"Contratamos uma mão de obra prioritariamente negra, justamente para fazer circular dinheiro entre os negros. Não por militância exclusivamente, mas por inclusão social, cultural e econômica", afirma Adriana Barbosa, idealizadora do evento. "Se eu entro em uma loja e não há negros [trabalhando], eu não compro. A empresa tem que tomar consciência de que ela tem que atingir todos os públicos. Isso é fundamental para a sobrevivência de qualquer negócio", diz Patrícia de Jesus, fundadora da empresa de recursos humanos Empregueafro.
Em oito anos de trabalho, a empresária diz que nunca teve uma empresa brasileira como cliente. Para ela, a preocupação com a diversidade é mais presente em multinacionais, influenciadas por uma cultura corporativa americana de inclusão. "A vice-presidente de recursos humanos da IBM veio ao Brasil e não viu [funcionários] negros", conta. A proposta de fazer um programa de inclusão no país partiu da executiva americana.
Em dezembro, a loja de roupas Farm gerou polêmica ao postar no Instagram foto de uma modelo branca vestida de Iemanjá –orixá negra. Para críticos, o episódio foi exemplo do baixo número de modelos negras nas peças da empresa. A Farm respondeu que a coleção era uma homenagem à cultura negra.
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