Vídeo mostra Estado Islâmico destruindo estátuas milenares
Enviado: 26 Fev 2015 14:43
RIO - O Estado Islâmico divulgou nesta quinta-feira um vídeo em que mostra militantes destruindo obras milenares assírias e da Mesopotâmia em um museu de Mossul, no Iraque. No domingo, eles haviam explodido e queimado mais de 8 mil livros e manuscritos raros na biblioteca pública da cidade.
Estado Islâmico destrói mais de 8 mil livros e manuscritos raros de biblioteca no Iraque
No vídeo, os militantes destróem artefatos de até 800 a.C. anos no museu municipal com marretas e britadeiras. Entre os artefatos destruídos estão estátuas de touros alados que aparecem na moeda iraquiana, o dinar, que foram quebrados no portão de Nirgal, um dos vários da Idade Antiga.
— Estas ruínas atrás de mim são ídolos e estátuas que o povo no passado venerava em vez de Alá — diz um militante nas imagens. — O profeta derrubou ídolos com as mãos nuas quando foi a Meca. Fomos ordenados por ele a destruí-los.
As imagens mostram a logo da al-Furqan, braço de mídia do grupo.
Outras obras de mais de 3 mil anos foram completamente descartadas, segundo Lamia al-Gailani, arqueóloga iraquiana do londrino Institute of Archaeology.
— O dano é incalculável. Não é apenas patrimônio do Iraque, mas da humanidade. Os artefatos não têm preço. É inacreditável — disse, antes de comparar a destruição dos budas bamiyan no Afeganistão pelo Talibã, em 2001.
Amir al-Jumaili, professor da faculdade municipal de arqueologia, disse que quase não havia réplicas no local.
BARBÁRIE CULTURAL EM MOSSUL
No domingo, o grupo queimou pelo menos 8 mil livros e manuscritos raros da biblioteca pública de Mossul. Eles fizeram depois uma fogueira com livros culturais e científicos, e ainda levaram embora livros infantis e religiosos, segundo testemunhas. O EI também destruiu, no domingo, uma igreja e o teatro da universidade local.
O biblioteca foi fundada em 1921, após o nascimento do Estado iraquiano moderno. Em seu conteúdo, estavam manuscritos que datavam de até 5000 a.C., livros sírios impressos na primeira gráfica do país, títulos que datam do Império Otomano, jornais locais de décadas anteriores e antiguidades como astrolábios. Grande parte era considerada patrimônio raro pela Unesco. O acervo de famílias da alta sociedade da região também era hospedado na biblioteca.
Uma outra biblioteca foi queimada em janeiro na cidade, com 2 mil livros destruídos.
Além das destruições promovidas contra ícones não muçulmanos, há três dias o grupo sequestrou pelo menos 220 cristãos assírios em uma província da Síria, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
Mossul deve ser alvo de uma operação conjunta entre EUA e Iraque, com reforço curdo, até maio.
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Bando de fdp
Estado Islâmico destrói mais de 8 mil livros e manuscritos raros de biblioteca no Iraque
No vídeo, os militantes destróem artefatos de até 800 a.C. anos no museu municipal com marretas e britadeiras. Entre os artefatos destruídos estão estátuas de touros alados que aparecem na moeda iraquiana, o dinar, que foram quebrados no portão de Nirgal, um dos vários da Idade Antiga.
— Estas ruínas atrás de mim são ídolos e estátuas que o povo no passado venerava em vez de Alá — diz um militante nas imagens. — O profeta derrubou ídolos com as mãos nuas quando foi a Meca. Fomos ordenados por ele a destruí-los.
As imagens mostram a logo da al-Furqan, braço de mídia do grupo.
Outras obras de mais de 3 mil anos foram completamente descartadas, segundo Lamia al-Gailani, arqueóloga iraquiana do londrino Institute of Archaeology.
— O dano é incalculável. Não é apenas patrimônio do Iraque, mas da humanidade. Os artefatos não têm preço. É inacreditável — disse, antes de comparar a destruição dos budas bamiyan no Afeganistão pelo Talibã, em 2001.
Amir al-Jumaili, professor da faculdade municipal de arqueologia, disse que quase não havia réplicas no local.
BARBÁRIE CULTURAL EM MOSSUL
No domingo, o grupo queimou pelo menos 8 mil livros e manuscritos raros da biblioteca pública de Mossul. Eles fizeram depois uma fogueira com livros culturais e científicos, e ainda levaram embora livros infantis e religiosos, segundo testemunhas. O EI também destruiu, no domingo, uma igreja e o teatro da universidade local.
O biblioteca foi fundada em 1921, após o nascimento do Estado iraquiano moderno. Em seu conteúdo, estavam manuscritos que datavam de até 5000 a.C., livros sírios impressos na primeira gráfica do país, títulos que datam do Império Otomano, jornais locais de décadas anteriores e antiguidades como astrolábios. Grande parte era considerada patrimônio raro pela Unesco. O acervo de famílias da alta sociedade da região também era hospedado na biblioteca.
Uma outra biblioteca foi queimada em janeiro na cidade, com 2 mil livros destruídos.
Além das destruições promovidas contra ícones não muçulmanos, há três dias o grupo sequestrou pelo menos 220 cristãos assírios em uma província da Síria, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
Mossul deve ser alvo de uma operação conjunta entre EUA e Iraque, com reforço curdo, até maio.
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