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Não sei se da pra criar um tópico novo sobre isso, caso não, junte esse ao de politica, mas creio que essa é uma discussão que deve ser tratada fora daquela bagunça do tópico em questão.

Em reunião marcada para a manhã desta terça-feira, a comissão que discute na Câmara a reforma política começará a ouvir os presidentes dos partidos. Convidado, o deputado Roberto Freire (SP), que preside o PPS, fará uma sugestão ousada. Ele deseja que a comissão apoie o envio ao plenário de uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que está pronta para ser votada há 14 anos, desde 2001. Prevê a adoção do regime parlamentarista no Brasil.

Freire já conversou sobre o tema com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a quem cabe gerenciar a pauta de votações. “Ele me disse que não é avesso à ideia”, conta o deputado. Freire falou também com o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG). “As oposições não podem continuar espectadoras dessa crise”, sustenta Freire. “Temos que apresentar uma alternativa democrática.”

Chama-se Eduardo Jorge o autor da PEC desencavada por Freire. Ex-presidenciável do PV, ele era deputado federal pelo PT paulista quando apresentou a proposta, em 1995, ainda sob FHC. Foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça, que considerou o texto constitucional. Submetida a uma comissão especial como essa que agora debate a reforma política, a PEC do parlamentarismo foi aprovada em 2001.

Desde então, a proposta está pronta para ser levada ao plenário da Câmara. Aguarda por um entendimento político que desbloqueie a votação. E Freire acredita que a crise atual é um convite à reflexão. “Temos de oferecer ao país um modelo que dê às crises a perspectiva de uma solução constitucional e permanente. No parlamentarismo, quanto maior a crise, mais radical é a solução.”

Freire prosseguiu: “Não aconteceria mais um cenário como o atual, em que um governo sem maioria, acumulando derrotas no Congresso, continua governando. Em casos assim, simplesmente cai o gabinete. Se não for possível compor uma nova maioria, dissolve o Congresso e convoca novas eleições.”

Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, deu declarações recentes a favor da fórmula. “Temos uma Constituição parlamentarista com um regime presidencialista”, disse Cunha, em entrevista ao SBT. “Isso já é um problema. É claro que o parlamentarismo protegeria muito o chefe de Estado, no caso da Presidência da República, das crises. […] É claro que isso é uma discussão de futuro que vai voltar. Provavelmente, voltará”

Nessa entrevista, Cunha ponderou que o parlamentarismo não poderia surgiu como solução para a crise que enredou Dilma. “Mas acho que discutir isso para o futuro seria uma coisa boa”, disse. Freire concorda. Afirma que a PEC apresentada pelo ex-deputado Eduardo Jorge precisa sofrer uma única atualização. “O texto original previa que em 2010 se iniciaria o parlamentarismo no Brasil. Ou seja, num final de mandato. Agora, tem que atualizar, marcando a troca do regime para 2018.”

Nas palavras de Freire, “não se pode correr o risco de que alguém fique dizendo que é golpe, que querem retirar poder da presidente Dilma. Vai ficar claro que só vale a partir de 2018. A questão é criar uma solução permanente para as crises, não tirar poderes de ninguém. Mesmo que a crise se aprofunde a ponto de viabilizar o impeachment, quem viesse saberia que teria de preparar o país para o parlamentarismo.”

A proposta de Eduardo Jorge prevê tambémque, se for aprovado, o parlamentarismo teria de ser submetido a um referendo popular. Para entrar em vigor, precisaria ser avalizado pela maioria do eleitorado. Nos próximos dias, vai-se saber, dependendo do grau de adesão à tese, se a crise é forte o bastante para sepultar o presidencialismo.

http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com ... mentarismo

Mais que aprovado... Demorou.

Imagina a quantidade de mensalões que não teríamos para manter a base de apoio do governo X, para o mesmo continuar no poder.

Deveriam, era transformar a função de políticos em cargos não remunerados e abolir essa quantidade de benefícios que eles tem.

Pitbulldog escreveu:Imagina a quantidade de mensalões que não teríamos para manter a base de apoio do governo X, para o mesmo continuar no poder.

Deveriam, era transformar a função de políticos em cargos não remunerados e abolir essa quantidade de benefícios que eles tem.

Não entendi, no parlamentarismo não precisaria "comprar" o apoio de ninguém, pois o governo seria formado por quem tem maioria, ou seja, o governo já se inicia estruturado politicamente, dando merda, eh dissolvido e se convoca novas eleições e se refaz a composição do parlamento, a princípio, pelo que eu entendi é isso.

RuggeMMA escreveu:
Não entendi, no parlamentarismo não precisaria "comprar" o apoio de ninguém, pois o governo seria formado por quem tem maioria, ou seja, o governo já se inicia estruturado politicamente, dando merda, eh dissolvido e se convoca novas eleições e se refaz a composição do parlamento, a princípio, pelo que eu entendi é isso.

O q mais acontece no Br é político trocando de partido, perdendo legenda pq não votou de acordo com o posicionamento do partido, criando partido novo.

Mesmo tendo lei que proíbe a troca de legenda, os caras trocam. Imagina qdo depender da quantidade de deputados para definir quem vai governar.

Muda tudo, ou deixe como está.

Concordo com a mudança, mas seria a forma mais fácil do PMDB governar.

Sou totalmente a favor ao regime. Sempre fui.
Mas, vindo daquela casa, perguntem a opinião dos dois caras abaixo...

Na verdade, já está ocorrendo quase que um parlamentarismo com o PMDB dando as cartas no executivo, que se encontra fragilizado.

O parlamentarismo seria a melhor forma de governo, porém, é necessário que haja antes uma reforma política profunda, com discussão acerca de diversos temas, como o modelo unicameral, o acesso de partidos políticos menores, o financiamento das campanhas, o voto distrital, dentre outros assuntos.

Pena que ele só tenha aparecido ao público como meme, mas o Eduardo Jorge é o quadro de (centro-)esquerda mais sério, equilibrado e são desse país. De MUITO, MUITO longe. Espero que concorra de novo.

O "presidencialismo de cooptação" nao pode continuar.

Plebiscito é uma péssima ideia, porque a galera do bolsa família, com certeza vai votar no presidencialismo.

Pode ser uma boa, mas com o PMDB interessado fico com um pé atrás.

Seria interessante ir introduzindo o assunto para a população e não ficar só restrito lá.

Fico muito feliz com essa notícia.

As principais fontes de corrupção são o presidencialismo de coalizão e o financiamento partidário empresarial.

Simples assim. No panorama atual, o chefe do executivo, para que seus projetos de lei sejam aprovados pelo congresso, é preciso que tenha uma ampla base aliada, de forma que consiga sempre a maioria dos votos.

Como fazer isso, se há uma gama de partidos no nosso país? Como convencer alguém de outro partido à votar nos projetos do seu partido? Nenhum partido, sozinho possui maioria dos votos no congresso. Nem mesmo o PMDB. Então como fazer isso?

Ai é que começa a crocodilagem, e a calhordagem. Os partidos, para que lhe dêem apoio ao chefe do executivo, irão cobrar de alguma forma, pois não existe almoço grátis. Como farão? barganhando ministérios, cargos em estatais, como petrobrás, banco do brasil, eletrobrás, furnas, correios e etc.

Fora isso, tb podem ser pagos com dinheiro!

O que ocorreu no mensalão? Ocorreu que uma gama de vagabundos, estavam sendo pagos para aprovar os projetos do PT.

Mas isso não é algo só do PT. FHC quando esteve na maquina também promoveu mesadas para que votassem seus projetos. O das privatizações, a EC da reeleição dentre outros. O livro privataria tucana fala bem disso.

Todos, eu disse todos! os que quiserem estar à frente do executivo tem que se submeter à esse jogo, senão não tem governabilidade. Nessa esteira, ocorreu o mensalão mineiro. Isso não é questão de partido, mas sim de sistema.

Por que o sistema é assim? porque quando houve a constituinte, ficou decidido que o país adotaria como sistema parlamentarista, mas no final das votações houve uma mudança, onde se adotou o presidencialismo. No entanto, não emendaram o restante to texto constitucional e o sistema se transformou em uma algo patológico.

O chefe do executivo tem que jogar o jogo do congresso, senão não consegue governar. Neste momento, a Dilma esta perdendo até a base aliada e isso é perigoso - sem entrar no mérito de se merece ou não perder.

O Color foi cassado porque não jogou o jogo do congresso. Foi burro e se isolou. Quem acredita que um presidente de república vai sofrer um impeachment por causa de um fiat Elba? Simplesmente esperaram ele tomar uma medida impopular, que foi o lance de congelar a poupança. A partir dai, minaram ele e obtiveram apoio da população. Não que não tenha sido um movimento legitimo.
, pois acho que foi.

No entanto, ocorre que o Sarney tb teve uma medida tão impopular quanto, que foi o plano Bresser e não foi deposto, o que denota o descontentamento do congresso com o Color. Até hj tem gente recebendo indenização por efeitos do plano Bresser.

Acredito seriamente que no parlamentarismo as coisas melhorariam, porque aquele partido quem tiver maioria das cadeiras, escolhe o chefe do executivo. Obviamente, ele sempre teria seus projetos aprovados e governabilidade garantida, ao invés de ter que agradar marmanjo pra poder angariar apoio. A tendência é que houvesse apenas dois partidos ou um pouco mais.

Obviamente, não resolveria todos os problemas, pois estamos lidando com seres humanos, sobre tudo no Brasil, que é um país onde há uma cultura de se utilizar o público como privado e de sempre tentar dar um jeitinho. Mas assim, o sistema patológico restaria ultrapassado.

Ficarei feliz se for aprovado.

http://barrabase.com.br/wp-content/uplo ... tica31.jpg

Presidencialismo

Acho o parlamentarismo uma boa por quebrar um pouco o poder centralizado porém isso só dará certo que o congresso e a câmara dos deputados não forem comprados!