Acusados da morte de cinegrafista responderão em liberdade
Enviado: 18 Mar 2015 16:04
Caio Souza e Fábio Raposo serão soltos mediante o cumprimento de medidas cautelares, como uso de tornozeleira.
Acusados da morte do cinegrafista Santiago Andrade, em fevereiro de 2014, Caio Silva de Souza e Fábio Raposo serão soltos, mediante o cumprimento de medidas cautelares, entre elas o uso de tornozeleiras. O Tribunal de Justiça do Rio (TJ) acatou o recuso da defesa dos réus e desclassificou o crime de homicídio triplamente qualificado (com intenção de matar). Porém, foi considerado o crime de explosão seguida de morte, pelo qual a dupla responderá. A pena poderá chegar a oito anos de prisão.
De acordo com o advogado de Caio, Antônio Melchior, a liberdade dos dois está vinculada ao cumprimento de medidas. Ele ressalta que "não haverá impunidade": "Fizemos um recurso em sentido estrito com objetivo de desclassificação do crime. O TJ considerou que não foi produzida nenhuma prova pelo Ministério Público do Rio (MP) de dolo eventual na conduta dos dois, o que significa que não se trata de homicídio triplamente qualificado, mas do crime de explosão seguida de morte", explicou o advogado.
O recurso foi julgado por três desembargadores da 8ª Câmara Criminal do Rio. O relator do caso não acolheu o recurso, porém os outros dois magistrados votaram a favor.
A defesa alega ainda que não haverá impunidade: "Desde o início eles confessaram a intenção de soltar o explosivo. O importante é que não se trata de impunidade, mas de corrigir o excesso de acusação do MP. Foi reconhecido um crime grave, o de explosão com resultado de morte, e culposo".
Relembre o caso
O cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, de 49 anos, morreu depois de ser atingido na cabeça por um rojão enquanto cobria manifestação no Centro do Rio, em 6 de fevereiro de 2014. Os jovens Caio Silva de Souza e Fábio Raposo foram acusados de soltar o explosivo e foram denunciados pelo MP pelo crime de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e uso de explosivo).
Após ser atingido pelo rojão, Santiago Andrade ficou internado no Hospital Souza Aguiar por quatro dias e morreu em decorrência dos ferimentos. A explosão lhe causou afundamento no crânio.
Segundo a denúncia do MP, Fábio teria entregado o rojão para Caio com a finalidade, previamente, de direcioná-lo ao local onde havia uma multidão, inclusive composta por policiais militares. Na época, os dois afirmaram que já se conheciam de outras manifestações e agiam juntos.
Caio e Fábio respondem ainda por outra ação criminal, em que são acusados de atos violentos em protestos de 2013. A ativista Eliza Quadros, a Sininho, também é ré no processo e é considerada foragida da Justiça.
http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-ja ... rdade.html" onclick="window.open(this.href);return false;
Não entendo muito do assunto, gostaria de ouvir a opinião dos entendidos. Mas que dá uma sensação de impunidade e injustiça, dá.
Acusados da morte do cinegrafista Santiago Andrade, em fevereiro de 2014, Caio Silva de Souza e Fábio Raposo serão soltos, mediante o cumprimento de medidas cautelares, entre elas o uso de tornozeleiras. O Tribunal de Justiça do Rio (TJ) acatou o recuso da defesa dos réus e desclassificou o crime de homicídio triplamente qualificado (com intenção de matar). Porém, foi considerado o crime de explosão seguida de morte, pelo qual a dupla responderá. A pena poderá chegar a oito anos de prisão.
De acordo com o advogado de Caio, Antônio Melchior, a liberdade dos dois está vinculada ao cumprimento de medidas. Ele ressalta que "não haverá impunidade": "Fizemos um recurso em sentido estrito com objetivo de desclassificação do crime. O TJ considerou que não foi produzida nenhuma prova pelo Ministério Público do Rio (MP) de dolo eventual na conduta dos dois, o que significa que não se trata de homicídio triplamente qualificado, mas do crime de explosão seguida de morte", explicou o advogado.
O recurso foi julgado por três desembargadores da 8ª Câmara Criminal do Rio. O relator do caso não acolheu o recurso, porém os outros dois magistrados votaram a favor.
A defesa alega ainda que não haverá impunidade: "Desde o início eles confessaram a intenção de soltar o explosivo. O importante é que não se trata de impunidade, mas de corrigir o excesso de acusação do MP. Foi reconhecido um crime grave, o de explosão com resultado de morte, e culposo".
Relembre o caso
O cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, de 49 anos, morreu depois de ser atingido na cabeça por um rojão enquanto cobria manifestação no Centro do Rio, em 6 de fevereiro de 2014. Os jovens Caio Silva de Souza e Fábio Raposo foram acusados de soltar o explosivo e foram denunciados pelo MP pelo crime de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e uso de explosivo).
Após ser atingido pelo rojão, Santiago Andrade ficou internado no Hospital Souza Aguiar por quatro dias e morreu em decorrência dos ferimentos. A explosão lhe causou afundamento no crânio.
Segundo a denúncia do MP, Fábio teria entregado o rojão para Caio com a finalidade, previamente, de direcioná-lo ao local onde havia uma multidão, inclusive composta por policiais militares. Na época, os dois afirmaram que já se conheciam de outras manifestações e agiam juntos.
Caio e Fábio respondem ainda por outra ação criminal, em que são acusados de atos violentos em protestos de 2013. A ativista Eliza Quadros, a Sininho, também é ré no processo e é considerada foragida da Justiça.
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Não entendo muito do assunto, gostaria de ouvir a opinião dos entendidos. Mas que dá uma sensação de impunidade e injustiça, dá.