Jovem Negro falando da violencia
Enviado: 22 Abr 2015 14:42
Mas é melhor que 95% dos deputados e senadores.thiagobjj escreveu:Esse cara é chato bagaraio
Mestre escreveu:i) É completamente patética a tentativa de "popularizar" o tal do MBL mediante emprego reiterado desse Fernando Holiday, que repete toda hora ser "negro e pobre".
ii) Ao lado dos inúmeros lugares comuns e das bravatas retóricas, o discurso do cidadão ai emprega estatísticas deturpadas e propositalmente recortadas. Segundo levantamento de 2011 da Secretaria Nacional de Segurança Pública, apenas 1% dos crimes é cometido por adolescentes menores de 18 anos (http://congressoemfoco.uol.com.br/notic ... s-no-pais/" onclick="window.open(this.href);return false;). A redução da maioridade penal, afora todos os argumentos de preservação dos direitos fundamentais, ainda será completamente inócua. Demagogia pura para afagar tolos.
iii) "For every complex problem there is a solution that is concise, clear, simple, and wrong." ("Para cada problema complexo, há uma solução que é concisa, clara, simples e errada") - H.L. Mencken (1880 - 1956).
Rs, e precisa mto pra ser melhor do q nossos deputados e senadores?Gangster Silva Pelé escreveu:
Mas é melhor que 95% dos deputados e senadores.
Mestre escreveu:
É evidente que essa percentagem varia de região para região e de tipo de crime para tipo de crime. Ela é global e generalista, como deve ser um dado que busque embasar ou infirmar uma mudança de legislação nacional.
Como eu disse, não vai resolver nada. É o povão sendo levado na vara, como rebanho, mais uma vez.
P.S.: Se for para argumentar com exemplos, eu consigo achar alguma situação que legitime praticamente tudo...
Medidas essas tomadas sempre por teóricos. Ou todas nossas leis foram feitas por pessoal de campo?? Entao vc me perdoa, pq o visão de vcs e completamente deturpada, pois qualquer coisa que vc le aconteceu a tempos nas ruas. Todo bandido que vc entrevista ja esta de banho tomado e sem seu momento de fúria, todo crime que vc ve não tem como descrever.Mestre escreveu:
Tá mal de fonte haha.
" (...)
A população de adolescentes (com idade entre 12 e 18 anos) no país representa 15% (aproximadamente 25 milhões) do total da população nacional[2]. Do total de adolescentes no país, menos de 0,2% são responsáveis pela prática de atos infracionais, ou seja, aproximadamente 39.578 adolescentes cumprem algum tipo de medida sócio-educativa no Brasil[3].
Em 2006, havia 15.426 internos no sistema sócio-educativo de meio fechado no país[4]. A maioria estava em regime de internação (10.446), seguidos da internação provisória (3.746) e da semiliberdade (1.234)[5].
A título de comparação, em 2006, o sistema prisional contava com 401.236 pessoas adultas – entre presos provisórios e condenados[6] - em face de 15.426 jovens internados no meio fechado. Isto representa que, dos crimes praticados e apurados, 96,3% são cometidos por adulto e 3,7% são cometidos por adolescentes.
Fica demonstrado que o adolescente não é o principal agente infrator no Brasil. São os adultos, maiores de 18 anos de idade, aqueles que praticam o maior número de crimes.
Em São Paulo, o roubo e o tráfico de drogas são as infrações mais cometidas – 66% das internações. No Brasil, mais de 64% dos adolescentes estão internados por crimes contra o patrimônio e tráfico de drogas[7].
No Brasil, atualmente, cerca de 80% dos jovens que estão em conflito com a justiça vêm de casas onde a renda familiar não chega a 2 salários mínimos[8]. No Estado do Paraná, de acordo com o Instituto de Assistência Social do Paraná (Iasp), a maior parte do adolescentes infratores (mais de 90%) se encaixa nas classes de menor poder aquisitivo, tendo a dificuldade financeira da família muitas vezes como motivo para o envolvimento com o ato infracional[9].
(...)"
Fonte original: PRUDENTE, Neemias Moretti. Provocação ao tema: adolescentes infratores. Revista IOB de Direito Penal e Processual Penal, v. 45, p. 198-204, 2007.
De resto, perdoe-me, mas sua visão é deturpada, já que você está diretamente envolvido, e limitada, já que você não tem o necessário distanciamento do assunto. Enquanto perdurar essa falsa ideia de que a teoria está desvinculada do "conhecimento das ruas", continuaremos adotando medidas erradas para problemas complexos.