liberdade do Facebook, aquela coisa que começa a pegar fogo, vai crescendo, as pessoas confundem tudo. As pessoas estão muito apavoradas e agressivas demais. É incoerente: defensivo e agressivo. Me chamaram de nazista. Isso é ignorância. Por favor. A única coisa que gostaria muito que você dissesse é: em tempos em que estamos defendendo tanto a liberdade de imprensa, um texto tolo, não tolo, simples, bobo, como um capítulo de uma novela da rede Globo ter uma repercussão dessa.... sabe?
"O pobre quer ter uma doença. Problema na tireoide, por exemplo, está na moda. É quase chique." "Eu acho que o sonho de muitos pobres é ter nódulos." "A grande preocupação do pobre é procriar."
As opiniões sobre o acesso a planos de saúde pela população de baixa renda, publicadas pela colunista Silvia Pilz na crônica "O plano cobre", do jornal O Globo, foram compartilhadas mais de 15 mil vezes em 24 horas. Alvo de fortes críticas nas redes sociais, a cariocau se defende: "Não pediria desculpas", afirma. "Não ofendi ninguém e fiz um texto divertidíssimo."
Em entrevista à BBC Brasil, Pilz diz que "somos todos preconceituosos" e que no humor "vale tudo".
"Quem mais se divertiu com o texto foram os pobres", alega a jornalista, moradora da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. "Os incomodados são da classe média."
Leia a seguir os principais trechos da entrevista.
BBC Brasil: Você esperava essa repercussão?
Silvia Pliz: Jamais.
Como recebeu os comentários negativos?
Fiquei perplexa porque o texto é uma sátira. Esperava uma repercussão diferente. Há muitas pessoas que se divertem e outras que se revoltam. Meu blog fala sobre hipocrisia, eu digo ali o que eu penso. É o tipo de assunto que está todo mundo superacostumado a ver em novela da rede Globo. Fiquei um pouco chocada, as pessoas xingam, são brutas.
Fiz um texto tolo, corriqueiro, de humor, você escolhe a palavra que achar mais interessante, relatando o cotidiano da classe média. Meus textos são politicamente incorretos, sim, mas acho que muitas pessoas se divertiram muito.
E houve também quem não se divertisse.
Essas pessoas talvez se identifiquem, ou se sintam agredidas com o que está colocado ali. Nem todo mundo entende o humor sarcástico.
Você diz escrever sobre o cotidiano da classe média. Mas a palavra "pobre" aparece de forma bastante enfática em todo o texto.
Eu escrevo sobre o cotidiano de todos nós. Tenho textos falando sobre as coisas da classe "AAA", da classe média. De repente eu virei uma Joana D’Arc por um texto em que uso a palavra “pobre”. Quando na verdade quem mais se divertiu com o texto foram os pobres. Os incomodados são da classe média.
Como sabe que os pobres foram quem mais se divertiu?
Tenho as respostas no Facebook. Inclusive tem o depoimento de um cara que diz "Sou da classe pobre, ri, me diverti, não tem nada disso". As pessoas estão equivocadas, é uma sátira.
Há limites para a sátira? O humor pode se tornar ofensivo ou vale tudo?
Vale tudo.
Mas muita gente diz que você teria sido pejorativa e preconceituosa. Que estaria fazendo graça com a desgraça alheia.
Vê coerência nisso?
Zero coerência. Quem não se diz preconceitoso não tem dicionário em casa. Somos todos preconceituosos. Temos um preconceito sobre aquilo que a gente não conhece. Sou uma pessoa lúcida e sei que todo ser humano tem preconceitos. Isso é lucidez.
Imagino que se inclua.
Então coloque: todos preconceituosos. Não eu. Aí fica ruim para mim.
Nesta entrevista, você justifica o que escreveu como crítica ácida, humor. Mas no texto e nas redes sociais você diz que falhou.
Falhou ou não falhou?
Olha... é dificil essa resposta. Acho que não falhei. Não pediria desculpas e diria "foi mal, não era bem isso que queria dizer". Jamais. Me posicionei porque vi que a coisa estava pegando fogo e não queria que as pessoas tivessem uma imagem minha diferente do que sou. Realmente acho que, quando fazemos humor e ele precisa ser explicado, significa que foi mal feito.
Quando eu digo “falhei”, digo, “falhei como escritora na tentativa de fazer humor”. A reação foi ridícula. E hipócrita também, porque as pessoas são todas bem hipócritas. Fui vítima de um linchamento digital dos militantes da ditadura do politicamente correto.Não ofendi ninguém e fiz um texto divertidíssimo.
Dizer que “pobre gosta de procriar” não seria pejorativo ou ofensivo?
Não. Pobre gosta de procriar. Não é fato? O que dói no leitor é a verdade. Pobre gosta de procriar, você concorda comigo? Eles têm mais filhos do que deveriam ter.
Você convive com pobres em que situações da sua vida?
Eu convivo com pobre como qualquer pessoa da classe média.
Por exemplo?
Deixa eu pensar com que pobres eu convivo (pausa). Que pergunta mais estranha. Eu convivo com... Essa resposta é f*da porque ela pode me sujar, digamos assim, né? Eu convivo com pobres que são professores, bailarinos, músicos, empregadas domésticas, porteiros de prédio, motoristas de ônibus.
Você diz que as pessoas não entenderam a graça do seu texto.
Qual é a graça dele?
Eu acho superengraçado. Acho que humor não se explica. A graça do texto são os detalhes.
Essa fascinação pelos exames acontece. As pessoas, porque têm plano de saúde, ficam contentes e ávidas por fazerem exames. É uma brincadeira que fiz com uma coisa complicada que é doença. Talvez tenha sido aí o ponto de explosão do texto. A graça é a mudança de comportamento da sociedade com relação às novidades. Como na aviação. Há anos, só as pessoas que tinham dinheiro podiam viajar. Agora temos passagens a preços acessíveis e isso gera situações cômicas.
Você falou sobre o dicionário. Muita gente apontou um erro seu: a palavra “exige” escrita com "J", que depois foi corrigida. Também achou engraçado?
Achei (silêncio). Inclusive teve um cara que me chamou de Caco Antibes e quando eu fiz a correção eu disse: ‘Magda fez a correção’. Mas isso precisa aparecer na entrevista?
Foi só uma pergunta.
Porque eu acho que isso me ridiculariza.
Gostaria de deixar alguma mensagem aos leitores ou não leitores?
Não. Só acho que as pessoas deveriam de repente serem menos ofensivas, tomarem muito cuidado.
Você pretende tomar cuidado em ser menos ofensiva em seus proximos textos?
Não. Eu não sou ofensiva. Eles veem como ofensivo. Eu sou divertida nos meus textos. Eu nunca fui ameaçada, foi a primeira vez. Fui ameaçada de morte nos comentários.
Fará algo em relação a isso?
Acho que não vai ser necessário. Foram ameaças infundadas, imbecis, nada disso vai acontecer. É a liberdade do Facebook, aquela coisa que começa a pegar fogo, vai crescendo, as pessoas confundem tudo. As pessoas estão muito apavoradas e agressivas demais. É incoerente: defensivo e agressivo. Me chamaram de nazista. Isso é ignorância. Por favor. A única coisa que gostaria muito que você dissesse é: em tempos em que estamos defendendo tanto a liberdade de imprensa, um texto tolo, não tolo, simples, bobo, como um capítulo de uma novela da rede Globo ter uma repercussão dessa.... sabe?
- cardonelli
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Re: O plano cobre [artigo polêmico news]
o preconceito novamente se escondendo atraz do humor e da "liberdade de expressao"
America needs Trump.
The World needs Mr. Trump.
Give peace a chance. "THE GREAT WHITE HOPE"
The World needs Mr. Trump.
Give peace a chance. "THE GREAT WHITE HOPE"

Re: O plano cobre [artigo polêmico news]
Achei uma merda. Ainda se fosse engraçado ou bem escrito, aproveitaria-se alguma coisa. Nem isso. Lixo.
Re: O plano cobre [artigo polêmico news]
Não conseguir esboçar nenhum sorriso...
Editado pela última vez por Aquaman em 15 Jan 2015 10:26, em um total de 1 vez.
O melhor momento para plantar uma árvore foi há 20 anos, o segundo melhor é agora.
Moicano wants MONEY!
[img]http://i.imgur.com/l1mI9Se.png[/img]
Moicano wants MONEY!
[img]http://i.imgur.com/l1mI9Se.png[/img]
Re: O plano cobre [artigo polêmico news]
Sem graça. Esse texto é igual ao tema: pobre.
No mais, tem um povo que acha que "humorista" tem carta branca pra falar o que quiser. É permitido ofender qualquer um em nome do humor.
No mais, tem um povo que acha que "humorista" tem carta branca pra falar o que quiser. É permitido ofender qualquer um em nome do humor.
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Re: O plano cobre [artigo polêmico news]
Ah cara esse politicamente correto tem que ser enfiado no cú desses malas..Todo mundo morria de rir do Caco do sai de baixo, ela falou alguma mentira???
Querer dizer que ela não tem moral pra falar mal por ser imigrante europeia é defecar pelos dedos...pior é que tive que ler isso.
Sim, sou pobre, minha família toda é e me identifiquei com tudo...quem nunca viu um amigo todo arrumado e não perguntou se estava indo fazer exâme....kkkkk
Querer dizer que ela não tem moral pra falar mal por ser imigrante europeia é defecar pelos dedos...pior é que tive que ler isso.
Sim, sou pobre, minha família toda é e me identifiquei com tudo...quem nunca viu um amigo todo arrumado e não perguntou se estava indo fazer exâme....kkkkk
Re: O plano cobre [artigo polêmico news]
SOMOS TODOS CHARLIE.
ah é, é bonito enquanto era lá na frança!
TOMEM NO CÚ HIPÓCRITAS.
ah é, é bonito enquanto era lá na frança!
TOMEM NO CÚ HIPÓCRITAS.

OSS!!!
Só o Jiu-Jitsu salva!
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"What comes around, goes around..."
Pain and Hate
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Re: O plano cobre [artigo polêmico news]
So acho q quando vc vai fazer um texto comico, primeiro vc tem q ser comico, depois tem q passar alguma informacao e se fazer entender.
Hj culto e escrever qq merda chocante, falar sobre o direto de livre expressao e ainda sair por cima por escrever qq merda!
Caco antibes era um perfeito humor q passava a msg do cotidiano de forma engracada! Mas para q ter humor se basta ofender? Para que pensar em um texto bem escrito e elaborado se existe liberdade de expressao!
So acho q um texto desse falho, como a propria autora falou. Mas e ai? Foda-se deu midia, chocou e isso basta. O resto e mimimi de politicamente correto! E vamos nos nivelando por baixo
Hj culto e escrever qq merda chocante, falar sobre o direto de livre expressao e ainda sair por cima por escrever qq merda!
Caco antibes era um perfeito humor q passava a msg do cotidiano de forma engracada! Mas para q ter humor se basta ofender? Para que pensar em um texto bem escrito e elaborado se existe liberdade de expressao!
So acho q um texto desse falho, como a propria autora falou. Mas e ai? Foda-se deu midia, chocou e isso basta. O resto e mimimi de politicamente correto! E vamos nos nivelando por baixo
Re: O plano cobre [artigo polêmico news]
Eu achei o texto ruim, mas é fato que aqui no Brasil tem hipocondríaco pra caralho(Pobre, rico e milionário) mas o bom é que só ficam doente quando querem. Semana que antecede eventos festivos(Carnaval, São João, Natal, etc.) são as únicas que as emergências aqui ficam vazias.
Ao menos os médicos perceberam que as pessoas gostam de ficar doentes e fazer cirurgias e ficam indicando órteses e próteses para quem precisa e para quem não precisa. Bom pra todo mundo, o paciente fica feliz porque vai contar a todo mundo que está se recuperando de uma difícil cirurgia, o médico porque encheu o rabo de dinheiro e ninguém 'sai no preju' porque o plano cobre.
Ao menos os médicos perceberam que as pessoas gostam de ficar doentes e fazer cirurgias e ficam indicando órteses e próteses para quem precisa e para quem não precisa. Bom pra todo mundo, o paciente fica feliz porque vai contar a todo mundo que está se recuperando de uma difícil cirurgia, o médico porque encheu o rabo de dinheiro e ninguém 'sai no preju' porque o plano cobre.
Re: O plano cobre [artigo polêmico news]
Mataram a mulher???Pinhão escreveu:SOMOS TODOS CHARLIE.
ah é, é bonito enquanto era lá na frança!
TOMEM NO CÚ HIPÓCRITAS.

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