Seria este, uma vez mais, o caminho para a glória no UFC?
Enviado: 22 Jun 2015 16:55
Confiar no Jiu-Jitsu: a salvação para os brasileiros no MMA atual
Diante do domínio dos wrestlers, seria este, uma vez mais, o caminho a se confiar para alcançar a glória no UFC?

Primeiro campeão do UFC, Royce Gracie e o até então desconhecido Brazilian Jiu Jitsu
Não é nenhuma novidade que a história do Jiu-Jitsu confunde-se com a própria história do Vale-Tudo, pai do Mixed Martial Arts, o hoje famoso MMA. E ainda que seja por leigos, há também confusão entre UFC (Ultimate Fighting Championship) e MMA: sim, tem muita gente que pensa que a sigla que representa o nome do evento americano diz respeito ao esporte como um todo. Mas antes de dar risada ou execrar, vale destacar que aquele tipo que só assiste luta de brasileiro famoso e valendo o cinturão - e que geralmente faz parte dessa turma que chama MMA de UFC - pode estar acabando, e, não, isso não é bom!
E talvez o grande motivo desse "fã" estar se extinguindo é dos mais tradicionais quando se fala em esporte no Brasil: quando não se tem um ídolo, não se tem torcida, logo o esporte é jogado para escanteio. A Fórmula 1 que o diga! E, passado o boom inicial que o evento americano trouxe consigo ao se popularizar no Brasil, num momento em que o país parecia poder alcançar todos os cinturões, o cenário atual não é dos mais felizes para os verdadeiros fãs, pois o esporte vem perdendo espaço na mídia, as lutas ao vivo em TV aberta tendem a ser cada vez mais raras, o Pay Per View, cada vez mais caro, e assim por diante.
O Brasil não tem conseguido substituir suas lendas no esporte e mesmo grandes nomes atuais não se tratam de figuras novas. A queda de Anderson Silva é um grande retrato do cenário descrito, onde o campeão já havia trilhado o seu caminho e as esperanças de glória repousavam sobre atletas já bastante experimentados, Lyoto Machida e Vitor Belfort, sendo que o remanescente Ronaldo Jacaré, apesar de ótimo, não chega a ser uma novidade. É verdade que, no geral, ainda temos José Aldo e Rafael dos Anjos, sem falar do novo campeão peso-pesado Fabrício Werdum (que vale uma passagem especial, mais adiante), mas nenhum deles pode ser chamado de "nova geração".
Enquanto isso, os EUA, além de campeões que passam a impressão de serem imbatíveis (Jon Jones, Chris Weidman e até há pouco Cain Velasquez e Anthony Pettis, que por sinal ambos têm totais condições de retomar o título), e surpresas como TJ Dillashow (que também é o campeão da sua categoria, batendo o até soberano Renan Barão), ainda concentra a disputa pelo título, em várias categorias, entre compatriotas, como é o caso dos meio-médios, meio-pesados e agora nos médios, sem falar em promessas como Rory Macdonald e Kevin Gastelum.
O fato é que os americanos parecem ter encontrado um jogo quase imbatível contra nós, brasileiros, que sempre fomos sua maior ameaça no que se refere à hegemonia no esporte: a combinação entre wrestling e uma ótima preparação física tem sido o crucial diferencial no MMA contemporâneo, afinal, trocação mais Jiu-Jitsu sempre foi o "arroz com feijão" desse esporte. Ocorre que, enquanto eles evoluíram sobremaneira no Jiu-Jitsu, os brasileiros não conseguiram algo sequer perto em termos de Wrestling e ainda pecam na preparação física e muitas vezes até na trocação.

Independente da qualidade em pé, o Jiu-Jitsu é sempre muito importante
No entanto, o que mais dói é presenciar faixas-preta que parecem não confiar na "arte suave" justamente quando mais deveriam, lutando com imenso temor acerca das quedas dos wrestlers e, por isso, quase sempre sacrificando toda uma estratégia de luta e ainda dando brechas para nocautes ou verdadeiros "atropelamentos" no curso da luta. Na mesma esteira, lutadores de renomada técnica de solo por vezes optam pela trocação e pagam caro por isso.
A solução para a questão parece ser uma "volta para casa", entrando aqui o exemplo do novo campeão peso pesado do UFC que, pelo fato de não temer a luta de solo ou mesmo fazer guarda diante de um temível ground and pound, permitiu ao então desafiante que soltasse o seu jogo em pé sem medo de ser quedado - e diga-se de passagem, a confiança era tamanha que fez com que o ex-campeão preferisse manter a luta, quase que inteira, na parte em pé, mesmo com a grande desvantagem de envergadura - e, assim, pudesse mostrar a evolução de seu Muay Thai e, ao final, fechar a luta com chave de ouro: uma bela finalização em meio a um largo sorriso, tal qual o de quem sabe a resposta de uma prova difícil. Mais uma vez o brasileiro choca o mundo e por meio do Jiu-Jitsu!

Como superar um wrestling explosivo? Werdum dá a resposta com o seu afiado Jiu-Jitsu!
Infelizmente o belíssimo caso acima é a exemplificação de uma exceção do MMA brasileiro atual, que parece não dar mais a mesma atenção ao seu tradicional carro-chefe, ignorando que ainda somos, com sobras, os melhores na luta meramente agarrada; com isso, as duas "passadas de carro" que o excelente boxer - mas faixa preta de BJJ - Junior dos Santos, o Cigano, tomou do mesmo wrestler que fora finalizado por Werdum, o papelão que Vitor Belfort, aluno de Carlson Gracie, fez diante do campeão dos pesos médios e a vergonhosa derrota do renomado Maurício "Shogun" Rua para o falastrão Chael Sonnen, são apenas alguns tristes exemplos da grande falta que o verdadeiro Jiu-Jitsu pode fazer.
Por fim, os tecnicamente decepcionantes TUFs brasileiros acentuam o presente alerta, ressaltando que o legítimo lutador de MMA deve ser completo, e, sem dúvidas, ser completo hoje em dia é poder contar com um Jiu-Jitsu eficiente, que abarca um chão ofensivo e que pode reverter o então temível jogo imposto pelos incansáveis wrestlers americanos; um Jiu-Jitsu confiante capaz de virar o jogo a nosso favor e fazer, uma vez mais, o mundo todo temer o Jiu-Jitsu Brasileiro.
Fonte: minha autoria.
Diante do domínio dos wrestlers, seria este, uma vez mais, o caminho a se confiar para alcançar a glória no UFC?

Primeiro campeão do UFC, Royce Gracie e o até então desconhecido Brazilian Jiu Jitsu
Não é nenhuma novidade que a história do Jiu-Jitsu confunde-se com a própria história do Vale-Tudo, pai do Mixed Martial Arts, o hoje famoso MMA. E ainda que seja por leigos, há também confusão entre UFC (Ultimate Fighting Championship) e MMA: sim, tem muita gente que pensa que a sigla que representa o nome do evento americano diz respeito ao esporte como um todo. Mas antes de dar risada ou execrar, vale destacar que aquele tipo que só assiste luta de brasileiro famoso e valendo o cinturão - e que geralmente faz parte dessa turma que chama MMA de UFC - pode estar acabando, e, não, isso não é bom!
E talvez o grande motivo desse "fã" estar se extinguindo é dos mais tradicionais quando se fala em esporte no Brasil: quando não se tem um ídolo, não se tem torcida, logo o esporte é jogado para escanteio. A Fórmula 1 que o diga! E, passado o boom inicial que o evento americano trouxe consigo ao se popularizar no Brasil, num momento em que o país parecia poder alcançar todos os cinturões, o cenário atual não é dos mais felizes para os verdadeiros fãs, pois o esporte vem perdendo espaço na mídia, as lutas ao vivo em TV aberta tendem a ser cada vez mais raras, o Pay Per View, cada vez mais caro, e assim por diante.
O Brasil não tem conseguido substituir suas lendas no esporte e mesmo grandes nomes atuais não se tratam de figuras novas. A queda de Anderson Silva é um grande retrato do cenário descrito, onde o campeão já havia trilhado o seu caminho e as esperanças de glória repousavam sobre atletas já bastante experimentados, Lyoto Machida e Vitor Belfort, sendo que o remanescente Ronaldo Jacaré, apesar de ótimo, não chega a ser uma novidade. É verdade que, no geral, ainda temos José Aldo e Rafael dos Anjos, sem falar do novo campeão peso-pesado Fabrício Werdum (que vale uma passagem especial, mais adiante), mas nenhum deles pode ser chamado de "nova geração".
Enquanto isso, os EUA, além de campeões que passam a impressão de serem imbatíveis (Jon Jones, Chris Weidman e até há pouco Cain Velasquez e Anthony Pettis, que por sinal ambos têm totais condições de retomar o título), e surpresas como TJ Dillashow (que também é o campeão da sua categoria, batendo o até soberano Renan Barão), ainda concentra a disputa pelo título, em várias categorias, entre compatriotas, como é o caso dos meio-médios, meio-pesados e agora nos médios, sem falar em promessas como Rory Macdonald e Kevin Gastelum.
O fato é que os americanos parecem ter encontrado um jogo quase imbatível contra nós, brasileiros, que sempre fomos sua maior ameaça no que se refere à hegemonia no esporte: a combinação entre wrestling e uma ótima preparação física tem sido o crucial diferencial no MMA contemporâneo, afinal, trocação mais Jiu-Jitsu sempre foi o "arroz com feijão" desse esporte. Ocorre que, enquanto eles evoluíram sobremaneira no Jiu-Jitsu, os brasileiros não conseguiram algo sequer perto em termos de Wrestling e ainda pecam na preparação física e muitas vezes até na trocação.

Independente da qualidade em pé, o Jiu-Jitsu é sempre muito importante
No entanto, o que mais dói é presenciar faixas-preta que parecem não confiar na "arte suave" justamente quando mais deveriam, lutando com imenso temor acerca das quedas dos wrestlers e, por isso, quase sempre sacrificando toda uma estratégia de luta e ainda dando brechas para nocautes ou verdadeiros "atropelamentos" no curso da luta. Na mesma esteira, lutadores de renomada técnica de solo por vezes optam pela trocação e pagam caro por isso.
A solução para a questão parece ser uma "volta para casa", entrando aqui o exemplo do novo campeão peso pesado do UFC que, pelo fato de não temer a luta de solo ou mesmo fazer guarda diante de um temível ground and pound, permitiu ao então desafiante que soltasse o seu jogo em pé sem medo de ser quedado - e diga-se de passagem, a confiança era tamanha que fez com que o ex-campeão preferisse manter a luta, quase que inteira, na parte em pé, mesmo com a grande desvantagem de envergadura - e, assim, pudesse mostrar a evolução de seu Muay Thai e, ao final, fechar a luta com chave de ouro: uma bela finalização em meio a um largo sorriso, tal qual o de quem sabe a resposta de uma prova difícil. Mais uma vez o brasileiro choca o mundo e por meio do Jiu-Jitsu!

Como superar um wrestling explosivo? Werdum dá a resposta com o seu afiado Jiu-Jitsu!
Infelizmente o belíssimo caso acima é a exemplificação de uma exceção do MMA brasileiro atual, que parece não dar mais a mesma atenção ao seu tradicional carro-chefe, ignorando que ainda somos, com sobras, os melhores na luta meramente agarrada; com isso, as duas "passadas de carro" que o excelente boxer - mas faixa preta de BJJ - Junior dos Santos, o Cigano, tomou do mesmo wrestler que fora finalizado por Werdum, o papelão que Vitor Belfort, aluno de Carlson Gracie, fez diante do campeão dos pesos médios e a vergonhosa derrota do renomado Maurício "Shogun" Rua para o falastrão Chael Sonnen, são apenas alguns tristes exemplos da grande falta que o verdadeiro Jiu-Jitsu pode fazer.
Por fim, os tecnicamente decepcionantes TUFs brasileiros acentuam o presente alerta, ressaltando que o legítimo lutador de MMA deve ser completo, e, sem dúvidas, ser completo hoje em dia é poder contar com um Jiu-Jitsu eficiente, que abarca um chão ofensivo e que pode reverter o então temível jogo imposto pelos incansáveis wrestlers americanos; um Jiu-Jitsu confiante capaz de virar o jogo a nosso favor e fazer, uma vez mais, o mundo todo temer o Jiu-Jitsu Brasileiro.
Fonte: minha autoria.