Cinemas vão boicotar filme do Netflix - napster news
Enviado: 16 Out 2015 17:48
Eu lembro de ter lido há pouco tempo atrás q a indústria do cinema não teria sentido tanto o impacto da internet (e pirataria) qto sentiu a indústria da música, lembro até de números mostrando q os lucros estavam bons ainda.
Mas agora com essa coisa de stream se tornando popular ... algumas locadoras de fitas/dvds/blue-ray aqui na cidade já disponibilizam alguns títulos em stream; quem tem conta na psn (playstation) pode alugar ou até comprar vídeos online ... com cinema não vai ser diferente.
Eu, particularmente, não gosto da "telona", a imagem sempre parece q poderia estar melhor, sei lá ... agora a experiência com o áudio dos filmes realmente é incomparável no cinema.
Aquela coisa, conforto e comodismo de casa é quase sempre melhor.
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ESTADÃO: Cinemas vão boicotar filme do Netflix
DREW HARWELL - THE WASHINGTON POST 16 Outubro 2015 | 02h 04
"Estreia simultânea da 1ª produção do Netflix na telona e no serviço de streaming ameaça modelo de negócio da
indústria do cinema nos EUA
O primeiro filme com produção original da Netflix, um brutal drama de guerra a respeito de crianças usadas como soldados na África Ocidental, deu novo fôlego a uma batalha diferente nos EUA, colocando a gigante dos serviços de vídeo por streaming contra os cinemas americanos na disputa por definir como vamos assistir filmes no futuro.
Beasts of No Nation, título celebrado em festivais e estrelado pelo ator Idris Elba, vai estrear tanto na Netflix como em alguns cinemas na próxima sextafeira, dentro de um acordo revolucionário da Netflix, que espera ser capaz de atrair o mesmo prestígio a seus filmes da série de TV House of Cards.
A estreia no cinema pode marcar a invasão de longo prazo de filmes produzidos internamente pela Netflix, incluindo uma sequência a ser lançada para O Tigre e o Dragão. Contudo, as exibições simultâneas frustraram a ordem natural que protege o antigo controle dos cinemas sobre as estreias de Hollywood. As maiores redes de cinema dos EUA reagiram dizendo que não exibiriam o título em suas telas.
"Os donos de cinemas ficam frustrados quando a Netflix faz grandes pronunciamentos dizendo que vai mudar a indústria", disse o vice-presidente da Associação Nacional de Proprietários de Cinemas, Patrick Corcoran, entidade que representa as redes. "Não se pode revolucionar a indústria dos cinemas sem trazer junto a indústria do cinema."
Disputa. A briga expôs uma disputa de poder cada vez mais amarga entre a nova escola de Hollywood e a velha guarda, conforme os serviços de streaming tentam buscar mais assinantes. Isso provocou atrito com o modelo de controle dos cinemas.
A estreia do filme também pode sinalizar uma mudança mais ampla na forma de concorrência entre gigantes da mídia e da web como Netflix, Hulu e Amazon, reescrevendo algumas das tradições mais antigas: a grande estreia de um título.
"Todos têm muita coisa em jogo e não gostam de mudanças", disse o diretor de conteúdo do Netflix, Ted Sarandos, em entrevista no ano passado. "Precisamos concorrer pela atenção do consumidor por meio da qualidade da experiência do filme, e não a preciosidade do acesso. A experiência é o mais importante."
Desde a chegada dos videocassetes nos anos 1980, estúdios e cinemas concordaram com intervalos de 90 dias entre o lançamento dos filmes e sua chegada aos lares, acreditando que um período inferior interferiria na sua principal fonte de lucro: as bilheterias.
"Os cinemas precisam dessa janela, caso contrário aquilo que torna especial a experiência do cinema se perde", disse o diretor de análise da BoxOffice.com, Phil Contrino, site especializado no setor. "Se o consumidor começa a pensar que talvez não seja necessário ver o filme no cinema, é um perigo. Muitos filmes gastam dinheiro demais para correr esse risco. Eles precisam da lucratividade da janela de exclusividade nos cinemas."
O modelo tradicional começou a se desmontar conforme os serviços de vídeo e alguns cineastas lutaram para tornar os filmes disponíveis mais rapidamente para públicos cada vez mais famintos por entretenimento sob demanda.
O fato de a Netflix se tornar uma participante agressiva na produção e distribuição não escapou às redes de cinema dos EUA. O que a empresa perderá em bilheteria, porém, deve recuperar em prestígio. Em vez de uma dispensa de sucessos antigos do cinema, ela tenta se mostrar como uma corretora indispensável de entretenimento." / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL
Mas agora com essa coisa de stream se tornando popular ... algumas locadoras de fitas/dvds/blue-ray aqui na cidade já disponibilizam alguns títulos em stream; quem tem conta na psn (playstation) pode alugar ou até comprar vídeos online ... com cinema não vai ser diferente.
Eu, particularmente, não gosto da "telona", a imagem sempre parece q poderia estar melhor, sei lá ... agora a experiência com o áudio dos filmes realmente é incomparável no cinema.
Aquela coisa, conforto e comodismo de casa é quase sempre melhor.
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ESTADÃO: Cinemas vão boicotar filme do Netflix
DREW HARWELL - THE WASHINGTON POST 16 Outubro 2015 | 02h 04
"Estreia simultânea da 1ª produção do Netflix na telona e no serviço de streaming ameaça modelo de negócio da
indústria do cinema nos EUA
O primeiro filme com produção original da Netflix, um brutal drama de guerra a respeito de crianças usadas como soldados na África Ocidental, deu novo fôlego a uma batalha diferente nos EUA, colocando a gigante dos serviços de vídeo por streaming contra os cinemas americanos na disputa por definir como vamos assistir filmes no futuro.
Beasts of No Nation, título celebrado em festivais e estrelado pelo ator Idris Elba, vai estrear tanto na Netflix como em alguns cinemas na próxima sextafeira, dentro de um acordo revolucionário da Netflix, que espera ser capaz de atrair o mesmo prestígio a seus filmes da série de TV House of Cards.
A estreia no cinema pode marcar a invasão de longo prazo de filmes produzidos internamente pela Netflix, incluindo uma sequência a ser lançada para O Tigre e o Dragão. Contudo, as exibições simultâneas frustraram a ordem natural que protege o antigo controle dos cinemas sobre as estreias de Hollywood. As maiores redes de cinema dos EUA reagiram dizendo que não exibiriam o título em suas telas.
"Os donos de cinemas ficam frustrados quando a Netflix faz grandes pronunciamentos dizendo que vai mudar a indústria", disse o vice-presidente da Associação Nacional de Proprietários de Cinemas, Patrick Corcoran, entidade que representa as redes. "Não se pode revolucionar a indústria dos cinemas sem trazer junto a indústria do cinema."
Disputa. A briga expôs uma disputa de poder cada vez mais amarga entre a nova escola de Hollywood e a velha guarda, conforme os serviços de streaming tentam buscar mais assinantes. Isso provocou atrito com o modelo de controle dos cinemas.
A estreia do filme também pode sinalizar uma mudança mais ampla na forma de concorrência entre gigantes da mídia e da web como Netflix, Hulu e Amazon, reescrevendo algumas das tradições mais antigas: a grande estreia de um título.
"Todos têm muita coisa em jogo e não gostam de mudanças", disse o diretor de conteúdo do Netflix, Ted Sarandos, em entrevista no ano passado. "Precisamos concorrer pela atenção do consumidor por meio da qualidade da experiência do filme, e não a preciosidade do acesso. A experiência é o mais importante."
Desde a chegada dos videocassetes nos anos 1980, estúdios e cinemas concordaram com intervalos de 90 dias entre o lançamento dos filmes e sua chegada aos lares, acreditando que um período inferior interferiria na sua principal fonte de lucro: as bilheterias.
"Os cinemas precisam dessa janela, caso contrário aquilo que torna especial a experiência do cinema se perde", disse o diretor de análise da BoxOffice.com, Phil Contrino, site especializado no setor. "Se o consumidor começa a pensar que talvez não seja necessário ver o filme no cinema, é um perigo. Muitos filmes gastam dinheiro demais para correr esse risco. Eles precisam da lucratividade da janela de exclusividade nos cinemas."
O modelo tradicional começou a se desmontar conforme os serviços de vídeo e alguns cineastas lutaram para tornar os filmes disponíveis mais rapidamente para públicos cada vez mais famintos por entretenimento sob demanda.
O fato de a Netflix se tornar uma participante agressiva na produção e distribuição não escapou às redes de cinema dos EUA. O que a empresa perderá em bilheteria, porém, deve recuperar em prestígio. Em vez de uma dispensa de sucessos antigos do cinema, ela tenta se mostrar como uma corretora indispensável de entretenimento." / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL