Operação Coringa prendeu três torcedores do Atlético-PR; dois estão foragidos. Torcedores são suspeitos de tentativa de homicídio após briga em Curitiba

Detido temporariamente no Demafe, o torcedor, inicialmente, negou que tivesse algum envolvimento na briga. Depois, ele deixa transparecer a rivalidade entre essas torcidas organizadas.
- É isso mesmo. Nós vamos matar a caveira. A treta vai continuar e vai ser eterna. Enquanto eu estiver vivo, vai rolar. Vai rolar treta, vai rolar morte dos dois lados - afirmou Alisson.
Logo em seguida, questionado por jornalistas, ele diz que “vale matar” e abaixa a cabeça, dizendo que não falaria mais nada. Em tom irônico e menosprezando a operação e a própria prisão, o outro torcedor preso, Maycon dos Santos, de 23 anos, dá risada e fala que não vai ficar muito tempo detido.
- Você acha que é para sempre? A lei é falha - disse.
Maycon ainda afirmou que brigou com outra pessoa, mas que não “deu madeirada” em ninguém.
- Eu estava na cena mesmo. Eu estava no jogo, estava lá fora e os caras foram querer dar um ataque e levaram a pior - contou.
Além de Alisson e Maycon, a torcedora Monaliza Magalhães, de 26 anos, também foi presa na operação. Até a publicação da reportagem, dois torcedores, Ivan Cesari e Sandraque Paulino, continuam foragidos.
Os três torcedores estão presos temporariamente em virtude da Operação Coringa, que teve início em uma briga em 9 de agosto deste ano entre as torcidas organizadas do Atlético-PR Ultras e Zona Sul da Fanáticos. No dia, o Atlético-PR empatou com o Sport em 1 a 1, na Arena da Baixada, às 11h.
Na confusão, dois torcedores ficaram feridos, sendo que um em estado grave. Um vídeo divulgado pela polícia mostra que o agredido mais gravemente está no chão e várias pessoas se aproximam dele dando chutes e pauladas.
- Essa questão é uma dissidência de torcedores da Fanáticos, que acabaram fundando a Ultras. Eles sempre andam digladiando-se, eles sempre andam em confronto pela cidade. Estamos aqui para dar segurança ao torcedor que quer curtir a paixão pelo seu clube e retirar de circulação aquela que provoca tumulto - afirmou o delegado Clóvis Galvão da Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe), que comandou a operação.
Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/t ... morte.html" onclick="window.open(this.href);return false;