Aldemir Bendine, do BB, é o novo presidente da Petrobrás
Enviado: 06 Fev 2015 10:29
Aldemir Bendine, do Banco do Brasil, é o novo presidente da Petrobras
Aldemir Bendine é o novo presidente da Petrobras. O nome dele foi escolhido pessoalmente pela presidente Dilma Rousseff, que depois da demissão coletiva da diretoria da estatal teve apenas dois dias para fazer a escolha. Ele é o atual presidente do Banco do Brasil e ligado ao PT.
O nome de Bendine não entrou nas especulações desses últimos dias pra substituir Graça Foster. Foi uma espécie de "nome secreto" da presidente Dilma. As especulações se davam em torno dos nomes de Henrique Meireles, Luciano Coutinho, Murilo Ferreira e até de um nome do mercado, Paulo Leme. Prevaleceu a escolha pessoal da presidente. O plano inicial da presidente Dilma era transferir Bendine para o BNDES. A escolha mostra que Dilma tratou quase que exclusivamente de nomes de dentro do governo.
O novo presidente da Petrobras terá o desafio de montar rapidamente a diretoria da Petrobras. Ele vai levar o atual diretor financeiro do Banco do Brasil, Ivan Monteiro, para a diretoria financeira da Petrobras. As diretorias técnicas, como de Engenharia, Serviços e abastecimento, devem ser ocupadas, interinamente, por funcionários de carreira.
A presidente Dilma Rousseff procura um nome de impacto para a presidência do Conselho de Administração da Petrobras.]
Fonte: http://g1.globo.com/politica/blog/crist ... obras.html" onclick="window.open(this.href);return false;
Escolha de Bendine para Petrobras frustra o mercado, dizem analistas
Estatal trocou 'seis por meia dúzia', avalia mercado.
Forte ligação com o governo e possível falta de independência desagradam.
Taís Laporta e Anay Cury
Do G1, em São Paulo
A escolha de Aldemir Bendine como provável sucessor de Graça Foster no comando da Petrobras frustrou o mercado, avaliam analistas. Investidores esperavam um perfil mais próximo do mercado e menos político para promover as mudanças esperadas na estatal após as recentes denúncias de corrupção.
O analista da Futura Investimentos, Adriano Moreno, destaca que Bendine, funcionário de carreira do Banco do Brasil desde 1982, tem forte ligação com o governo, apesar de afirmar não ser filiado a partidos políticos.
"Esperava-se um nome mais ligado ao mercado, alguém que sinalizasse para as mudanças esperadas", observa o analista.
Para o economista Jason Vieiria, a escolha foi rápida e surpreendeu de forma negativa. "[O nome de Bendine] não era o que o mercado esperava, nem estava entre os mais cotados para assumir a presidência da estatal", diz.
Vieira destaca que a petroleira parece ter trocado "seis por meia dúzia", em um momento em que tenta recuperar a credibilidade diante das denúncias de irregularidades investigadas pela operação Lava Jato.
Para o presidente do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, Bendine é visto como uma continuidade, não como ruptura. “Acho que o governo, mais uma vez, não conseguiu convencer ninguém do mercado para substituir a Graça [Foster]. Escolheram um presidente do Banco do Brasil, que já trabalha com a Dilma, que já é da confiança dela".
Na visão de Pires, com a escolha, a presidente vai continuar mandando na empresa. "[Bendine] não vai se opor a nenhuma determinação da Dilma. Isso vai desanimar o mercado”, avalia. O mercado, no fundo, preferia a Graça na estatal, diz o especialista.
A falta de experiência de Bendine na área de petróleo e gás não chega a incomodar, segundo Pires. “Isso pesa, mas é o que pesa menos. O mercado esperava um nome para mudar, ter autonomia. Mudar no sentido de refundar a empresa, de ter atitudes de como vencer ativos quando houvesse prejuízo, por exemplo. Isso frustra muito, mais do que a falta de experiência”.
Ligação com o governo
O Bendine é uma pessoa muito identificada com a primeira gestão do governo Dilma, destacou à Reuters o sócio da Órama Investimentos Álvaro Bandeira, no Rio de Janeiro.
"O BB foi absolutamente comandado pelo governo na primeira gestão e a Petrobras precisaria de alguém mais independente, que peitasse o governo em determinadas situações e não fizesse loteamento de cargos".
Para Bandeira, nomes que vinham circulando na mídia para a Petrobras, como o de Murilo Ferreira, presidente da Vale, e o de José Carlos Grubisich, ex-presidente da Braskem, seriam opções melhores. "Pesa por não ser alguém do setor, mas pesa mais por ser identificado com a primeira gestão de Dilma”, afirmou.
A previsão dos analistas é a de que as ações da petroleira tenham uma “queda violenta” nesta sexta-feira (6). Perto das 11h, o recuo era próximo de 6%.
Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/20 ... istas.html" onclick="window.open(this.href);return false;
Aldemir Bendine é o novo presidente da Petrobras. O nome dele foi escolhido pessoalmente pela presidente Dilma Rousseff, que depois da demissão coletiva da diretoria da estatal teve apenas dois dias para fazer a escolha. Ele é o atual presidente do Banco do Brasil e ligado ao PT.
O nome de Bendine não entrou nas especulações desses últimos dias pra substituir Graça Foster. Foi uma espécie de "nome secreto" da presidente Dilma. As especulações se davam em torno dos nomes de Henrique Meireles, Luciano Coutinho, Murilo Ferreira e até de um nome do mercado, Paulo Leme. Prevaleceu a escolha pessoal da presidente. O plano inicial da presidente Dilma era transferir Bendine para o BNDES. A escolha mostra que Dilma tratou quase que exclusivamente de nomes de dentro do governo.
O novo presidente da Petrobras terá o desafio de montar rapidamente a diretoria da Petrobras. Ele vai levar o atual diretor financeiro do Banco do Brasil, Ivan Monteiro, para a diretoria financeira da Petrobras. As diretorias técnicas, como de Engenharia, Serviços e abastecimento, devem ser ocupadas, interinamente, por funcionários de carreira.
A presidente Dilma Rousseff procura um nome de impacto para a presidência do Conselho de Administração da Petrobras.]
Fonte: http://g1.globo.com/politica/blog/crist ... obras.html" onclick="window.open(this.href);return false;
Escolha de Bendine para Petrobras frustra o mercado, dizem analistas
Estatal trocou 'seis por meia dúzia', avalia mercado.
Forte ligação com o governo e possível falta de independência desagradam.
Taís Laporta e Anay Cury
Do G1, em São Paulo
A escolha de Aldemir Bendine como provável sucessor de Graça Foster no comando da Petrobras frustrou o mercado, avaliam analistas. Investidores esperavam um perfil mais próximo do mercado e menos político para promover as mudanças esperadas na estatal após as recentes denúncias de corrupção.
O analista da Futura Investimentos, Adriano Moreno, destaca que Bendine, funcionário de carreira do Banco do Brasil desde 1982, tem forte ligação com o governo, apesar de afirmar não ser filiado a partidos políticos.
"Esperava-se um nome mais ligado ao mercado, alguém que sinalizasse para as mudanças esperadas", observa o analista.
Para o economista Jason Vieiria, a escolha foi rápida e surpreendeu de forma negativa. "[O nome de Bendine] não era o que o mercado esperava, nem estava entre os mais cotados para assumir a presidência da estatal", diz.
Vieira destaca que a petroleira parece ter trocado "seis por meia dúzia", em um momento em que tenta recuperar a credibilidade diante das denúncias de irregularidades investigadas pela operação Lava Jato.
Para o presidente do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, Bendine é visto como uma continuidade, não como ruptura. “Acho que o governo, mais uma vez, não conseguiu convencer ninguém do mercado para substituir a Graça [Foster]. Escolheram um presidente do Banco do Brasil, que já trabalha com a Dilma, que já é da confiança dela".
Na visão de Pires, com a escolha, a presidente vai continuar mandando na empresa. "[Bendine] não vai se opor a nenhuma determinação da Dilma. Isso vai desanimar o mercado”, avalia. O mercado, no fundo, preferia a Graça na estatal, diz o especialista.
A falta de experiência de Bendine na área de petróleo e gás não chega a incomodar, segundo Pires. “Isso pesa, mas é o que pesa menos. O mercado esperava um nome para mudar, ter autonomia. Mudar no sentido de refundar a empresa, de ter atitudes de como vencer ativos quando houvesse prejuízo, por exemplo. Isso frustra muito, mais do que a falta de experiência”.
Ligação com o governo
O Bendine é uma pessoa muito identificada com a primeira gestão do governo Dilma, destacou à Reuters o sócio da Órama Investimentos Álvaro Bandeira, no Rio de Janeiro.
"O BB foi absolutamente comandado pelo governo na primeira gestão e a Petrobras precisaria de alguém mais independente, que peitasse o governo em determinadas situações e não fizesse loteamento de cargos".
Para Bandeira, nomes que vinham circulando na mídia para a Petrobras, como o de Murilo Ferreira, presidente da Vale, e o de José Carlos Grubisich, ex-presidente da Braskem, seriam opções melhores. "Pesa por não ser alguém do setor, mas pesa mais por ser identificado com a primeira gestão de Dilma”, afirmou.
A previsão dos analistas é a de que as ações da petroleira tenham uma “queda violenta” nesta sexta-feira (6). Perto das 11h, o recuo era próximo de 6%.
Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/20 ... istas.html" onclick="window.open(this.href);return false;