Ex-fuzileiro naval que matou "Sniper americano" é condenado
Enviado: 25 Fev 2015 18:03
O homem acusado de matar o ex-membro das forças especiais que inspirou a história do filme indicado ao Oscar, "Sniper Americano", estava tão mentalmente doente que não sabia o que estava fazendo, afirmou a defesa durante o segundo dia de julgamento em um tribunal do Texas.
Eddie Ray Routh, 27, é acusado de matar a tiros o 'sniper americano" Chris Kyle e seu colega, Chad Littlefield, em um clube de tiro campestre no Texas, em fevereiro de 2013.
Kyle, tinha um registro oficial de ter matado 160 pessoas durante quatro missões militares no Iraque, e inspirou o controverso filme de Clint Eastwood, estrelado por Bradley Cooper no papel do soldado.
O advogado de defesa Tim Moore disse, na abertura do julgamento, na cidade de Stephenville, que seu cliente, Routh, estava "à beira de uma psicose tão severa que ele não sabia que o que estava fazendo era errado".
Routh é acusado de matar os dois homens antes de fugir no carro de Kyle. Detido no mesmo dia na casa da irmã, o ex-membro das forças especiais americanas confessou os dois assassinatos.
Kyle sofria de estresse pós-traumático e isto o levou a participar da criação da fundação Fitco Cares para atender soldados com os mesmos problemas.
"Routh pensou que Kyle e Littlefield queriam sua vida", Moore disse à corte na pequena cidade rural, cerca de 160 km ao sudoeste de Dallas.
Após os disparos no dia 2 de fevereiro de 2013, Routh pegou o caminhão de Kyle e depois foi preso na casa de sua irmã.
Ele supostamente confessou os homicídios depois de reclamar que "as pessoas estavam sugando sua alma e que ele podia sentir o cheiro dos porcos".
O promotor Alan Nash disse à corte nesta quarta-feira que doenças mentais "não tiram a habilidade de saber o que é certo e o que é errado".
Os promotores também disseram que não vão exigir a pena de morte neste julgamento que deve durar duas semanas.
Além disso, os advogados questionaram se Routh terá um julgamento justo visto o sucesso do filme "Sniper Americano" e a opinião generalizada de que Kyle é um herói.
Mas o juiz recusou uma petição dos advogados de Routh para adiar o julgamento.
O filme de Eastwood, baseado no livro de Kyle "Sniper Americano: o atirador mais letal da história dos EUA", superou uma série de recordes de bilheteria no caminho de ganhar seis indicações ao Oscar.
O filme arrecadou mais de 280 milhões de dólares e se tornou o filme de guerra com mais lucro na história, embora tenha gerado controvérsias pela descrição de Kyle e sua visão sobre a guerra do Iraque.
Os críticos afirmam que o filme apresenta uma abordagem simplista do conflito do Iraque, assim como a forma de Kyle se referir aos iraquianos como "selvagens".
O ex-fuzileiro-naval Eddie Ray Routh foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato de Chris Kyle, o franco-atirador que inspirou o filme "Sniper americano, e Chad Littlefield, em fevereiro de 2013. Um júri do Texas rejeitou a tese da defesa de que o réu sofre de insanidade.
Após duas semanas de julgamento, durante as quais os jurados ouviram testemunhos sobre o comportamento instável de Routh, o que incluiu declarações sobre anarquia, apocalipse e híbridos entre porcos e humanos, o réu foi condenado pelas mortes de Kyle e Chad Littlefield num campo de tiro do Texas, dois anos atrás.
Routh não manifestou qualquer reação quando o juiz divulgou sua sentença de prisão perpétua, sem liberdade condicional.
O veredicto encerrou um julgamento cheio de emoções, no qual os promotores apresentaram Routh, de 27 anos, como um problemático usuário de drogas que sabia distinguir o certo do errado, apesar de ter problemas psiquiátricos.
Advogados de defesa disseram que ele sofre de esquizofrenia e que teve um surto psicótico quando fez os disparos que mataram as vítimas. Embora as testemunhas e provas mostrassem as estranhas declarações de Routh e trouxessem referências à sua insanidade, ele confessou o crime várias vezes, pediu desculpas por eles e tentou fugir do local após os disparos.
"Você tirou a vida de dois heróis, homens que tentaram ser seus amigos", disse Chad Littlefield, meio irmão de Jerry Richardson, a Routh após o veredicto. "Você se tornou uma desgraça norte-americana."
O julgamento de Routh atraiu grande interesse, em parte por causa do filme baseado nas memórias de Kyle sobre os quatro períodos de combate no Iraque. No Brasil, o filme, dirigido por Clint Eastwood, recebeu o título de "Sniper Americano".
Os jurados tinham três opções de veredicto: considerar Routh culpado por homicídio, considerá-lo inocente ou inocentá-lo por razão de insanidade. Caso fosse considerado inocente por problemas mentais, o tribunal iniciaria os procedimentos para interná-lo num hospital psiquiátrico estatal.
Kyle e Littlefield levaram Routh para o campo de tiro, no Rough Creek Lodge and Resort, em 2 de fevereiro de 2013, depois de a mãe de Routh ter pedido ajuda de Kyle para seu filho problemático. Familiares dizem que Routh sofre de estresse pós-traumático por ter servido no Iraque e no Haiti, após o devastador terremoto de 2010.
A defesa de Routh afirmou que vai apelar da condenação.
Um psicólogo forense testemunhou que Routh não é legalmente insano e deu a entender que ele pode ter adotado algumas ideias de programa de televisão. Segundo o doutor Randall Price, Routh sofre de uma desordem paranoica que piorou com o uso de álcool e maconha. Ele chamou seu problema de "psicose induzida pela maconha". Fonte: Associated Press.
fonte: uai.com.br
Eddie Ray Routh, 27, é acusado de matar a tiros o 'sniper americano" Chris Kyle e seu colega, Chad Littlefield, em um clube de tiro campestre no Texas, em fevereiro de 2013.
Kyle, tinha um registro oficial de ter matado 160 pessoas durante quatro missões militares no Iraque, e inspirou o controverso filme de Clint Eastwood, estrelado por Bradley Cooper no papel do soldado.
O advogado de defesa Tim Moore disse, na abertura do julgamento, na cidade de Stephenville, que seu cliente, Routh, estava "à beira de uma psicose tão severa que ele não sabia que o que estava fazendo era errado".
Routh é acusado de matar os dois homens antes de fugir no carro de Kyle. Detido no mesmo dia na casa da irmã, o ex-membro das forças especiais americanas confessou os dois assassinatos.
Kyle sofria de estresse pós-traumático e isto o levou a participar da criação da fundação Fitco Cares para atender soldados com os mesmos problemas.
"Routh pensou que Kyle e Littlefield queriam sua vida", Moore disse à corte na pequena cidade rural, cerca de 160 km ao sudoeste de Dallas.
Após os disparos no dia 2 de fevereiro de 2013, Routh pegou o caminhão de Kyle e depois foi preso na casa de sua irmã.
Ele supostamente confessou os homicídios depois de reclamar que "as pessoas estavam sugando sua alma e que ele podia sentir o cheiro dos porcos".
O promotor Alan Nash disse à corte nesta quarta-feira que doenças mentais "não tiram a habilidade de saber o que é certo e o que é errado".
Os promotores também disseram que não vão exigir a pena de morte neste julgamento que deve durar duas semanas.
Além disso, os advogados questionaram se Routh terá um julgamento justo visto o sucesso do filme "Sniper Americano" e a opinião generalizada de que Kyle é um herói.
Mas o juiz recusou uma petição dos advogados de Routh para adiar o julgamento.
O filme de Eastwood, baseado no livro de Kyle "Sniper Americano: o atirador mais letal da história dos EUA", superou uma série de recordes de bilheteria no caminho de ganhar seis indicações ao Oscar.
O filme arrecadou mais de 280 milhões de dólares e se tornou o filme de guerra com mais lucro na história, embora tenha gerado controvérsias pela descrição de Kyle e sua visão sobre a guerra do Iraque.
Os críticos afirmam que o filme apresenta uma abordagem simplista do conflito do Iraque, assim como a forma de Kyle se referir aos iraquianos como "selvagens".
O ex-fuzileiro-naval Eddie Ray Routh foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato de Chris Kyle, o franco-atirador que inspirou o filme "Sniper americano, e Chad Littlefield, em fevereiro de 2013. Um júri do Texas rejeitou a tese da defesa de que o réu sofre de insanidade.
Após duas semanas de julgamento, durante as quais os jurados ouviram testemunhos sobre o comportamento instável de Routh, o que incluiu declarações sobre anarquia, apocalipse e híbridos entre porcos e humanos, o réu foi condenado pelas mortes de Kyle e Chad Littlefield num campo de tiro do Texas, dois anos atrás.
Routh não manifestou qualquer reação quando o juiz divulgou sua sentença de prisão perpétua, sem liberdade condicional.
O veredicto encerrou um julgamento cheio de emoções, no qual os promotores apresentaram Routh, de 27 anos, como um problemático usuário de drogas que sabia distinguir o certo do errado, apesar de ter problemas psiquiátricos.
Advogados de defesa disseram que ele sofre de esquizofrenia e que teve um surto psicótico quando fez os disparos que mataram as vítimas. Embora as testemunhas e provas mostrassem as estranhas declarações de Routh e trouxessem referências à sua insanidade, ele confessou o crime várias vezes, pediu desculpas por eles e tentou fugir do local após os disparos.
"Você tirou a vida de dois heróis, homens que tentaram ser seus amigos", disse Chad Littlefield, meio irmão de Jerry Richardson, a Routh após o veredicto. "Você se tornou uma desgraça norte-americana."
O julgamento de Routh atraiu grande interesse, em parte por causa do filme baseado nas memórias de Kyle sobre os quatro períodos de combate no Iraque. No Brasil, o filme, dirigido por Clint Eastwood, recebeu o título de "Sniper Americano".
Os jurados tinham três opções de veredicto: considerar Routh culpado por homicídio, considerá-lo inocente ou inocentá-lo por razão de insanidade. Caso fosse considerado inocente por problemas mentais, o tribunal iniciaria os procedimentos para interná-lo num hospital psiquiátrico estatal.
Kyle e Littlefield levaram Routh para o campo de tiro, no Rough Creek Lodge and Resort, em 2 de fevereiro de 2013, depois de a mãe de Routh ter pedido ajuda de Kyle para seu filho problemático. Familiares dizem que Routh sofre de estresse pós-traumático por ter servido no Iraque e no Haiti, após o devastador terremoto de 2010.
A defesa de Routh afirmou que vai apelar da condenação.
Um psicólogo forense testemunhou que Routh não é legalmente insano e deu a entender que ele pode ter adotado algumas ideias de programa de televisão. Segundo o doutor Randall Price, Routh sofre de uma desordem paranoica que piorou com o uso de álcool e maconha. Ele chamou seu problema de "psicose induzida pela maconha". Fonte: Associated Press.
fonte: uai.com.br