Gostei do filme. Aquela parada da lona ali no final do filme, q poha foi aquela...kkkkk se eh loko cachoeira
Oito erros e acertos científicos de 'Perdido em Marte'
Ventania
Filme: Fortes rajadas de vento, que se aproximam rapidamente, como um tornado, escurecem o céu e obrigam os astronautas a deixar Marte, logo no início do filme. A violência do vento derruba alguns instrumentos espaciais e um dos astronautas, Mark Watney, é atingido. Realidade: A tempestade de vento é o ponto mais criticado pelos cientistas. Com apenas 1% da pressão atmosférica terrestre ao nível do mar, Marte tem ventos e até tornados que carregam a areia do solo. Um astronauta sentiria o impacto das partículas de areia, mas as rajadas de vento seriam incapazes de provocar a destruição vista nas telas – no filme, a força do vento faz com que a tripulação tema até mesmo que a nave seja derrubada. “A tempestade de vento é imprecisa, pois a atmosfera é fina demais. Seria impossível sentir as rajadas, por mais velozes que sejam”, disse John Logsdon, ex-diretor do Instituto de Políticas Espaciais da Universidade George Washington, nos Estados Unidos, e consultor da Nasa, em entrevista no jornal britânico 'Sunday Times'.
Caminhadas
Filme: O astronauta Mark Watney faz longas caminhadas por Marte – como se estivesse na superfície terrestre Realidade: Em Marte, os humanos estão expostos a uma gravidade que equivale a pouco mais de um terço da terrestre (37,5%). É a força da gravidade que atrai os corpos para o solo. Assim, a locomoção do astronauta na superfície marciana seria feita de pequenos saltos. Seria algo semelhante ao que se vê nas imagens de astronautas na Lua – mas a gravidade no satélite é ainda menor, de apenas um sexto da terrestre. “Ele não poderia andar normalmente – talvez pulasse”, explica Logsdon.
Radiações
Filme: Durante 500 dias (o período em Marte é apenas 39 minutos mais longo que o da Terra, o que faz a contagem de tempo ser semelhante nos dois planetas), Watney se desloca por Marte usando uma roupa espacial da Nasa, o que poderia torná-lo suscetível às radiações que atravessam a fina atmosfera marciana. Realidade: Quem chegar em Marte estará exposto a dois tipos de radiação: partículas energéticas solares e raios cósmicos. Seria possível sobreviver a elas, pois a atmosfera de Marte, embora tênue, oferece alguma proteção contra os raios ultravioletas e raios cósmicos. O traje seria uma proteção a mais. “Contudo, todas as missões planejadas preveem algum tipo de abrigo subterrâneo”, explica o astrônomo Gustavo Mello, do Observatório do Valongo, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Se ele passar boa parte do tempo dentro de estruturas, como os módulos de pouso deixados pela missão, a proteção seria grande. Uma exposição de dois anos não é excessiva. Um homem saudável poderia sobreviver com poucas sequelas.” Com muitos deslocamentos, entretanto, o astronauta poderia desenvolver um câncer se voltasse à Terra, segundo os cálculos de John Logsdon, ex-diretor do Instituto de Políticas Espaciais da Universidade George Washington, nos Estados Unidos.
Oxigênio
Filme: Watney precisa sobreviver por 500 dias usando o oxigênio previsto para seis astronautas durante um mês no planeta. Há trajes balões extras e também o Hab, o alojamento construído pela Nasa sobre Marte.
Realidade: A atmosfera de Marte é irrespirável para os humanos, que precisariam de balões de oxigênio. Seguindo a matemática, o oxigênio de seis astronautas dura 180 dias. O oxigênio do Hab teria, então, que durar mais 320 dias – sem nenhuma explosão, nenhum desperdício, nenhum vazamento. O filme não mostra nenhum procedimento pelo qual Watney ou o Hab sejam capazes de produzir oxigênio. O mais provável é que no final da jornada, o astronauta morresse asfixiado.
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